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Direito Civil 7

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Direito Civil – 2º Bimestre
Aula 01 – 13/04/2018
Os direitos reais no Código Civil de 2002 – apanhado geral, antes de entrar na posse
	No Código Civil, a posse vem antes mesmo dos direitos reais (propriedade e outros). 
	Por que fala antes da posse e depois dos direitos reais? A posse não é direito real, mas é um tema afeto; está relacionado com os direitos reais. Há 3 artigos que temos que olhar para saber se configurou a posse. O primeiro artigo diz que a posse ocorre quando alguém, não proprietário, exerce um ou alguns dos poderes inerentes à propriedade (UGDR) - Possuidor. 
	Página 24, Gonçalves. (fala da disposição do Código) – (30,2 / 1511 – no ebook). O princípio da perpetuidade aplica-se somente à propriedade, os demais são temporários.
O Código Civil regula o direito das coisas no Livro III de sua Parte Especial. Trata primeiramente da posse e, em seguida, dos direitos reais. Destes, o mais importante e mais completo é o direito de propriedade, que constitui o título básico (III) desse Livro. Os demais resultam de seu desmembramento e são denominados direitos reais menores ou direitos reais sobre coisas alheias. São regulados nos Títulos IV a X do aludido Livro III, sendo os primeiros (superfície, servidões, usufruto, uso, habitação, direito do promitente comprador, concessão de uso especial para fins de moradia e concessão de direito real de uso) chamados de direitos reais de gozo ou fruição, e os três últimos (penhor, hipoteca e anticrese), de direitos reais de garantia. (Gonçalves, p.24)
	Os direitos reais maiores é apenas 1, o de propriedade. Os demais, direitos reais menores. Os menores dividem-se em de gozo ou fruição e de garantia (penhor, hipoteca e anticrese).
	A posse não é um direito real, mas um fato; Por que? Pelo princípio da taxatividade; se fosse, ela estaria no art. 1.225. Então a posse é um fato que, com o passar do tempo, se consolida, que acaba gerando direitos àquela pessoa que está em poder da coisa.
	A propriedade é direito real básico pois dele desmembram-se os direitos reais menores.
	Obs.: Professor disse que iria disponibilizar esse material no e-mail da sala, porém disse que tudo isso está no livro do Gonçalves – verificar.
	Importante: anotar a classificação dos direitos reais menores (subclassificação/subdivisão dos direitos reais menores):
De gozo ou fruição
Inciso II ao XIII, com exceção do VIII, IX e X.
Direitos reais de garantia
VIII, IX e X (penhor, hipoteca e anticrese)
	Para LAFAYETTE (apud GONÇALVES)
O domínio (vínculo entre a pessoa e o bem), com efeito, como assinala Lafayette, é suscetível de se dividir em tantos direitos elementares quantas são as formas por que se manifesta a atividade do homem sobre as coisas corpóreas. E cada um dos direitos elementares do domínio constitui em si um direito real, como, por exemplo, o direito de usufruto, o de uso e o de servidão. Tais direitos, desmembrados do domínio e transferidos a terceiros, denominam-se direitos reais na coisa alheia, ou sobre coisa alheia (jura in re aliena). (Gonçalves, p.25).
	Domínio: ou seja, o que caracteriza aquele poder que a pessoa exerce sobre a coisa.
	Coisas Corpóreas: para ser domínio, a coisa tem que ser corpórea; se for incorpórea, não é tangível. Já se for incorpórea, há a titularidade, que é chamada apenas de propriedade. É um bem, há valor econômico, mas não há domínio.
	Jura in re aliena: direito na coisa de outro; o usufrutuário não é dono, mas usa e goza; o usuário não é dono, mas usa e goza na medida de suas necessidades e de sua família; o habitador não é dono, mas mora na casa, se utiliza; assim como na servidão, em que um imóvel vai sofrer restrição para que um outro imóvel receba um aumento na sua utilidade, tanto que um vai ser chamado de dominante (que teve aumento), e outro de serviente, que teve a diminuição, por isso precisa-se de dois imóveis e tipo legal ainda diz que pertença a dono diferentes, e há de se estabelecer por meio de pacto entre essas pessoas.
O direito de propriedade (“direito real maior”)
	Art. 1.231: propriedade plena – quatro direitos elementares na mão do proprietário. Propriedade limitada, quando o proprietário desmembra os direitos elementares.
	Quando ele desmembra, o proprietário temporariamente fica sem algum ou alguns de seus poderes. É o que a doutrina chama de nu-proprietário. Ele volta a ter a propriedade plena quando, pelo princípio da consolidação, os poderes voltam às suas mãos.
	Exclusiva. Porque só o proprietário exerce poderes daquela natureza. Pode ser que ela não seja exclusiva? Sim. Até mesmo a posse pode ser exclusiva ou não, vai depender se outras pessoas exercem os mesmos poderes daquele titular. O art. 1.231 fala que se presume ser plena e exclusiva, mas é iuris tantum (relativa, admite prova em contrário).
	Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem.
	É que o dono do principal é o dono do acessório; é máxima jurídica, um PGD; essa é a regra, mas nem sempre. Os direitos reais menores são exceção a esse princípio, como o direito real de superfície onde terá uma construção pertencente a uma pessoa e o solo pertencente a outra pessoa. A superfície é o direito de construir ou plantar em terreno de outrem. Exemplo de goiabeira plantada em terreno de outro, que passa a ser ao dono do solo, e a goiaba passa a ser do dono do terreno, mas se tivesse sido pacto o direito de superfície, aí não; isso seria exceção.
O direito do usufruto (“direito real menor”)
	Art. 1.412, a delimitação para se perceber os frutos.
	A propriedade é ampla, o uso é restrito e a habitação é mais restrita ainda. Ele não tem o direito de usufruir, de gozar, mas de utilizar para sua família.
Conclusão
	Propriedade: direito complexo e completo – Usar; Gozar; Dispor e Reaver.
	Usufruto: mais restrito que a propriedade, pois depende da propriedade. O usufrutuário pode usar e gozar, mas não pode dispor; não pode transferir o direito e usar e gozar, mas pode ceder ou emprestar temporariamente.
	Uso: espécie de usufruto, mas de abrangência mais restrita, pois é insuscetível de cessão.
	Habitação: direito ainda mais restrito, e consiste na faculdade de residir em um prédio com a sua família.
Quanto à posse, segundo LAFAYETTE..
	Posse jurídica: aquela que tem a proteção do código. O código protege a posse, as vezes até mais que o proprietário.
	
A Posse (Página 45 Gonçalves)
	Aqui, atenção. Até agora até a página 25, 26, etc. do Gonçalves.
	Posse tem uma carga muito grande.
	Primeira coisa a distinguir: ela pode se originar no Jus possessionis (possuidor) e Jus possidendi (proprietário).
	Para Gonçalves:
	“O nosso direito protege não só a posse correspondente ao direito de propriedade e a outros direitos reais como também a posse como figura autônoma e independente da existência de um título.”
	Dois tipos de posse:
Causal (ou titulada): inerente à propriedade e aos demais direitos reais menores. Ela é causal porque que tem uma causa, por exemplo, um contrato de compra e venda. No usufruto, é concedido a outra pessoa.
Formal (sem título): Nesse caso não é a que tem título, mas aquela que não tem forma. Autônoma, decorrente de uma situação de fato. Como visto, a posse não é um direito real, mas uma situação de fato.
Conceitos (página 46)
	“Se alguém se instala em um imóvel e nele se mantem mansa e pacificamente, por mais de anos e dia [*] cria uma situação possessória que lhe proporciona direito a proteção. Tal direito é chmado jus possesionis ou posse formal, derivado de uma posse autônoma, independente de qualquer título. É tão somente o direito fundado na posse (possideo quod possideo [‘posse pela posse’ ou ‘posse de invasor’]) que é protegido contra terceiros e até mesmo o proprietário. O possuidor só perderá o imóvel para este, futuramente, nas vias ordinárias. Enquanto isso, aquela situação será mantida contra terciros que não possuam nenhum título nem melhor posse.”
* Atenção:isso define a posse nova e a posse velha. Se a posse for nova, o proprietário tem direito de liminar. Com um ano e um dia ele tem direitos sobre as coisas.
	“... terceiros que não possuam nenhum título nem melhor posso.”, ou seja o invasor pode defender-se contra outros invasores.
	Jus Possidendi
	Tanto no caso do Jus possidendi (posse causal, titulada) como no do jus possessionis (posse autônoma ou formal, sem título) é assegurado o direito à proteção dessa situação contra atos de violência, para garantir a paz social.”
	Por que o legislador decidiu proteger um e proteger o outro também? Função social da propriedade. Porque é mais importante a propriedade cumprir a sua função social.
Aula 02 – 20/04/2018
Noções Gerais Sobre a Posse
	Na aula passada...
* Gonçalves: “O nosso direito protege não só a posse correspondente ao direito de propriedade e a outros direitos reais como também a posse como figura autônoma e independente da existência de um título.”[1: Posse causal; causa porque tem uma causa, o título no cartório CRI, ou a tradição.][2: Os direitos reais menores: inciso II ao XIII. Só o proprietário pode desmembrar; então haverá um pacto entre o proprietário e o titular de direito real menor.][3: É o segundo tipo de posse, chamada formal; formal não porque tem o título, mas em razão à forma (é a posse pela posse).]
	Temos, assim, dois tipos de posse: 
Posse causal (titulada) – “jus possidendi”
É a posse do titular
Posse formal (sem título) – “jus possessionis”
É a posse do invasor; é autônoma, independente de título.
