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INSTITUTO TAUBATÉ DE ENSINO SUPERIOR – ITES
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
3° SEMESTRE/2018
DOCENTE: MESTRE ROSANA MARIA FARIA RADOR
EPIDEMIOLOGIA
SISTEMA DE VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA E DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSORIA
Cynthia Mara Guirelli Da Silva	RA: 58010002804
TAUBATÉ - SP
2018
INSTITUTO TAUBATÉ DE ENSINO SUPERIOR – ITES
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
EPIDEMIOLOGIA
SISTEMA DE VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA E DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSORIA
Trabalho de Epidemiologia apresentado ao ITES, pela discente Cynthia do 3º Semestre do curso de Graduação em Enfermagem.
Docente: Rosana M. F. Rador
TAUBATÉ – SP
2018
DEDICATÓRIA
 
Dedicamos este trabalho aos nossos pais, professores, familiares e amigos que nos apoiaram e incentivaram nas nossas lutas
Epígrafe
A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!
Florence Nightingal
RESUMO
O Ministério da Saúde estabelece a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. 
A ocorrência de suspeita ou confirmação de eventos de saúde pública, doenças e agravos listados na Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016, são de comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados. É facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde importantes em sua região. Trata-se de ação e estratégia para monitoramento e tomada de ações frente as doenças que conta na lista de Notificação Compulsoria – Portaria nº 204 de 2016.
A listagem de doenças de notificação compulsória nacional é estabelecida pelo Ministerio da Saude entre as consideradas de maior relevância sanitária para o pais, além das doenças ou eventos de notificação imediata (informação rápida, ou seja, deve ser comunicada por e-mail, telefone, fax ou web)
A escolha dessas doenças obedece a alguns critérios, razão pela qual essa lista é periodicamente revisada tanto em função da situação epidemiológica da doença, como pela emergência de novos agentes por alterações.
Os dados coletados sobre as doenças de notificação compulsória são incluídos no Sistema Nacional de Agravos Notificaveis (SINAN). Estados e municípios podem adicionar a lista outras patologias de interesse regional ou localjustificada a sua necessidade definidos os mecanismos operacionais correspondentes. Entende-se que so devem ser coletados dados para efetiva utilizaçãono aprimoramento das ações de saúde sem sobrecarregar os serviços com o preenchimento desnecessário de formulários.
.
• 
INTRODUÇÃO
A origem do termo” Vigilância Epidemiológica” no Brasil data da década de 50, exclusivamente para o controle de doenças transmissíveis, particularmente contra a Malária. A atuação era composta de isolamento e quarentena individual, ou seja, atuação em nível individual e não coletiva.
Na década de 60, o programa de erradicação da varíola instituiu vacinação em massa da população, portanto ação coletiva além da individual. Neste caso, a atuação era composta de:
Busca ativa de casos: os profissionais procuravam na população pessoas com sintomas e sinais iniciais da doença.
Detecção precoce dos surtos: mapeamento do conglomerado espacial o mais rápido possível, assim que casos eram confirmados.
Bloqueio imediato da transmissão: isolamento do indivíduo impedindo contatos e proliferação de novos casos.
Tais atitudes serviram como base para a organização do sistema nacional de vigilância epidemiológica.
Em 1968, além das doenças transmissíveis, incorporou-se malformações congênitas, envenenamentos da infância, leucemia, abortos, acidentes, doenças profissionais, fatores de risco e riscos ambientais.
O propósito básico é fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde, com informações atualizadas, particularizando áreas geográficas ou populações definidas.
Funções:
Coleta de dados: pesquisa na população, de casos ou suspeita de casos do alvo da vigilância.
Processamento de dados coletados: alimentação informatizada dos dados coletados.
Análise e interpretação dos dados processados: estudos biomédicos e estatísticos dos dados armazenados.
Recomendação das medidas de controle apropriadas: uma vez com os dados estatísticos, geográficos e biomédicos analisados, planeja-se com a equipe uma estratégia para o controle do alvo do estudo.
Promoção das ações de controle indicadas: atuação em campo, sob o comando da equipe, das medidas elaboradas anteriormente.
Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas: novas coletas de dados junto à população, com novos estudos estatísticos comprovando que as atitudes adotadas foram efetivas ou não.
