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Cuidador_de_Idosos_Módulo 03

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AN02FREV001/REV 4.0 
1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
CUIDADOR DE IDOSOS – 
SEXUALIDADE E DIREITOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
CUIDADOR DE IDOSOS – 
SEXUALIDADE E DIREITOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 A SEXUALIDADE NO IDOSO 
2 ESTÍMULOS NA VELHICE 
3 ATIVIDADE FÍSICA NO IDOSO 
4 ALTERAÇÃO DE MEMÓRIA, DEPRESSÃO E DEMÊNCIA 
5 CUIDANDO DO CUIDADOR DE IDOSOS 
6 VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO 
7 MODALIDADES DE ATENDIMENTO AO IDOSO 
8 ALGUNS DIREITOS E BENEFÍCIOS DOS IDOSOS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
4 
 
 
1 A SEXUALIDADE NO IDOSO 
 
 
Para entender a sexualidade dos idosos, é necessário levar em 
consideração que a conduta sexual é determinada por vários princípios, tais como: 
cultura, religião, educação, e esses valores influenciam profundamente o incremento 
sexual, gerando como a pessoa vai vivenciá-lo e lidar com ele por toda a vida. 
As diferenças biológicas e psicológicas entre homens e mulheres são 
poucas, apesar disso, a sexualidade assume adjacências e se expressa de forma 
variada, dependendo do fato de se ter nascido homem ou mulher. 
Segundo Gradim (2007), o jovem de 20 anos de idade, em relação à 
autoafirmação, tem comportamento sexual intenso e nem sempre vai encontrar uma 
mulher, na mesma faixa etária, preparada psicologicamente para viver fortes 
emoções. Aos quarenta anos, muitas mulheres vão se libertando de uma série de 
amarras, melhoram a autoestima, e a função sexual passa a ser mais ativa. Nessa 
fase, elas têm múltiplos orgasmos, enquanto os homens da mesma idade já não têm 
o mesmo ritmo de quando tinham 20 anos (COSTA, 2004). 
Principais mitos em torno da sexualidade da pessoa idosa, segundo Leite 
(2005): 
 Pessoas idosas não têm capacidade funcional que lhe permita a 
realização do ato sexual; 
 Os velhos não têm mais interesse sexual; 
 Sexo debilita; 
 Somente os homens velhos têm interesse, as mulheres não; 
 É indecente velho ter interesse por sexo; 
 A menopausa interrompe a vida sexual da mulher; 
 A impotência sexual do homem é sempre em decorrência de 
problemas físicos. 
O interesse pela vida sexual dos idosos se deve a vários fatores, tais como: 
 Aumento da expectativa de vida; 
 Melhora da qualidade de vida; 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
5 
 Para desmistificar ideias e mitos falsos sobre o tema; 
 Para se ter atitudes positivas em relação à pessoa idosa, em se 
tratando da sexualidade; 
 Para maior valorização da pessoa idosa. 
 
Mas por que falar sobre sexualidade? 
 Para se ter concepção correta do que ocorre nessa fase, sem ser 
repelido e sem ter vergonha disso; 
 Por entender que a velhice é parte do ciclo da vida; 
 Por entender que a pessoa idosa tem desejos e também necessitam 
expressar suas necessidades; 
 Por entender que a sexualidade não é privilégio apenas das pessoas 
mais jovens. 
O conceito de que as pessoas perdem suas capacidades sexuais à medida 
que envelhecem não passa de um conceito equivocado. O fato é que a prática 
sexual, assim como várias outras atividades, se torna menos valorizadas com a 
idade (ALVES, 2005). Sendo assim, a redução da frequência nas atividades sexuais 
não significa fim da expressão ou do desejo sexual. 
Para Monteiro (2002), as questões relativas à sexualidade vinculam-se a 
fatores hormonais, emocionais e socioculturais, de forma pessoal e singular, da 
mesma forma que é tecida a história da subjetividade e da vida. Exercendo a função 
de proporcionar prazer e possibilitar a procriação. 
Para Vasconcellos (2004), a sexualidade está além da estremeção e do ato 
sexual e, para muitas pessoas, oferece a oportunidade de expressar estima, afeição, 
fidelidade e traz consigo a possibilidade de emoção, ternura e romance. 
Gradim afirma: 
 
Sair da prática sexual para a vivência da sexualidade plena exige o cultivo 
da intimidade, a busca de informações corretas que não se encontram em 
revistas populares, filmes eróticos e coisas semelhantes. O desejo, a 
excitação e o orgasmo, de uma forma mais ampla, possuem características 
psicológicas, visuais e táteis e não necessariamente genitalizadas, 
facilitando assim, a continuidade do encontro amoroso que pode ser 
vivenciado durante toda vida do ser humano, independentemente de sua 
idade. (GRADIM, 2007, p. 212). 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
6 
O ser humano tem uma necessidade inata em trocar gestos de amor 
expressados por meio da compreensão, do interesse mútuo, da empatia, do toque, 
das carícias, de palavras afetuosas e de atenção. Na velhice, essa troca assume 
uma importância cada vez maior. À medida que o corpo não responde mais ao 
desejo, as adaptações sexuais se tornam necessárias e ajudam na sexualidade. 
 
