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Aspectos Fisiopatologicos no Idoso

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Aspectos fisiopatológicos do envelhecimento
Tatiana Ribeiro
	“O envelhecimento pode ser definido como um conjunto de modificações fisiológicas irreversíveis, inevitáveis e consequentemente a uma alteração de homeostasia.”
	 A manifestação fisiológica do envelhecimento é a deterioração gradual da função e da capacidade de resposta aos estresses ambientais. Essa manifestação está relacionada tanto à redução no número total de células quanto ao funcionamento desordenado das muitas células que permanecem no organismo.
Tatiana Ribeiro
A pele do idoso:
	A função da pele é a de proteção contra agentes físico, químico e biológico do organismo. Ela é responsável pela síntese de vitamina D e pela regulação da temperatura do corpo através dos seus vasos, glândulas e do tecido adiposo.
	Ela funciona como uma barreira protetora impermeável que impede a perda de líquidos e a penetração de substâncias e de microorganismos. 
	É o órgão perceptor das sensações da pressão, dor, tato e temperatura. Protege o organismo das radiações ultravioleta do sol e é a sede de reações imunológicas do organismo.
Tatiana Ribeiro
Envelhecimento cutâneo:
Os efeitos do envelhecimento na pele são percebidos prematuramente. A pele sofre alterações estruturais, de composição, organização e tamanho.
Essas alterações encontradas na pele do idoso estão relacionadas a constituição genética, de fatores ambientais, da repercussão cutânea do envelhecimento de outros órgãos e de efeitos de outras doenças cutâneas e sistêmicas.
Tatiana Ribeiro
Tipos de envelhecimento da pele do idoso:
Envelhecimento Intrínseco – corresponde ao conjunto de alterações decorrentes da idade, acometendo indistintamente todos os indivíduos. Apresenta fatores cronológicos(genético) e patológicos (genético ou não)
Envelhecimento Extrínseco – corresponde as alterações cutâneas consequentes à exposição continuada da pele aos fatores ambientais, como os raios ultravioletas. Como característica: pregueamento, enrugamento, flacidez, pele áspera, telangiectasias, hiperpigmentação entre outras.
Tatiana Ribeiro
	Fatores que contribuem para o envelhecimento da pele:
Senescência celular - é um processo metabólico ativo associado ao processo de envelhecimento, onde há redução do tamanho dos telómeros e ativação de genes de supressão tumoral.
Hipótese telomérica – paralisação da divisão celular e a cada duplicação os telômeros são reduzidos e inibem novas divisões.
Estresse oxidativo – as reações oxidativas alteram as proteínas da pele, suas gorduras e até mesmo seu DNA.
Tatiana Ribeiro
Fotoenvelhecimento – devido aos raios ultravioletas no tecido conjuntivo (derme).
Alteração no conteúdo de água – devido a desidratação gradual do envelhecimento
Influência hormonal – 
	Além desses fatores ocorre a perda da elastina e da produção de colágeno, contribuindo para perda de água matriz e da elasticidade.
Tatiana Ribeiro
Fatores que influenciam o envelhecimento da pele: 
Exposição ao sol;
Fatores climáticos como vento, temperatura e a poluição;
Diabetes;
Álcool;
Fumo;
Hábito alimentar;
Emagrecimento;
Distúrbios emocionais 
Tatiana Ribeiro
Alterações das camadas da pele pelo envelhecimento:
Epiderme – redução de sua espessura devido a diminuição do volume celular. Diminuição das células de Langerhans diminuindo a resposta imune e a proteção ao câncer de pele.
Derme – redução dos fibroblastos e a espessura das fibras de colágeno diminui. O colágeno torna-se rígido e menos elástico em razão das alterações da substância amorfa fundamental pela redução dos glicosaminoglicanos e as alterações químicas.Ocorre também alterações conjuntivas, imunológicas e microcirculatórias influenciando a velocidade de cicatrização das feridas.
 
Tatiana Ribeiro
	Os corpúsculos de Meissner, Vater-Pacini e Merckel estão diminuídos em número e volume levando ao favorecimento de lesões traumáticas devido a diminuição da sensibilidade a dor, temperatura e outros.
Hipoderme – O subcutâneo está diminuído levando ao enrugamento cutâneo.
	Há também diminuição das glândulas sebáceas e sudoríparas, do folículo piloso e suas unhas se apresentaram frágeis e quebradiças. 
Tatiana Ribeiro
Cuidados com a pele durante o tratamento fisioterapêutico:
Atenção à temperatura da piscina, e dos aparelhos termoterápicos, pois a sensibilidade térmica do idoso encontra-se alterada.
Atenção aos procedimentos que requerem percepção tátil e dolorosa, pois essa está também diminuída nos idosos.
A utilização de gel ou pomadas com princípios ativos, como antinflamatórios, deve ser feita com muita cautela, pois a penetração na pele do idoso é maior e as interações medicamentosas podem ser um risco.
 