Divulgação de informações pertinentes: divulgação (pela mídia) constante dos resultados encontrados, assim como da atuação e eficiência, sem jamais omitir ou adulterar os resultados.
As ações executivas são de responsabilidade do município.
As ações estratégicas são de responsabilidade estadual e/ou federal, conforme a gravidade de cada caso.
Quanto mais capacitada e eficiente a instância local, mais oportunamente poderão ser executadas as medidas de controle.
 
VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA 
Inicialmente, a vigilância epidemiológica significava a “observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos”. Tratava-se, então, da vigilância de pessoas, através de medidas de isolamento ou de quarentena, aplicadas individualmente, e não de forma coletiva. Posteriormente, na vigência de campanhas de erradicação de doenças - como a malária e a varíola, a vigilância epidemiológica passou a ser referida como uma das etapas desses programas, na qual se buscava detectar, ativamente, a existência de casos da doença alvo, com vistas ao desencadeamento de medidas urgentes, destinadas a bloquear a transmissão.
Em 1975, por recomendação da 5ª Conferência Nacional de Saúde, foi instituído o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica - SNVE. Este sistema, formalizado pela Lei 6.259 do mesmo ano e decreto 78.231, que a regulamentou em 1976, incorporou o conjunto de doenças transmissíveis então consideradas de maior relevância sanitária no país.
Com a promulgação da lei 8.080, de 1990, que instituiu o Sistema Único de Saúde o SUS, ocorreram importantes desdobramentos na área de vigilância epidemiológica.
Segundo a Lei 8.080, o conceito de vigilância epidemiológico passou a ser “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.” 
A orientação atual para o desenvolvimento do SNVE estabelece, como prioridade, o fortalecimento de sistemas municipais de vigilância epidemiológica, dotados de autonomia técnico-gerencial para enfocar os problemas de saúde próprios de suas respectivas áreas de abrangência.
PROPÓSITOS E FUNÇÕES 
A vigilância epidemiológica tem, como propósito, fornecer orientação técnica permanente para os responsáveis pela decisão e execução de ações de controle de doenças e agravos. Para subsidiar esta atividade, deve tornar disponíveis informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças ou agravos, bem como dos seus fatores condicionantes, em uma área geográfica ou população determinada. A vigilância epidemiológica constitui-se, ainda,em importante instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de atividades técnicas correlatas.
São funções da vigilância epidemiológica: 
• coleta de dados;
• processamento de dados coletados; 
• análise e interpretação dos dados processados; 
• recomendação das medidas de controle apropriadas; 
• promoção das ações de controle indicadas; 
• avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; 
• divulgação de informações pertinentes.
COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES 
O cumprimento das funções de vigilância epidemiológica depende da disponibilidade de informações que sirvam para subsidiar o desencadeamento de ações – informação para a ação. A qualidade da informação, por sua vez, depende da adequada coleta dos dados gerados no local onde ocorre o evento sanitário (dado coletado). É também nesse nível que os dados devem primariamente ser tratados e estruturados, para que então venham a se transformar em informação, que assim passa a ser um relevante instrumento, com capacidade para estabelecer um processo dinâmico de planejamento, avaliação, manutenção e aprimoramento das ações.
TIPOS DE DADOS 
Os dados e informações que alimentam o Sistema de Vigilância Epidemiológica são os seguintes: 
• Dados demográficos, socioeconômicos e ambientais: permitem quantificar a população e gerar informações sobre suas condições de vida: número de habitantes e características de sua distribuição, condições de saneamento, climáticas, ecológicas, habitacionais e culturais. 
• Dados de morbidade: podem ser obtidos mediante a notificação de casos e surtos, de produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigação epidemiológica, de busca ativa de casos, de estudos amostrais e de inquéritos, entre outras formas. 
• Dados de mortalidade: são obtidos através das declarações de óbitos, processadas pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade. Mesmo considerando o sub-registro, que é significativo em algumas regiões do país, e a necessidade de um correto preenchimento das declarações, trata-se de um dado que assume importância capital entre os indicadores de saúde. Esse sistema está sendo descentralizado, objetivando o uso imediato dos dados pelo nível local de saúde. 
• Notificação de surtos e epidemias: a detecção precoce de surtos e epidemias ocorre quando o sistema de vigilância epidemiológica local está bem estruturado, com acompanhamento constante da situação geral de saúde e da ocorrência de casos de cada doença e agravo de notificação.
