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DIREITO CIVIL I PESSOAS E BENS Completo

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DIREITO CIVIL I – PESSOAS E BENS 
 
1) CONCEITOS GERAIS 
 
DIREITO 
✓ Direito é o princípio de adequação da pessoa à vida social; 
✓ Direito está na lei, quando exterioriza o que o Estado ordena, impõe, 
proíbe ou estatui; 
✓ Direito está no anseio de justiça; 
✓ Direito está no que o indivíduo postula, reclama ou defende. 
 
DIREITO E MORAL 
✓ A vida em sociedade é pautada pela conduta ética; 
✓ A ética compreende normas jurídicas e morais; 
✓ Moral é ligada à valoração subjetiva dos fatos, podendo ou não ser 
positivada pelo direito, mas o direito só vai até onde a força do Estado 
puder ir. 
 
DIREITO POSITIVO 
✓ Direito positivo é o conjunto de regras e princípios jurídicos que 
pautam a vida social de determinado povo em determinada época; 
✓ Direito positivo é o que passou pelo processo legislativo e é válido, 
é o que vigora. 
 
DIREITO PÚBLICO 
O Direito é público quando, ao regular relações jurídicas, procede em 
razão do poder soberano, atuando na tutela do bem coletivo. 
 
DIREITO PRIVADO 
O Direito é privado quando, ao regular relações jurídicas, procede em 
razão do interesse de ordem particular, ou seja, da autonomia da vontade. 
 
DIREITO OBJETIVO (Law) 
Está ligado à dimensão objetiva, abstrata, de não pertencimento a 
ninguém. É um dado cultural, composto de normas e instituições 
jurídicas. É ligado ao conceito de norma agendi. 
 
DIREITO SUBJETIVO (Right) 
Está ligado à dimensão subjetiva, concreta, de projeção individual. Faz dos 
sujeitos de direito titulares de poderes, obrigações e faculdades, 
estabelecendo entre eles relações. 
 
FONTES DO DIREITO 
✓ Direito não é essencialmente um dado, mas uma construção 
cultural. As fontes são elementos que contribuem para essa construção; 
✓ Fontes primárias: ninguém pode se esquivar de cumpri-las; 
✓ Fontes secundárias: contribuem de forma acessória para a 
construção do direito. Sua observância não é obrigatória. 
 
 
2) PRINCÍPIOS 
Na visão de Reale são enunciados lógicos admitidos como condição ou 
base de validade das demais asserções que compõem o direito. São 
“verdades fundantes” de um sistema de conhecimento. 
 
 
AUTONOMIA DA VONTADE 
Esse princípio consiste na liberdade da prática de negócios jurídicos. As 
pessoas naturais e jurídicas possuem o poder negocial, gerador de 
normas jurídicas individualizadas (dimensão subjetiva) que vinculam os 
participantes (bilateralidade atributiva). Aplica-se a norma de liberdade, 
segundo a qual tudo que não for legalmente proibido é juridicamente 
permitido. 
 
CONSENSUALISMO 
Muito usado no Direito contratual, o princípio do consensualismo 
determina que um contrato ou relação só se sustenta se houver acordo de 
vontade das partes. 
 
PACTA SUNT SERVANDA 
Esse princípio determina que acordos devem ser cumpridos, pois os 
contratos geram obrigações. 
 
RELATIVIDADE DOS CONTRATOS 
Esse princípio determina que respondem pelas cláusulas contratuais 
somente as partes que aderiram. 
 
LICITUDE DOS CONTRATOS ATÍPICOS 
Esse princípio determina que os contratos, mesmo que não tipificados, 
podem gozar de licitude. 
 
PROBIDADE 
Esse princípio determina que as partes de uma relação jurídica devem agir 
com ética, boa-fé, honradez e honestidade. 
 
 
SOCIOAFETIVIDADE 
Esse princípio ressalta que os laços familiares não se limitam 
exclusivamente a fatores de ordem biológica. 
 
