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Trabalho 4 – Comunicação de Dados Vinícius Rodrigues Zanon – Matrícula: 15102833 DEC – Comunicação de Dados Departamento de Computação (DEC) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Docente: Tiago Oliveira Weber Introdução: Neste trabalho será apresentado técnicas de implementação de conversão Analógica-Analógica para a transmissão de dados digitais, feitas em software LTspice e Matlab. O mecanismo abordado será o modulador e demodulador AM (Amplitude Modulation). Além disso, é feita uma simulação de um canal de transmissão, a qual recebe como parâmetros de entrada diversos sinais com frequências distintas e sinais de portadoras diferentes (multiplexação de sinais), sendo então possível modular e demodular os sinais recebidos, obtendo, dessa forma, na saída cada sinal com sua característica em banda base (demultiplexação de sinais). Fundamentação Teórica: Entende-se por modulação como a alteração sistemática de uma forma de onda, chamada portadora, de acordo com as características de uma outra forma de onda, chamada de sinal modulante ou mensagem. O objetivo fundamental da modulação é produzir uma onda modulada, portadora de informação, cujas propriedades sejam mais adequadas para a transmissão da informação por um canal de comunicações. Neste trabalho será abordado a modulação analógica do tipo linear AM. A modulação em amplitude consiste em se transmitir a informação através da variação da amplitude da onda portadora. Dessa forma, o sinal modulante tem seu espectro de frequência deslocado para uma região em torno da frequência da portadora. Para tal efeito, conclui- se que a frequência da portadora deve ser bem maior que a variação máxima da frequência do sinal de informação para que não haja sobreposição de espectros (efeito aliasing). Na figura 1, mostra o funcionamento de como funciona esse conceito de modulação em amplitude, o sinal modulante é o envelope da portadora. Fisicamente, a AM é implementada usando-se um simples multiplicador, pois a amplitude do sinal da portadora precisa ser modificada de acordo com a amplitude do sinal modulante, sendo bem observada na figura abaixo. Figura 1- Esquema da Implementação da Modulação AM • Parte 01 – LTspice o Modulação AM: Primeiramente, foi sugerido que criássemos um circuito que continha três fontes de tensão, duas do tipo senoidal representando o sinal da portadora e o sinal modulante, a outra é do tipo arbitrária (sigla “bv”, de behavioral, no LTspice) que fará o papel de multiplicador entre os dois sinais, ou ainda, o misturador de sinais. A implementação da modulação está compreendida na figura 2. Figura 2- Circuito da Implementação da Modulação AM em LTspice O circuito acima recebe como sinal da portadora uma senóide com frequência de 40kHz e amplitude de 1 Vp e como sinal modulante uma senóide com frequência de 400Hz e amplitude de 1 Vp e nível DC 2. Na figura abaixo, podemos observar todos os sinais gerados para a modulação AM. Figura 3- Sinal Modulante, Sinal Modulado, Saída do Filtro Nota-se que a diferença de amplitude entre o sinal modulante e saída_filtro se dá pela queda de tensão do diodo de aproximadamente 0,7V. o Demodulação AM: Este processo consiste em métodos de recuperação do sinal modulante. O primeiro processo usando envoltória do sinal sendo necessário a implantação de um diodo para fazer a retificação e um filtro passa-baixa, utilizando resistor e capacitor. Para encontrar o Resistor e o Capacitor segue abaixo as expressões: 𝑅𝐶 = 1 2 ∗ 𝜋 ∗ 𝑓 Definiu-se um resistor de R = 677 Ω e frequência de corte do filtro de aproximadamente 1kHz, no entanto basta isolar o valor do Capacitor e encontrá-lo. Figura 4- Demodulação por Envoltória Ainda, foi proposto que fizéssemos a demodulação AM pelo método coerente a qual consiste basicamente em multiplicar o sinal modulado por uma portadora com mesma frequência e fase que a utilizada para gerar o sinal modulado. Para tal efeito, foi utilizado uma