 
2 ESTÍMULOS NA VELHICE 
 
 
Os estímulos à edificação são maiores do que os estímulos à preservação e 
por essa falta de política pública, entre várias ações institucionais aos pequenos 
núcleos familiares, a velhice é considerada para muitos um sinônimo de inutilidade. 
Ou seja, o tempo perpassado, o saber adquirido, as experiências tornam-se apenas 
memórias. 
Argan refere que: 
 
[...] a memória é uma noção que legitima como cultura vivida e na qual cada 
experiência passada é uma virtualidade aberta. Estendendo a dimensão da 
memória, estende-se proporcionalmente a da imaginação. (ARGAN, 1992, 
p. 67). 
 
É importante o treinamento e constante aprimoramento da memória, 
principalmente na terceira idade, onde este sistema tem seu declínio mais 
acentuado, o treinamento da memória, não a deixando ociosa, pode auxiliar a 
manter as mesmas habilidades de quando era mais jovem. O treinamento diário 
pode auxiliar a prevenir e superar debilidades que possam vir a surgir em virtude da 
idade, indicando modificações e adaptações no funcionamento da memória de 
idosos. 
Com o envelhecimento alguns sistemas do nosso organismo, padecem um 
declínio, como é o caso da memória, a memória operacional (responsável por 
manipular o conhecimento) e a memória episódica (acontecimentos específicos), 
todavia a memória semântica (glossário) evolui com a idade, isso por ela ser 
considerada parte da inteligência cristalizada, que faz referência ao conhecimento 
de mundo, sendo assim, quanto mais acrescentar informações ao longo do tempo, 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
7 
mais ela sofre transformações. A memória semântica forma-se a partir do uso social 
da linguagem. No entanto, algumas pesquisas mais recentes confirmam que ativar a 
memória com treinamentos específicos de raciocínio, pode promover o 
aprimoramento de habilidades de memória (SODERBERG, 2004). 
A manutenção da saúde mental e a atividade adequada da memória é um 
grande desafio, pois nem todas as habilidades da inteligência declinam, algumas 
são preservadas ou podem ligeiramente melhorar. Os programas e técnicas para 
exercício da memória têm por finalidade fortalecer os registros das informações, 
aperfeiçoando as funções da memória. As técnicas de aperfeiçoamento para 
treinamento da memória possibilitam que as informações recebidas na fase da 
recepção sejam melhores codificadas, permanecendo armazenadas para ser 
utilizadas quando necessário. 
Existem estratégias que permitem o aprimoramento da memória, 
estimulação e codificação. São essas as ferramentas para melhorar habilidadesda 
memória. E também, para nos retornarmos responsáveis por nosso sistema de 
memória, focar nossa atenção em conteúdos relevantes, escolher e codificar o que 
precisamos e o que será usado mais tarde. Para isso, a memória deve ser 
preservada, estando pronta para os momentos de registro. 
É relevante advertir que esse cuidado não pode ser frígido e mecânico, de 
forma descontextualizada. A motivação é fator indispensável, pois sem ela a 
comunicação entre os neurônios não tem vida própria. Não existe mágica, podemos 
ter condutas para aprimorar o funcionamento da memória em colocação da 
capacidade plástica humana. Todavia, nossa capacidade de memorização tem 
limites e esquecer é saudável. 
 
 
3 ATIVIDADE FÍSICA DO IDOSO 
 
 
O exercício físico é necessário para que o idoso possa manter-se ativo e 
disposto a desempenhar as atividades da vida diária, já que sua prática favorece a 
prevenção de quedas, reduz a ansiedade e depressão, estimulando a autoestima. A 
realização de atividades físicas beneficia o idoso, possibilitando-o conhecer melhor 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
8 
sua capacidade funcional, bem como seu corpo. Os exercícios mais recomendados 
para as pessoas de mais idade são as caminhadas, dança, ioga, natação, 
hidroginástica, hidroterapia, tênis de mesa, dentre outros (ASSIS e ARAUJO, 2004). 
Conforme Barros: 
 
Atividade Física (AF) representa qualquer movimento corporal que é 
produzido pela contração da musculatura esquelética e que aumenta 
substancialmente o gasto energético. Incluindo atividades da vida diária 
(banhar-se, vestir-se), atividades realizadas no trabalho (andar, levantar, 
carregar objetos) e atividades de lazer (exercitar-se, praticar esportes, 
dançar). (BARROS, 2008, p. 4). 
 