PLURALISMO FAMILIAR 
Esse princípio reconhece diversas entidades familiares, rompendo com a 
visão tradicional de que só se constitui família através do matrimônio. 
 
LIBERDADE E LIMITAÇÃO DE TESTAR 
Esse princípio reconhece o direito de testar até o limite disponível (50%), 
sendo o resto limitado aos herdeiros necessários (parte legítima 50%). 
 
 
 
3) PERSONALIDADE 
MÁRIO: A ideia de personalidade está intimamente ligada à de pessoa, 
pois exprime a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres. 
 
C.C., Art. 1°: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
 
MÁRIO: Como o ser humano é o sujeito das relações jurídicas, e a 
personalidade a faculdade a ele reconhecida, diz-se que toda pessoa é 
dotada de personalidade. [...] A personalidade, como atributo da pessoa 
humana, está a ela indissoluvelmente ligada. Sua duração é a da vida. 
 
C.C., Art. 2°: A personalidade civil da pessoa começa com o nascimento 
com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do 
nascituro. 
 
MÁRIO: Pelo nosso direito, portanto, antes do nascimento com vida não há 
personalidade. Mas a lei cuida, em dadas circunstâncias, de proteger e 
resguardar os interesses do nascituro. 
 
TEORIAS DA PERSONALIDADE 
a) Natalista: A personalidade civil começa com o nascimento com vida 
(atualmente adotada pelo Código Civil). Aqui há, desde a fase 
embrionária, expectativa de direito. 
 
MÁRIO: Nascendo vivo, ainda que morra em seguida, o novo ente chegou 
a ser pessoa, adquiriu direitos, e com sua morte os transmite. 
 
b) Concepcionalista: A personalidade civil começa com a concepção, 
desde que comprovada a vida uterina. 
 
c) Personalidade Condicional: Trata-se de uma teoria mista, onde o 
nascituro é pessoa, com a condição de que nasça com vida. 
 
MÁRIO: Antes do nascimento o feto ainda não é uma pessoa, mas, se vem 
à luz como um ser capaz de direitos, a sua existência, no tocante aos 
seus interesses, retroage ao momento de sua concepção. 
 
 
 
4) CAPACIDADE 
MÁRIO: Aliada à ideia de personalidade, a ordem jurídica reconhece ao 
indivíduo a capacidade para aquisição de direitos e para exercê-los por si 
mesmo, diretamente ou por intermédio (pela representação), ou com a 
assistência de outrem. 
 
A aptidão oriunda da personalidade para adquirir os direitos da vida 
civil chama-se capacidade de direito (ou de gozo → capacidade de 
aquisição). Já a capacidade de fato (ou de exercício → capacidade de 
ação) é a aptidão para utilizá-los e exercê-los por si mesmo. 
 
INCAPACIDADE 
A incapacidade é uma restrição ao poder de agir. A capacidade é a regra 
e a incapacidade é exceção. 
 
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES 
C.C. Art. 3º: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os 
atos da vida civil os menores de 16 anos. 
 
MÁRIO: São os absolutamente incapazes que têm direitos, podem 
adquiri-los, mas não são habilitados a exercê-los (têm apenas a 
capacidade de direito/gozo). […] A ligação que se estabelece entre os 
absolutamente incapazes e a vida jurídica é indireta, por via do instituto da 
representação. 
 
OBS: Antes da edição do Estatuto da Pessoa com Deficiência eram 
absolutamente incapazes os menores de 16, deficientes mentais e 
aqueles que, por causa transitória ou permanente, não pudessem 
exprimir sua vontade. 
 
OBS: Os atos praticados pelo absolutamente incapaz, se não 
representados, serão NULOS. 
 
RELATIVAMENTE INCAPAZES 
MÁRIO: Dentre os incapazes, destacam-se, do outro lado, aqueles que não 
são totalmente privados da capacidade de fato. Entende o ordenamento 
que deve colocar certas pessoas em um termo médio entre a 
incapacidade e o livre exercício dos direitos, que se efetiva por não lhes 
reconhecer a plenitude das atividades civis, nem privá-las totalmente de 
interferir nos atos jurídicos. [...] Mas, atendendo o ordenamento jurídico a 
que lhes faltam qualidades que lhes permitam liberdade de ação para 
procederem com completa autonomia, exige sejam eles assistidos por 
quem o direito positivo encarrega desse ofício. 
 
