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Eletrofototermoterapia – Material para NP2 Crioterapia e Termoterapia Calor e frio são os mais antigos recursos terapêuticos físicos. Água quente e fria vêm sendo utilizados ao longo da história com fins curativos. As modalidades de energia térmica condutiva são classificadas pela diminuição da temperatura (crioterapia) e elevação de temperatura (termoterapia). Crioterapia: aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo que resulte na perda de calor. Indicada principalmente para lesão subaguda e trauma agudo, além de diminuição de desconforto após a reabilitação e recondicionamento. Efeitos fisiológicos: a razão primária de seu uso é diminuição de temperatura local na área lesionada, reduzindo assim a taxa metabólica e por sua vez diminuição de metabólitos. O frio diminui a excitabilidade de terminações nervosas livres e fibras nervosas periféricas, aumentando o limiar de dor. A reação inicial ao frio é a vasoconstrição de todos os músculos lisos pelo SNC para a conservação de calor. A vasoconstrição localizada é a responsável pelo controle do edema. EFEITOS FISIOLÓGICOS DO FRIO Diminuição da temperatura local Diminuição do metabolismo Vasoconstrição das arteríolas e capilares Diminuição do fluxo sanguíneo Diminuição da velocidade de condução nervosa Diminuição da liberação de leucócitos e macrófagos Diminuição da drenagem linfática e venosa Diminuição da excitabilidade muscular Diminuição da despolarização do fuso muscular Diminuição de formação e acúmulo de edema Efeitos anestésicos extremos Os estágios da sensação física em resposta à crioterapia são: sensação de frio, sensação de ferroada, ardência e dormência. Indicações: as indicações da crioterapia incluem as listadas abaixo Dor aguda Dor crônica Edema agudo (controle de hemorragia e edema) Pontos-gatilho miofasciais Defesa muscular Espasmo muscular Lesão muscular aguda Distensão aguda de ligamento Contusão aguda Bursites Tenossinovites Tendinites Dores musculares Contraindicações: conforme listagem abaixo Circulação prejudicada Doença vascular periférica Anestesia da pele Feridas abertas ou problemas de pele Alergia a frio Fenômeno de Reynaud Algumas condições reumáticas Termoterapia: modalidade de energia térmica condutiva utilizada com o objetivo terapêutico de elevação de temperatura tecidual. Efeitos físicos: aumento de temperatura, expansão de material, aceleração de reações químicas, redução da viscosidade de fluidos, produção de ondas eletromagnéticas. Mecanismos de transferência térmica: Condução: o corpo em direto contato com a fonte de calor Convecção: partículas de ar ou água movem-se por meio do corpo Conversão: transformação de energia elétrica em calor Radiação: transmitida por meio de fontes geradoras de energia radiante Mecanismos de transferência das várias modalidades Condução Convecção Conversão Radiação Massagem com gelo Compressas geladas Imersão em gelo Banhos de contraste Banho de parafina Turbilhão Forno de Bier Ultrassom Diatermia Infravermelho Laser Ultravioleta Efeitos fisiológicos: listagem abaixo EFEITOS FISIOLÓGICOS DO CALOR Aumento da temperatura local Aumento do metabolismo Vasodilatação das arteríolas e capilares Aumento do fluxo sanguíneo Aumento dos leucócitos e fagocitose Aumento da permeabilidade capilar Aumento da drenagem venosa e linfática Aumento dos resíduos metabólicos Aumento da elasticidade do músculo, ligamento e fibras capsulares Diminuição do tônus muscular Diminuição do espasmo muscular As respostas fisiológicas dependem do nível da temperatura tecidual, duração da elevação da temperatura e tamanho da área a ser tratada. Indicações: consistem na listagem abaixo Condições inflamatórias subagudas e crônicas Dor subaguda e crônica Remoção de edema subagudo Amplitude de movimento reduzida Diminuição de edema Pontos-gatilho miofasciais Defesa muscular