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ESTUDOS DISCIPLINARES II EDUCACAO FISICA

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 Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
 
Mercantilização do ensino superior e o Serviço Social brasileiro 
Francine Helfreich Coutinho dos Santos 
“A obra de Larissa Dahmer Pereira – Educação e Serviço Social: do 
confessionalismo ao empresariamento da formação profissional – 
oferece uma das primeiras e mais completas análises sobre a relação 
entre a política educacional e a formação do assistente social no Brasil. 
Foi recorrendo às obras de Marx que os pressupostos teórico-
metodológicos de suas análises foram definidos: a historicidade, a 
totalidade e a dialética. Tais categorias possibilitaram reiterar as 
convicções da autora sobre o modo de produção capitalista, sistema 
este capaz de criar uma exacerbante miséria de massa, em contraste 
com a opulência de poucos. Com uma crítica radical e precisa sobre as 
determinações do capital para a educação superior, Pereira realiza urna 
profunda análise sobre a realidade do Serviço Social brasileiro e o viés 
privatista que ilumina a organização dos cursos de Serviço Social, 
sobretudo a partir de 1990, sob o aval dos governos da época. O estudo 
realizado traz elementos relevantes para a compreensão da trajetória da 
formação profissional do assistente social, que tem sua gênese marcada 
pelo caráter confessional das primeiras Escolas de Serviço Social, 
impressa pela lógica caritativa, mas que, atualmente, pode ser 
enxergado como mais um ‘serviço’ promissor a ser comercializado. 
Nesta perspectiva, a hipótese de Pereira é que entre 1930 e 2002 – 
período definido para sua pesquisa –, a abertura de Escolas de Serviço 
Social (ESS) acompanha o movimento mais amplo da política 
educacional brasileira, articulado com as relações entre classes sociais 
e o Estado e a própria posição do Brasil na divisão internacional do 
trabalho. 
A obra é dividida em quatro partes. Na primeira, com o título 
‘Capitalismo, luta de classes e educação: de direito social 
a ‘serviço’’, tem-se um retrato dos avanços e recuos das políticas sociais 
sob a égide da crise estrutural do capital no pós-1970, em que se 
percebe a mutação da educação – enquanto política social) da esfera do 
direito para a órbita dos serviços, sobretudo nos países periféricos. 
Em ‘Educação superior no Brasil e Serviço Social’, a particularidade da 
política educacional do país é recuperada, enfatizando-se o 
desenvolvimento do ensino superior vinculando à origem das primeiras 
Escolas de Serviço Social. O recorte temporal nesse capítulo é o 
período entre 1930 e 1963. 
O capítulo posterior, intitulado ‘Modernização conservadora, ensino superior 
e Serviço Social’. trata do período subsequente, abordando a expansão 
das Instituições de Ensino Superior (IES) no contexto da inserção 
definitiva do país, de forma subalternizada e periférica no processo 
de internacionalização do capital monopolista. Observa a autora que nos 
anos de chumbo a profissão e a formação passam por um amplo 
processo de revisão, questionamento e autocrítica, rompendo com o 
histórico conservadorismo basilar da área. 
Fugindo dos moldes tradicionais de escrita, o livro de Pereira não se 
 