C.C., Art. 4º: São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de 
os exercer: 
I – Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II – Os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III – Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade; 
IV - Os pródigos. 
 
Parágrafo único: A capacidade dos indígenas será regulada por legislação 
especial. 
 
OBS:Antes da reforma do Código Civil, eram relativamente incapazes os 
maiores de 16 e menores de 18, os que tivessem discernimento reduzido, 
os excepcionais e os pródigos. 
 
OBS2: O indígena, se integrado à sociedade brasileira, segue a regra 
geral de capacidade abordada no código civil. 
O indígena, se não integrado à sociedade brasileira, será absolutamente 
incapaz. 
O indígena, se em vias de integração com a sociedade brasileira, poderá 
requerer sua capacidade plena ao completar 21 anos. 
 
REPRESENTAÇÃO 
MÁRIO: A rigor, a representação é um instituto moderno. Em todos os casos 
de procedimento em nome de outrem, ou declaração de vontade por 
outrem, existe uma representação, objetivada em uma emissão volitiva, 
por via da qual a vontade manifestada é a do representante, mas o direito 
ou a obrigação é do representado, em que repercutirá o efeito do negócio, 
como se fosse, ele próprio, o agente do direito do negócio jurídico. 
O instituto da representação é um gênero, dentro do qual existem duas 
espécies: representação (espécie) e a assistência. 
 
REPRESENTAÇÃO (ESPÉCIE) 
a) Legal: Voltada para os absolutamente incapazes (menores de 16 anos). 
Os atos praticados pelo absolutamente incapaz, se não representados, 
serão NULOS. 
 
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação 
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos 
filhos: 
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) 
anos, nos atos da vida civil [...] 
 
ELEONORA: Menores que venham a ter filhos jamais serão representantes 
legais, pois são igualmente incapazes. 
 
 
b) Judicial: Voltada para os absolutamente incapazes (menores de 16 
anos). Os atos praticados pelo absolutamente incapaz, se não 
representados, serão NULOS. 
 
C.C., Art. 1.747. Compete mais ao tutor: 
I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil. 
 
A tutela é para os menores de 18 anos que forem incapazes, e cujos pais 
por algum motivo estejam impedidos de exercer a representação legal. O 
tutor representa os menores de 16 e assiste os maiores de 16 e menores 
de 18. Os menores de 18 que são emancipados, se interditados, serão 
assistidos por um curador. 
 
c) Convencional: 
Quando voltada para os plenamente capazes: Dá-se quando uma pessoa 
encarrega outra de praticar em seu nome negócios jurídicos ou 
administrar interesses, sendo normal para este efeito a constituição do 
mandato. A voluntariedade reside no fato de originar-se o poder de 
representação em um ato volitivo do representado (MÁRIO). 
 
Quando voltada para os absolutamente incapazes: 
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação 
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos 
filhos: 
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro 
dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder 
familiar; 
 
 
ASSISTÊNCIA 
Instituto voltado para os relativamente incapazes. Os atos praticados pelo 
relativamente incapaz, se não assistidos, serão ANULÁVEIS. 
 
a) Legal 
 
C.C., Art. 4º: São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer: 
 
I – Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
Art. 1.634. Compete a ambos os pais [...] o pleno exercício do poder 
familiar, que consiste em, quanto aos filhos: 
VII - […] assisti-los, após essa idade (16 anos), nos atos em que forem 
partes, suprindo-lhes o consentimento; 
 
 
C.C., Art. 4º: São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer: 
II – Os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III – Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade; 
IV - Os pródigos. 
 
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela: 
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir 
sua vontade; 
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
V - os pródigos. 
 
Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de 
fato, é, de direito, curador do outro, quando interdito. 
§1o Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; 
na falta destes, o descendente que se demonstrar mais apto. 
§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos. 
 
b) Judicial: 
C.C., Art. 4º: São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer: 
I – Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
C.C., Art. 1.747. Compete mais ao tutor: 
I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e 
assisti-lo, após essa idade, nos atos em que for parte. 
 
C.C., Art. 4º: São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer: 
II – Os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III – Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade; 
IV - Os pródigos. 
C.C., Art. 1.775, § 3o Na falta das pessoas mencionadas neste artigo 
(cônjuge, companheiro, pai, mãe, descendente), compete ao juiz a escolha 
do curador. 
 
IMPORTANTE: A interdição é um instituto que retira a plena capacidade. 
Dessa forma, não se interdita quem é incapaz. 
 
 
ABSOLUTAMENTE INCAPAZ 
REPRESENTAÇÃO LEGAL: PAIS 
REPRESENTAÇÃO JUDICIAL: TUTOR 
REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL: TUTOR 
nomeado por TESTAMENTO ou DOCUMENTO 
AUTÊNTICO 
RELATIVAMENTE INCAPAZ 
ASSISTÊNCIA LEGAL: 
a) Maior de 16 e menor de 18: PAIS 
b) Ébrio habitual, viciado em tóxico, pródigo, aqueles 
que não podem exprimir vontade: CURADOR 
[cônjuge, companheiro, pai, mãe, descendente 
(C.C.art. 1775)] 
ASSISTÊNCIA JUDICIAL 
a) Maior de 16 e menor de 18: TUTOR 
b) Ébrio, viciado, pródigo, aqueles que não podem 
exprimir vontade: CURADOR (escolhido pelo juiz) 
PLENAMENTE CAPAZ (INCLUI EMANCIPADOS) 
 
REPRESENTAÇÃO: CONVENCIONAL 
SE INTERDITADO → Segue a regra dos 
RELATIVAMENTE INCAPAZES! 
 
 
 
5) EMANCIPAÇÃO 
MARIO: Pode-se adquirir a plena capacidade civil, independentemente de 
se atingir a maioridade, pela emancipação. 
 
OBS: O Rol descrito no artigo a seguir é taxativo → Numerus Clausus. 
 
C.C., Art. 5º: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a 
pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I- Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante 
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos 
completos; 
II- Pelo casamento; 
III- Pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV- Pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V- Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos 
completos tenha economia própria. 
 
A emancipação pode ser: 
 
CLASSIFICAÇÃO 1 
a) Voluntária: É a concessão, em virtude da qual se atribui ao filho 
(concedida pelos pais) a condição de maioridade, antes de atingir os 18 
anos (CC, art. 5º, parágrafo único, I). A concessão voluntária não pode ser 
reivindicada. 
 
b) Judicial: Somente os menores sob poder familiar podem ser 
emancipados por simples declaração de vontade. Ao tutor não confere a 
lei o poder de emancipar o pupilo, sendo necessário procedimento 
judicial, pela iniciativa do emancipando. 
 
c) Legal: As demais hipóteses de emancipação que não são nem 
voluntárias, nem judiciais: 
 
C.C., art. 5º, parágrafo único: 
II – Pelo casamento*; 
III- Pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV- Pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V- Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação 
de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos 
completos tenha economia própria. 
 
Eleonora: A emancipação sóserá válida se o casamento também for. 
Contudo, na hipótese de casamento putativo, em que o matrimônio não é 
valido mas, pelo menos um dos contratantes agiu de boa-fé, anula-se o 
casamento e mantém a emancipação desse(s). Uma vez emancipado pelo 
casamento a emancipação é definitiva, ainda que se dissolva a 
sociedade conjugal 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 2: 
a) Expressa: Mediante instrumento público ou sentença judicial, ouvido 
o tutor (Hipóteses do art. 5º, parágrafo único, I C.C.); 
 
b) Tácita: Demais incisos. 
 
MÁRIO: Em qualquer caso, a emancipação é irrevogável e, uma vez 
concedida, habilita plenamente o beneficiado para todos os atos civis, 
com plena capacidade, como se tivesse atingido a maioridade. 
 