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes.
FONTES DE DADOS 
• Notificação 
Historicamente, a notificação compulsória de doenças tem sido a principal fonte da vigilância epidemiológica. A lista nacional das doenças de notificação vigente está restrita a alguns agravos e doenças de interesse sanitário para o País, e compõe o Sistema de Doenças de Notificação Compulsória. Esta relação de doenças tem experimentado revisões durante as últimas décadas, em função de novas ações programáticas instituídas para controlar problemas específicos de saúde. Em 1998, o Centro Nacional de Epidemiologia - CENEPI promoveu ampla revisão do assunto, o que resultou na explicitação de conceitos técnicos sobre o processo de notificação, bem como dos critérios utilizados para a seleção de doenças e agravos notificáveis. Na ocasião, foi redefinida a lista nacional, que posteriormente foi acrescida de outras doenças
Critérios aplicados no processo de seleção para notificação de doenças: 
• Magnitude: doenças com elevada freqüência, que afetam grandes contingentes populacionais, que se traduzem pela incidência, prevalência, mortalidade, anos potenciais de vida perdidos. 
• Potencial de disseminação: expresso pela transmissibilidade da doença, possibilidade de sua disseminação por vetores e demais fontes de infecção, colocando sob risco outros indivíduos ou coletividades. 
• Transcendência: definido por um conjunto de características apresentadas por doenças e agravos, de acordo com sua apresentação clínica e epidemiológica, sendo as mais importantes: a severidade, medida por taxas de letalidade, hospitalizações e seqüelas; a relevância social, que subjetivamente significa o valor que a sociedade imputa à ocorrência do evento, em termos de estigmatização dos doentes, medo, a indignação, quando incide em determinadas classes sociais; e a relevância econômica, ou capacidade potencial de afetar o desenvolvimento, o que as caracteriza como de, mediante as restrições comerciais, perdas de vidas, absenteísmo ao trabalho, custo de diagnóstico e tratamento, etc. 
• Vulnerabilidade: referente à disponibilidade de instrumentos específicos de prevenção e controle, permitindo a atuação concreta e efetiva dos serviços de saúde com relação a indivíduos ou coletividades. 
• Compromissos internacionais: firmados pelo governo brasileiro, no âmbito de organismos internacionais como a OPAS/OMS, que visam empreender esforços conjuntos para o alcance de metas continentais ou até mundiais de controle, eliminação ou erradicação de algumas doenças. Exemplo típico é o da erradicação da poliomielite, que vem alcançando a meta de erradicação em vários países das Américas, em 1994. Tal feito poderia justificar, em tese, a exclusão da poliomielite da lista de doenças de notificação. Ao contrário, porém, os países membros da OPAS firmaram o compromisso de aumentar a sensibilidade do sistema de vigilância da poliomielite, acrescentando a notificação das paralisias flácidas agudas, em face da possibilidade de reintrodução do poliovírus selvagem nas Américas, a partir de outros continentes onde continua circulante. 
• Regulamento Sanitário Internacional: as doenças que estão definidas como de notificação compulsória internacional, são incluídas, obrigatoriamente, nas listas nacionais de todos os países membros da OPAS/OMS. Atualmente, apenas três doenças são mantidas nessa condição. 
• Epidemias, surtos e agravos inusitados: todas as suspeitas de epidemia ou de ocorrência de agravo inusitado devem ser investigadas e imediatamente notificadas aos níveis hierárquicos superiores, pelo meio mais rápido de comunicação disponível. Mecanismos próprios de notificação devem ser instituídos, definidos de acordo com a apresentação clínica e epidemiológica do evento.
A compulsoriedade da notificação significa que todo cidadão tem o dever de comunicar a ocorrência de algum caso suspeito de doença que esteja na relação de notificação compulsória. Essa obrigação é inerente à profissão médica e a outras profissões da área de saúde.
Aspectos que devem ser considerados na notificação: 
• Notificar a simples suspeita da doença. Não se deve aguardar a confirmação do caso para se efetuar a notificação, o que pode significar perda da oportunidade de adoção das medidas de prevenção e controle indicadas; 
• A notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico sanitário, no caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos;
LEGISLAÇÃO
PORTARIA DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Portaria no 1.943, DE 18 DE OUTUBRO DE 2001 
Define a relação de doenças de notificação compulsória para todo território nacional.
