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Prointer 1 Parcial 2017 1º sem Wellington Martins Louveira

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
Curso de Tecnologia em Gestão Pública
POLO: Jardim
ACADÊMICO: Wellington Martins Louveira – RA: 1051519596
TUTOR A DISTÂNCIA: Fábio Cerqueira
RELATÓRIO PARCIAL DO PROINTER
JARDIM/MS
MAIO/2017
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ACADÊMICO: Wellington Martins Louveira – RA: 1051519596
TUTOR A DISTÂNCIA: Fábio Cerqueira
RELATÓRIO PARCIAL DO PROINTER
Trabalho apresentado ao Curso de Tecnologia em Tecnologia em Gestão Pública do Centro de Educação a Distancia - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplinas de Projeto Interdisciplinar Aplicado aos Cursos Superiores de Tecnologia I (PROINTER I).
JARDIM/MS
MAIO/2017
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SUMÁRIO
3INTRODUÇÃO	�
41.	RELATÓRIO DA ENTREVISTA	�
62.	PARECER PESSOAL SOBRE EMPREENDEDORISMO	�
73.	ANÁLISE DA MATRIZ SWOT	�
73.1	PONTOS FORTES	�
73.2	PONTOS FRACOS	�
73.3	OPORTUNIDADES	�
73.4	AMEAÇAS	�
84.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	�
9REFERÊNCIAS	�
10ANEXO I	�
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INTRODUÇÃO
Neste trabalho será apresentada entrevista com um empreendedor dono de um comércio varejista de um pequeno município do sudoeste do Mato Grosso do Sul e a sua visão do seu empreendimento, da importância da ética nos negócios e as dificuldades enfrentadas na sua trajetória.
Será apresentada também a visão pessoal do autor deste trabalho sobre empreendimento e empreendedorismo, com uma definição sucinta, embasada na obra de Dorneles.
Por fim, será utilizada a matriz SWOT em que se buscará analisar o empreendimento do entrevistado, buscando identificar pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças. Tal oportunidade é de grande valia, pois oportunizará a este estudante o emprego prático da ferramenta.. 
O presente relatório parcial trata-se de um pequeno escorço do que será apresentado no relatório final do projeto interdisciplinar.
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RELATÓRIO DA ENTREVISTA
Em entrevista com o senhor Luiz Alberto Paredes, proprietário do mercado varejista Shalom, localizado na pequena cidade de Jardim, no sudoeste do Mato Grosso do Sul, percebeu-se que se trata de um empreendedor de oportunidade, mas que não possuía o conhecimento gerencial necessário, exemplificando o que acontece com a maioria dos empreendedores brasileiros. O comerciante, que não teve exemplo de empreendedores na família, teve a ideia quando no desempenho de sua antiga profissão de representante comercial observou oportunidade em conversa com os antigos clientes que possuía. Tal cenário é bastante comum e Dornelas (2015, p. 3) assevera que “a maior parte dos negócios criados no país é concebida por pequenos empresários, que, nem sempre, possuem conceitos de gestão de negócios e atuam geralmente de forma empírica e sem planejamento”.
Importante frisar que o empreendedor reconhece essa falha e afirma que deveria ter se planejado e procurado uma orientação de profissional na área de gestão, pois hoje enxerga que cometeu alguns equívocos no momento em que iniciou o seu negócio. O entrevistado assevera ser importante a busca por melhorias contínuas para sempre melhorar algo no seu empreendimento.