Dentre as classificações da posse, temos a direta (art. 1.197) e a indireta. Ou seja, sobre o mesmo imóvel pode recair duas posses: uma indireta e outra direta. Então há uma posse exclusiva, e uma composse.
Se o locatário pudesse sublocar o imóvel, a situação fica a mesma? Se ele fica na casa, ..., se ele sublocar totalmente, .... (só no final do bimestre).
Nossa teoria sobre a posse é mista: Objetiva (Ihering) – conduta do dono; comportar-se como dono. (art. 1.196; se a posse não é detenção; se não tem vício; e se cumpre a função social).
Quanto à posse formal...
* Gonçalves: Se alguém [...] se instala em um imóvel e nele se mantém mansa e pacificamente, por mais de ano e dia [*], cria uma situação possessória, que lhe proporciona proteção. Tal direito é chamado “jus possessionis” ou “posse formal”, derivado de uma posse autônoma, independentemente de qualquer título.”
	Na verdade, mansa e pacificamente de forma pública; isso para que haja usucapião. Se não é pública, é clandestina; se não é mansa e pacífica é porque é violenta.
	O Art. 1.196 que vai falar da posse, está atrelado ao 1.228 (UGDR). Ou seja, para saber quem é possuidor, deve saber quem é o proprietário.
	Até um ano e um dia ele é invasor. Após, cria-se uma situação de fato.
	A aquisição será originária e não derivada.
Posse de ano e dia
	[*] Trata-se duma instituição segundo a qual quem possui alguma coisa, publica e pacificamente, durante o prazo de 1 ano e um dia, fica colocado, relativamente a essa coisa, perante terceiros, numa posição privilegiada, posição que, antes do decurso desse prazo, não podia de modo nenhum invocar (boletim da faculdade de direito da universidade de Coimbra, volume XXV, 1949, p. 2). ADRIANO.
	
Segundo DINIZ:
“[...] a posse pode ser distinguida em ‘posse nova’, ou de força nova, e ‘posse velha’, ou de força vleha (CPC, art. [sic] 924 e 927, III. É nova se tiver menos de ano e dia, sendo admissível pedido de liminar e ‘velha’ se possuir mais de ano e dia, sem possiblidade de pleitear liminar, para recuperação ‘incontinenti’ da posse.”
E continua:
Consoante o CPC:
* Art. 560
* Art. 567
Nesse passo, quanto aos interditos possessórios:
1) No caso de turbação, o possuidor poderá valer-se da ação de manutenção da posse;
2) No de esbulho, valer-se-á de ação de reintegração de posse;
3) O interdito proibitório, por sua vez, é conferido àquele que, temendo o esbulho ou turbação iminentes, objetiva impelir agressão à sua posse.
Aula 03 – 27/04/2018
Noções sobre a posse
	No ordenamento jurídico temos 02 tipos de posse. Na maioria das vezes o proprietário é possuidor, porque nosso ordenamento adota a teoria de Ihering.
	Três requisitos: conduta de dono; --; não pode haver violência (em outras palavras, justa, sem vício).
	Nosso ordenamento adota também a sociologia, pois a propriedade é um direito fundamental, mas conforme inciso XXII e XXIII, tem que cumprir função social, e quem cumpre geralmente é o proprietário. Mas nada impede de alguém que não seja dono cumprir a função social, sendo protegido, recebendo proteção, inclusive contra o proprietário.
Quanto à posse formal
	Formal aqui vem de forma, ou seja, a posse o invasor. Essa é a posse autônoma (sem título) e originária.
“jus possessionis” = posse velha
Posse velha, posse de mais ano e dia; difere da posse nova ou de força nova, que é aquela de menos de um ano e dia. Isso tem relevância porque a posse passa a estar configurada após um ano e um dia.
Violência e clandestinidade pode convalescer, e esse ano e dia marca isso. Após ano e dia o proprietário perde a possibilidade de liminar. A posse nova não tem direito à proteção possessória.
A posse velha induz ao “jus possessionis”, que tem proteção em razão do cumprimento da função social. Neste caso, em posse de um direito, “jus possessionis”, ele pode...
Esse prazo é importante porque, contra a posse nova pode o titular do direito lançar mão do desforço imediato (CC, art. 1.210, § 1º) ou obter a reintegração liminar, em ação própria (CPC, art. 560 e ss) ou, ainda, a concessão de tutela antecipada. Entretanto, se velha for a posse, o possuidor terá a proteção dos interditos possessórios. RIBEIRO, Adriano.
Que prazo? Prazo de um ano e um dia. Posse nova? Menos um ano e um dia, contados da invasão. Enquanto proprietário, ele pode valer-se dos interditos possessórios ou da ação reivindicatória. Quanto à tutela antecipada, se houver prova robusta; fumaça do bom direito, liminar.
Se posse velha, possuidor passa a ter o “jus possessiones” podendo o invasor fazer uso dos interditos possessórios.