O Ministro de Estado de Saúde, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no art. 8o , inciso I, do decreto no 78.231, de 12 de agosto de 1976, resolve: 
Art. 1o Os casos suspeitos ou confirmados das doenças a seguir relacionadas são de notificação compulsória às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e à Fundação Nacional de Saúde. 
Parágrafo único. A ocorrência de agravo inusitado á saúde, independentemente de constar desta relação deverá também ser notificado imediatamente às autoridades sanitárias
1.Botulismo 
2. Carbúnculoou “antraz” 
3. Cólera 
4. Coqueluche 
5. Dengue 
6. Difteria 
7. Doença de Chagas (casos agudos) 
8. Doença Meningocócica e outras Meningites 
9. Esquistossomose (em área não endêmica) 
10. Febre Amarela 
11. Febre Maculosa 
12. Febre Tifóide 
13. Hanseníase 
14. Hantaviroses 
15. Hepatite B 
16. Hepatite C 
17. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em gestantes e crianças expostas ao meio de transmissão vertical 
18. Leishmaniose Tegumentar Americana
19. Leishmaniose Visceral 
20. Leptospirose 
21. Malária (em área não endêmica) 
22. Meningite por Haemophilus influenzae 
23. Peste 
24. Poliomielite 
25. Paralisia Flácida Aguda 
26. Raiva Humana 
27. Rubéola 
28. Síndrome da Rubéola Congênita 
29. Sarampo 
30. Sífilis Congênita 
31. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) 
32. Tétano 
33. Tularemia 
34. Tuberculose 
35. Varíola
Art. 2o Deverão ser notificados de forma imediata às Secretarias Estaduais de Saúde e estas deverão informar a FUNASA imediatamente após a notificação os casos suspeitos de botulismo, carbúnculo ou “antraz”, cólera, febre amarela, febres hemorrágicas de etiologia não esclarecida, hantaviroses, paralisia flácida aguda, peste, raiva humana, tularemia e varíola e os surtos ou agregação de casos ou óbitos de agravos inusitados, difteria, doença de etiologia não esclarecida e doença meningocócica. 
Art. 3o Deverão ser notificados de forma imediata às Secretarias Estaduais de Saúde e estas deverão informar a FUNASA imediatamente após a notificação os casos confirmados de poliomielite, sarampo e tétano neonatal. 
Art. 4o A definição de caso para cada doença relacionada no art. 1o desta Portaria deve obedecer à padronização definida pela Fundação Nacional de Saúde - FUNASA. 
Art. 5o O fluxo, a periodicidade e os instrumentos utilizados para a realização da notificação são os definidos nas normas do Sistema de Informações de Agravos de Notificação - SINAN. 
Art. 6o Os gestores estaduais e os municipais do Sistema Único de Saúde poderão incluir outras doenças e agravos no elenco de doenças de notificação compulsória, em seu âmbito de competência, de acordo com o quadro epidemiológico local. Parágrafo único. As inclusões de outras doenças e agravos deverão ser comunicadas pelos gestores estaduais e municipais à Fundação Nacional de Saúde. 
Art. 7o Fica revogada a Portaria no 933/GM, de 4 de setembro de 2000. 
Art. 8o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. 
PORTARIA Nº 104, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 
Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. 
Art. 1º Definir as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005). IV - Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN: evento com risco de propagação ou disseminação de doenças para mais de uma UF com priorização das doenças de notificação imediata e outros eventos de saúde pública, independentemente da natureza ou origem, depois de avaliação de risco, e que possa necessitar de resposta nacional imediata V - Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional - ESPII: evento extraordinário que constitui risco para a saúde pública de outros países por meio da propagação internacional de doenças, requerem resposta internacional coordenada 
Art. 5º A notificação imediata será realizada por telefone como meio de comunicação ao serviço de vigilância epidemiológica da SMS, cabendo a essa instituição disponibilizar e divulgar amplamente o número na rede de serviços de saúde, pública e privada 
§ 1º Na impossibilidade de comunicação à SMS, a notificação será realizada à SES, cabendo a esta instituição disponibilizar e divulgar amplamente o número junto aos Municípios de sua abrangência; 
§ 5º Os casos suspeitos ou confirmados da LNCI deverão ser registrados no Sinan no prazo máximo de 7 (sete) dias, a partir da data de notificação. 
