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VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO 
 
 
 
 
 
 Equipe: 
Gabriella Soares da Silva 
Renan Morassato 
Thainá Araujo Bispo 
 
 
 
 
 Unidade Curricular: Química Analítica Geral II 
 
 
 
 
 
 
DIADEMA-SP 
2017 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS, QUÍMICAS E 
FARMACÊUTICAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA 
 
1. Apresentar gráfico p[Ag]xVtitulante e tabela para a parte a 
A volumetria de precipitação baseia-se em reações com formação de compostos pouco solúveis. 
Quando se adiciona um sólido iônico pouco solúvel em água, estabelece-se o equilíbrio entre os 
íons em solução e o sólido, o que pode ser descrito pela equação: 
AB(s) ⇌ A+ (aq) + B- (aq) 
Entre os íons existe a relação: 
Kps = [A+ ][B- ], onde Kps = constante do produto de solubilidade 
Quanto menor o valor de Kps, menor a solubilidade do precipitado, sendo que o Kps varia de 
acordo com a temperatura. Na volumetria de precipitação os fatores que decidem a questão 
são o produto de solubilidade do precipitado e as concentrações dos reagentes. Sendo que 
métodos argentimetricos são lagarmentes utilizados e se baseiam na formação de sais (haletos, 
cianetos e tiocianato) de prata pouco solúveis. 
Na argentimetria, as curvas de titulação são construídas em função da variação da concentração 
de Ag+, ou seja, pAg+, após a adição de cada incremento de titulante. 
Os pontos a seguir ilustram os cálculos realizados para a construção do gráfico, sendo os pontos 
antes do ponto estequiométrico, no ponto estequiométrico, e depois do ponto estequiométrico: 
a) VAg = 0,00 ml - nesse ponto tem-se apenas NaCl em solução (eletrólito forte) 
Aqui o Ag + é indeterminado, ou seja não se pode determinar o pAg+ 
 
b) VAg = 0,001 ml - esse ponto ilustra o cálculo para a [Ag+] antes do P.E. 
 [Cl− ] = [Cl− ]exc + [Cl− ]sol 
[Cl- ]exc = concentração de cloreto em excesso 
[Cl- ]sol = concentração de cloreto da solubilidade do precipitado 
 [Cl− ]exc = 
(CCl− xVCl− − CAg+xVAg+ )
𝑉𝑡
 
Substituindo (2) em (1): 
[Cl− ] = 
(CCl− xVCl− − CAg+xVAg+ )
Vt
+ [Cl− ]sol 
 
Como [Cl- ]exc  [Cl- ]sol, ou [Cl- ] exc  10 x Kps o termo [Cl- ]sol pode ser desprezado, 
assim: 
 
[Cl− ] = (CCl− xVCl − CAg+xVAg+ )
𝑉𝑡
 
Expressão do produto da solubilidade (Kps) do cloreto de prata: 
 𝐴𝑔𝐶𝑙(𝑠) ⇌ 𝐴𝑔(𝑎𝑞) 
+ + 𝐶𝑙(𝑎𝑞)
− 
 Kps = [Ag+ ] [Cl- ] 
nClˉ = 0,1028 mol/L x 0,025L = 2,57 x 10ˉ³ mol 
nAg+= 0,099267 mol/L x 0,001L = 9,9267 x10ˉ⁵ mol 
nfinalClˉ = 2,57 x 10ˉ³ - 9,9267 x 10ˉ⁵ = 2,47x 10ˉ³ mol 
[Cl− ]= 
2,47x 10ˉ³
0,0251
= 0,0984 𝑚𝑜𝑙/𝐿 
Kps = [Ag+ ] [Cl- ] 
1,80 x 10ˉ¹° 
0,0984
 = [Ag+ ] 
[Ag+ ] = 1,83 x 10ˉ⁹ 
pAg = - log [Ag+] = 8,74. 
 
c) VAg = VPE= 25,87 ml - esse ponto ilustra o cálculo para a [Ag+] no P.E. 
 𝐴𝑔𝐶𝑙(𝑠) ⇌ 𝐴𝑔(𝑎𝑞) 
+ + 𝐶𝑙(𝑎𝑞)
− 
 [Ag+ ] = [Cl- ] 
Kps = [Ag+] [Cl- ]  Kps = [Ag+ ] [Ag+ ] = [Ag+ ]²  [Ag+ ] =√𝐾𝑝𝑠 = √1,8 𝑥 10−10 
[Ag+] = 1,34 x 10ˉ⁵ mol L-1 
pAg+ = 4,87 
 
d) VAg = 30,00 ml - esse ponto ilustra o cálculo para a [Ag+] após o P.E. 
O cálculo é efetuado com o excesso de Ag+ na solução, ou seja o [Ag+] em excesso é 
calculado por: 
[Ag+]exc = 
VAg+(para o PE) – VAg+(dado no exercício)
𝑉𝑇
 