Consoante CPC
Art. 558 e 561, III
Art. 560 e 567
No Código Civil não tem nada dessa definição de ano e dia; havia no Código de 1916, mas observando o CPC, ele ainda fala dessa questão de ano e dia.
Já o art. 561 traz as provas que o autor deve providenciar: posse; que houve esbulho ou turbação (agressão à posse); a data da turbação ou esbulho (para saber se procedimento comum ou especial).
O art. 560 e 567 dirá quais ação para recuperar a posse: primeiro, desforço próprio (limite do razoável); Ações enquanto possuidor: são três, portanto três os interditos possessórios:
Ação de manutenção de posse;
Ação de reintegração de posse;
Interdito proibitório.
Para cada afronta ao “jus possessionis”, um tipo de ação.
Já a ação reivindicatória é exclusiva de proprietário.
Nesse passo, quanto aos interditos possessórios
No caso de turbação (simples incômodo no exercício da posse) o possuidor poderá valer-se da ação de manutenção (art. 560, CPC);
Aqui não perde a posse, mas está sendo atrapalhado no direito de usar e gozar da coisa.
No de esbulho (perda da posse), valer-se-á da ação de reintegração de posse (art. 560, CPC)
Se perdeu, a ação correta é a reintegração de posse.
O interdito proibitório, por sua vez, é conferido àquele que, temendo o esbulho ou a turbação iminentes, objetiva impedir agressão à sua posse (art. 567, CPC).
O que é posse direta e indireta: Proprietário que dá alguém uso e fruto (DR) – Usufrutuário (UG); difierneça, usufrutuário está com contato direto com a coisa; proprietário não.
O proprietário tem direito a 4 ações; o usufrutuário 3.
Aqui ainda não houve lesão, mas são iminentes.
	Se invadiram parte do imóvel, turbação; se total, esbulho (perda da posse)
Turbação:
É a conduta que impede ou atenta contra o exercício da posse, podendo ser positiva, quando o agente de fato invade o imóvel e o ocupa, ou negativa,quando o agente impede que o real possuidor se utilize de seu bem como, por exemplo, fazendo construções no local. RIBEIRO, Adriano.
Esbulho:
É a retirada forçada do bem de seu legitimo possuidor, que pode ser violenta ou clandestina. Neste caso, o possuidor esbulhado tem o direito de ter a posse de seu bem restituída, utilizando-se, para tanto, de sua própria força, desde que os atos de defesa não transcendam o indispensável à restituição; poderá também valer-se da ação de reintegração de posse para ter seu bem restituído. RIBEIRO, Adriano.[4: Oculta; às escondidas.]
No caso de contrato de aluguel, decorrido o prazo do contrato, a posse passa a ser ilegítima, portanto precária, não sendo jamais convalidada.
Aqui, cuidado, contra posse velha não cabe desforço próprio, porque, neste caso, o possuidor que ingressaria com ação contra o proprietário.
Quanto à posse causal
Conceito Gonçalves (p.46)
	“[...] o direito à posse, conferido ao portador de título devidamente transcrito, bem como ao titular de outros direitos reais, é denominado “jus possidendi” ou posse causal.
	Nesses exemplos, a posse não tem qualquer autonomia, constituindo-se em conteúdo de direito real. ADRIANO
Proteção contra atos de violência / garantia da paz social
* Tanto no caso do “jus possidendi” (posse causal, titulada) como no do “jus possessionis” (posse autônoma ou formal, sem título) é assegurado o direito à proteção dessa situação contra atos de violência, para garantir a paz social.
Até porque essa é a missão do poder judiciário; se a parte, por desforço próprio não conseguir, busca solução no poder judiciário.
 “Jus possessionis” X “Jus possidendi”
Segundo Gonçalves (p.47, no pdf, p.53): “o ‘jus possessionis persevera até que o ‘jus possidendi’ o extingua”!
* Pois, obtempera: 
Aula 04 – 04/05/2018
Quanto à posse causal
	Quanto à causal, entenda-se causa jurídica: título. No direito real maior, contrato de compra e venda, que com o registro no CRI (do imóvel) transfere a propriedade; nos direitos reais menores (quando fraciona os direitos elementares), também o faz por meio de um pacto. Por isso posse titulada.
	Também vimos que há a posse formal, ou seja, sem título, que é a posse autônoma, sendo a aquisição originária, pois é uma invasão, e ao invadir tem apenas uma situação de fato. Sendo posse nova, há violência (por exemplo, derrubou a cerca); os vícios podem ser violências, clandestinidade e precariedade. E para efeito de perpetuidade, não pode haver vício, como no caso de usucapião. E isso ocorre com a posse velha (1 ano e dia), passando a ter direito.
	Vimos que após um ano e dia essa situação se consolida atribuindo aquele invasor um direito, que passa a ser possuidor.