fonte de tensão behavioral que fará o papel do mixed entre os dois sinais e ainda aplicado um filtro passa-baixa. A implementação da demodulação pode ser visualizada na figura abaixo: Figura 5- Modulação e Demodulação pelo Método Coerente O resultado da demodulação pode ser visto na figura a seguir: Figura 6- Resultado da Demodulação Método Coerente O motivo do atraso do sinal demodulado em relação ao sinal modulante, se dá pelo filtro passa-baixa. E para obter o sinal com a mesma amplitude teve que dobrar o valor de amplitude da portadora receptora por motivos de relações matemáticas que modela o sistema (equação 1). o Sinal de Áudio no LTspice: Neste procedimento foi sugerido que refizéssemos algum dos casos anteriores utilizando um sinal de áudio (em formato WAV) como mensagem. Após obter o áudio em formato WAV após a demodulação. Para a implementação deste tópico, bastou-se mudar o sinal modulante para o sinal de áudio, adicionar as diretivas spices para o correto funcionamento da implementação e o aumento da frequência de corte do filtro passa-baixa após o mixed (reduzimos pela metade o resistor R2) para cortar aproximadamente as frequências que o áudio requeria, como segue na figura abaixo: Figura 7- Implementação do Circuito com Sinal de Audio Para um tempo de simulação de 2s nota-se que o sinal de saída_demodulante é muito semelhante ao sinal modulante, conferindo ao método de recuperação coerente um maior prestígio quanto ao seu uso (testes foram feitos para o método da envoltória e os resultados não foram tão precisos quanto o referente anterior), visualizado na seguinte figura: Figura 8- Sinal Modulante e Sinal Demodulado Fazendo a FFT de ambos os sinais, percebe-se uma coerência no espectro de frequência dos mesmos, como segue abaixo: Figura 9 - FFT do Sinal Demodulado • Parte 02 – Matlab o Criação do Sinal de Áudio: Neste procedimento foi peço a criação de áudio e armazenamento em formato WAV, ainda converter o áudio para o formato vetorial de forma que possa usá-lo como mensagem para a etapa da modulação. Para conferir a frequência do sinal, foi pedido que fizesse a FFT do sinal de áudio, limitando-o ainda, através de filtros a banda do sinal a faixa de 0 até 2kHZ. Figura 10- Rotina para criação do Sinal Para limitar a banda do sinal a faixa de 0 até 2kHz segue abaixo a implementação da rotina para tal efeito: Figura 11- Rotina para limitar a banda do sinal Figura 12- Sinal de Audio com sua correspondente FFT Nota-se que ao limitar o sinal por 2kHz a frequência é cortada um pouco antes do sinal de áudio original. o Modulação AM Neste procedimento pede-se para criar uma portadora e o sinal modulante, verificando para o sinal modulante a banda necessária para transmitir a mensagem. A rotina e resultados que implementam este procedimento pode ser verificada a seguir: Figura 13- Rotina para criar a portadora e o sinal modulado Figura 14- Sinal da Portadora, Original e Modulado Analisando a figura acima, pode-se perceber pelo gráfico da FFT SINAL MODULADO que a banda necessária para a transmissão da mensagem é de aproximadamente 20kHz, uma vez que a frequência da portadora é em 10kHz. o Demodulação AM Neste procedimento de demodulação AM se quer recuperar o sinal original pelo método coerente, multiplicando o sinal modulado por uma portadora com frequência e fase igual a portadora usada pelo transmissor (mixer). Para tal efeito sugeriu-se a filtragem do sinal (filtro passa-baixa), e se o processo ocorreu corretamente, convertê- lo para o formatoWAV e apresentá-lo. Figura 15- Rotina para Demodulação e Salva a saída em WAV A apresentação dos resultados, segue na figura abaixo: Figura 16- Sinal pelo Mixer e Sinal Demodulado com sua correspondente FFT Observa-se da figura acima que na FFT do sinal após o mixer temos 3 espectros de frequências, a primeira (da esquerda para a direita) é a frequência do sinal banda base, isto é, do sinal original limitado por 2kHz, enquanto as demais são originadas pelo mixer, frequências