Espasmos musculares Contusão subaguda Contraindicações: consistem na listagem abaixo Regiões com alteração de sensibilidade térmica Suprimento vascular inadequado Região hemorrágica Neoplasias Próximo a útero gravídico Áreas com implantes metálicos Equipamentos de calor superficial: aumentam a temperatura em um limite de 40 a 45° Forno de Bier: adequado para membros e tronco, em formato de U. Sua técnica consiste em despir a área a ser tratada, retirar objetos metálicos, envolver local com toalha úmida para proteção da pele, explicação para o paciente do que ele irá sentir, ligam-se as resistências e coloca-se toalhas ou cobertores para evitar a perda de calor. O tempo de aplicação é de 20 a 30 minutos Banho de parafina: tanque de aço inoxidável com resistência elétrica para aquecer e derreter a parafina. Apresenta termostato para medir a temperatura, que deve alcançar 55°. Na técnica de imersão, o membro deve ser mergulhado para formar um envoltório de 1cm, depois envolvido com saco plástico ou toalha. Na técnica de pincelamento, aplica-se a parafina utilizando pincel, depois envolve-se a região com saco plástico ou toalha seca. Deve ser realizado de região distal para proximal. Seu tempo de aplicação é de 20 a 30 minutos. Tem como indicações processos álgicos, inflamatórios, traumáticos, reumáticos e circulatórios. Infravermelho: transmissão eletromagnética, sem contato direto entre a fonte de calor e o corpo, pois os raios IV atravessam o ar sem aquecê-lo. Os raios penetram cerca de 5 a 10mm da derme. Sua técnica de aplicação consiste em despir a área, posicionamento confortável, explicação da sensação (calor agradável), posicionamento do paciente a um ângulo reto com a área tratada, a uma distância de 50cm. Tempo de aplicação é de 20 a 30 minutos. Tem como indicações dores, espasmos, rigidez articular, hematomas e contraturas. Equipamentos de calor profundo: que podem atingir até os ossos dependendo de sua intensidade Ondas Curtas: radiação em alta frequência. Do tipo contínuo, com emissão constante de ondas de alta frequência, e pulsátil, com emissão de pulsos de curta duração e longos períodos de pausas. O aparelho se compõe de um circuito primário (o próprio aparelho de Ondas Curtas) e um circuito secundário composto de eletrodos. O primeiro método de uso é o capacitivo, onde as cargas iônicas se deslocam, aproximando-se ou afastando-se. Este método tem como influências a potência aplicada, o tamanho dos eletrodos e a distância entre os mesmos e o tecido. O segundo método é o indutivo, através da criação de um campo magnético oscilante que penetra no tecido. Sua indicação é crônica (contínuo). Sua indicação pulsada é para condições agudas e subagudas, sem ultrapassar 20W de potência. Em ambos, a aplicação é de 10 a 20 minutos. Microondas: correntes eletromagnéticas em alta frequência, trata-se de uma radiação não-ionizante cuja principal responsável pela transformação térmica da energia é a água. O micro-ondas pode ser dirigido diretamente sobre o tecido que se deseja tratar, minimizando os riscos de sobreaquecimento dos tecidos limítrofes. Sua ação depende da propriedade elétrica do tecido, seu conteúdo de água e dos fenômenos de reflexão entre tecidos de diferentes propriedades. Tempo de aplicação não deve ultrapassar 12 minutos. Ultrassom: oscilações cinéticas ou mecânicas que se aplica sobre a pele, com elevada frequência. É composto de um efeito mecânico (vibração de tecido [micromassagem] acelerando a difusão na membrana e causando calor) e um efeito térmico (através da resistência dos tecidos que gera atrito molecular causado calor). Possui modalidades continua, com 50% de efeito mecânico e 50% térmico, e pulsada, com pausas para dissipar o efeito térmico. Caso aplicado sem movimentação, pode causar ondas estacionárias e cavitação tecidual.
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