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Resumos de MAD II – por: Eva Carneiro 3 GIÁRDIA Agente etiológico: Giardia lamblia Informações Gerais: Protozoário flagelado; Parasita o intestino delgado; Pessoas adultas são assintomáticas; Doença frequente: comum em países em desenvolvimento; Principal causa de diarreia infecciosa em crianças; Apresenta estreita relação com a pobreza, falta de saneamento básico, contaminação da água de consumo, dentre outros; Formas evolutivas: trofozoitos e cistos; Ciclo monoxênico. Morfologia: Trofozoitos Aderem-se à mucosa do intestino delgado para se nutrir, e conforme a nutrição (boa ou ruim) maior vai ser o trofozoito; Responsável pelas manifestações clínicas; Apresenta formato piriforme e possui quatro pares de flagelos; Possui face dorsal lisa e convexa; Possui face ventral com estrutura semelhante à ventosa, que servem para adesão; Cistos Forma responsável pela transmissão do parasito; Tem formato oval ou elipsoide; São resistentes a certas variações de temperatura e umidade; Forma eliminada nas fezes. Ciclo: Monoxênico e Direto. Contaminação por ingestão de alimentos ou água com os cistos; Ocorre o desencistamento no estômago e liberam-se os trofozoitos; Colonização do intestino pelos trofozoitos; Há divisão dos trofozoitos e em uma das divisões ocorre o encistamento novamente; Eliminação de cistos pelas fezes. Resposta imune: Fase em que o trofozoito está aderido à mucosa; Inicia uma RI com ROS, mastócitos, CD e depois de semanas, com linfócitos T e IgA (exceção, pois não tem aumento de IgE). Transmissão: Oral-fecal; alimentação; transmissão direta de pessoa para pessoa (toque de mãos e relação sexual); possível transmissão zoonótica. Sintomas: Pode ser um quadro assintomático – principalmente em adultos; Pode ter: diarreia, perda de peso na absorção nutricional, diarreia do tipo aquosa e explosiva com odor fétido – mas raramente com muco e sangue (as mais afetadas são as crianças). Patogenia: Colonização do parasito no intestino pode alterar a arquitetura da mucosa e a organização das microvilosidades, podendo levar ao achatamento e até atrofiadas vilosidades – prejudicando a absorção de nutrientes – e quando a resposta inflamatória decorrente da ação do sistema imune contra o parasita cessar, as microvilosidades voltam ao normal. Precisa de medicamentos para matar o parasito, pois o SI não vai dar conta de matar todos. Diagnóstico Clínico: Criança de 8 meses até 12 anos: diarreia com esteatorreia, irritabilidade, insônia, náuseas, vômitos, perda de apetite e dor abdominal; Laboratorial: parasitológico de fezes – trofozoitos e cistos; fluido duodenal ou fragmentos de biópsia duodenal – infecção crônica com parasitológico de fezes negativo; Imunológico: imunofluorescência indireta; ELISA; molecular. Profilaxia: Higiene pessoal, destino correto das fezes, tratamento de água, tratamento dos doentes e proteção dos alimentos. Tratamento: Metronidazol (antibiótico); Secnidazol (antiprotozoário). AMEBÍASE Agente etiológico: Entamoeba histolytica (causa doença); Entamoeba Coli e Entaboeba Dispar são formas não patogênicas; são comensais. Aspectos Gerais: Organismo unicelular; Formam cistos; A Entamoeba polecki é patogênica em porcos (hospedeiro), mas tem como hospedeiro acidental o homem; Reservatório: homem; Infecção: ingestão de cistos maduros e por via sexual; Ciclo: Monoxênico O homem se contamina com cistos maduros; O cisto chega no estômago, ocorre desencistamento e liberação do trofozoito; Ocorre a multiplicação e formação de novos trofozoitos; Ocorre encistamento: o primeiro cisto possui um núcleo apenas e ainda não é maduro, depois é que ele evolui e na quarta etapa fica com quatro núcleos, ou seja, amadurece; Os cistos podem migrar (ganham a circulação) para o fígado, pulmão e cérebro formando os abcessos amebianis necróticos: abcessos