da portadora e do sinal modulante, respectivamente. A qual pode ser expressa matematicamente pela expressão: 𝑠(𝑓) = 𝐴𝑐 ∗ [𝛿(𝑓 − 𝑓𝑐) + 𝛿(𝑓 + 𝑓𝑐)] + 1 2 ∗ 𝜇𝐴𝑐[𝛿(𝑓 − 𝑓𝑐 − 𝑓𝑚) + 𝛿(𝑓 + 𝑓𝑐 + 𝑓𝑚)] + 1 2 ∗ 𝜇𝐴𝑐[𝛿(𝑓 − 𝑓𝑐 + 𝑓𝑚) + 𝛿(𝑓 + 𝑓𝑐 − 𝑓𝑚)] Observa-se que o primeiro termo da expressão representa o sinal em frequência banda base com amplitude Ac, e os outros termos representam os sinais em frequência da portadora e modulante respectivamente, ambos com amplitude pela metade, como pode ser observado na figura 16. Para o gráfico da FFT do sinal demodulado, observa-se que o espectro de frequência é bem semelhante ao de referência (sinal modulante). Analisando o áudio de saída em formato WAV, reafirma a conclusão citada anteriormente, possuindo grande semelhança ao se escutar ambos os áudios, um de cada vez. o Multiplexação de Sinais O processo de multiplexação de sinais consiste em simular um meio de comunicação a qual possui vários sinais de entrada (emissão) e tendo como saída (recepção), o sinal correspondente de entrada, utilizando o mesmo motor de inferência para a modulação e demodulação AM. ▪ Caso 1: sem interferência Neste caso, foi proposto que realizássemos a multiplexação de sinais sem interferências, isto é, sem sobreposição de frequências, limitando dessa forma uma largura de banda confiável para a transmissão dos sinais de entrada sem que haja interferências sobre a largura de banda vizinha. Na figura abaixo, segue o resultado da multiplexação de 3 sinais de áudio diferentes: Figura 17- Sinal Original e Sinal Recuperado sem Interferência A figura abaixo representa a FFT de cada sinal multiplexado sem sobreposição do espectro de frequência. Figura 18- FFT dos Sinais Multiplexados sem Interferência Da figura 17 e 18, nota-se que o processo de multiplexação por modulação AM foi efetivo uma vez que conseguiu recuperar todos os sinais emitidos ao receptor. Em anexo, ao arquivo deste relatório, se encontram os sinais de áudios emitidos e os recebidos para este caso sem interferência. ▪ Caso 2: com interferência Já neste caso, foi proposto que realizássemos a multiplexação de sinais com interferências, isto é, com sobreposição de frequências, limitando dessa forma uma largura de banda não confiável para a transmissão dos sinais de entrada para que haja interferências sobre a largura de banda vizinha. Na figura abaixo, segue o resultado da multiplexação de 3 sinais de áudio diferentes: Figura 19- Sinal Original e Sinal Recuperado com Interferência A figura abaixo representa a FFT de cada sinal multiplexado com sobreposição do espectro de frequência. Figura 20- FFT dos Sinais Multiplexados com Interferência Da figura 19 e 20, nota-se que o processo de multiplexação por modulação AM não foi efetivo uma vez que não conseguiu recuperar os sinais emitidos ao receptor, já que uma das premissas para o bom funcionamento da modulação AM é que a frequência da portadora seja muito maior que a frequência do sinal modulante. Em anexo, ao arquivo deste relatório, se encontram os sinais de áudios emitidos e os recebidos para este caso com interferência. Conclusão: Dessa forma, fica evidente que o processo de desenvolvimento do método de modulação e demodulação AM foi de total compreensão, uma vez que os resultados obtidos são condizentes com o esperado na teoria. Ainda, sendo possível simular um canal de transmissão que possuía somente um sinal de entrada e saída para um multiplexor de vários sinais de entrada e saída. Ainda, é relevante internalizar que para a modulação AM ocorrer de forma efetiva é necessário que a frequência da portadora seja muito maior que a frequência da mensagem que está sendo enviado pelo emissor, caso contrário o sinal terá sobreposição do espectro de frequência, sofrendo o efeito aliasing e o sinal no receptor não será recuperado. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA FOROUZAN, A. Behrouz. – Comunicação de Dados e Redes de Computadores – 4ª edição.
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