[Ag+]exc = 
25,87ml – 30ml
55,87𝑚𝑙
 = 7,33 x 10ˉ³ 
pAg+ = -log [Ag+]exc 
pAg+ = 2,13 
 
Utilizando os dados do gráfico a seguir foi plotado o gráfico de pAg+ x Vtitulante: 
 
Tabela 1 – pAg+ em função do volume de titulante 
Vtitulante pAg+ 
0,10 ml 8,74 
10 ,00 ml 8,38 
20,00 ml 7,86 
25,90 ml 4,87 
30,00 ml 2,13 
40,00 ml 0,67 
50,00 ml 0,49 
 
 
Gráfico 1 – pAg+ versus Vtitulante 
 
 
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
0 10 20 30 40 50 60
P
A
g+
Vtitulante (mL)
pAg+ x Vtitulante
2. Determinar [AgNO3] padronizada 
Na titulação gastou-se originalmente: 
V1 = 25,9 ml 
V2 = 26,0 ml 
V3 = 26,0 ml 
Porém, por causa da presença de cloro na água utilizada para a titulação, descartou-se 0,1ml 
do volume original. Sendo que o 0,1 ml foi determinado através da titulação do branco. 
O volume utilizado para os cálculos foi: 
V1 = 25,8 ml 
V2 = 25,9 ml 
V3 = 25,9 ml 
2.1 Cálculo para padronização 
O volume de cada titulação de acordo com a massa de NaCl apresentada a seguir: 
Tabela 2 –Titulações por massa de NaCl 
Volume 
(ml) 
Massa 
(g) 
25,8 0,1499 
25,9 0,1506 
25,9 0,1507 
 
n1 = 
0,1499 g
58,59 𝑔
 = 0,0026 mol 
0,0026 mol----------- 25,8 ml 
 x ------------ 1000 ml 
 x = 0,0993 mol/L 
 
n2 = 
0,1506 g
58,59 𝑔
 = 0,0025743 mol 
0,0025743 mol ------ 25,9 ml 
x ------------ 1000 ml 
x = 0,099227 mol/L 
 
n3 = 
0,1507 g
58,59 𝑔
 = 0,0025760 mol 
0,0025760 mol ------ 25,9 ml 
 x ---------- 1000 ml 
 x = 0,099227 mol/L 
2.2 Dados estatísticos 
Sx = 3,66 x 10 ˉ⁵ 
Xmédia = 0,0992657 mol/L 
Desvio padrão relativo = 0,0367 % 
Vmédia = 25,87 mL 
 
3. Mostrar reações envolvidas em cada etapa do método de Mohr. Explique. 
Neste processo, uma solução de íons cloreto é titulada contra uma solução padrão de nitrato de 
prata, usando-se como indicador uma pequena quantidade de cromato de Potássio. Podem ser 
formados dois tipos de sais solúveis, cloreto de prata e cromato de prata. 
𝐴𝑔(𝑎𝑞)
+ + 𝐶𝑙(𝑎𝑞)
− ⇌ 𝐴𝑔𝐶𝑙(𝑠) (branco) 
2𝐴𝑔(𝑎𝑞)
+ + 𝐶𝑟𝑂4 (𝑎𝑞)
2− ⇌ 𝐴𝑔2𝐶𝑟𝑂4 (𝑠) (vermelho) 
O produto de solubilidade desses precipitados são os seguintes: 
Kps (AgCl) = [Ag+ ] [Cl- ] = 1,8 𝑥10−10 
Kps (Ag2CrO4) = [Ag+ ] [Cl- ] = 2,4 x10ˉ¹² 
Como o Kps (AgCl) é maior que o Kps (Ag2CrO4), o AgCl será o primeiro a precipitar, e só irá 
precipitar Ag2CrO4 quando praticamente todo o Clˉ já reagiu com a prata. 
Na solução saturada de uma mistura de ambos os precipitados, esses equilíbrios prevalecem 
simultaneamente. Podemos, portanto, a partir das duas equações, obter: 
[𝐶𝑙−]²
[𝐶𝑟𝑂4
−2]
= 
(1,8 𝑥 10 ˉ10)²
2,4 x10ˉ¹²
=
1
1,1 𝑥 10⁸
 
Essa expressão evidencia que no equilíbrio a concentração de cromatos na solução é sempre 
maior que a dos cloretos. Na titulação a prata se liga aos cloretos e forma cloreto de prata, até 
que a concentração de íons cloreto diminua de modo a encontrar a relação da equação anterior. 
Daí em diante os dois precipitados formam-se simultaneamente, quando se inicia a precipitação 
de cromato de prata praticamente todos os cloretos são removidos da solução antes que o 
cromato de prata seja formado. 
 