§ 6º A confirmação laboratorial de amostra de caso individual ou procedente de investigação de surto constante no Anexo II a esta Portaria deve ser notificada pelos laboratórios públicos (referência nacional, regional e laboratórios centrais de saúde pública) ou laboratórios privados de cada Unidade Federada. 
Art. 7º A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos, enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, em conformidade com os arts. 7º e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
ANEXO I
Lista de Notificação Compulsória – LNC
ANEXO II
Lista Nacional de Compulsória Imediata – LNCI
ANEXO III
Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas - LNCS
ANEXO I
Lista de Notificação Compulsória – LNC
1. Acidentes por animais peçonhentos;
2. Atendimento antirrábico;
3. Botulismo;
4. Carbúnculo ou Antraz;
5. Cólera;
6. Coqueluche;
7. Dengue;
8. Difteria;
9. Doença de Creutzfeldt-Jakob;
10. Doença Meningocócica e outras
Meningites;
11. Doenças de Chagas Aguda;
12. Esquistossomose;
13. Eventos Adversos Pós-vacinação;
14. Febre Amarela;
15. Febre do Nilo Ocidental;
16. Febre Maculosa;
17. Febre Tifóide;
18. Hanseníase;
19. Hantavirose;
20. Hepatites Virais;
21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana – HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical;
22. Influenza humana por novo subtipo;
23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados);
24. Leishmaniose Tegumentar Americana;
25. Leishmaniose Visceral;
26. Leptospirose;
27. Malária;
28. Paralisia Flácida Aguda;
29. Peste;
30. Poliomielite;
31. Raiva Humana;
32. Rubéola;
33. Sarampo;
34. Sífilis Adquirida;
35. Sífilis Congênita;
36. Sífilis em Gestante;
37. AIDS;
38. Síndrome da Rubéola Congênita;
39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino;
40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV);
41. Tétano;
42. Tuberculose;
43. Tularemia;
44. Varíola; e
45. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências.
ANEXO II
Lista Nacional de Compulsória Imediata – LNCI
I. Caso suspeito ou confirmado de:
1. Botulismo;
2. Carbúnculo ou Antraz;
3. Cólera;
4. Dengue nas seguintes situações:
- Dengue com complicações (DCC),
- Síndrome do Choque da Dengue (SCD),
- Febre Hemorrágica da Dengue (FHD),
- Óbito por Dengue
- Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos estados sem transmissão endêmica desse sorotipo;
5. Doença de Chagas Aguda;
6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação esporádica no território nacional que não constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhéus, Mormo, Encefalites Eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chikungunya, Encefalite Japonesa, entre outras;
7. Febre Amarela;
8. Febre do Nilo Ocidental;
9. Hantavirose;
10. Influenza humana por novo subtipo;
11. Peste;
12. Poliomielite;
13. Raiva Humana;
14. Sarampo;
15. Rubéola;
16. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV);
17. Varíola;
18. Tularemia; e
19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC).
II. Surto ou agregação de casos ou óbitos por:
1. Difteria;
2. Doença Meningocócica;
3. Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcações ou aeronaves;
4. Influenza Humana;
5. Meningites Virais;
6. Outros eventos de potencial relevância em saúde pública, após a avaliação de risco de acordo com o Anexo II do RSI 2005, destacando-se:
a. Alteração no padrão epidemiológico de doença conhecida, independente de constar no Anexo I desta Portaria;
b. Doençade origem desconhecida;
c. Exposição a contaminantes químicos;
d. Exposição à água para consumo humano fora dos padrões preconizados pela SVS;
e. Exposição ao ar contaminado, fora dos padrões preconizados pela Resolução do CONAMA;
f. Acidentes envolvendo radiações ionizantes e não ionizantes por fontes não controladas, por fontes utilizadas nas atividades industriais ou médicas e acidentes de transporte com produtos radioativos da classe 7 da ONU.
g. Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver desalojados ou desabrigados;
h. Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver comprometimento da capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de saúde locais em conseqüência evento.
ANEXO II Lista Nacional de Compulsória Imediata – LNCI
III. Doença, morte ou evidência de animais com agente etiológico que podem acarretar a ocorrência de doenças em humanos, destaca-se entre outras classes de animais:
1. Primatas não humanos
2. Eqüinos
3. Aves
4. Morcegos
Raiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situação não usual, tais
como: vôos diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenação de movimentos,
agressividade, contrações musculares, paralisias, encontrado durante o dia no chão
ou em paredes.