Ramos (2004) pontua que saúde da pessoa idosa é resultado de um 
conjunto de investimento pessoal durante toda sua vida. Enfatiza, ainda, que 
prevenir enfermidades como as crônicas degenerativas e as limitações funcionais 
resultam em fatores de produção a saúde no envelhecimento. Estudo realizado por 
Duarte (2004, p. 60), remete que “a construção do caminho para viver bem a velhice 
depende da leitura que cada um faz pra sua vida, de suas experiências, conquistas, 
frustrações e convicções”. 
Nesse aspecto, os benefícios da atividade física para a saúde e longevidade 
são intuitivamente conhecidos. Há melhoramentos bem demonstrados sobre vários 
parâmetros que fingem a saúde e a longevidade. Diversos autores enfatizaram a 
importância da ação dos profissionais vinculados à saúde e entidades 
governamentais no estímulo à prática da atividade física, assim como seu ímpeto 
sobre a saúde pública. 
Segundo Miranda ([s.d]), em relação aos benefícios da atividade física: 
- Melhora da sensibilidade a insulina, levando a um melhor controle 
glicêmico, que pode prevenir o desenvolvimento de diabetes; 
- Lipoproteínas: aumento da fração HDL, diminuição da LDL, redução 
significativa dos triglicérides, além da redução da atividade aterogênica dos 
monócitos; 
- Composição corporal: com o envelhecimento há um aumento percentual da 
gordura corporal e diminuição da massa muscular. A atividade física reduz essa 
modificação. Além disso, ajuda a melhorar a massa óssea quando jovem e prevenir 
a perda na fase adulta, diminuindo o risco de fraturas; 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
9 
- Várias das alterações cardiovasculares e pulmonares que ocorrem com o 
envelhecimento normal podem ser minimizadas ou revertidas com a prática regular 
de AF; 
- Fatores hemostáticos são influenciados de várias maneiras pela atividade 
física, com resultado líquido de redução da atividade pró-trombótica; 
- Aumento na capacidade física, elasticidade e equilíbrio, diminuindo o risco 
de quedas; 
- Aumento da vasodilatação dependente do endotélio, por aumento da 
liberação de óxido nítrico. O exercício aeróbico regular previne a perda da 
vasodilatação dependente do endotélio que ocorre com o envelhecimento e restaura 
ao normal em adultos e idosos sedentários saudáveis; 
- Melhora na imunidade, que pode diminuir a incidência de infecções e 
possivelmente de certos tipos de câncer; 
- Melhora da função autonômica, com aumento da sensibilidade dos 
barorreceptores e da variabilidade da frequência cardíaca; 
- Efeitos benéficos sobre a pressão arterial sistêmica; 
- Um dos benefícios mais bem documentados é sobre o risco de doença 
coronariana e morte, havendo uma relação inversa com a prática de exercício 
habitual. Isso vem sendo demonstrado tanto para a prática de exercício programado, 
quanto para as atividades de lazer ou inseridas nas rotinas do dia. Apesar do 
exercício moderado já apresentar benefício sobre a mortalidade, aparentemente há 
uma relação dose-resposta, com exercícios mais vigorosos demonstrando um efeito 
ainda maior; 
- O estudo das enfermeiras sugere que a atividade recreativa confere uma 
proteção modesta para o câncer de mama; 
- Atividade física, especialmente se vigorosa facilita a interrupção do 
tabagismo, além de prevenir o ganho de peso que geralmente se associa; 
- Muito importante para os idosos são as evidências de prevenção ou retardo 
do declínio cognitivo. 
 
Nas últimas décadas, observou-se significativa redução na prática de 
atividades físicas, e paralelamente um aumento na prevalência de obesidade. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
10 
Estudos mostram que quanto maior a idade, menor a chance de o indivíduo estar 
engajado em algum tipo de atividade física regular. 
Todavia, a associação entre atividade física e saúde está bem esclarecida 
para a maioria da população, a maior parte é inativa completa ou parcialmente. Nas 
últimas décadas o fenômeno da urbanização na nossa sociedade ficou bem 
evidente, a qual vem acompanhada naturalmente por um estilo de vida menos ativo. 
Existem também riscos e barreiras individuais pautados aos exercícios. Dessa 
maneira, a abordagem para a prática de atividade física e prescrição de exercício 
deve ser realizada de maneira individual, principalmente entre os idosos. 
Como exposto no módulo I, o envelhecimento populacional é uma realidade 
fática em nosso país e em todo o mundo. Com o referido aumento do número de 
idosos ocorre também um maior número de doenças associadas ao envelhecimento, 
destacando-se as crônico-degenerativas também mencionadas anteriormente. A 
dependência pode ser o problema que mais afeta a condição de vida da pessoa 
idosa, seja para a realização de atividades da vida diária, quanto para as atividades 
instrumentais, que pode ocasionar ou revelar doenças neurológicas, 
cardiovasculares, fraturas, lesões articulares, entre outras. 
A atividade física regular pode contribuir de forma preponderante para evitar 
as incapacidades associadas ao envelhecimento. O principal objetivo deve ser 
voltado à promoção de saúde, todavia em indivíduos com patologias já instaladas a 
prática de exercícios deve ser mantida estritamente sob orientação de profissional 
qualificado para controlar a doença, evitando sua progressão, e/ou reabilitar o 
paciente. 
Não existe diferença entre homem e mulher, as atividades físicas entre 
esses devem ser mantidas regularmente segundo a capacidade de cada indivíduo, o 
ganho na força muscular nos treinamentos de resistência é similar em ambos os 
sexos. 
A qualidade de vida que desejamos para atingir a velhice de maneira 
saudável de certa forma é, um tanto, subjetiva e abstrata, dessa forma é difícil defini-
la. Ela possui significados que diferem entre as pessoas, quem sabe, porque cada 
indivíduo possui seu próprio conceito do que seja qualidade de vida. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
11 
 