	Vimos também os interditos possessórios: 1 – manutenção de posse (turbação); 2 – reintegração de posse (esbulho – perda da posse); 3 – interdito proibitório, quando há ameaça iminente (art. 567).
	Portanto, possuidor (invasor com mais de ano e dia) conta com esses interditos, mesmo contra o proprietário. O proprietário também pode, e conta ainda com a reivindicação (exclusivo dele).
“Jus possessionis” X “Jus possidendi”
Segundo Gonçalves (p.47, no pdf, p.53): “o ‘jus possessionis persevera até que o ‘jus possidendi’ o extingua”!
* Pois, obtempera: 
Se o possuidor não é realmente o titular do direito a que a posse se refere, das duas uma: 
O titular abstém-se de defender os seus direitos, e a inércia vai consolidando a posição do possuidor, que acabará, eventualmente, por ter um direito à aquisição da própria coisa possuída, por meio da usucapião; ou
O verdadeiro titular não se conforma e exige a entrega da coisa, pelos meios judiciais que a ordem jurídica lhe faculta (interditos possessórios), que culminam na reivindicação e permitem a sua vitória. Assim, enquanto não o fizer, o possuidor continuará a ser protegido (até que o jus possidendi extingua o jus possessionis).
	Neste conflito, que leva a melhor? A princípio, quem tem o título, pois tem melhor posse, mandando o invasor sair. Portanto, ao final, ou liminarmente, quem tem o título leva a melhor. A segunda hipótese é quando há invasão, mas o proprietário não exerça seu direito subjetivo (pois tem essa faculdade), deixando de exercer seu direito de reivindicação, que afeta a perpetuidade. Não havendo contestação, após lapso temporal, ingressa-se com ação de usucapião, comprovando-se que não houve reinvidicação, e em exceção ao princípio da perpetuidade, com perda do titulo, sendo que o jus possessionis extinguirá o jus possidendi.
Teorias sobre a posse
O estudo da posse é repleto de teorias que procuram explicar o seu conceito. Podem, entretanto, ser reduzidas a dois grupos: o das teorias subjetivas, no qual se integra a de FRIEDRICK KARL VON SAVIGNY, que foi quem primeiro tratou da questão nos tempos modernos; e o das teorias objetivas, cujo principal propugnador foi RUDOLF VON IHERING.
	Algumas teorias intermediárias ou ecléticas, como as de FERRINI, de RICCO BONO e de BARASSI, pouca repercussão tiveram. No início do século passado novas teorias surgiram dando ênfase ao caráter econômico e à função social da posse, sendo denominadas teorias sociológicas. Merecem destaque as de PEROZZI, na Itália; de SALEILLES, na França; e de HERNANDEZ GIL, na Espanha.
Trabalho: fala sobre a classificação da posse. (será colocado no face)
Tema: Classificação da Posse. São, no total, 08 classificações. Vai da página 78 até 105, do Gonçalves (95 no PDF). Posse direta e indireta, posse exclusiva, composse, posse nova e velha, posse justa e injusta; de boa-fé e de má-fé; etc. Data da Entrega: dia da prova (que será objetiva).
	A conceituação da posse não é coisa muito fácil. Veremos três artigos. Quanto aos grupos, podemos reduzir a três, mas segundo Gonçalves a duas: subjetivas e objetivas.
	Essa teoria subjetiva, segundo ele, desenvolvida por SAVIGNY (sendo um dos que mais criticaram a codificação, pois gera fossilização do direito). A princípio, trouxe que a questão da posse deveria haver o corpus e o animus, para configurar a posse. Corpus: a coisa em seu poder; segundo, o animus, que é querer se o dono daquela coisa; veja que esse animus é um critério subjetivo; como saber se a pessoa quer ser dono daquela coisa? Por isso teoria subjetiva. Uma das falhas, é o que ocorre no contrato de locação em que há a posse, mas não há a vontade de ser dono.
	Por isso surge um segundo bloco, que é o das teorias objetivas, propugnada por IHERING. Para ele, para configuração da posse precisa-se de apenas um elemento, que é o corpus, mas não o contato com a coisa (como dizia SAVIGNY), mas que o possuidor pareça ser dono: por isso teoria objetiva.
	Teorias ecléticas: não tiveram repercussão pois na verdade tentaram fazer uma junção entre a teoria subjetiva e a objetiva, não trazendo nada de novo.
	Teorias sociológica: caráter econômico (progresso); Se não considerarmos as intermediárias, esse seria o terceiro bloco.
	Saleilles também foi um dos grandes críticos da codificação. Essas teorias sociológicas tem o problema de terem sido desenvolvidas em países de primeiro mundo. O Brasil, acaba adotando a teoria objetiva e as sociológicas (apesar de ser um país de terceiro mundo).