Tatiana Ribeiro
O cuidado com a integridade da pele deve ser contínuo na terapia, por isso deve-se evitar qualquer tipo de cisalhamento ou atrito contínuo e prolongado entre a pele e o colchão ou objetos.
Quando houver feridas, é recomendado o máximo de higiene e limpeza do local e dos objetos a serem utilizados na terapia, como também a assepsia desses após o término da sessão.
Tratamento de feridas da pele, como úlceras de decúbito ou varicosas; observar o máximo de assepsia do local e dos instrumentos utilizados. O fisioterapeuta deve usar luvas, evitando o contato direto com a lesão.
Tatiana Ribeiro
Alterações do Envelhecimento no tecido colagenoso:
O colágeno é o tecido mais presente no nosso corpo, presente na pele, fáscia, ligamento, tendões entre outros.
O tecido colagenoso propicia a força elástica por uma matriz semilíquida que favorece o deslizamento das fibras.
Com o envelhecimento ocorre a perda da água (redução dos glicosaminoglicanos), ocorrendo o ressecamento dos discos intervertebrais levando a diminuição da altura e também a rigidez articular.
Tatiana Ribeiro
Efeitos da diminuição de colágeno nas articulações: 
Degeneração da cartilagem articular e dos discos intervertebrais
Capacidade reduzida para a absorção do impacto (choque)
Diminuição na amplitude de movimento
Enrijecimento dos tecidos
Declínio de órgãos e tecidos
Menor flexibilidade nos tendões, ligamentos e fáscias.
Tatiana Ribeiro
Alterações do Envelhecimento no tecido músculo-esquelético:
	O envelhecimento promove diminuição no comprimento, elasticidade e número de fibras. Assim como perda da massa muscular, da elasticidade, dos tendões, ligamentos e da viscosidade dos fluidos sinoviais. 
	A sarcopenia (síndrome da fragilidade) é resultante da perda da força e da massa muscular levando a redução da mobilidade e da capacidade funcional e aumento da dependência.
	 Outros fatores relacionados a síndrome da fragilidade incluem: perda da massa magra, fadiga, quedas frequentes, fraqueza muscular, diminuição da velocidade da caminhada e redução da atividade física.
Tatiana Ribeiro
	Múltiplos fatores inter-relacionados contribuem para o desenvolvimento e progressão da sarcopenia. Fatores hormonais, nutricionais, metabólicos e imunológicos. 
	A osteoporose é mais comum nas mulheres do que nos homens. Devido a diminuição do estrogênio (diminuindo a estimulação das atividades osteoblásticas). E sua maior predileção são os ossos do quadril, fêmur e vértebras.
	Segundo Shepard(2003) com o envelhecimento os ossos dos idosos tornam-se progressivamente mais vulneráveis a fratura, pois mostram uma perda progressiva tanto de minerais como de matriz óssea. 
Tatiana Ribeiro
Alterações do sistema respiratório relacionadas ao envelhecimento:
	Ocorre a diminuição da função ventilatória que se apresenta em ascenção da adolescência até a vida adulta (30 anos) depois começa a sofrer declínios e este ocorre por diversos fatores. São eles:
A diminuição da elasticidade, do colágeno e dos anéis fibrosos, diminui a quantidade de água nos núcleos pulposos das vértebras e diminui a amplitude de movimento das articulações costovertebrais. Levando a rigidez da caixa torácica, diminuição da complacência pulmonar e aumento do trabalho ventilatório.
Ocorre o aumento daresistência ao fluxo aéreo por alterações das fibras elásticas do parênquima pulmonar.
Tatiana Ribeiro
A diminuição da força de retração elástica, altera os fluxos e volumes pulmonares (VR aumentado), pela retenção de ar dentro dos pulmões. Assim como leva a uma CV e CI diminuídas promovendo um VC mais baixo.
Aumento do espaço morto fisiológico e desequilíbrio da relação V/Q levam a alterações nos valores de oxigênio arterial.
A diminuição da força dos músculos respiratórios levam maio propensão à fadiga.
Patologia mais comum é a DPOC ( Bronquite crônica e enfisema pulmonar). 
Tatiana Ribeiro
Alterações do envelhecimento no sistema cardiovascular:
	Ocorre aumento do diâmetro e espessura das paredes arteriais causados pela deposição de cálcio e por modificações na natureza do colágeno e da elastina na camada média vascular levando a redução da elasticidade e a um aumento da rigidez dessas paredes(arteriosclerose).
	O predomínio dos mecanismos constritores, mediados por diversas substâncias vasoativas, estimula hipertrofia e hiperplasia da musculatura lisa, aumento da matriz extracelular com consequente redução da complacência vascular, aumento da resistência vascular e elevação da pressão arterial.
Tatiana Ribeiro
	O aumento do nível sistólico da pressão arterial eleva a pós-carga e a tensão da parede ventricular esquerda, proporcionando mecanismos adaptativos como aumento da espessura da parede ventricular esquerda e prolongamentos na ativação contrátil do miocárdio.
	Com o envelhecimento, ocorre uma diminuição do número de células de marca-passo no nó sinusal e nas ramificações de Purkinje, contribuindo para as arritmias, diminuindo a velocidade de condução do impulso elétrico e aumento na quantidade de colágeno do miocárdio levando a rigidez do coração
	 