Conforme Paschoal: 
 
Assim, qualidade é um conceito que está submetido a múltiplos pontos de 
vista e que tem variado de época para época, de país para país, de cultura 
para cultura, de classe social para classe social e, até mesmo de indivíduo 
para indivíduo. Mais que isso,varia para um mesmo indivíduo, conforme o 
decorrer do tempo e como função de estados emocionais e da ocorrência 
de episódios cotidianos, sócio-históricos e ecológicos [...]. (PASCHOAL, 
2002, p. 80). 
 
A prática regular de atividade física resulta em grandes benefícios para a 
saúde e bem-estar, no entanto devem-se considerar alguns riscos, a avaliação 
clínica por um profissional capacitado é de fundamental importância para que os 
benefícios sejam maximizados e os possíveis riscos minimizados. 
Para toda e qualquer atividade física existe sempre alguns riscos potenciais 
associados, que variam de acordo com cada um, no entanto os benefícios para a 
saúde são enormes, que superam em todos os aspectos os riscos potenciais. Entre 
eles, podemos citar: lesões ortopédicas (a idade é um fator preponderante para 
lesões); Arritmias cardíacas (em especial nos portadores de doenças cardíacas); 
Infarto agudo do miocárdio (em geral indivíduos não treinados e acometidos por 
múltiplos fatores de risco em atividade física vigorosa); Morte súbita (acometimento 
muito raro, aproximadamente 1 para 1,5 milhão de lances em exercícios físicos). 
O coeficiente de atividade física que é considerado adequado para o idoso 
não deve ser o mesmo que para o adulto saudável. Esforços de intensidade 
moderada são classificados como muito vigorosos para um idoso sedentário, mesmo 
considerado hígido em uma avaliação inicial, é recomendado que se poupe esse tipo 
de exercício, dando prioridade para atividades mais leves, como caminhada, 
hidroginástica, etc. 
Uma avaliação médica antes de iniciar uma atividade física é de suma 
importância para todas as pessoas, principalmente para o idoso, pois é por meio 
dessa que é mensurado o nível das atividades, resguardando a saúde. 
Todas as pessoas com mais de 60 anos devem realizar avaliação médica 
periódica e o profissional médico que acompanha a saúde deste, deve dar a 
avaliação se está ou não apto para realizar atividade física. 
Segundo Miranda ([s.d]) algumas orientações para exercícios em idosos: 
- Realizar exercício somente quando houver bem-estar físico; 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
12 
- Usar roupas e calçados adequados; 
- Evitar fumo e o uso de sedativos; 
- Não exercitar-se em jejum. Consumir carboidratos antes do exercício; 
- Respeitar os limites pessoais, interrompendo se houver dor ou desconforto; 
- Evitar extremos de temperatura e umidade; 
- Iniciar a atividade lenta e gradativamente para permitir adaptação; 
- Hidratação adequada antes, durante e após a atividade física. 
 
Segundo Caldas (1999), o exercício físico deve movimentar todo o corpo. 
Como exemplo pode-se citar a caminhada, que é o exercício mais completo, 
trazendo maior benefício à saúde e não possui contraindicação. Caminhar melhora o 
sistema circulatório, oferece condicionamento físico com consequente aumento da 
capacidade respiratória. Além disso, depois de meia hora de caminhada, o cérebro 
produz endorfinas, substância que geram uma sensação de prazer. 
 
 
4 ALTERAÇÕES DE MEMÓRIA, DEPRESSÃO E DEMÊNCIA 
 
 
Uma das queixas predominantes entre idosos é a perda da memória. Essa é 
tão frequente que, presume-se que se trate de um evento normal e inexorável do 
processo de envelhecimento. No entanto, isso não é verdade. A perda de memória é 
comum, mas não normal. Melhor ainda, trata-se de um problema, por vezes, 
passível de tratamento e cura. 
Acontece que, até algum tempo, a medicina não estava instrumentalizada 
para compulsar adequadamente essa questão, frente a uma queixa de 
comprometimento intelectual, não havia nada a se fazer, ou ainda se indicava alguns 
produtos sem nenhuma sustentação científica, que, evidentemente, não 
demonstravam resultados, privando o paciente de uma avaliação geriátrica correta e 
do tratamento efetivo. 
Não existe nenhum tipo de droga que "melhore a memória". 
Frequentemente, a perda da memória é devida de algum fator que, se corrigido a 
tempo, devolve ao indivíduo a função que estava prejudicada. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
13 
Um dos grandes vilões são os calmantes e remédios para dormir, os 
hipnóticos. Segundo Sayeg: 
 
Os brasileiros são grandes consumidores de tranquilizantes e é 
extremamente comum que o uso indiscriminado dessas drogas (tendo em 
vista que, à medida que envelhecemos, temos maior dificuldade para 
eliminá-las) intoxique o usuário, levando-o a quadros graves de 
rebaixamento intelectual, agitação, delírio e confusão mental. A simples 
retirada do medicamento, muitas vezes, resolve o problema. (SAYEG, 2006, 
p. 1). 
 
