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MICROECONOMIA A Microeconomia é a parte da teoria econômica que estuda o comportamento das famílias, das empresas e dos mercados onde esses agentes operam. A Microeconomia procura analisar a interação dos agentes no mercado, tendo o mecanismo de preços como o fator norteador. A Microeconomia se divide nos seguintes setores: Teoria da Demanda (procura) Teoria do Consumidor (Demanda Individual) Demanda de Mercado Teoria da Oferta 2.1 Oferta individual Teoria da Produção Teoria dos Custos de Produção Oferta de Mercado Análise das Estruturas de Mercado Mercado de Bens e de Serviços Concorrência Perfeita Concorrência Monopolística Monopólio Oligopólio Mercado de Fatores de Produção Concorrência Perfeita Monopsônio Oligopsônio Teoria do Equilíbrio Geral e do Bem-Estar Social Falhas de Mercado Externalidades Poder de Mercado Informação Assimétrica Racionalidade Limitada AS FORÇAS DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA Quando ocorre uma guerra no oriente médio, o preço da gasolina sobe e o dos automóveis cai. Quando uma geada no Sul e Sudeste, ou uma seca no Nordeste, provocam quebras das safras de café e de milho, os preços desses produtos sobem. Porque isso acontece? Esses fenômenos mostram a interação entre a oferta e a demanda por bens. Definição de Demanda: É a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir num dado período. Fundamentos da Teoria da Demanda A demanda por um Produto existe em função da Utilidade desse bem ou serviço para o Consumidor. A Utilidade é o grau de satisfação que um consumidor atribui a um determinado bem ou serviço. Teoria do Valor Utilidade O Valor de um Bem existe em função da Utilidade desse Bem para o Consumidor. O Valor é sancionado pela ótica da Demanda. Teoria do Valor Trabalho O Valor de um Bem existe em função do Trabalho incorporado na sua fabricação. O Valor é incorporado pela ótica da Oferta. Valor de Uso: É a Utilidade ou a Satisfação que o Bem representa para o Consumidor. Valor de Troca: É o resultado do encontro entre a Demanda pelo Bem e a Oferta desse Bem no Mercado. A Teoria da Demanda se baseia no Conceito da Teoria do Valor Utilidade. O Consumidor maximiza a sua satisfação ao consumir os bens (Teoria do Consumidor). Utilidade Utilidade Total É a satisfação total propiciada pelo consumo de Bens e Serviços. Quanto maior a quantidade de Bens consumidos, maior será a Utilidade Total. Utilidade Marginal É a satisfação adicional (na margem) que o consumidor tem ao consumir uma unidade a mais do Bem. Geralmente a utilidade marginal tente a ser decrescente porque o consumidor tende a saciar mais o ser desejo de consumo na primeira unidade do Bem, que nas unidades adicionais. Umg = ∆Ut/∆q ou Umg = dUt/dq Onde: Umg: Utilidade Marginal. Ut: Utilidade Total q: Quantidade. Variáveis que Afetam a Demanda: Riqueza Renda Preço do Bem Preço dos Outros Bens Fatores Climáticos e Sazonais Gostos Expectativas q = f (Pa, Pb, Pc, R) Obs: Considera-se que os gostos não mudam tão repentinamente para influenciar a Demanda Individual (Coeteris Paribus: tudo o mais permanece igual). A Relação entre o Preço do Bem e a Quantidade demandada pelo Bem A Quantidade demandada de um Bem varia inversamente proporcional ao preço desse bem. Isso mostra que a Curva de Demanda é negativamente inclinada com relação ao Preço. q = f (P) → ∆q/∆P < 0 Efeito Renda: É o efeito que o consumidor sente em sua Renda quando o Preço varia. Efeito Substituição: É o efeito que o consumidor vai sentir ao substituir o consumo do Bem por outro Bem, ou vice-versa, dependendo da variação do preço. Relação entre a Quantidade consumida e o Preço de Outros Bens Caso o bem seja substituto: qa = f (Pb) → ∆qa/∆Pb > 0 Caso o bem seja complementar: qa = f (Pc) → ∆qa/∆Pc < 0 Relação entre a Demanda por um Bem e a Renda do Consumidor: Quando o Bem consumido é Normal, aumentos na Renda levam a aumentos no consumo do Bem. q = f (R) → ∆q/∆R > 0 Quando o Bem consumido é Inferior, aumentos na Renda levam a quedas no consumo do Bem. q = f (R) → ∆q/∆R < 0 Quando o Bem teve o seu consumo saciado, aumentos na Renda não alteram o consumo do Bem. q = f (R) → ∆q/∆R = 0 OBS: Alguns autores falam em Bens Superiores. Esses Bens seriam aqueles cujas conseqüências de aumentos na Renda levariam a aumentos mais que proporcionais no seu consumo q = f (R) → ∆q/∆R > 1 Demanda do Consumidor e Demanda do Mercado A Demanda do mercado é a soma das demandas individuais de todas as pessoas que consomem (ou desejam consumir) o bem. Q = ∑ q Variações na Curva de Demanda A Curva de Demanda pode variar devido aos fatores que a compõem: tanto devido aos fatores “externos” (R, Pb, Pc) que deslocam a Curva para direita ou para a esquerda. quanto ao longo da Curva para cada modificação do preço do Bem (Pa). Bem de Giffen É um bem cuja Curva de Demanda se comporta de Forma inesperada. Para cada aumento de seu Preço, a demanda pelo Bem aumenta. qG = f(PG) → ∆qG/∆PG > 0 Uma Variação no Preço Provoca uma Variação na Quantidade Demandada. P Parte 01 P Parte 02 P0 A P0 A P1 B P1 B D0 D0 Q0 Q1 Q Q0 