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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pré-projeto TCC1 Gerenciamento de resíduos da construção civil Thatyane Gomes da Silva Pereira Orientador: prof. Fernando de Oliveira Miranda Cidade 2018 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pré-projeto TCC1 Gerenciamento de resíduos da construção civil Thatyane Gomes da Silva Pereira Orientador: prof. Fernando de Oliveira Miranda Trabalho apresentado por Thatyane Gomes da Silva Pereira como Pré projeto TCC1 do periodo academico 2018-1 do curso de Engenharia Civil da Universidade Estácio de Sá, campus Santa Cruz sob a orientação do professor Prof. Fernando de Oliveira Miranda. Cidade 2018 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pré-projeto TCC1 Gerenciamento de resíduos da construção civil Thatyane Gomes da Silva Pereira Aprovada em ____/____/_____. BANCA EXAMINADORA _________________________________________________ Prof. Fernando de Oliveira Miranda __________________________________________________ Nome Completo Titulação-Instituição __________________________________________________ Nome Completo Titulação-Instituição CONCEITO FINAL: _________________ Rio de Janeiro 2018 RESUMO As empresas atualmente vêm buscando, a partir de exigências, sejam elas do órgão ambiental, ou de mercado, melhorias quanto ao impacto ambiental gerado pelo seu processo produtivo. Em especial empresas de construção civil, por gerarem uma enorme quantidade de resíduos. Assim sendo, o presente trabalho teve como objetivo analisar as questões ambientais relacionadas aos resíduos gerados por uma construção civil, a fim de propor diretrizes para a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e da aplicação da metodologia da Construção Mais limpa. A metodologia utilizada foi a de uma pesquisa exploratória, através de dados coletados junto às empresas, através da internet, de pesquisa bibliográfica e documental. Assim sendo, a proposta do Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR) foi baseada nos princípios da minimização e da não geração de resíduos, que descreve as ações relativas ao seu manejo, segregação, acondicionamento, coleta, transporte interno e disposição final. Já a metodologia de Construção mais limpa, baseada nos mesmos princípios do PGR, torna mais eficiente o uso dos materiais e energia, através de modificações nos processos produtivos, nas práticas de construção e de reutilização. Por fim, concluiu-se com este trabalho que fortalecer o conhecimento sobre essas metodologias e incentivar as construtoras na aplicação dessas ferramentas, torna-se uma opção bastante atraente para a sustentabilidade das organizações. Palavras chaves: Plano de Gerenciamento de Resíduos, Resíduos Sólidos, Construção mais limpa, construção civil. ABSTRACT Companies are now seeking, from requirements, whether environmental or market, improvements in the environmental impact generated by their production process. In particular construction companies, for generating a huge amount of waste. The objective of this study was to analyze environmental issues related to waste generated by a civil construction, in order to propose guidelines for the elaboration of a Solid Waste Management Plan and the application of the Cleaner Construction methodology. The methodology used was an exploratory research, through data collected from companies, through the internet, bibliographical and documentary research. Therefore, the Waste Management Plan (WMP) proposal was based on the principles of minimization and non-generation of waste, which describes the actions related to its management, segregation, packaging, internal transportation and final disposal. The Cleaner Construction methodology, based on the same principles of WMP, makes the use of materials and energy more efficient, through changes in production processes, construction practices and reuse. Finally, it was concluded with this work that to strengthen the knowledge about these methodologies and to encourage the constructors in the application of these tools, it becomes a very attractive option for the sustainability of the organizations. Key words: Waste Management Plan, Solid Waste, Cleaner Construction, Civil Construction. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7 2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 9 3. OBJETIVO ...................................................................................................................... 9 a. Objetivo Geral ................................................................................................ 19 b. Objetivos Específicos ........................................................................................ 9 4. METODOLOGIA ......................................................................................................... 10 5. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 10 a. Referencial Teórico......................................................................................... 10 6. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 11 7. CRONOGRAMA .......................................................................................................... 