Embasado no Compêndio de Psiquiatria de Kaplan (1997) outro fator para a 
perda de memória é a depressão, o humor deprimido e a perda de interesse ou do 
prazer são sintomas básicos da depressão. O idoso pode dizer que se sente triste, 
sem esperança, “na fossa” ou inútil. O idoso ou qualquer outra pessoa que 
apresente quadro de depressão, frequentemente descrevem os sintomas de 
depressão como sendo de dor emocional lancinante. 
As pessoas deprimidas queixam-se ocasionalmente, de serem incapazes de 
chorar, um sintoma que se resolve espontaneamente com a melhora do quadro. 
Algumas dessas pessoas, às vezes, parecem não estar conscientes de sua 
depressão e não se queixam de uma perturbação do humor, apesar de que ostente 
afastamento da família, amigos e atividades que anteriormente lhe interessavam. 
Quase todos os pacientes deprimidos referem diminuição da energia, que 
implica em dificuldades para finalizar as tarefas, comprometimento na escola e no 
trabalho e motivação diminuída para assumir novos projetos. Demais sintomas 
compreendem problemas para dormir, apetite diminuído e perda de peso, agonia, 
mudanças nos hábitos alimentares, anormalidades menstruais e diminuição do 
interesse e desempenho sexual, abuso do álcool e queixas somáticas. 
O tratamento de estados depressivos é em sua maioria eficaz e seguro, 
fazendo com que a memória seja preservada, restabelecendo o sono regularizado, 
sem a necessidade do uso de medicamentos. 
Outras causas são mais silenciosas, não apresentam sintomas exuberantes 
e, por assim serem, são difíceis de serem diagnosticadas. Entre elas podemos citar: 
a redução do desempenho da glândula tireoide (hipotireoidismo), a utilização de 
certos medicamentos para pressão alta, gastrite, também se pode associar 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
14 
problemas sensoriais, tais como, a visão e em especial a audição, a ausência de 
estímulo sociointelectual, carência de certos nutrientes e excesso de álcool, etc. 
Apreende-se claramente que essa questão está distante de ser um problema 
insolúvel. O conhecimento é essencial para que, ao primeiro sinal de 
comprometimento da memória, se faça uma averiguação clínica completa, para que 
se identifique a causa e realize de imediato o tratamento adequado. 
No entanto, todos nós estamos aptos a nos esquecer de alguma coisa, isso 
é normal para todo ser humano. Esquecemos onde pusemos os óculos, a chave do 
carro, a lapiseira e até mesmo de eventos importantes como a data de aniversários 
de parentes, de casamento etc. 
Os esquecimentos fazem parte do nosso cotidiano e são naturalmente 
recebidos quando ocorrem com adultos jovens. Esses deslizes da memória não são 
valorizados e já estão aliados na maneira de ser das pessoas, não acarretando 
grandes preocupações. 
Quando esses episódios ocorrem com pessoas mais velhas, eles são em 
sua maioria mal interpretados e constantemente “rotulados” como princípio de 
problema mais sério. 
Muitos especialistas em envelhecimento já examinaram os problemas com a 
memória que ocorrem com pessoas idosas, determinando vários conceitos que são 
atualmente bem populares e comprovados cientificamente. 
Com o envelhecimento, nosso organismo, como um todo, depara-se com 
uma redução gradativa de várias funções, havendo uma maior dificuldade de 
armazenar algumas informações. A essa condiçãosegundo Soderberg (2004), 
denomina-se “Prejuízo da Memória Associado à Idade – PMAI”, assim definido por 
não ter relação obrigatória com a doença, mas pelo gradativo declínio no 
armazenamento de informações. 
O PMAI não interfere nas atividades do dia a dia e também não representa 
doença mental. O PMAI é passível de ser contornado eficientemente por meio de 
tratamento da memória, com exercícios que estimulem a atenção, com formulação 
de listas de tarefas, com jogos de memória, com cooptações de fatos, objeto, nome, 
fotos etc. 
As dificuldades com a memória estão associadas a inúmeras causas, sendo 
que as mais comuns são: a fadiga, o isolamento, a tristeza, a depressão, o estresse, 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
15 
o uso excessivo de álcool, de calmantes e hipnóticos, algumas doenças, falha na 
concentração, problemas de ordem nutricional, dentre outros. Podemos também 
dizer que a visão, a audição são alterações muito comuns na faixa etária avançada e 
que colaboram para o aparecimento de problemas voltados a memória. 
Em muitos casos a dieta balanceada, a interrupção de certos medicamentos, 
a utilização de óculos, aparelhos auditivos, a retirada de cerume dos ouvidos, dentre 
outras correções dos fatores desencadeantes, aquilatam substancialmente e até 
corrigem os transtornos da memória. 
Para identificarmos que os problemas de memória em pessoas idosas são 
um sinal de doença, podemos analisar que, ao contrário do PMAI, que não oferece 
piora gradativa, as dificuldades ou problemas sérios com a memória pioram de forma 
progressiva, chegando a interferir nas atividades do dia a dia. 
Quando a amnésia deixa de ser habitual e espontaneamente compensável 
com artifícios, como marcar os recados e fazer listas de compromissos, e passam 
então a atrapalhar as atividades do cotidiano, precisando de ajuda de terceiros. 
Pode-se dizer que a partir disso sim, o esquecimento passa a transformar-se em 
uma preocupação médica. 
Mesmo com a idade avançada, um comprometimento da memória a esse 
nível não é natural, fazendo jus a uma avaliação clínica completa para detecção da 
causa. 
Por conseguinte, é imprescindível que, ao primeiro sinal de que a memória 
está demonstrando falhas, se consulte um profissional da saúde, assegurando que 
perímetro entre o normal e a doença possa ser instituído com segurança. 
A doença de Alzheimer também gera graves problemas de memória. Os 
sinais da doença de Alzheimer iniciam lentamente e vão se agravando com o passar 
do tempo. Isso ocorre porque as alterações nas células nervosas no cérebro 
acarretam a morte de várias células cerebrais. Isso pode parecer no início um 
esquecimento leve, mais que com o tempo, as pessoas que possuem a doença de 
Alzheimer têm dificuldade para pensar com lucidez. 
Elas apresentam dificuldade para cumprir atividades corriqueiras como fazer 
compras, dirigir, cozinhar e sustentar uma conversa. À medida que a doença 
progride, portadores da doença de Alzheimer podem necessitar de alguém para 
desempenhar todas as suas necessidades (alimentação, banho, etc.). Caso o idoso 
 