 
 
6) EXTINÇÃO DE PERSONALIDADE 
 
MORTE REAL 
MÁRIO: A vida do indivíduo termina com a “morte cerebral”, ou morte 
encefálica. 
 
ROSENWALD: O Código Civil, em seu art. 6º, dispõe que termina a 
existência da pessoa natural com a morte (obviamente, reportando-se à 
morte natural, verificada à luz do cadáver humano), sendo desnecessário o 
reconhecimento judicial desse fato. […] De fato, o acolhimento do critério 
de morte encefálica impõe a participação direta do médico para a 
comprovação do óbito, o que não está […] ao alcance da ciência do Direito 
[…]. Cuida a certidão de óbito, portanto, de um documento público, 
evidenciando o óbito de alguém, a partir da declaração feita por profissional 
da Medicina, atestando, à luz do cadáver (evidentemente!), o momento, a 
causa e o lugar do óbito […]. É o que se convencionou chamar morte real. 
 
MORTE PRESUMIDA 
A morte presumida é uma modalidade de extinção de personalidade 
declarada por sentença judicial nos casos em que há forte evidencia de 
óbito, mas a morte não pode ser atestada à luz do cadáver. A declaração 
da morte presumida somente poderá ser requerida após esgotadas as 
buscas e averiguações, e somente após essa (declaração), poderá a 
certidão de óbito ser lavrada em cartório. A sentença deve fixar ainda a 
provável data do falecimento. 
 
C.C., art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de 
ausência: 
I. Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de 
vida; 
II. Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for 
encontrado até dois anos após o término da guerra. 
 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente 
poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, 
devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. 
 
COMORIÊNCIA 
C.C., art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não 
se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, 
presumir-se-ão simultaneamente mortos. 
 
MÁRIO: Para efeitos jurídicos, notadamente em matéria de sucessões, às 
vezes é relevante a definição da ordem cronológica de falecimentos, 
quando parentes são encontrados mortos. A questão tratada pelo art. 8º do 
Código Civil tem aplicação apenas quando as pessoas mantêm vínculo 
entre si capaz de influenciar a sucessão. 
Se pai e filho, por exemplo, são encontrados mortos, não se conseguindo 
apurar a ordem dos óbitos, a presunção é que faleceram no mesmo 
momento, não ocorrendo, assim, sucessão entre os comorientes. A 
consequência prática é que os bens de ambos passarão aos seus 
respectivos herdeiros diretamente. Se, todavia, por qualquer meio 
admitido de prova, ficar definida a sequência, esta prevalecerá para todos 
os fins jurídicos. Apurado, assim, que o óbito paterno ocorreu em primeiro 
lugar, o segundo morto chegou a herdar o quinhão em igualdade de 
condições com os demais filhos do de cujus e o quinhão por ele recebido 
será objeto de inventário, com eventuais outros bens, para os seus 
herdeiros. 
 
AUSÊNCIA 
NADER: A hipótese em questão se aplica à pessoa que desaparece e da 
qual não se tem notícia, nem haja deixado representante ou procurador 
com mandato de administração de seus bens. A diferença específica desta 
espécie (em comparação com a morte presumida sem declaração de 
ausência) consiste em uma característica negativa: a pessoa desaparecida 
não se encontrava em perigo de vida. 
 
C.C., Art 22: Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver 
notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba 
administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou 
do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. 
 
Características ESSENCIAIS da declaração de ausência: 
→ Desaparecimento 
→ Falta de notícias 
→ Bens do ausente ao desamparo 
→ O Juiz declara a ausência e nomeia o curador 
 
NADER: Há três etapas a serem distinguidas nesta modalidade: 
 
1ª FASE: DA CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE 
NADER: O pressuposto para esta declaração (ausência) é que a pessoa 
tenha desaparecido sem deixar notícia e não haja deixado representante 
ou procurador com poderes para administração dos bens. 
 
Também autoriza a declaração a hipótese de o procurador não poder ou 
não desejar cuidar daqueles interesses: 
C.C., Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, 
quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer 
ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes. 
 