hepáticos, pulmonares e cerebrais (resposta imune + cisto) caracterizando a amebíase errática. Ciclo não patogênico: O parasito fica na luz intestinal dando origem aos cistos sem causar sintomas, e quando eliminados propagam a infecção. Diferencia-se do ciclo patogênico porque no patogênico o parasito penetra na mucosa intestinal. Características da patologia: Incubação de 2 a 4 semanas; Quadro clínico assintomático; Amebíase invasiva intestinal: disenteria, colite, apendicite, amebomas; Amebíase invasiva extra-intestinal: abcesso hepático, peritonite, abcesso pleuropulmonar, lesões cutâneas e genitais; Patogenia: Diagnóstico clínico: baseado nos sintomas; Diagnóstico laboratorial: as fezes são formadas por flutuação ou sedimentação e as fezes diarreicas por coloração e com uso de conservantes. Esse diagnóstico é sempre necessário, fazendo coproanálise, biópsia, ELISA e biologia molecular; Resistência do ciclo: 20 dias. Profilaxia: Higiene pessoal; Tratamento de água; Proteção do alimento; Descontaminação de verduras e frutas com hipoclorito de sódio; Tratamento precoce do doente. Tratamento: Metronidazol, secnidazol. Se tais medicamentos não servirem, inicia-se a administração de antibióticos. Pode usar amebicidas como a eritromicina. TRICOMONÍASE Agente etiológico: Trichomonas vaginalis PRINCIPAL DST NÃO VIRAL – pode contaminar o RN pelo canal do parto. Considerações Gerais: Apenas trofozoítos; Apresenta quatro flagelos livres e um deles que forma uma membrana ondulante; Infecta o trata geniturinário masculino e feminino; Não sobrevive fora do sistema urogenital; Reproduz-se por divisão binária longitudinal; No homem tem meia-vida menor, morrem mais rápido, por isso o homem é assintomático nessa patologia e também por localizar-se num órgão externo; Alta frequência de infecção de próstata e/ou uretra; Infecção mais frequente em mulheres prostitutas; Pouco frequente em mulheres virgens ou pós- menopausa; O protozoário não sobrevive fora do corpo humano, a menos que seja protegido contra dessecação; Via incomum de transmissão: roupas de cama, assentos de vasos sanitários, artigos de toalete, instrumentos ginecológicos contaminados e roupas limpas. Ciclo: monoxênico Única forma evolutiva; Transmissão por contato direto íntimo; Infecção inicial: aumento do pH vaginal, fagocitam células imunes, secretam substâncias tóxicas (que causam resposta inflamatória); na menstruação diminui o número de parasitos e aumentam os sintomas; os parasitos se revestem de proteínas do hospedeiro facilitando o prolongamento de seu tempo de infecção. Patologia: Promoção do HIV – maior neles; Causa de baixo peso em bebês; Nascimento prematuro; Predisposição de câncer cervical (devido a infecções recorrentes que geram resposta inflamatória no local); Infertilidade masculina. Incubação de 3 a 20 dias; Sintomas na mulher: vaginite com corrimento vaginal, fluido abundante de cor amarelo-esverdeada, bolhoso, de odor fétido, maior no período pós-menstruação; pode ter prurido com irritação vulvovaginal de intensidade variável e dores de baixo ventre; dificuldades de ter relações sexuais; desconforto nos órgãos genitais externos: disúria, poliúria e presença de pontos hemorrágicos na mucosa vaginal. Sintomas no homem: assintomático ou: uretrite com fluxo leitoso ou purulento e leve sensação de prurido na uretra; ardência miccional e hiperemia do meato uretral. Complicações: prostatite, cistite. Profilaxia: Uso de preservativos. Medidas de prevenção de DST’s; Tratamento dos infectados e dos parceiros. Tratamento: Metronidazol; Tinidazol; Gestantes: aplicação de cremes, geleias – evita-se metronidazol. Diagnóstico: Clínico; Laboratorial: exame a fresco, preparações coradas – apenas feito em cadáveres; Imunológico: aglutinação, ELISA, fluorescência; Biologia molecular
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