4. Descreva as etapas envolvidas no método de Volhard completo. Inclua as devidas equações 
baseando-se na determinação de [Cl-] em soro. 
Sabe-se que a constatação do ponto final para titulações de precipitação é usualmente realizada 
com o auxílio de eletrodos ou indicadores. Aquelas titulações que utilizam íons prata, Ag+, como 
titulante são conhecidas como titulações argentométricas (HARRIS, p. 148). 
Dentre os diversos métodos utilizados na determinação de íons cloreto por meio da titulação, 
destaca-se o de Mohr, o de Fajans e o de Charpentier-Volhard, sendo este último um processo 
que envolve a retrotitulação ou titulação de retorno.O método de Volhard envolve a titulação do íon prata, em meio ácido, com uma solução padrão 
de tiocianato e o íon Fe (III) como indicador, que produz uma coloração vermelha na solução 
com o primeiro excesso de tiocianato. 
Nesse procedimento, uma solução em excesso de nitrato de prata (AgNO3) é adicionada ao 
analito contendo íons cloreto (soro). A reação entre o cátion Ag+ e o ânion Cl- produz o 
precipitado AgCl (cloreto de prata), assim como mostrado na Equação 1: 
𝐴𝑔(𝑎𝑞) 
+ (𝑒𝑥𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜) + 𝐶𝑙(𝑎𝑞)
− ⇌ 𝐴𝑔𝐶𝑙(𝑠) (1) 
Em seguida, o excesso de prata é determinado por meio de uma titulação com uma solução 
padrão de tiocianato de potássio (KSCN) ou tiocianato de amônio (NH4SCN) na presença de íons 
𝐹𝑒3+ como indicador: 
𝐴𝑔(𝑎𝑞)
+ (𝑠𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑖𝑟) + 𝑆𝐶𝑁(𝑎𝑞)
− ⇌ 𝐴𝑔𝑆𝐶𝑁(𝑠) (2) 
Quando todo o excesso de Ag+ é consumido, o tiocianato de potássio passa a reagir com os íons 
de ferro (III), culminando na formação de um complexo vermelho-sangue que indica o ponto de 
viragem da titulação. Essa reação está representada pela Equação 3: 
𝐹𝑒(𝑎𝑞)
3+ + 𝑆𝐶𝑁(𝑎𝑞)
− ⇌ [𝐹𝑒𝑆𝐶𝑁](𝑎𝑞)
2+ (3) 
A quantidade de cloreto presente na amostra poderia ser calculada conhecendo-se as 
especificações do produto que contém o ânion. No caso desta aula prática, foi o soro fisiológico 
contendo cloreto de sódio e, portanto, íons 𝐶𝑙−. 
Pode-se utilizar, também, o método gravimétrico da determinação do cloreto. Esse processo 
envolve o mesmo princípio da formação de cloreto de prata utilizando uma solução padronizada 
de nitrato de prata com uma solução contendo ânions cloreto. O precipitado formado seria 
filtrado e posteriormente pesado. Desse modo, com a massa obtida, poderia ser estimado a 
massa de cloreto presente no sólido, comparando-a com a quantidade inicial de cloreto 
presente em solução. 
 
4.1 Padronização do KSCN 
Os volumes da titulação foram: 
V1= 25,3ml 
V2=25,4ml 
V3=25,2ml 
 
Utilizando a fórmula abaixo calculou-se a molaridade. 
MKSCN x VKSCN = MAgNO3 x VAgNO3 
Para V1= 25,3ml 
MKSCN = 
0,00992657𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑥 25𝑚𝑙
25,3𝑚𝑙
 = 0,09808 mol/L 
Para V2= 25,4ml 
MKSCN = 
0,00992657𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑥 25𝑚𝑙
25,4𝑚𝑙
 = 0,097702 mol/L 
Para V3= 25,2ml 
MKSCN = 
0,00992657𝑚𝑜𝑙/𝐿 𝑥 25𝑚𝑙
25,2𝑚𝑙
 = 0,09847 mol/L 
Média = 0,09808659 mol/L 
Desvio Padrão = 3,84 x 10 ˉ⁴ 
Desvio Padrão Relativo = 0,39% 
 
4.2 Determinação da massa de NaCl na amostra de soro analisada 
Sabendo que os volumes da titulação do soro foram os seguintes: 
V1= 11,2 ml 
V2= 11,3 ml 
V3=11,4 ml 
Os dados utilizados para as contas, foram as médias dos dados obtidos no laboratório. 
 