12 8. REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 13 a. Lista das referências citadas do texto do desenvolvimento ou referencial teórico 1. INTRODUÇÃO O crescimento populacional e consequentemente econômico colocou o Planeta Terra em uma posição desprivilegiada com relação aos respectivos impactos ambientais decorrentes das atividades produtivas. A escassez e poluição das águas, o agravamento da poluição atmosférica, as mudanças climáticas, a geração e disposição inadequada de resíduos tóxicos, a poluição do solo e a perda da biodiversidade são exemplos desses impactos ambientais, que consideram o meio ambiente como um local de aquisição de matéria-prima e destinação de resíduos. A natureza dos problemas ambientais é parcialmente atribuída à complexidade dos processos industriais utilizados pelo homem. Todo produto não importa de que material seja feito ou finalidade de uso, provoca um impacto no meio ambiente, seja em função de seu processo produtivo, das matérias primas que se consome, ou devido ao seu uso ou disposição final (CHEHEBE, 1997). Segundo Leripio (2004), somos a sociedade do lixo, cercados totalmente por ele, mas só recentemente acordamos para este triste aspecto de nossa realidade. Ele diz ainda que, nos últimos 20 anos, a população mundial cresceu menos que o volume de lixo por ela produzido. Enquanto de 1970 a 1990 a população do planeta aumentou em 18%, a quantidade de lixo sobre a Terra passou a ser 25% maior. Os resíduos sólidos são amontoados e enterrados, os líquidos são despejados em rios e mares, os gases são lançados no ar. Assim, a saúdedo ambiente, e consequentemente dos seres que nele vivem, torna-se ameaçada, podendo levar a grandes tragédias (MONOGRAFIAS, 2010). Neste contexto, a busca pela diminuição dos materiais utilizados pelo setor da construção civil é de fundamental importância. A implementação de ações efetivas voltadas para a redução do impacto ambiental representam a possibilidade de se atenuar o atual quadro de degradação ambiental presente tanto em países desenvolvidos, como em países em desenvolvimento. Para os países em desenvolvimento como o Brasil, técnicas de Produção Mais Limpa e Gerenciamento de Resíduos Sólidos, aparecem como uma alternativa para a busca de soluções para os problemas ambientais. Com os Centros Nacionais de Tecnologias Limpas (CNTL), que tem o objetivo de promover praticas organizacionais ambientalmente corretas sob a perspectiva de prevenção de resíduos. Reduzir os impactos através do uso racional de matéria prima, água e energia significam uma opção ambiental e econômica para muitos anos de processo. Assim diminuindo os desperdícios, gerando uma maior eficiência e menores investimentos em problemas ambientais. O Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos implica primeiramente em uma mudança de comportamento por parte de toda a comunidade. Sendo uma atividade que necessite de atitudes ambientais responsáveis e devem ser praticas corriqueiras na indústria, necessitando do comprometimento das chefias e de todo o pessoal envolvido com as atividades de produção, para que o programa tenha chance de sucesso. Tabela 1: Unidades de destinação final do lixo coletado. Fonte: IBGE (2000), modificado 2. JUSTIFICATIVA O gerenciamento de resíduos da construção civil possui grande importância para qualquer obra civil, isso porque além de atender as exigências dos órgãos ambientais e fiscalizadores, tem impacto direto nos custos a serem apresentados. Uma correta destinação e aproveitamento dos resíduos pode garantir certificações e evitar custos extras com novas compras de materiais que podem ser reaproveitados e reutilizado na própria obra. 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Expor ideias e soluções atuais para os resíduos da construção civil (RCC) que visam respeitar e atender as normas e legislações vigentes, além de ter com o objetivo de estabelecer os procedimentos necessários para o manejo, destinação e reaproveitamento ambientalmente adequados de resíduos. Abordar com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010), a elaboração e a implementação do PGRCC são obrigatórias às empresas de construção civil. A Resolução CONAMA nº 307/2002 e alterações determina a obrigatoriedade do PGRCC para os grandes geradores, assim definidos conforme a regulamentação específica. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Os objetivos específicos da pesquisa são: mostrar quais práticas vem sendo utilizadas para o gerenciamento de resíduos no país e no mundo que geraram a otimização na indústria da construção civil, aplicação das normas e diretrizes dos órgãos fiscalizadores, as características físicas, químicas e biológicas que os resíduos da construção civil apresentam e sua grande complexidade e diversidade, de acordo com sua fonte ou atividade geradora. Estudo sobre a classificação do RCC, toma-se por base o Art. 3° da Resolução CONAMA 307/2002, que divide os resíduos da construção civil em quatro categorias distintas, sendo as classes A e B recicláveis e as classes C e D não recicláveis. No ano de 2004, essa resolução foi alterada pela CONAMA 348/04 a qual passou a incluir o amianto na classe de resíduos perigosos. Em 2011, o gesso foi realocado para a classe de resíduos recicláveis através da Resolução n° 431/11. A última atualização da Resolução ocorreu em 2012 através da CONAMA 448/12, porém, não houve modificação na classificação dos resíduos. Apresentar formas e vantagens da redução e reciclagem de RCC apresentando vantagens ambientais e econômicas que tem apresentado ampliação devido à implantação de usinas de reciclagem em municípios médios e grandes brasileiros. Empresários analisam a possibilidade de reciclar estes resíduos em parceria com as prefeituras ou individualmente. Há vários estudos acerca do uso de entulho em institutos de pesquisas e universidades. 