Trata-se nitidamente de um negócio familiar que envolve a participação da esposa e filhos, negócio que o mesmo chama de “ganha-pão” uma forma de demonstrar a importância do negócio para si, mas que merece um planejamento mais cuidadoso para que possa evitar o seu fechamento prematuro. É necessário também destacar que o empreendedor entrevistado possui uma visão bastante realista de suas forças e fraquezas o que é de grande valia para se sanar as suas deficiências, pois é certo que:
Até alguns anos atrás, acreditava-se que o empreendedorismo era inato, que o empreendedor nascia com um diferencial e era predestinado ao sucesso nos negócios. Pessoas sem essas características eram desencorajadas a empreender. Como já se viu, isso é um mito. Hoje em dia, esse discurso mudou e, cada vez mais, acredita-se que o processo empreendedor possa ser ensinado entendido por qualquer pessoa e que o sucesso seja decorrente de uma gama de internos e externos ao negócio, do perfil do empreendedor e de como ele administra as adversidades que encontra no dia a dia do seu empreendimento. (DORNELAS, 2015, p.29)
O profissional deve fazer uma autoanálise precisa dos seus pontos fortes e das suas deficiências. Esta autoanálise deve objetivar o aperfeiçoamento desses pontos fortes e a superação dos aspectos deficitários. Para implementação do aperfeiçoamento e superação, o profissional deve agir de modo planejado e consciente, tendo em mira as características mais importantes para a sua profissão. (CINTRA, 2011, p. 62).
Além disso, o entrevistado faz questão de destacar a sua preocupação com a ética nas relações com seus fornecedores e clientes, afirmando ser esta a base da criação de confiança, credibilidade e também fidelidade nas relações empresariais, destacando ser isso essencial em um município pequeno, já que qualquer conduta que não seja ilibada refletiria de forma muito rápida prejudicando a sua imagem e a de seu empreendimento. Tal conduta mostra uma assertividade na visão do empreendedor entrevistado, pois como afirma Matos (2012, p.29) “quando há cultura ética, há integração, coesão e produtividade. (...) Há confiança, bons negócios e lucratividade”.
Finalizando, o entrevistado afirma que faria tudo novamente, com a diferença de procurar ajuda profissional para analisar e tentar propor possíveis melhorias no seu negócio. Como conselho para novos empreendedores, ele cita a necessidade de qualificação e também de se procurar qual a real necessidade da clientela para se ofertar o produto que eles desejam e não apenas aquilo que você gostaria.
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PARECER PESSOAL SOBRE EMPREENDEDORISMO
Particularmente, creio que até pouco tempo atrás não conseguiríamos asseverar com a máxima convicção um conceito sobre empreendedorismo. Entretanto, creio que caminhada em busca de um conceito seja algo natural, que necessita de tempo de maturação e profunda análise, assim como os mais variados paradigmas foram se transformando através do tempo. 
Nas palavras de Dornelas (2015 p. 24) “o empreendedor é um administrador, mas com diferença consideráveis em relação aos gerentes e executivos de organizações tradicionais, pois os empreendedores são mais visionários que os gerentes”. É certo que nem todo administrador é empreendedor, mas que todos empreendedor deve ser um administrador. Ainda usando as palavras do autor supracitado “o empreendedor do próprio negócio é aquele que detecta uma oportunidade, assumindo riscos calculados” (2015, p.28).
Ou seja, podemos concluir que o empreendedor é aquele que ao identificar uma oportunidade, administra os riscos, investe recursos e esforços em busca de um resultado vantajoso financeiramente e também pessoalmente.
Já o empreendimento, em palavras simples, é o projeto do empreendedor, projeto em que deposita sua fé, sua esperança esforços físicos, mentais, e financeiros já que invariavelmente é o seu projeto de vida, pois como define Barduchi (2009, apud CINTRA, 2011, p.72) projeto de vida é “uma visualização antecipada da vida que desejamos ter ou levar”. Cabe aqui uma indagação: há expectativa de vida para o empreendimento se este não for o projeto de vida do empreendedor? Naturalmente, a resposta mais sensata é não.
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ANÁLISE DA MATRIZ SWOT
Conforme defende Dornelas (2015, p. 160) “para estabelecer objetivos e metas é preciso entender os ambientes externos e interno”. Para tanto, utiliza-se a matriz SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats) para que se possa identificar Forças. Oportunidades, Fraquezas e Ameaças.
É uma ferramenta de gestão e “extremamente útil para traçar um panorama da situação atual do negócio” (DORNELAS, 2015, p.160). Na sequência utilizaremos a matriz no negócio do entrevistado.