Aula 05 – 14/05/2018
* Trabalho! (está na página) – classificação da posse: classificação é para fins didáticos (para poder estudar) – optou pela de Gonçalves (mais básicas) – Data entrega (dia da prova): 08/06/2018
Teoria sobre a posse
- Segundo Gonçalves (p. 48-49)
	Importante para entender a posse. Não é só a de Ihering que é adotada no Brasil, mas há forte influência das teorias sociológicas.
	Conceito de posse e detenção não são coisas fáceis de fazer. A teoria, além da conceituação, tem a ver com a destruição desse conceito de posse em vários dispositivos de direito.
	1º, conduto de dono, 2º se não é detenção, 3º, se essa posse não é violenta, clandestina ou precária (vício), aí é posse.
Dois grupos (?)
- “o das teorias subjetivas (SAVIGNY)”
	O termo subjetivo tem a ver comalgo individual. Questão subjetiva: saber se a pessoa (que tem o contato com o bem) tem ou não a vontade de ser dono daquela coisa.
- “o das teorias objetivas (IHERING)”
	Objetiva tem a ver com objeto. Aluno de Savigny, traz que não se pergunta se quer ser o dono, mas se parece ser o dono. Ou seja, basta que se observa que ele exerça um poder inerente a quem tem a propriedade do objeto.
- “Teorias intermediárias ou ecléticas” (FERRINI, RICCOBONO e BARSSI)
	Também são chamadas de mistas (das objetivas e das subjetivas)
- “Teorias sociológicas (PEROZZI, na Itália; SALEILLES, na França; e HERNANDEZ GIL, na Espanha).
	Consideram a função social para configurar a posse. São importantes.
	Tem em comum: países desenvolvidos. O problema é que o Brasil, país de 3º mundo e subdesenvolvido, tenta a aplicar essas teorias.
	Imóvel urbano: moradia; imóvel rural: que produza; se assim, cumpre sua função social.
* Portanto, o foco do nosso estudo será:
1) A das teorias subjetivas de SAVIGNY;
	É a que conjuga corpus + animus: dois elementos para caracterização da posse.
2) A teorias objetivas de IHERING;
	Apenas um elemento, o corpus: parece ser dono.
3) As teorias sociológicas (de PEROZZI, SALEILLES e HERNANDEZ GIL).
	Função social da propriedade, aliada a um caráter econômico.
A teoria subjetiva de SAVIGNY
	O mérito de FRIEDRICH KARL VON SAVIGNY foi ter descoberto, quando procura reconstruir a dogmática da posse no direito romano em sua obra clássica sobre o assunto intitulada ‘Tratado da posse’ (“Das Recht des Besitzes’), a posição autônoma da posse, afirmando categoricamente a existência de direitos exclusiva e estritamente resultantes da posse – o ‘ius possessionis’ (decorre dessa situação de fato); e neste sentido, sustentou que só este ‘ius possessionis’ (que não tem o título, mas uma situação de fato) constituía o núcleo próprio da teoria possessória. (‘opicit.’, p.49).
	Para SAVAGNY, a posse caracteriza-se pela conjugação de dois elementos:
O corpus, elemento objetivo que consiste na detenção física da coisa, e o animus, elemento subjetivo, que se encontra na intenção de exercer sobre a coisa um poder no interesse próprio e de defendê-la contra a intervenção de outrem. Não é propriamente a convicção de ser dono, mas a vontade de tê-la como sua, de exercer o direito de propriedade como se fosse o seu titular.
	Assim, para a teoria “savignysta”, a posse é composta:
Por um elemento objetivo, o ‘corpus’, isto é, “ter a coisa em seu poder”: 
E por elemento subjetivo, o ‘animus’, ‘animus domini’ (intenção de ser dono) ou ‘animus rem sibi habendi’ (intenção de ter a coisa para si).
Segundo GONÇALVES: 
Os dois citados elementos são indispensáveis; pois se faltar o corpus, inexiste posse e, se faltar o animus, não existe posse, mas mera detenção. A teoria se diz subjetiva em razão desse último elemento. Para Savigny, adquire-se a posse quando, ao elemento material (poder físico sobre a coisa) vem juntar-se o elemento espiritual, anímico (intenção de tela como sua). RIBEIRO, Adriano.
Aula 06 – 18/05/2018
Teorias sobre a posse (áudio +- 10 min)
A teoria subjetiva de SAVIGNY
	Essa teoria não é adotada em nosso ordenamento, porque só haveria a posse DIRETA. Já a do IHERING, DIRETA e INDIRETA.
	Todavia, para SAVIGNY, é necessário a conjugação do elemento objetivo e subjetivo. É chamado de subjetivo porque tem a ver com aquilo que o individuo acha (intenção de ter a coisa para si). Se ele tem o corpus, mas não tem o animus, ele teria a detenção (se faltar o contato, não tem nada).
Segundo GONÇALVES: 
(...)
Não constituem relações possessórias, portanto, na aludida teoria:
Aquelas em que a pessoa tem a coisa em seu poder, ainda que juridicamente fundada (como na locação, no comodato, no penhor, etc.), mas que lhe falta a intenção de tê-la como dono. ADRIANO.