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ao qual você cuida esteja nos estágios iniciais ou médios da doença de Alzheimer, a 
utilização de medicamentos pode ajudar a retardar os sintomas, por isso procure 
ajuda especializada. Alguns tipos de medicamentos retardam os sintomas. 
Em relação à demência multi-infarto, que se assemelha a doença de 
Alzheimer, ela é uma categoria médica que causa graves problemas de memória. 
Diferente do Alzheimer, os sinais e sintomas da demência multi-infarto podem surgir 
de forma súbita. Isso ocorre em virtude da perda de memória ser causada por 
pequenos derrames ou alterações no suprimento de sangue para o cérebro. Caso o 
derrame pare, o idoso melhora ou fica na mesma situação por um vasto período de 
tempo. Caso tenha mais derrames, pode se agravar o quadro. Tomar cuidado para 
prevenir a pressão alta pode reduzir as chances de ter demência multi-infarto. 
Segundo Sayeg (2006), algumas dicas sobre cuidado com a memória: 
 Não aceite de forma passiva o declínio observado; 
 Mantenha-se ativo: novos amigos, cursos, leitura, visitas etc.; 
 Leia pelo menos as manchetes de um jornal diariamente; 
 Faça palavras cruzadas dando preferência às de fácil execução; 
 Reserve um período do dia para trabalhar a memória; 
 Reserve um local da casa com boa iluminação e silencioso para o seu 
treino; 
 Assegure-se que só será interrompido se absolutamente necessário; 
 Mantenha uma dieta saudável, beba muito líquido e ande pelo menos 
30 minutos por dia; 
 Evite tensões desnecessárias; 
 Quando não entender direito o que foi dito, pergunte; 
 Anote tudo que for importante em um caderno ou uma agenda; 
 Participe de jogos que envolvam o raciocínio; 
 Seja uma pessoa flexível, esteja aberto para ouvir. As pessoas que não 
são flexíveis acabam sendo excluídas do seu meio social; 
 Quando lhe fizerem uma pergunta e não puder lembrar-se da resposta 
imediatamente, não se sinta constrangido, use recursos para ganhar tempo extra 
para responder: sorria, ajeite os óculos, repita a pergunta, respire fundo, limpe a 
garganta, etc. 
 