PONTOSFORTES
A localização do empreendimento, o contato e conhecimento de diferentes fornecedores e a facilidade de negociar com eles.
PONTOS FRACOS
Falta de capacitação gerencial e falta de planejamento para captação de recursos para novos investimentos no empreendimento.
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OPORTUNIDADES
A consolidação do mercado tem fidelizado clientes que indicam novos clientes. Investir em marketing para atrair novos clientes de concorrentes que fecharam as portas recentemente.
AMEAÇAS
A possibilidade de surgimento de um concorrente maior que possa ofertar produtos diferenciados com preço mais atrativo. Possibilidade de se cometer um erro gerencial ou financeiro por falta de planejamento ou capacitação gerencial.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Este trabalho apresentou a síntese da entrevista com o senhor Luiz Alberto paredes, proprietário do mercado varejista Shalom, localizado na pequena cidade de Jardim. Apresentou diferentes de diferentes formas a importância do planejamento, seja por meio de embasamento teórico, seja por relato das dificuldades e experiências do entrevistado.
Apresentamos também uma visão pessoal do autor do trabalho sobre empreendedorismo e empreendimento e também uma reflexão sobre o empreendimento ser o projeto de vida do empreendedor, afinal como ter sucesso se não tivermos uma visão antecipada da vida que desejamos para o nosso empreendimento. Para que possamos chegar o mais próximo possível desse desejo do empreendedor, nada se mostra mais importante do que o planejamento.
Para que o planejamento se mostre eficiente e realista, devemos conhecer muito bem os ambientes interno e externo e para isso buscou-se fazer uma análise simples destes ambientes por meio da matriz SWOT, que de forma extremamente sucinta identificou as Forças. Oportunidades, Fraquezas e Ameaças dos ambientes do empreendimento para um planejamento eficaz.
Mais importante do que demonstrar a importância do planejamento, do que a visualização e aplicação do embasamento teórico na prática é poder compreender que o empreendedor é uma pessoa de muita fé no seu negócio, alguém que arrisca em muitos casos toda a sua economia, todo o seu tempo e esforço, infelizmente sem o devido preparo e orientação em um país extremamente burocrático e caro. E mais, faz tudo isso com muito orgulho e comemora cada dia que pode abrir as portas novamente. Essa compreensão faz com que queiramos estar lado a lado com esses grandes profissionais, para auxiliá-los e buscar soluções que as vezes são simples, mas desconhecidas graças a nossa velha cultura de se aprender com os erros e não buscando evitá-los por meio do planejamento e gerenciamento dos riscos.
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REFERÊNCIAS
CINTRA, Josiane C, CAMPOS, Keli Cristina de Lara, OLIVO, Rodolfo Leandro de Faria, BONFIM, Tatiane Regina, OZAKI, Yaeko, Desenvolvimento Pessoal e Profissional, Valinhos: Anhaguera Publicações, 2011.
DORNELAS, José Carlos Assis, Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios, 5.ed., Rio de Janeiro: Empreende/LTC, 2015.
MATOS, Francisco Gomes de, Ética na Gestão Empresarial: Da conscientização à Ação, São Paulo: Saraiva, 2012.
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ANEXO I 
Questionário
Entrevista com um Empreendedor
Nome da Empresa: Mercado Shalom
Endereço: Rua Rondonópolis, nº 1001.
Cidade: Jardim
Estado: Mato Grosso do Sul
Ramo de Atividades: Comércio Varejista
Produtos e/ou serviços: Produtos alimentícios, higiene pessoal e limpeza.
Data de Inicio das atividades: setembro de 2014.
Entrevistado: Luiz Alberto Paredes
Que fatores o influenciaram a se tornar um empreendedor?
A oportunidade de ser dono do próprio negócio, pensava ter conhecimento suficiente sobre o negócio e também a flexibilidade de horário.
Existem outros empreendedores em sua família? 
Não, sou o pioneiro.