Porque isso é preocupante? De não ser reconhecida a posse a essas pessoas? O direito de defesa, que essas pessoas não teriam.
Nesse ponto, a referida teoria não encontrou sustentáculo. O direito moderno não pode negar proteção possessória ao arrendatário, ao locatário (relação obrigacional) e ao usufrutuário (relação jurídica real), que têm a faculdade de ajuizar as medidas competente (M;R;I.P)enquanto exercerem a posse, sob a alegação de que detém a coisa ‘animo nomine alieno’.
No caso da relação jurídica real, a posse advém do “jus possidendi”, mas na teoria subjetiva, mesmo o titular do “jus possedendi” não teria a posse, porque ele não teria o “animus”, a vontade de ser dono.
SAVIGNY -> Solução tangencial -> Posse DERIVADA (credor pignoratício (penhor), depositário da coisa litigiosa (depositário fiel)).
Contrariando própria tese, admitindo a posse sem intenção de dono, SAVIGNY mostrou a fragilidade de seu pensamento.
SAVIGNY, percebendo o problema, passa a reconhecer a posse DERIVADA, que é, entre posse e detenção, haveria a posse DERIVADA, para garantir que essas pessoas (arrendatário, locatário, etc.), embora não tivessem posse, na teoria dele, pudessem a defender.
A teoria objetiva de IHERING
	A teoria de RUDOLF Von IHERING: 
É por ele próprio denominada objetiva porque não empresta à intenção, ao animus, a importância que lhe confere a teoria subjetiva (já na de Savigny essa teria que perguntar se quer ter a coisa para si ou não). Considera-o como já incluído no corpus e da ênfase, na posse, ao seu caráter de exteriorização da propriedade. Para que a posse exista, basta o elemento objetivo, pois ela se revela na maneira como o proprietário age em face da coisa. ADRIANO.
	Para IHERING, portanto, basta o ‘corpus’ para a caracterização da posse. Tal expressão, porém, não significa contato físico com a coisa, mas sim conduta de dono. Ela se revela na maneira como o proprietário age em face da coisa, tendo em vista sua função econômica.
	Ex.: (faltou). ADRIANO.
Obs.: no Brasil, para caracterizar a posse, primeiro olha-se o art. 1.196: possuidor é aquele que tem de fato o exercício pleno ou não de alguns poderes inerentes a propriedade (conduta de dono, IHERING); não basta somente isso, por isso o art. 1.200 (Violência, Clandestinidade e Precária), ou seja, a posse do art. 1.196 não pode ter vício; ainda assim, só será possuidor se não for considerado detentor, ou seja, parece posse, mas não é posse. A diferença entre posse e detenção é o art. 1.198, ou seja, essa posse ou exercício de algum direito de propriedade, em nome de terceiro. Somente será posse se exercido em nome próprio. Como visto, a violência e a clandestinidade podem desaparecer, como quando há invasão e o proprietário não faz nada, entrando a questão do lapso temporal, ou seja, 1 ano e um dia, onde passa a ter direito (posse pública, mansa e pacífica). Clandestinidade é mais difícil. Por exemplo, sujeito usa somente a noite sem que o proprietário fique sabendo.
Aula 07 – 25/05/2018
Teorias sobre a Posse
	A teoria subjetiva de SAVIGNY (1º grande bloco);
		É subjetiva porque depende do elemento ‘animus’. Por que? Intenção de ser dono, de ter a coisa como suas; também precisa do ‘corpus’ (é elemento objetivo), contato físico com a coisa, portanto, somente a posse direta. Com o ‘corpus’, mas sem o ‘animus’, mera detenção. Para a teoria de SAVIGNY o locatário, o usufrutuário e o arrendatário tem contato com a coisa, mas como não tem intenção de ser dono (‘animus’), eles não teriam a posse. Percebendo a falhar, trouxe a posse derivada, ou seja, uma solução tangencial, um remendo nessa teoria, ao reconhecer pessoas que necessitam de proteção possessórias. Posse derivada reconhece que algumas pessoas têm posse e dá-se a elas proteção possessória. Criar essa posse derivada para conceder proteção a essas pessoas.
	A teoria objetiva de IHERING (2º grande bloco);
	Vimos também que pode haver um 3º bloco, que é o das teorias sociológicas, e essas importantes por influenciam a CF/88. Vimos que nosso Código adota a de IHERING, porque pelo art. 1.197 prevê a posse direita e a posse indireta.
	A teoria objetiva tem esse nome porque não emprestaao ‘animus’ a relevância que o SAVIGNY dá; ou seja, pouco importar se o possuidor quer ou não ser dono da cosia. Para essa teoria, objetiva, é que se tenha o ‘corpus’, mas não o mesmo de SAVIGNY, mas diferente, que é a conduta de dono.