Parte legítima para iniciar o processo é qualquer pessoa interessada ou o 
Ministério Público (MP não está no rol do art.27!!!). 
 
C.C. Art. 27: Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram 
interessados: 
I. o cônjuge não separado judicialmente; 
II. os herdeiros presumidos (aquele suposto filho que não foi 
reconhecido), legítimos [descendente (1º na ordem), ascendente (2º na 
ordem), cônjuge (a ordem depende do regime de separação de bens) ou 
companheiro (herdeiros necessários → mínimo de 50% dos bens) + 
colaterais de até 4º grau (herdeiros facultativos → até 50% dos bens)] ou 
testamentários (aquele beneficiado pelo testamento); 
III. os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua 
morte (companheiro); 
IV. os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
 
Uma vez atendidos os requisitos legais o juiz nomeará curador dos bens 
do ausente, fixando-lhe os poderes e os encargos, além de determinar a 
arrecadação dos bens. 
 
C.C., Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e 
obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, 
o disposto a respeito dos tutores e curadores. 
 
As cautelas da lei têm o objetivo de preservar o acervo patrimonial, seja 
para um possível retorno do ausente, seja para eventual e futura sucessão. 
A escolha do curador deve obedecer a seguinte ordem de preferência: 
 
C.C., Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado 
judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da 
ausência, será o seu legítimo curador. 
§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos 
pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os 
iniba de exercer o cargo. 
§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos. 
§ 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do 
curador (chamado dativo ou judicial). 
 
A sentença declaratória de ausência deverá ser registrada e em seu 
assento constarão todos os dados pertinentes, inclusive a nomeação do 
curador, à vista do disposto no art. 94 da Lei dos Registros Públicos. 
 
 
2ª FASE: DA SUCESSÃO PROVISÓRIA 
NADER: Parte legítima para requerer a sucessão provisória são as 
pessoas que se acharem na linha sucessória e os que tiverem interesse 
jurídico sobre os bens ou ainda eventuais credores por dívidas vencidas e 
não pagas. 
 
Os requisitos para a abertura da sucessão provisória são (C.C., art. 26): 
a) declaração judicial da ausência; 
b) lapso temporal mínimo de um ano da declaraçãoou de três anos quando 
o ausente deixou representante ou procurador. 
 
Caso o ausente deixe um representante, não haverá a necessidade de um 
curador. Ou seja, pula-se a fase de curadoria, havendo apenas duas fases 
judiciais (sucessão provisória + sucessão definitiva). 
 
 
- HIATO - 
C.C. art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória 
só produzirá efeito 180 dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo 
que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, 
e ao inventário e a partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. 
 
§ 1º Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na 
sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo 
competente. 
 
§ 2º Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o 
inventário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que 
mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-à arrecadação dos bens 
do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823. 
 
Herança Jacente: Ocorre quando: 
a) o indivíduo falece, ou 
b) em caso de comoriência, ou 
c) o indivíduo é declarado ausente e 
não existem herdeiros, ou todos os herdeiros renunciaram à herança. 
 
Se a herança é jacente, os bens estão ao desamparo. A Herança Jacente 
pode ocorrer em qualquer tempo nas duas primeiras fases processo de 
ausência. 
 
 
C.C., art 29: Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a 
conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em 
imóveis ou em títulos garantidos pela união. 
 
C.C. art.30: Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do 
ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou 
hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. 
 
§ 1º: Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a 
garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe 
deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro 
designado pelo juiz, e que preste essa garantia. 
 
§ 2º: Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a 
sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, 
entrar na posse dos bens do ausente. 
 
C.C., art. 31: Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por 
desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a 
ruína. 
 
C.C., art 32: Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão 
representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles 
correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas. 
 
C.C., art. 33: O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor 
provisório do ausente (herdeiros necessários), fará seus todos os frutos 
(aluguel) e rendimentos (dinheiro investido) dos bens que a este 
couberem; os outros sucessores (herdeiros facultativos), porém, deverão 
capitalizar (depositar judicialmente) metade desses frutos e rendimentos, 
segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério 
Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente. 
 