finda com uma conclusão. No seu último capítulo – ‘Mercantilização do 
ensino superior brasileiro e a ‘exploração’ privatista das Escolas de Serviço 
Social na década de 1990’, a autora se debruça sobre o elemento mais 
inovador em sua obra: a interpretação sobre a ampliação das Escolas 
de Serviço Social. A pesquisa mostra em números o exorbitante 
crescimento de cursos de Serviço Social, caracterizados quanto a sua 
organização acadêmica (universidade, centros universitários etc.), 
quanto à categoria administrativa (comunitárias, confessionais, 
filantrópicas) e quanto à natureza jurídica de suas mantenedoras: 
públicas ou privadas. O projeto societário que repercute na privatização 
do ensino superior é gestado no final da década de 1980, se materializa 
no Brasil após as eleições presidenciais ocorridas em J989, quando 
diversas iniciativas na gestão de Fernando Collor de Meio foram 
manifestadas no sentido de reformulação do ensino superior sob a égide 
mercantil. Entretanto, foi especialmente na gestão de Fernando 
Henrique Cardoso (FHC) que este processo se acirrou. Para tanto, 
foram utilizadas inúmeras estratégias, sobretudo os pressupostos 
ideopolíticos da Terceira Via: a despolitização das classes e a 
repolitização da sociedade civil sobre a lógica da solidariedade entre 
classes, a responsabilidade social, a crítica ao socialismo, a 
recuperação do individualismo enquanto valor positivo e também a 
necessidade de um Estado que não precisa ser grande, mas forte para 
gerar na sociedade civil uma postura proativa, sendo este um espaço de 
colaboração e solidariedade entre as classes. Assim, a veiculação 
desses pressupostos via educação é fundamental para o projeto do 
grande capital. [...].” 
(Francine Helfreich Coutinho dos Santos é bacharel em Serviço Social 
pela Universidade Federal Fluminense. 2000).) 
Leia as afirmações sobre a estrutura da resenha: 
I. A resenhista apresenta, de maneira geral no primeiro parágrafo, o 
assunto tratado no livro de Larissa Dahmer Pereira. 
II. É feita a referência ao arcabouço teórico utilizado pela autora do livro. 
III. A resenhista revela a hipótese com que a autora do livro trabalha. 
IV. A resenhista trouxe para o seu texto informações sobre a autora do 
livro. 
Estão corretas as afirmações: 
Resposta Selecionada: c. 
I, II e III. 
 
 
 Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
 
. 
 
 
 
O linguista Marcuschi estudou a representatividade da oralidade no ensino e na aprendizagem de 
língua, considerando os seus níveis de formalidade. A presença da oralidade em textos escritos 
pode revelar uma relação importante para o processo de aquisição da escrita. O texto anterior é 
exemplo dessa questão, uma vez que, muitas vezes, recorre a recursos típicos da oralidade para a 
representação escrita. Portanto, podemos considerar que, segundo Marcuschi: 
I. O estudo da oralidade permite-nos perceber as diferenças e as semelhanças da oralidade e da 
 
escrita. 
II. O estudo da oralidade revela as várias possibilidades de avaliação da diversidade do texto, 
tanto oral quanto escrito, por meio de processos de contextualização. 
III. O estudo da oralidade instiga a valorização dos aspectos dicotômicos de dois polos opostos 
da língua. 
IV. O estudo da oralidade é o desafio do ensino, uma vez que evidencia a importância do papel 
da língua falada no que diz respeito à produção textual e evita o preconceito linguístico. 
Indique a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: d. 
I, II e IV estão corretas. 
 
 
 Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
 
A noção de que o ensino de língua deve tomar como base o texto, 
encarando-o como elemento crucial na comunicação humana e que esta 
não se faz por meio do uso de frases soltas, descontextualizadas do 
processo comunicativo, tem como base: 
 
Resposta Selecionada: a. 
Análise linguística. 
 
 
 Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
 
Inovação gráfica que resiste e ainda encanta 
 
O livro inclinado, de Peter Newell, Editora Cosac Naify, 48 páginas 
“Ao encontrar numa livraria um exemplar de O livro inclinado, de Peter 
Newell, recém-lançado pela Cosac Naify, o leitor ficará encantado, em 
primeiro lugar, com o formato inusitado da obra, autoexplicativo. Embora 
as prateleiras dedicadas à área infantojuvenil estejam abarrotadas de 
edições sofisticadíssimas visualmente, O livro inclinado ainda se 
destaca com charme irresistível. 
Ao abrir o exemplar, outro encantamento: a confusão provocada por um 
carrinho de bebê desgovernado ladeira abaixo e contada num texto leve, 
acompanhado de lindíssimas ilustrações (também do autor), que 
revelam um perfeito casamento entre forma e conteúdo. 
A maior surpresa, porém, virá no final do volume,
onde está impressa a 
data original de publicação da obra: 1910. A ousadia gráfica de O livro 
inclinado hoje pode ser considerada corriqueira num mercado que 
valoriza cada vez mais (ainda bem) o design adequado ao texto, mas na 
época foi festejada como um marco da indústria editorial. E a obra, um 
dos primeiros livros-objeto de que se têm notícia, já nasceu um clássico 
da literatura infantojuvenil. 
A história de Newell (1862-1924) gira em torno do bebê Bobby, que 
mora no alto de uma ladeira. Um dia sua babá se descuida e lá se vai o 
pimpolho destrambelhado dentro do carrinho. O que poderia ser até 
aflitivo para os leitores vira um passeio divertido e antropológico, já que 
Bobby atravessa cenários e personagens típicos de uma sociedade do 
início do século XX. 
Em 2009, a Cosac Naify publicará do mesmo autor O livro do foguete. ” 
 