 
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5 CUIDANDO DO CUIDADOR DE IDOSOS 
 
 
Os cuidados e as ações em benefício da pessoa idosa têm sido uma das 
prioridades deste curso. Mais do que uma atitude benevolente, o zelo à vida do 
idoso é um ato de amor, respeito e gratidão àqueles que nos propiciaram a base das 
nossas vidas. 
São pessoas que nos deram apoio e que, nessa fase da vida, necessitam do 
nosso auxílio, não só afetivamente, mas nas situações práticas do dia a dia. 
Nesse sentido, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Santos elaborou 
em 2004 uma cartilha, sendo basicamente composto por normas e dicas eficazes, 
tais como: 
O Cuidador é um ser humano com qualidades particulares, expressas pelo 
forte delineio de amor à humanidade, de solidariedade e de doação. 
O cuidador de idoso é uma pessoa capacitada para assistenciar o idoso que 
apresenta limitações para realizar as atividades e tarefas da vida diária, fazendo elo 
entre o idoso, a família e serviços de saúde ou da comunidade. 
Conforme Soderberg: 
 
É fundamental que o CUIDADOR reserve alguns momentos do seu dia para 
se cuidar..., descansar..., relaxar..., realizar alguma atividade física ou de 
lazer como: caminhada, ginástica, tricô, crochê, pinturas, desenhos, ... 
VEJA ALGUMAS DICAS E SUGESTÕES: 
1. Enquanto estiver assistindo à TV: 
• movimente os dedos das mãos e dos pés para mantê-los flexíveis; 
• massageie os pés com as mãos, ou com rolinhos de madeira ou com 
bolinhas... 
2. Ao se levantar pela manhã, alongue os músculos de todas as maneiras 
possíveis; espreguice todo o corpo... comece bem o dia... 
3. Ao sentar-se por longos períodos de tempo, não se esqueça de reservar 
um tempo para intervalos de "exercícios". Simplesmente movendo o corpo e 
as juntas a cada 15 minutos... 
4. Pratique exercícios de relaxamento quando estiver perturbado, 
preocupado.... 
5. Compressas quentes (bolsas térmicas, tecidos umedecidos em água 
quente) auxiliam no relaxamento muscular... 
6. Ria várias vezes por dia. A risada é um maravilhoso exercício que 
envolve diversos sistemas e aparelhos do corpo... 
7. A atividade física reduz seu cansaço, sua tensão, seu esgotamento físico 
e mental... SEMPRE QUE LEMBRAR, MEXA-SE... RELAXE... 
 
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8. Sempre que possível, aprenda uma atividade nova, leia um livro novo, 
aprenda mais sobre algum assunto de seu interesse, participe das 
atividades de lazer do seu bairro, faça novos amigos e peça ajuda quando 
precisar... torne a sua vida mais leve e saudável... 
9. Alterne os cuidados com outros membros da família (ou outro cuidador) 
para que você possa ter um período de férias! (SODERBERG, 2004, p. 48). 
 
 
6 VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO 
 
 
Existem várias formas de violência contra a pessoaidosa, dentre elas estão: 
a violência física, os maus-tratos psicológicos, a violência sexual, a negligência, o 
abandono e o abuso financeiro. Segundo Salomão (2010), estatísticas demonstram 
que grande parte dos casos de violência ocorre dentro de casa, ou seja, no núcleo 
familiar. Os abusos cometidos por parentes vão desde maus-tratos físicos e 
psicológicos até a apropriação de imóveis e benefícios dos idosos, que temem 
denunciar, por se sentirem fragilizados. 
Os idosos também são alvos fáceis de estelionatários, que se aproveitam de 
vulnerabilidade física e econômica da pessoa idosa, para aplicação de golpes em 
agências bancárias, lojas, ruas e transportes. Conheça alguns dos golpes mais 
frequentes: 
 Conto da Aposentadoria; 
 Golpe do Recadastramento Bancário; 
 Golpe do Reajuste Atrasado; 
 Assaltos em Agências Bancárias. 
Principais Órgãos de defesa dos Direitos do Idoso: 
 Ministério Público: tem como função zelar pelos direitos de todos os 
cidadãos; 
 Conselho Estadual do Idoso: É um órgão deliberativo, que tem por 
função fiscalizar a Política Estadual para a Pessoa Idosa; 
 Conselho Municipal do Idoso: Órgão deliberativo, que fiscaliza a 
Política para pessoa idosa, similar ao Conselho Estadual do Idoso, porém em cunho 
municipal; 
 
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 Fóruns: São instâncias de aspecto formal da sociedade civil organizada 
que aglomeram diversas associações e entidades vinculadas a respeito do idoso. 
Têm como principal designo o estímulo ao debate do segmento e apoiar o aumento 
da articulação entre os órgãos governamentais e a sociedade civil. 
Para combater esses abusos, o Centro Integrado de Atenção e Prevenção à 
Violência Contra a Pessoa Idosa (CIAPI) oferece um serviço de ouvidoria que 
recebe denúncias pelo número 0800 282 5625 (ligação gratuita). 
 