5. Canídeos
Raiva: canídeos domésticos ou silvestres que apresentaram doença com sintomatologia neurológica e evoluíram para morte num período de até 10 dias ou confirmado laboratorialmente para raiva.
Leishmaniose visceral: primeiro registro de canídeo doméstico em área indene, confirmado por meio da identificação laboratorial da espécie Leishmania chagasi.
6. Roedores silvestres
Peste: Roedores silvestres mortos em áreas de focos naturais de peste.
ANEXO III
Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas – LNCS
1. Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho;
2. Acidente de trabalho com mutilações;
3. Acidente de trabalho em crianças e adolescentes;
4. Acidente de trabalho fatal;
5. Câncer Relacionado ao Trabalho;
6. Dermatoses ocupacionais;
7. Distúrbios Ostemusculares Relacionados ao Trabalho ( DORT)
8. Influenza humana;
9. Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho;
10. Pneumoconioses relacionadas ao trabalho;
11. Pneumonias;
12. Rotavírus;
13. Toxoplasmose adquirida na gestação e congênita; e
14. Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho;
1. Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho; 
2. Acidente de trabalho com mutilações; 
3. Acidente de trabalho em crianças e adolescentes; 
4. Acidente de trabalho fatal; 
5. Câncer Relacionado ao Trabalho; 
6. Dermatoses ocupacionais; 
7. Distúrbios Ostemusculares Relacionados ao Trabalho ( DORT) 
8. Influenza humana; 
9. Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho; 
10. Pneumoconioses relacionadas ao trabalho; 
11. Pneumonias; 
12. Rotavírus; 
13. Toxoplasmose adquirida na gestação e congênita; e 
14. Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho;
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLOGICA
Neste item, encontram-se descritas, de forma sucinta, as várias etapas de uma investigação epidemiológica. Embora apresentadas em uma seqüência lógica, algumas delas são desenvolvidas paralela e simultaneamente. 
ETAPA 1 - COLETA DE DADOS SOBRE O(S) CASO(S) 
Em geral, nas Unidades de Saúde já se encontram disponíveis formulários padronizados do SINAN (Ficha de Investigação Epidemiológica), para a maioria das doenças incluídas no sistema de vigilância epidemiológica. O preenchimento desta ficha deve ser muito cuidadoso, registrando-se, com o máximo de exatidão possível, as informações de todos os seus campos. O investigador poderá acrescentar novos itens que considere relevantes. O espaço para observações deve ser utilizado para anotar informações adicionais que possam ajudar no esclarecimento do evento. 
• Dados que se obtém mediante entrevista com o paciente, familiares, médicos, e outros informantes: Identificação do paciente: nome, idade, sexo, estado civil, profissão, local de trabalho e de residência, com ponto de referência; 
Anamnese e exame físico: data de início dos primeiros sintomas, história da moléstia atual, antecedentes mórbidos, antecedentes vacinais, mudanças de hábitos alimentares nos dias que antecederam aos sintomas, e dados de exame físico; 
Suspeita diagnóstica: na pendência de dados complementares para firmar o diagnóstico, devem ser formuladas as principais suspeitas e assim possibilitar a definição de medidas de controle preliminares e a solicitação de exames laboratoriais; 
Meio ambiente: depende do tipo de doença investigada. Por exemplo, se a suspeita é de doença de veiculação hídrica, são essenciais as informações sobre sistema de abastecimento e tratamento de água, destino de resíduos líquidos, sólidos e lixo, alagamentos, chuvas; em outros casos, podem estar envolvidos insetos vetores, inseticidas e pesticidas, etc. Exames laboratoriais: estes exames devem ser solicitados com vistas ao esclarecimento do diagnóstico do paciente e das fontes de contaminação, veículo de transmissão, pesquisa de vetores, conforme cada situação. É importante salientar que, embora os exames laboratoriais sejam um importante subsídio para a conclusão diagnóstica, em muitas ocasiões não se faz necessário aguardar os seus resultados para dar início às medidas de controle.
ETAPA 2 - BUSCA DE PISTAS 
Esta é uma etapa essencial da investigação epidemiológica, pois visa buscar subsídios que permitirão responder a várias das questões formuladas. 