(Fonte: MILLEN, M. Inovação tecnológica que resiste e ainda 
encanta. O Globo. Rio de Janeiro, 20 dez. 2008. Prosa e Verso, p. 5.) 
O texto “Inovação gráfica que resiste e ainda encanta” faz parte do 
gênero: 
Resposta Selecionada: e. 
Resenha. 
 
 
 Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto, observando o emprego das aspas: 
A civilização “pós-moderna” culminou em um progresso inegável, que não 
foi percebido antecipadamente, em sua inteireza. Ao mesmo tempo, sob 
o “mau uso” da ciência, da tecnologia e da capacidade de invenção nos 
precipitou na miséria moral inexorável. Os que condenam a ciência, a 
tecnologia e a invenção criativa por essa miséria ignoram os desafios 
que explodiram com o capitalismo monopolista de sua terceira fase. 
Em páginas secas premonitórias, E. Mandel (*) apontara tais riscos. O 
“livre jogo do mercado” (que não é e nunca foi “livre”) rasgou o ventre 
das vítimas: milhões de seres humanos nos países ricos e uma carrada 
maior de milhões nos países pobres. O centro acabou fabricando a sua 
periferia intrínseca e apossou-se, como não sucedeu nem sob o regime 
colonial direto, das outras periferias externas, que abrangem quase todo 
o “resto do mundo”. 
(*) Ernest Ezra Mandel (1923-1995): economista e militante político 
belga. 
O emprego de aspas em uma dada expressão pode servir, inclusive, 
para indicar que ela: 
I. Foi utilizada pelo autor com algum tipo de restrição. 
II. Pertence ao jargão de uma determinada área do conhecimento. 
III. Contém sentido pejorativo, não assumido pelo autor. 
Considere as seguintes ocorrências de emprego de aspas presentes no 
texto: 
A - “pós-moderna” (L. 1). 
B - “mau uso” (L. 2). 
C - “livre jogo do mercado” (L. 6). 
D - “livre” (L. 7). 
E - “resto do mundo” (L. 10). 
As modalidades I, II e III de uso de aspas, elencadas, verificam-se, 
respectivamente, em: 
 
Resposta Selecionada: a. 
A, C e E. 
 
 
 Pergunta 6 
0 em 1 pontos 
 
 
Diário de um louco 
 
 
“Era noite e o sol raiava no horizonte. Estava eu andando parado e 
sentado numa pedra de algodão. Longe dali e bem perto, havia um 
bosque sem árvores, onde os passarinhos pastavam, vacas pulavam de 
 
galho em galho e os elefantes tomavam sol à sombra de um pé de 
alface. Mais à direita, seguindo pela esquerda, havia um lago com solo 
pedregoso, no qual os peixinhos nadavam e aos poucos morriam 
afogados. Resolvi voltar pra casa e entrei pela porta da frente, que 
ficava nos fundos. Entrei sem sair do meu quarto, onde deitei o paletó 
na cama e pendurei-o no cabide. Passei a noite em claro pois esqueci a 
luz acesa. Almocei no banheiro e, assim que terminei o almoço, senti um 
gosto horrível na boca, e concluí que havia almoçado um guardanapo e 
limpado a boca com o bife. Fui rápido e vagarosamente para o jardim 
onde, na falta de flores, substituí-as por canetas Bic e encontrei um 
papel em branco onde estava escrito [...]” (autor anônimo). 
A que se deve esse efeito cômico do texto? 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
A situacionalidade constituir de um diário escrito por um 
“louco”. 
 
