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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
THALIA DA SILVA TAVARES, 1800067
A Inclusão na prática
UTA Fundamentos Pedagógicos
MÓDULO A – FASE I
PARAGUAÇU PAULISTA
2018
A Inclusão na prática 
No dia 02 de abril de 2018 visitei uma escola estadual, da cidade de Paraguaçu Paulista para observar a aplicação da lei nº 13.146 – Lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (LBI), promulgada no ano de 2015, que trata com especificidade dos direitos das pessoas com deficiência, sendo determinado que a educação seja feita de forma inclusiva, com qualidade em todos os níveis de ensino, que garanta a permanência, condições de acesso, aprendizagem e participação, colocando fim a quaisquer barreiras e à discriminação.
A escola possuía rampas para alunos com deficiência motora, porém alguns lugares eram inacessíveis devido ao fato de só possuir escadarias, os banheiros eram adaptados para cadeirantes, porém as pias eram elevadas o que dificultava um pouco o acesso, havia uma sala de recursos e em cada sala de aula havia uma mesa adaptada para estes alunos, porém quase todas estavam desgastadas. 
Os professores que acompanhei, em sua maioria, ministravam aulas a 14 anos, pelo Estado e pela prefeitura, e exerciam suas atividades no Ensino Fundamental, a turma era o 5º ano, que possuía 35 alunos, sendo um deles Ingrid de 12 anos, que estava em processo de inclusão. 
A primeira aula foi de Português, assim que chegou a professora passou uma atividade de leitura e resumo, Ingrid como os outros começou o texto, mas em determinado momento sentiu dificuldades em prosseguir, e mesmo com auxílio da professora não conseguiu, então a professora colocou junto com outra aluna para que essa a auxiliasse, devido ao fato de que ela precisava ajudar os outros alunos também, Ingrid e a outra aluna levaram um pouco mais de tempo que os outros, mas ao final da aula conseguiram terminar a atividade, numa conversa inicial a professora afirmou que “faço sempre o possível para que Ingrid participe de todas as atividades e para que os outros alunos a incluam em tudo, mas as vezes é difícil, são muitos alunos”.
A aula que se seguiu foi de matemática, onde o professor possuía dificuldades visíveis para chegar em Ingrid, e também em explicar o conteúdo, ele passou algumas equações, apesar de Ingrid ter começado a atividade, ela não conseguia resolver os exercícios e se recusou a continuar, o professor sugeriu que Ingrid se juntasse a outro aluno que possuía mais praticidade com a matéria, mais diferente da aula de português ela não quis e começou a andar pela sala, o professor disse “nem todos os anos como professor te ensinam a lidar com este tipo de situação”, acrescentou ainda que “apesar de entender a responsabilidade que temos na adaptação dos alunos, não considero que as escolas estejam preparadas”.
Durante o intervalo Ingrid se sentou para comer junto com a aluna que a auxilio na aula de português, aparentemente ela possuía interesse em ficar próxima a ela, quando perguntei sobre a relação que tinha com Ingrid ela explicou que “ela mora na minha rua, eu sempre brinco com ela, ela gosta de boneca, eu gosto muito dela, muito, mas não é todo dia que ela ta boa, tem dia que ela não gosta de mim, e quer ficar sozinha”, quando questionei sobre a relação de Ingrid com os outros alunos, a menina disse “eu fico triste quando os outros não chamam ela pra brincar, eu gosto de brincar com ela” o que expos uma possível dificuldade de integração com os demais alunos.
Após o intervalo deu-se início as últimas aulas que foram as de educação física, Ingrid já estava muito inquieta desde a aula de matemática, antes mesmo do professor mandar os alunos ir para a quadra, ela já estava se retirando da sala, ao chegar a quadra o professor estava passando atividade mas Ingrid não estava prestando atenção, estava correndo de um lado ao outro da quadra, e não atendeu ao chamado para se juntar ao restante da turma, o professor terminou de explicar o que seria desenvolvido aos demais alunos e se dirigiu a Ingrid, mas a mesma não se mostrou interessada no que ele propôs, e disse que queria correr, o professor foi então aos demais alunos, e adaptou a atividade deles para que se aproximasse dos desejos de Ingrid, realizando então uma “Maratona de corrida”, onde Ingrid e os outros alunos tinham que correr de um lado ao outro da quadra e quem fizesse mais vezes ganhava, sobre a atitude perante a situação o professor disse em tom de brincadeira “se não pode com ela, junte-se a ela”. 
No que diz respeito a inclusão, a coordenação pedagógica e a diretoria da escola também não possuíam uma relação de colaboração com os professores, quando perguntei a um dos professores sobre o que a diretoria os passava neste aspecto ele revelou sem muitos detalhes que “não é muito fácil, outro dia mesmo, eu perguntei se não podíamos mudar o conteúdo para adaptar melhor a aluna e a resposta que recebi não foi nada agradável”.
Após analisar tudo isso fica nítido as dificuldades que os professores têm em lidar com o processo de inclusão, que somente o esforço não é suficiente em determinadas situações, por isso o que se tem na maior parte das escolas de hoje não pode ser considerado inclusão, é só para cumprimento de lei, pois na prática a escola, o conteúdo curricular e outros aspectos não estão adaptados para o aluno com deficiência.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Brasília: MEC/ SEESP, 2001. 
BRASIL. Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Disponível em: http://www.mpgo.mp.br/portalweb/hp/10/docs/constituicao_federal_de_1988_ -_da_educacao.pdf. Acesso: em 04 de abril de 2018. 
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares. Brasília - DF, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria da Educação Especial, 1998. 
BUENO, J. G. S. A Inclusão de Alunos Deficientes na Classe Comum do Ensino Regular. Temas sobre Desenvolvimento, 9 (54), 21-27, 2001.
KUZUYABU, Marina. Inclusão na prática. Disponível em: http://www.mundoescolaronline.com.br/inclusao-na-pratica-edicao-02/. Acesso em: 05 de abril de 2018.
MELO, Alexandre. Boas práticas de inclusão. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/3436/boas-praticas-de-inclusao. Acesso em 05 de abril de 2018.
MOURA, Simone. O processo de inclusão e as dificuldades do professor na sua aplicabilidade em sala de aula. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/3275/1/2011_SimonedeCassiaMouraMarques.pdf. Acesso em 06 de abril de 2018.
SILVA, Camila; SILVA, Danielle. A inclusão na prática: alunos com deficiência no ensino superior. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/9786/0. Acesso em 04 de abril de 2018.
SILVEIRA, Marina. A inclusão na prática e a prática na inclusão. Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/ver_opiniao.php?a-inclusao-na-pratica-e-a-pratica-da-inclusao&codigo=AOP0134. Acesso em 04 de abril de 2018.

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