Para GONÇALVES:
1) 
2)
3)
Ex.: Assim, o lavrador que deixa sua colheita no campo não a tem fisicamente; entretanto, a conserva em sua posse, pois que age, em relação ao produto colhido, como o proprietário ordinariamente o faz. Mas, se deixa no mesmo local uma joia, evidentemente não mais conserva a posse sobre ela, pois, não é assim que o proprietário age em relação a um bem dessa natureza.
Para configurar a posse basta, portanto, atentar no procedimento externo (não precisa do interno, como SAVIGNY), uma vez que o ‘corpus’ constitui único elemento visível e suscetível de comprovação. Para essa verificação não se exige um profundo conhecimento, bastando o senso comum das coisas (o dono faria isso? Se sim, tem conduta de dono, portanto posse).
Para fixar, leitura do art. 1.196: possuidor todo aquele que tem o exercícios dos poderes inerentes à qualidade de proprietário: usar, gozar, dispor (conduta de dono).
A questão da proteção possessória para IHERING...
	Discorrendo sobre o motivo legislativo da proteção possessória, sublinha IHERING que ela foi instituída com o objetivo de facilitar e aliviar a proteção da propriedade.
	Ou seja, qual o objetivo de se proteger a posse? Proteger o proteger o proprietário, porque na maioria das vezes o possuidor é também o proprietário, porque o proprietário também tem posse; é esse que reúne todos os poderes. Ou seja, é facilitar a proteção, não exigir a prova do domínio, da propriedade, ou seja, título devidamente registrado, ou seja, princípio da publicidade (quando registra).
* (...) Em vez de prova da propriedade, que o proprietário deve fazer quando reclamar uma coisa em mãos de terceiros (reivinditio), bastará exibir a prova da posse, em relação àquele que dela o privou.
O que ele está dizendo? Na ação reivindicatória é preciso comprovar a propriedade, porque é ação exclusiva do proprietário. Mas se a ideia foi facilitar a proteção da propriedade, o que isso significa? Que o proprietário tem outros meios que não as ações possessórias: ..., ..., interdito proibitório.
Em geral, o possuidor é simultaneamente o proprietário; os casos em que isto não acontece são uma ínfima minoria. Podemos, pois, designar o possuidor como o ‘proprietário presuntivo’. Quem está usando o relógio, morando na casa, presume-se ser o dono (presunção relativa).
Conforme Gonçalves: (...) 
É verdade que, para facilitar ao proprietário a defesa de seu interesse, em alguns casos vai o possuidor vai obter imerecida proteção. Isso ocorre quando o possuidor não é proprietário, mas um intruso. Como a lei protege a posse, independentemente de se estribar (apoiar) ou não em direito esse possuidor vai ser protegido, em detrimento do verdadeiro proprietário.
* IHERING reconheceu tal inconveniente (nesses casos ínfimos); mas explica que esse é o preço que se paga, nalguns casos, para facilitar o proprietário, protegendo-lhe a posse.
Obs.: a proteção é provisória, e o intruso será convencido pelos meios ordinários de que o proprietário tem melhor posse que ele, durante até o final da ação possessória ou do interdito possessório.
Aula 08 – 04/06/2018
Teorias sobre a posse
Teoria subjetiva
Desenvolvida por SAVAGNY;
Teoria objetiva (não tem prioridade o elemento subjetivo; se quer ou não ser dono)
-> Segundo IHERING, para que a posse exista, basta o elemento objetivo, ou seja, o ‘corpus’.
-> A conduta de dono pode ser analisada objetivamente, sem a necessidade de pesquisar-se a intenção do agente. (por isso IHERING dá o nome de teoria objetiva)
-> A posse, então, consubstancia-se na exteriorização da propriedade, na visibilidade do domínio. (isto é, aquele que aparenta ser dono) (nesse sentido a posse é a exteriorização da propriedade)
-> O possuidor é o ‘proprietário presuntivo’ (presume-se que quem está na posse é o proprietário), até prova em contrário na ação possessória competente! (ou seja, presunção relativa)
-> A ‘proteção imerecida do intruso’ é o preço que se paga pela “proteção imediata e facilitada do direito de propriedade”! (é o porquê de se proteger, às vezes, o intruso)
-> A teoria objetiva ou “iheringuiana” foi adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro... (alguns ordenamentos jurídicos adotam a teoria subjetiva)
“Art. 485. Considera-se possuidor todo aquele, que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes ao domínio, ou propriedade.” (L.3071/16 – CC/16)
“Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.” (L. 10.406/02) (teoria do IHERING)
-> Nota-se, contudo, a influência de outras teorias na legislação em vigor...
* art. 5º, “caput”, XXII e XXIII (teoria sociológica, por exemplo)
* Art. 1.228, § 1º e 3º, CC
Obs.: ler e entender o exemplo do homem que caminha com chapéu na cabeça (Venosa).

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