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi 
voluntária e injustificada (má-fé), perderá ele, em favor do sucessor, sua 
parte nos frutos e rendimentos. 
 
C.C., art. 34: O excluído, segundo o art. 30 (aquele que não conseguiu 
prestar garantia), da posse provisória poderá, justificando falta de meios, 
requerer-lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe 
trocaria. 
 
Dois fatos especiais poderão ocorrer durante a sucessão provisória: 
a) o conhecimento da morte real do ausente e a sua data respectiva; 
C.C., art. 35: Se durante a posse provisória se provar a época exata do 
falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão 
em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo (morte real). 
 
b) aparecimento do ausente ou prova de sua existência. 
C.C., art. 36: Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois 
de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos 
sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas 
assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono. 
 
3ª FASE: DA SUCESSÃO DEFINITIVA 
NADER: Duas condições distintas e alternadas autorizam o requerimento 
da sucessão definitiva: 
a) o transcurso do prazo de dez anos do trânsito em julgado da sentença 
concessiva da abertura da sucessão provisória; 
C.C., art. 37: Dez anos depois de passada em julgado a sentença que 
concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados 
requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. 
 
b) ter o ausente o mínimo de oitenta anos de idade e o lapso temporal de 
pelo menos cinco anos de suas últimas notícias. 
C.C., art. 38: Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-
se que o ausente conta 80 anos de idade, e que de 5 (anos extrajudiciais) 
datam as últimas notícias dele. 
 
Aqui configura a hipótese da ausência ter somente uma fase! 
Com o requerimento, os interessados poderão efetuar o levantamento das 
garantias dadas. 
A sucessão definitiva comporta duas fases: 
I) C.C., art. 39: Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura 
da sucessão definitiva, ou de algum de seus descendentes ou 
ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado 
em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os 
herdeiros e os demais interessados houverem recebido pelos bens 
alienados depois daquele tempo. 
 
II) Parágrafo único: Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente 
não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os 
bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do DF, se 
localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio 
da União, quando situados em território federal. 
 
 
Herança Vacante: Ocorre quando os bens são arrecadados para o domínio 
do Estado. Só pode ocorrer na ausência definitiva. 
 
 
 
7) DIREITOS DA PERSONALIDADE 
ELEONORA: Essa matéria não existia no Código Civil de 16, surgindo 
apenas no Código Civil de 2002. Para parte da doutrina, o marco 
delimitador do surgimento dos Direitos da Personalidade foram as 
atrocidades cometidas nas Grandes Guerras. Caberia então à comunidade 
internacional resguardar os direitos das pessoas. Outra corrente defende 
que a matéria é oriunda do Direito natural. Outra, ainda, defende que o 
marco delimitador da disciplina foi o estabelecimento da dignidade da 
pessoa humana como fundamento na Constituição de 88. 
 
MÁRIO: A Constituição brasileira enuncia direitos e garantias individuais 
e coletivos, que o legislador tem de proteger e assegurar, além de 
consagrar o princípio da dignidade da pessoa humana, como uma cláusula 
geral de tutela da personalidade. O Princípio constitucional da igualdade 
perante a lei é a definição do conceito geral da personalidade como 
atributo natural da pessoa humana. 
Ao tratar dos direitos da personalidade, cabe ressaltar que não constitui 
esta “um direito”, de sorte que seria erro dizer-se que a pessoa tem direito 
à personalidade. Dela, porém, irradiam-se direitos, sendo certa a afirmação 
de que a personalidade é o ponto de apoio de todos os direitos e 
obrigações. 
 
ELEONORA: Esses Direitos da Personalidade não são aplicados somente 
em vida, se estendendo mesmo após a morte. Por exemplo, se você falece, 
tem no mínimo o direito a um sepultamento. Seu corpo não pode ser violado, 
tampouco difamado. Por conseguinte, esses direitos da personalidade se 
estendem ao morto, ao nascituro, ao natimorto, bem como às pessoas 
jurídicas (no que couber C.C., art.52). 
 