 
7 MODALIDADES DE ATENDIMENTO AO IDOSO 
 
 
A Portaria nº 2.874, de 30 de agosto de 2000 (SEAS/MPAS), determina as 
modalidades de atendimento à pessoa idosa e forma as condições de 
funcionamento das instituições e dos programas de atenção ao idoso: 
Centro-Dia: Espaço designado para reabilitação de idosos que residem com 
seus familiares, mas não dispõem de atendimento no domicílio para a realização das 
atividades da vida diária. O idoso fica no Centro-Dia por oito horas diárias, período 
que lhe são prestados serviços de saúde, fisioterapia, apoio psicológico, social e 
atividades ocupacionais e de lazer. 
Centro de Convivência: Destinado a idosos e seus familiares, que 
participam de atividades com duração de, no mínimo, 16 horas semanais. Nessa 
modalidade, são desenvolvidas ações de atenção ao idoso, de maneira a aumentar 
à qualidade de vida, motivar a participação, o convívio em sociedade, cidadania e a 
conexão entre gerações. 
Casa-Lar: Uma forma de habitação para grupos de idosos, especialmente 
os que apresentam algum tipo de dependência. Dispõe de mobília adequada e 
pessoa habilitada para ajudar nas necessidades diárias do idoso. 
Família Acolhedora: É um programa que proporciona condições para que a 
pessoa idosa, que é abandonada ou não tem possibilidade de conviver com a 
família, recebe abrigo, atenção e cuidados de alguma família cadastrada e 
capacitada para prestar esse atendimento. 
 
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Atendimento Domiciliar: É o atendimento dado em domicílio da pessoa 
idosa que possua qualquer tipo de dependência, realizado por cuidadores de idosos, 
pelo menos, duas vezes durante a semana. 
Atendimento em Grupos de Convivência: Consiste em atividades diversas 
(recreativas, laborais, artísticas etc.), realizadas com idosos independentes, em 
espaços disponibilizados pela comunidade, com uma frequência regular de no 
mínimo 6 horas semanais. 
Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI): São instituições 
que prestam cuidado integral ao idoso, nos casos de abandono ou impossibilidade 
de convívio com a família. Essas podem ser descritas de diversas formas, tais como: 
amparo, asilo, lar e casa de repouso. Nessas instituições são prestados 
atendimentos em regime de internato, mediante pagamento ou não, durante um 
período predeterminado. 
República: É uma opção de residência para idosos autônomos, organizados 
em forma de grupos. É cofinanciada com recursos dos residentes, derivados da 
aposentadoria, do melhoramento de prestação continuada, do tributo mensal vitalícia 
e de outros benefícios. 
Atendimento Integral Institucional: É o atendimento integral, ou seja, 24 
horas oferecido ao idoso que esteja em situação de abandono ou impossibilitado de 
conviver com a família. É realizado por instituições acolhedoras, como abrigos, lares 
e casas de repouso. 
 
 
8 ALGUNS DIREITOS E BENEFÍCIOS DOS IDOSOS 
 
 
 1991 - Lei nº 1.817 - Concedem desconto nos ingressos para 
espetáculos realizados nas salas do Estado do Rio de Janeiro aos cidadãos maiores 
de 65 anos; 
 1993 - Lei nº 2.200 - Cria a Delegacia Especial de Atendimento às 
Pessoas de Terceira Idade; 
 1995 - Lei nº 2.440 - Torna prioritário o embarque e desembarque dos 
maiores de 65 anos nos transportes coletivos do estado; 
 
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21 
 1995 - Lei nº 2.454 - Obriga os cinemas localizados no Estado do Rio 
de Janeiro a concederem desconto no ingresso aos cidadãos maiores de 65 anos; 
 1996 - Lei nº 2.536 - Dispõe sobre o Conselho Estadual de Defesa dos 
Direitos da Pessoa Idosa, e dá outras providências; 
 1996 - LEI N. 1.192 - Concede desconto à pessoa maior de 65 anos de 
idade e dá outras providências; 
 1997 - Resolução / DPGE nº 80 - Cria o Núcleo Especial de 
Atendimento à Pessoa Idosa – NEAPI; 
 1998 - Lei nº 2.988 - Dá preferência de tramitação aos procedimentos 
judiciais em que figure como parte pessoa física com idade igual ou superior a 65 
(sessenta e cinco) anos; 
 1998 - LEI Nº 2.963 - Autoriza o poder executivo a firmar convênios 
com as prefeituras municipais criando os “Centros de Convivência da Terceira 
Idade”, e dá outras providências; 
 2000 - DECRETO Nº 39.813 - Cria o "Pólo Cultural da 3ª Idade do 
Município de São Paulo" e dá outras providências; 
 2001 - LEI Nº 13.231 - Autoriza o Poder Executivo a instituir, nos 
municípios de grande porte, o Programa Centro de Convivência do Idoso; 
 2001 - Lei nº 3.686 - Isenta os aposentados, pensionistas e portadores 
de deficiência física, proprietários ou locatários de imóveis, do pagamento da Taxa 
de Incêndio; 
 2003 - LEI Nº 10.741 - Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras 
providências; 
 2004 - LEI Nº 3.502 - Institui a meia-entrada em estabelecimentos de 
entretenimento e lazer para idosos a partir de 60 anos de idade. 
 
 
FIM DO MÓDULO 
 
 
 
 
 
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22 
 
 
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