Q1 Q Aumento da Demanda Diminuição da Demanda Aumento na renda dos consumidores Diminuição na renda dos consumidores Mudança de gosto favorável a um bem Mudança de gosto desfavorável a um bem Aumento no preço de bens substitutivos Diminuição no preço de bens substitutivos Diminuição no preço dos bens complementares Aumento nos preços dos bens complementares Preço Preço D0 D1 D1 D0 Quantidade Quantidade AS FORÇAS DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA Definição de Oferta É a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender num dado período. A Oferta de determinado Bem demonstra que Produtores e Vendedores se deparam com preços determinados no Mercado de Bens e se dispõem a oferecer o Bem aos Consumidores. Variáveis que afetam a Oferta Preço Preço dos Insumos Preços de outros Bens Tecnologia Expectativas Q = f (Pa, Pin, Pb) Obs: Considera-se que a Tecnologia não muda tão repentinamente para influenciar a Oferta Individual (Coeteris Paribus: tudo o mais permanece igual). A Relação entre o Preço do Bem e a Quantidade ofertada do Bem A Quantidade ofertada de um Bem varia diretamente proporcional ao preço desse bem. Isso mostra que a Curva de Oferta é positivamente inclinada com relação ao Preço. q = f (P) → ∆q/∆P > 0 p q Variações no Preço Provocam Variações na quantidade Ofertada. Preço (R$) O0 P1 B P0 A Q0 Q1 Quantidade Relação entre a Quantidade ofertada e o Preço dos Insumos q = f (Pin) → ∆q/∆Pin < 0 Quando o Preço do insumo aumenta, a quantidade produzida do Bem cai. Imagine o que ocorre com a Oferta de Garrafas quando o preço do vidro sobe. Relação entre a Quantidade ofertada e o Preço de outros Bens Caso o bem seja substituto: qa = f (Pb) → ∆qa/∆Pb < 0 Imagine o que ocorre coma Oferta de manteiga, caso o Preço da Margarina suba. Caso o bem seja complementar: qa = f (Pc) → ∆qa/∆Pc > 0 E a Oferta de Manteiga? Será modificada pelo aumento do Preço do Pão? De que Forma? Aumento da Oferta Diminuição da Oferta Diminuição no preço dos fatores de produção. Aumento no preço dos fatores de produção. Diminuição no preço dos bens substitutos na produção. Aumento no preço dos bens substitutos na produção. Aumento no preço de bens complementares na produção. Diminuição no preço de bens complementares na produção. Mudança tecnológica favorável. Mudança tecnológica desfavorável. Preço (R$) Preço (R$) O0 O1 O1 O0 Quantidade Quantidade Oferta Individual e Oferta do Mercado A Oferta do mercado é a soma das Ofertas individuais de todas as pessoas que produzem (ou vendem) o bem. Q = ∑ q Demanda e Oferta: o Mecanismo de Mercado Diz-se que o Mercado de Bens está em equilíbrio quando a Oferta e a Demanda de Mercado se encontram. Nesse ponto de Encontro, ou Ponto de Equilíbrio, as quantidades ofertada e demandada se igualam e o Preço de Equilíbrio, ou Preço de Mercado, é estabelecido. p oferta p1 ponto de equilíbrio p2 demanda q O que aconteceria se o Preço cobrado pelo Bem ficasse acima do Ponto de Equilíbrio? Como produtores e consumidores iriam reagir a isso? E se o Preço fosse abaixo do Ponto de Equilíbrio, a reação seria a mesma, ou diferente? A Importância do Mecanismo de Mercado: como os Preços alocam Recursos. Em qualquer sistema econômico, os escassos recursos devem ser alocados entre uma infinidade de possibilidades que competem entre si pelos recursos. Em uma Economia de Mercado, as forças da Demanda e da Oferta fazem essa alocação. Oferta e Demanda atuam conjuntamente para a determinação dos preços dos Bens e Serviços. Por outro lado, os preços dos Bens e Serviços da Economia são uma sinalização para todos os indivíduos de que forma os recursos da sociedade estão sendo guiados. Há uma quantidade limitada de casas que podem ser construídas de frente para o mar. Os preços das casas de frente para o Mar irão subir até o momento em que reste apenas uma quantidade de pessoas dispostas a pagar por esses preços correspondente ao número de casas de frente para o mar. Eventualmente, até mesmo as pessoas que tenham pagado os altos preços dessas casas podem desistir e vender suas casas para que prédios sejam construídos, dando moradia a várias famílias, ao invés de uma só. Pelo lado da oferta, se ninguém quisesse trabalhar na Agricultura, não haveria alimentos. Os preços dos produtos agrícolas são suficientemente baixos para que todos (ou quase todos) possam se alimentar, mas suficientemente altos para que alguém se disponha a produzir alimentos. Caso ninguém desejasse produzir alimentos, a escassez de alimentos levaria o seu preço a uma magnitude tão alta, que as pessoas abandonariam seus empregos para trabalhar na Agricultura produzindo alimentos, pois a remuneração nesse setor seria muito maior que em outros setores. O grande “truque” do Mecanismo de Preços é que tudo isso ocorre de forma descentralizada, sem imposições ou obrigações de Governos, Empresas ou Famílias. As ações de milhões de pessoas são involuntariamente coordenadas sem que ninguém esteja no comando. Os Preços são a única sinalização que indica os incentivos e rege todos os movimentos.
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