4. METODOLOGIA Este trabalho foi conduzido por meio de pesquisa exploratória e descritiva realizada a partir do levantamento de artigos científicos e dissertações indexados na base de dados, além de livros relacionados ao tema de gerenciamento de resíduos sólidos da construção civil. 5. DESENVOLVIMENTO 5.1 Referencial Teórico ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004). NBR 10004 – Resíduos Sólidos – Classificação. 2ª ed. São Paulo. ADAMS, K.T.; PHILLIPS, P.S.; MORRIS, J.R. A radical new development for sustainable waste management in the UK: the introduction of local authority Best Value legislation. Resources, Conservation and Recycling. Vol. 30. p. 221-244, 2000. ALMEIDA, J. R., MELLO, C. S., CAVALCANTI, Y. Gestão ambiental: planejamento, avaliação, implantação, operação e verificação. 2ª Ed., rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Thex Ed., 2004 ANTUNES, P. A., LAUREANO, G.M.A., Construção Sustentável – Principais Tecnologias e Inovações. UNISUL. Universidade do Sul de Santa Catarina. Tubarão. 2008. ARAUJO, F. A., Aplicação da metodologia de produção mais limpa: Estudo em uma empresa do setor de construção civil. Universidade Federal de Santa Catarina. Dissertação de Mestrado. Florianópolis, 2002 6. CONCLUSÃO Todo processo de construção está caracterizado pelo uso de insumos (matérias-primas, água, energia, etc.) que, submetidos a uma transformação, dão lugar a produtos, subprodutos e resíduos. Quando se fala em meio ambiente, o empresário imediatamente pensa em custo adicional, dessa maneira, passam despercebidas as oportunidades de uma redução de custos através da preservação ambiental e utilização sustentável dos recursos naturais. O Plano de Gerenciamento de Resíduos aplicado juntamente com a metodologia da Produção Mais Limpa é uma estratégia de produzir de forma limpa, e é basicamente uma ação econômica e lucrativa, sem a necessidade de grandes investimentos em estruturas, equipamentos e consultorias. Além de contribuir para a melhoria do meio ambiente, a redução de perdas de matéria prima e insumos, melhoria na qualidade dos produtos e mudanças no clima organizacional devido às melhores condições de trabalho e o envolvimento dos colaboradores com o processo produtivo. Para proporcionar o bem-estar da população, as empresas necessitam empenhar-se na manutenção de condições saudáveis de trabalho, em segurança, treinamento para seus funcionários, contenção ou eliminação dos níveis de resíduos tóxicos, decorrentes de seu processo produtivo e do uso ou consumo de seus produtos, de forma a não agredir o meio ambiente de forma geral, a elaboração e entrega de produtos ou serviços, devem estar de acordo com as condições de qualidade e segurança desejadas pelos consumidores. Desta forma espera-se estimular as empresas na busca pelo conhecimento e implantação desta metodologia ou outros sistemas afins. Estas metodologias inclusas no horizonte de negócios podem resultar em atividades que proporcionam lucro ou pelo menos se paguem com a poupança de energia ou de outros recursos naturais. 7. CRONOGRAMA Atividades Mar Abr Mai Jun JulAgo Set Out Nov Pesquisa do tema X Definição do tema X Pesquisa bibliográfica X Coleta de Dados X Apresentação e discussão dos dados X Elaboração do projeto X Entrega do projeto X 8. REFERÊNCIAS BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 275, de 25 de abril de 2001. Dispõe sobre o estabelecimento do código de cores para diferentes tipos de resíduos, a ser adotados na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coelta seletiva. Brasilia: Diário Oficial da União, edição de 19 de junho de 2001. Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução nº 313, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre o inventario nacional de resíduos sólidos industriais. Brasília: Diário Oficial da União, edição de 22 de novembro de 2002. CABRAL, A. E. B., Modelagem de propriedades mecânicas e de durabilidade de concretos produzidos com agregados reciclados, considerando-se a variabilidade da composição do RCD. Doutorado em Ciências da Engenharia Ambiental. São Carlos, 2007. CALLENBACH, Ernest; CAPRA, Fritlof; GOLDMAN, Lenore; LUTZ, Gerenciamento ecológico. 9 ed. São Paulo: Cultrix/Amana, 1993. CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB). Prevenção a Poluição. Conceitos e definições.1993.<http://www.cetesb.sp.gov.br/Ambiente/prevençã o_poluicao/conceito.asp>. Acesso em abr. 2018 (2002). Manual para implementação de um programa de prevenção a poluição/ CETESB. 4ed. São Paulo. (2005). Informações – AR. [s.d] Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/Ar/informacoes.asp> Acesso em 15 abr 2018. CHEHEBE, J.R. analise do ciclo de vida de produtos; ferramenta gerencial da ISO 14000. Rio de janeiro qualitymark., CNI, 1997 CNTL (2000) – Centro Nacional de Tecnologias Limpas. Disponível em < http://srvprod.sistemafiergs.org.br/portal/page/portal/sfiergs_senai_uos/senairs_u o697/CNTL %20SENAI%20-%20HIST%D3RICO_0.pdf>,acesso em mai 2018 CNTL (2003) – Centro Nacional de Tecnologias Limpas. Informações disponíveis em http://srvprod.sistemafiergs.org.br/portal/page/portal/sfiergs_senai_uos/senairs_uo6 97. Acesso em 08 de mai.2018.
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