N° de mols de Ag+ adicionados: 0,0992657 x 0,025 = 2,4816 mmols 
N° de mols de Ag+ em excesso: 0,098086 x 0,0113 = 1,10837 mmols 
N° de mols de Clˉ: 2,4816 mmols - 1,10837 mmols = 1,3733 mmols 
 
[Clˉ] = 1,3733 x 10ˉ³------------------- 10 ml (soro) 
X---------------------------1000 ml 
X = 0,13733 mol/L 
 
Encontrar m/v de NaCl no soro: 0,13733 mol/L x 58,5g = 8,03380 g/l 
%NaCl no soro = 8,03380 g/l ----------------- 1000 ml 
X --------------------- 100ml 
X = 0,80% de NaCl no soro 
 
4.3 Curiosidade - aplicação da argentometria: 
 
 
5. Porque o pH da solução no método de Mohr deve estar entre 6,5 e 10? Mostre as equações. 
O método de Mohr exige um cuidado para que o pH da solução a ser titulada esteja num 
intervalo de pH entre 6,5 e 10. 
pH inferior a 6,5: quando o pH da solução é inferior a 6,5 a concentração de 𝐶𝑟𝑂4
2− (íons 
cromato) se reduz de tal ordem que o produto de solubilidade (Kps) do cromato de prata só é 
atingido com uma maior concentração de íons prata, fato que aumenta o volume da titulação. 
pH superior a 10,0: caso o pH da solução seja superior a 10,0 o hidróxido de prata precipitaria 
e, desse modo, consumiria íons 𝐴𝑔+que precipitaria na forma de 𝐴𝑔2𝐶𝑟𝑂4. Nesse caso, 
culminaria também no consumo de um maior volume de titulante (𝐴𝑔𝑁𝑂3) para precipitar o 
indicador. 
Nesse processo, duas reações estão envolvidas: a reação de precipitação do cloreto de prata 
(AgCl – coloração branca) e a de precipitação do cromato de prata (𝐴𝑔2𝐶𝑟𝑂4- coloração 
avermelhada). Sabe-se que os íons prata se precipitarão antes do cromato de prata a ser 
formado devido às diferenças de Kps (produtos de solubilidade) dos sólidos em questão. 
𝐴𝑔(𝑎𝑞)
+ + 𝐶𝑙(𝑎𝑞)
− ⇌ 𝐴𝑔𝐶𝑙(𝑠) (1) 
A argentometria é um método utilizado em larga escala no controle de qualidade da água. Isso 
porque os íons resultantes da dissolução de minerais, mesmo em baixas concentrações, podem 
interferir em outras determinações, como a DQO. Os cloretos, por exemplo, são oriundos da 
dissolução de sais. Sua origem natural é a dissolução de minerais e da intrusão salina enquanto 
que a origem antropogênica são os despejos domésticos e industriais (CONAMA). 
 
2𝐴𝑔(𝑎𝑞)
+ + 𝐶𝑟𝑂4 (𝑎𝑞)
2− ⇌ 𝐴𝑔2𝐶𝑟𝑂4 (𝑠) (4) 
Sabe-se que o Kps do AgCl é 1,8.10−10 e que o Kps do 𝐴𝑔2𝐶𝑟𝑂4 é 2,40.10
−12 . Conclui-se, pois, 
que a precipitação do cloreto de prata ocorre antes que a do cromato de prata. Como a 
estequiometria da reação de precipitação de cloreto de prata é de 1:1, pode-se calcular a 
quantidade de cloreto na amostra pelo volume de titulante (nitrato de prata) adicionado. 
5.1 Curiosidade – explicação para a realização da titulação em branco: 
 
6. Porque o pH do meio do método de Volhard deve ser acidificado? 
O método de Volhard requer que o pH do meio esteja acidificado para evitar a hidrólise do íon 
Fe (III). A sua principal vantagem é a aplicação em meio fortemente ácido que impede a 
precipitação de interferentes como, por exemplo, o arseniato, fosfato, carbonato e oxalato. De 
igual modo, não há interferência dos íons de metais de transição, exceto os fortemente corados. 
Agentes oxidantes fortes reagem com o tiocianato. 
6.1 Curiosidade – Comparação do método de Mohr e Volhard no que diz respeito ao ponto 
final da titulação: 
 
 
O método de Mohr para a determinação de [Cl-] em solução exige que uma titulação em 
branco seja realizada. Esse procedimento deve ser feito para possibilitar que o erro 
cometido na detecção do ponto final possa ser corrigido. O valor da prova em branco deve 
ser subtraído do valor da titulação propriamente dito (BACCAN, et al., p.230). 
Realizando-se a titulação pelo método de Mohr, percebe-se que o ponto final (percepção 
visual do final da titulação) foi estimado um pouco depois do ponto de equivalência 
(momento em que o titulado reagiu completamente com o titulante, isto é, quando suas 
concentrações estão nas proporções estequiométricas da reação). Por outro lado, 
empregando-se o método de Volhard o ponto final foi estimado um pouco antes do ponto 
estequiométrico.

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