Tatiana Ribeiro
	Apesar das alterações, em condição de repouso, os idosos sadios parecem manter a função cardíaca normal, pois a função sistólica, clinicamente avaliada por meio da fração de ejeção e do débito cardíaco, não é afetada pelo envelhecimento graças a dois importantes mecanismos adaptativos:
Hipertrofia ventricular esquerda
Aumento do tempo de relaxamento isovolumétrico de Frank-Starling.
	Essas adaptações anatômicas e funcionais ao envelhecimento tornam o idoso mais vulnerável ao desenvolvimento de sintomas na presença da doença coronariana. 
Tatiana Ribeiro
Alterações do envelhecimento no sistema nervoso:
	Com o envelhecimento as funções do sistema nervoso central e periférico sofrem alterações importantes. Essas alterações podem ser anatômicas e químicas.
	Ocorre um diminuição do tamanho do cérebro, os giros são mais finos e separados por sulcos mais abertos, resultando em menor espessura das regiões corticais.
	Ocorre uma redução progressiva do consumo de oxigênio e de glicose, diminuindo as funções cognitivas, decorrentes dos diversos circuitos cerebrais, semelhante ao processo que ocorre na doença de Alzheimer. 
Tatiana Ribeiro
	Ocorre perda neuronal assim como diminuição do tamanho dos neurônios.
	As alterações estruturais do sistema nervoso do idoso podem ser responsáveis pela falta de tolerância a modificação de temperatura (hiportermia/ hipertermia). Assim como a perda paulatina da capacidade motora, destreza e reflexos e, principalmente, perda da coordenação medula-cerebelo-vestíbulo para bipedestação.
	Redução do número de neurônios motor inferior e das suas fibras favorecendo a redução da massa muscular e da força. 
Tatiana Ribeiro
Alterações do envelhecimento no sistema inmunológico:
	O sistema imune evolui para manter nossa identidade antigênica atuando na eliminação de agentes patogênicos como vírus, bactéria, protozoário, fungo, parasita multicelular e células tumorais. Além disso, este sistema possui diversos mecanismos de controle interno que evitam o desenvolvimento das imunopatologias.
	Existe dois tipos de imunidade: Inata e a Adaptativa.
Tatiana Ribeiro
Imunidade inata:
	Funciona como a primeira linha de defesa. A primeira barreira é física (epitelial e secreções corpóreas).
	Ultrapassada essa barreira o organismo ainda tenta destruir o patógeno através de outros mecanismos celulares (macrófagos, neutrófilos, células dendríticas e células NK – natural Killer.
	E por fim a barreira molecular que é composta pelo sistema complemento, PCR (proteína C reativa ) entre outros.
Tatiana Ribeiro
Imunidade adquirida:
	Envolve interações entre receptores celulares de linfócitos T e B e anticorpos com estrutura antigênica presentes em patógenos e células.
Tatiana Ribeiro
Imunossenescência:
	É caracterizada por alterações por alterações qualitativas/quantitativas em componentes celulares e moleculares, os quais levam a um estado de inadequada do seu sistema imunológico. Tal fato propicia uma maior suscetibilidade a infecções a infecções, menor resposta a imunizações, maior índice de fenômenos auto-imunes, neoplásicos e degenerativos, quando comparados a indivíduos mais jovens. A imunossenescência é evidenciada pela diminuição da resposta celular e humoral.
Tatiana Ribeiro
Alterações do envelhecimento do sistema renal e vias urinárias:
	Os rins sofrem importantes alterações com o envelhecimento, cerca de 50% dos néfrons desaparecem entre os 30 a 70 anos. Além disso, a taxa de filtração glomerular cai 8ml/min à cada 10 anos.
	O idoso excreta a maioria dos seus líquidos no período noturno, chegando afetar mais de 60% dos idosos acima de 65 anos.
	A capacidade volumétrica da bexiga diminui com a idade, assim como o volume residual ocorre um acréscimo, com isso o idoso tem uma predileção fisiológica para a incontinência urinária. 
Tatiana Ribeiro
	Além disso outros fatores associados contribuem para a piora das disfunções miccionais do idoso. São elas:
Doenças neurológicas
Dificuldade de deambulação
Déficit visual e mental
Insuficiência cardíaca
Alteração do ritmo circadiano
Utilização do hormônio antidiurético (ADH)
Utilização de sedativos
Tatiana Ribeiro
Outras alterações do envelhecimento:
Visuais – diminuição da reatividade pupilar; mudanças na circunferência; rigidez do cristalino e cataratas. A córnea perde transparência e depósitos de gordura produzem o arco senil. A principal causa de cegueira nesta faia etária é a evolução da DM.
Audição – a pele que cobre o conduto auditivo externo se atrofia e sofre uma descamação, levando a formação do cerume.Ocorre também uma diminuição na capacidade de discriminar os sons e de perceber sons agudos. 
Tatiana Ribeiro
Tatiana Ribeiro

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