Sua ideia empreendedora nasceu durante seu período de estudos no colégio ou faculdade? 
Infelizmente não, surgiu durante a execução de outra profissão.
Qual foi a sua educação formal? Foi relevante para o negócio? 
A minha escolaridade é do Ensino Médio, mas infelizmente não busquei ajuda para aplicar os conhecimentos no negócio, sendo decisiva mais a experiência profissional do que a educação formal.
Porque muitos Profissionais tem medo de se arriscar em um empreendimento? 
Pelo risco financeiro que envolve e por falta de qualificação.
Como este futuro projeto poderá trazer independência ao profissional, impulsionando sua carreira e possibilitando o alcance de seus objetivos profissionais e pessoais? 
Sim, já proporciona a possibilidade de buscar conhecimentos pela flexibilidade de horário.
De que forma na teoria e na pratica a ética e as relações humanas no trabalho irão contribuir para o sucesso de um empreendimento? 
Na criação de uma imagem positiva, na credibilidade e confiança, ainda mais em um município pequeno.
Como você encontrou a oportunidade de empreender? 
Quando era representante comercial, entendi que já tinha conhecimento suficiente para poder tocar um negócio próprio.
Como você avaliou esta oportunidade? 
Com os conhecimentos que tinha adquirido como representante comercial e ao ter a ideia conversei com outras pessoas do ramo que conhecia na minha cidade e em outras cidades próximas e identifiquei a oportunidade de poder investir em algo próprio.
Você já tinha um plano de negócios? Se não, fez algum tipo de planejamento? Explique. 
Não tinha nenhum plano, fiz com o que acreditava ser o correto.
Que experiência de trabalho anterior você teve antes de abrir um negócio? 
Era representante comercial de algumas empresas distribuidoras de produtos.
Quais são suas forças e fraquezas? 
Iniciativa, identificar uma oportunidade e persistências são as minhas qualidades, já as fraquezas acho que a falta de planejamento e falta também um pouco de qualificação para administrar.
Você teve ou tem Sócio? Os seus sócios complementaram suas habilidades para tocar o negócio? 
A minha esposa me ajuda, ela é a minha sócia. Em parte ela me complementa, mas acho que eu quem mais tenho jeito com o negócio.
O que significa ter ética nos negócios para você? 
Saber conquistar o cliente com respeito, com tratamento humano e pessoal e vender o que tenho, não inventar algo que não existe.
Quais os recursos econômicos/financeiros você precisou para iniciar o negócio? 
Precisei de um investimento inicial de cerca de R$ 50.000,00 reais.
Onde e quando obteve estes recursos? 
No início de 2014, parte financiamento no banco e parte é resultado de uma venda de um imóvel.
Quando e como obteve o primeiro cliente?
Logo quando abri as portas, ainda arrumando as coisas nas prateleiras.
 
Qual foi o momento mais critico do negócio? Como foi superado? 
Cerca de um ano depois, quando tive dificuldade de receber alguns cheques. Eu me organizei pra conseguir honrar os meus compromissos, mas foi difícil.
Qual é o lado positivo e o negativo de se tornar um empreendedor? 
O lado ruim é o risco do negócio que é todos meu o lado bom é a flexibilidade que tenho nos meus horários que me permitem continuar estudando e tentando me qualificar para poder arriscar negócio em outro ramo.
A carreira como empreendedor afetou sua família de alguma forma? 
Sim, de certa forma todos abraçaram a causa e ajudam a tocar o negócio por entender que é o nosso ganha-pão.
Você faria tudo isso novamente? Por que? 
Sim, mas faria de uma forma diferente, capacitando-me melhor antes pra evitar perder tanto dinheiro porque é o meu ganha-pão e tenho orgulho do meu negócio.
Que conselhos você deixa para uma pessoa que deseja se tornar um empreendedor de sucesso? 
Procurar ajuda profissional, técnica, antes de abrir as portas. Conhecer a clientela e descobrir o que realmente esses clientes precisam, entendendo qual a real necessidade deles e buscar ofertar isso no negócio.

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