 
 Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
 
Análise linguística objetiva ampliar a consciência dos alunos sobre os 
fenômenos gramaticais e textual-discursivos. Inclui tanto o trabalho 
sobre questões tradicionais de gramática quanto questões mais amplas 
sobre textos. Indique V (verdadeiro) ou F (falso) sobre a análise 
linguística. 
I. Integração da análise linguística com a leitura e a produção de textos. 
II. Trabalho de reflexão sobre o uso dos recursos linguísticos em casos 
particulares no texto. 
III. Ênfase nos efeitos de sentido associado aos gêneros textuais. 
IV. Dissociação entre habilidades epilinguísticas (reflexão sobre uso) e 
metalinguísticas (reflexão descritiva). 
Assinale a alternativa correta: 
 
Resposta Selecionada: e. 
I (V) – II (V) – III (V) – IV (F). 
 
 
 Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia: 
O menino é alto. O menino é estudante. O menino tem uma casa. O 
menino tem uma TV. O menino come muito. 
De acordo com as concepções atuais de texto, o trecho anterior: 
 
Resposta 
Selecionada: 
d. 
Pode ser considerado uma redação, no máximo, por conta 
da mera reprodução de modelos textuais de cartilhas 
comumente usadas no ensino de língua portuguesa. 
 
 
 Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
 
Observe e compare os dois textos atentando para as operações realizadas na transformação de 
texto oral para texto escrito. 
 
 
Texto oral Texto escrito 
eu sou da comunidade 
Remidus du senhor:... da 
cidadi di Pombal... lá no 
interior da Paraíba... qui hoji 
incluisivi... está fazendu 
aniversário di eman/de 
emancipação política... mas 
u te:MA: qui mi propuseram 
faLÁ: pra voceis: todus 
ficaram cheiu di espíritu 
santu... im algum momentu 
pode parece até um pocu 
redundan::ti né... a genti fala 
sobri o espíritu santu todu 
congressu... mas 
pessoalmenti eu tenhu 
mi:/mi debruçadu sobri essa 
reflexão... ((fôlego)) desdi 
que eu ixperimentei u 
espíritu... pela primeira veiz 
di forma assim vivencial:... 
até purque o espíritu ele é 
definiDU:... assim... 
biblicamente comu um 
ven:tu... i é justamenti eu 
pensu pur causa dessa:... 
dinamiciDADE du isPÍritu 
qui si torna: necessáriu qui 
nós façamus uma reflexão... 
constanti em torno deli... 
Sou da comunidade 
Remidos do Senhor, da 
cidade de Pombal, interior 
da Paraíba que, hoje, 
inclusive, está fazendo 
aniversário de emancipação 
política. 
O tema que me foi proposto: 
“Todos ficaram cheios de 
Espírito Santo”, em algum 
momento pode parecer até 
um pouco redundante, pois 
se fala sobre o Espírito 
Santo em todos os 
congressos. 
Pessoalmente tenho me 
debruçado sobre essa 
reflexão. Desde que 
experimentei o Espírito pela 
primeira vez de forma 
vivencial, até porque ele é 
definido, biblicamente, como 
um vento e é, justamente 
por causa dessa 
dinamicidade que se torna 
necessário de façamos uma 
reflexão constante em torno 
Dele. 
 
 
Indique a alternativa falsa sobre o processo de retextualização: 
Resposta Selecionada: e. 
Retirada da paragrafação. 
 
 
 Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia os excertos a seguir. 
Texto I 
“(A escrita) se realiza com base nos elementos linguísticos e na sua 
forma de organização, mas requer, no interior do intervalo comunicativo, 
a mobilização de um vasto conjunto de conhecimentos do escritor, o que 
inclui também o que esse pressupõe ser do conhecimento do leitor ou 
do que é compartilhado por ambos” (KOCH, I. O texto e a construção 
dos sentidos. São Paulo: Contexto, 2010. p. 35). 
Texto II 
“Os falantes/escritores da língua, ao produzirem textos, estão 
enunciando conteúdos e sugerindo sentidos que devem ser construídos, 
inferidos, determinados mutuamente. A produção textual, assim como 
um jogo coletivo, não é uma atividade unilateral. Envolve decisões 
conjuntas. Isso
caracteriza de maneira bastante essencial a produção 
textual como uma atividade sociointerativa” (MARCUSCHI, L. 
A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: 
Parábola, 2008. p. 77). 
 
Conforme as ideias de Koch e Marcuschi, o elemento fundamental para 
a concepção de fala/escrita é: 
Resposta Selecionada: b. 
A interação.

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