Cabe ao investigador, considerando os dados já coletados nas etapas anteriores, estabelecer que outras informações são importantes para o esclarecimento do evento, sendo relevante para este raciocínio identificar: 
• Fonte de contágio a exemplo de água, alimentos, ambiente insalubre, etc (Fontes de infecção); 
• Período de incubação do agente; 
• Modos de transmissão (respiratória, sexual, vetorial, etc.); 
• Faixa etária, sexo, raça e grupos sociais mais acometidos (Características biológicas e sociais); 
• Presença ou não de outros casos na localidade (abrangência da transmissão); 
• Possibilidade da existência de vetores ligados à transmissão da doença; 
• Fatores de risco: época em que ocorre (estação do ano); ocupação do indivíduo; situação de saneamento na área de ocorrência dos casos (fonte de suprimento de água, destino dos dejetos e do lixo, etc.); outros aspectos relevantes das condições de vida na(s) área(s) de procedência dos casos (hábitos alimentares, aspectos sócio-econômicos, etc.); potenciais riscos ambientais (físicos, químicos, biológicos, etc.). 
As equipes de outras áreas devem ser acionadas para troca de informações e complementação de dados a serem utilizados nas análises (parciais e final), no sentido de caracterizar o evento e orientar os passos seguintes da investigação. Ou seja, a avaliação dessas e de outras variáveis, em seu conjunto, fornecerão as pistas que contribuirão para a identificação do problema e a tomada de medidas necessárias ao seu controle. 
ETAPA 3 - BUSCA ATIVA DE CASOS 
Esta etapa tem como propósito identificar casos adicionais (secundários ou não) ainda não notificados, ou aqueles oligosintomáticos que não buscaram atenção médica e visa: 
• tratamento adequado dos casos; 
• determinar a magnitude e extensão do evento; 
• ampliação do espectro das medidas de controle. 
Para isso, deve-se buscar reconhecer e proceder à investigação de casos similares no espaço geográfico onde houver suspeita da existência de contatos e/ou fonte de contágio ativa. Esta busca pode ser restrita a um domicílio, rua ou bairro, ou ser realizada em todas as unidades de saúde (Centros, Postos de Saúde, Consultórios, Clínicas Privadas, Hospitais, Laboratórios, etc.), ou ainda, ultrapassar barreiras geográficas de municípios ou estados, conforme as correntes migratórias ou características dos veículos de transmissão. 
ETAPA 4 - PROCESSAMENTO E ANÁLISES PARCIAISDOS DADOS 
Na medida em que se for dispondo de novos dados/informações, deve-se sempre proceder análises parciais, a fim de se definir o passo seguinte até a conclusão da investigação e as medidas de controle tenham se mostrado efetivas. A consolidação, análise e interpretação dos dados disponíveis devem considerar as características de pessoa, tempo, lugar e os aspectos clínicos e epidemiológicos, para a formulação de hipóteses quanto ao diagnóstico clínico, fonte de transmissão, potenciais riscos ambientais; efetividade das medidas de controle adotadas até aquele momento. Quando a investigação não se referir a casos isolados, os dados colhidos deverão ser consolidados em tabelas, gráficos, mapas da área em estudo, fluxos de pacientes e outros. Essa disposição fornecerá uma visão global do evento, permitindo a avaliação de acordo com as variáveis de tempo, espaço e pessoas (quando? onde? quem?), possível relação causal (por que?), e deverá ser comparada com períodos semelhantes de anos anteriores. Uma vez processados, os dados deverão ser analisados criteriosamente. Quanto mais oportuna e adequada for a análise, maior será a efetividade desta atividade, pois orientará com mais precisão o processo de decisão-ação. 
ETAPA 5 - ENCERRAMENTO DE CASOS 
As Fichas Epidemiológicas de cada caso devem ser analisadas visando definir qual critério (Clínico-epidemiológico-laboratorial; clínico-laboratorial; clínico epidemiológico) foi ou será empregado para o diagnóstico final, considerando as definições de caso específicas para cada doença e que estão definidas nos capítulos específicos deste Guia. Em situações de eventos inusitados, após a coleta dos dados dos primeiros casos, deve-se padronizar o conjunto de manifestações clínicas e evidências epidemiológicas, definindo se o que será considerado como “caso”. 
ETAPA 6 - RELATÓRIO FINAL 
Os dados da investigação deverão ser sumarizados em um relatório que inclua a descrição do evento (todas as etapas da investigação), destacando-se: 
• Causa da ocorrência, indicando inclusive se houve falhas da vigilância epidemiológica e/ou dos serviços de saúde e quais providências foram adotadas para sua correção. 
• Se as medidas de prevenção implementadas em curto prazo estão sendo executadas.
• Descrição das orientações e recomendações, a médio e longo prazos, a serem instituídas, tanto pela área de saúde quanto de outros setores. 
• Alerta às autoridades de saúde dos níveis hierárquicos superiores, naquelas situações que coloquem sob risco outros espaços geopolíticos. Este documento deverá ser enviado aos profissionais que prestaram assistência médica aos casos e aos participantes da investigação clínica e epidemiológica, representantes da comunidade, autoridades locais, administração central dos órgãos responsáveis pela investigação e controle do evento. 
CONCLUSÃO
Para a saúde pública, notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes, segundo explica o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (MS), de 2010. Notificar não é “simplesmente preencher mais um papel, aumentar a burocracia ou dificultar o trabalho com algo sem importância”, como alguns consideram. Entender sua importância é peça-chave para o controle, redução, prevenção e erradicação de muitas doenças e agravos.
O principal motivo da notificação é fornecer para os órgãos competentes informações de doenças/agravos/eventos, que são transmissíveis, apresentam letalidade ou outro tipo de impacto na saúde. A partir disso, poderão ser tomadas medidas de promoção, proteção e controle. Vale ressaltar que, na maior parte dos casos, a doença não precisa ser confirmada para que seja realizada o registro. Caso não sejam notificados os casos suspeitos, pode-se perder ou comprometer a oportunidade de intervir de forma oportuna, eficaz e eficiente na disseminação da doença.
Não é descrédito para o estado, município ou unidade de saúde notificar algo. Ao contrário disso, reconhecer a ocorrência de doenças/agravos/eventos é ser antes de tudo cidadão e entender que a partir dessa postura, medidas de saúde serão adotadas com o intuito de proteger a população. Os dados notificados são de caráter sigiloso, sendo sua divulgação realizada sob critérios éticos e, quando necessário, para o conhecimento da população, jamais expondo nenhum cidadão.
As notificações são realizadas por meio de fichas de notificação individuais, que possuem campos para preenchimento essenciais para a compreensão de como ocorreu a doenças/agravos/eventos e sua evolução. Esse procedimento é feito dentro do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan) ou em sistemas estaduais ou municipais, criados exclusivamente para essa finalidade. A partir da notificação uma série de medidas é gerada com o objetivo de determinar o provável local inicial de disseminação (se for o caso), sua extensão, como está se disseminando e o quê fazer para interromper o ciclo de propagação.
Segundo informação da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), o enfermeiro é um dos profissionais que mais tem contribuído para a implementação e funcionamento dos sistemas de notificação e, consequentemente, de vigilância. Mas, para que esses sistemas continuem funcionando e sendo aprimorados é imprescindível o conhecimento das portarias, protocolos, fluxos e fichas de notificação por parte do corpo técnico.
As notificações catalogadas pelas vigilâncias epidemiológicas, em âmbito municipal e estadual, tem sido a maior fonte de informações. Outras fontes de informação que temos são os laboratórios, inquéritos epidemiológicos, levantamentos epidemiológicos, sistemas sentinelas. Também no processo de investigação de um caso inicial, diagnosticam-se outros casos que não haviam sido notificados. Outras vezes, doenças/agravos/eventos se tornam conhecidos através da imprensa e população.
Da mesma forma que a informação segue o fluxo ascendente dentro dos municípios, estados e da União, a retroalimentação para todos os componentes envolvidos também deve ser realizada. 
REFERÊNCIAS
portalms.saude.gov.br › ... › Lista Nacional de Notificação Compulsória
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/guia_vig_epi_vol_l.pdf
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html
portal.anvisa.gov.br/documents/.../99464018-d6d1-486b-853b-9871d6eff16f?..1...Coordenação de Vigilância das Doenças Transmitidas por Vetores ..... Além da notificação compulsória, o Sistema de Vigilância Epidemiológica pode defi-.

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