MÁRIO: Não obstante seu caráter personalíssimo, os direitos da 
personalidade projetam-se na família do titular. Em vida, somente este tem 
o direito deação contra o transgressor. Morto ele, tal direito pode ser 
exercido por quem ao mesmo tempo estivesse ligado pelos laços 
conjugais, de união estável ou de parentesco. 
 
PESSOA 
É todo ente físico (natural) ou coletivo (jurídico) suscetível de direitos e 
deveres. 
 
INTEGRIDADES 
Os Direitos da Personalidade tem como objetivo resguardar três 
integridades: 
a) Física: Visa a proteção do corpo (vivo ou morto). Também abarca os 
itens voltados a atender as necessidades básicas à subsistência e 
manutenção da integridade física (alimentos, medicamentos). Não se 
estende às pessoas jurídicas! 
b) Intelectual: Visa a proteção dos direitos autorais, de patente, marca etc. 
c) Moral: Visa a proteção da imagem, privacidade, reputação, intimidade, 
honra, dignidade, nome etc. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DE PERSONALDIADE 
(Rol exemplificativo) 
a) Absolutos: Qualquer pessoa pode arguir a proteção do Direito da 
Personalidade, não podendo afirmar, entretanto, que todas as integridades se 
estendem a todas as pessoas. 
b) Ilimitados: O Direito não é “engessado”, não podendo, dessa forma, excluir 
novos direitos. 
c) Vitalícios: Se estendem indefinidamente, até após a morte. 
d) Impenhoráveis: As integridades não são suscetíveis de um penhor. 
e) Irrenunciáveis: Naturalmente, as integridades são irrenunciáveis, cabendo, 
entretanto, ressaltar que alguns casos podem flexibilizar as integridades, como 
no caso da doação de órgãos (flexibiliza a integridade física). 
 
Em linhas gerais, os direitos da personalidade envolvem o direito à vida, à 
liberdade, ao próprio corpo, à incolumidade física, à proteção da 
intimidade, à integridade moral, à preservação da própria imagem, ao 
nome, às obras de criação do indivíduo e tudo mais que seja digno de 
proteção, amparo e defesa na ordem constitucional, penal, administrativa, 
processual e civil. 
 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da 
personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu 
exercício sofrer limitação voluntária. 
 
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da 
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras 
sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a 
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente 
em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso (proibido) o ato de 
disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da 
integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de 
transplante, na forma estabelecida em lei especial. 
 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição 
gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a 
qualquer tempo. 
 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, 
a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. 
 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome 
e o sobrenome. 
 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em 
publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, 
ainda quando não haja intenção difamatória. 
 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda 
comercial. 
 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção 
que se dá ao nome. 
 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça 
ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a 
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da 
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem 
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama 
ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes 
legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os 
descendentes. 
 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a 
requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para 
impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. 
 
 
 
8) DOMICÍLIO 
 
CONCEITO 
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua 
residência com ânimo definitivo. 
 
Domicílio ≠ Residência 
Pela residência, tem-se uma relação de fato, onde viva a pessoa, enquanto 
o domicílio é o lugar da residência onde a pessoa se estabelece com 
ânimo definitivo. O domicílio corresponde ao centro de ocupações, local 
onde a pessoa se vincula e elege como seu habitat, seu centro de 
referência, ponto onde se concentram suas obrigações pessoais. 
Integram o conceito de domicílio um elemento objetivo e outro subjetivo. 
 
ELEMENTOS DO DOMICÍLIO 
a) Corpus (objetivo): É o espaço físico, a residência. 
b) Animus (subjetivo): É a vontade de que naquele espaço físico se 
constitua o domicílio, o ânimo definitivo. 
 
PRINCÍPIO DO PLURALISMO DOMICILIAR 
Possibilidade de um indivíduo viver alternadamente em mais de uma 
residência. Admite-se por domicílio, ainda, o lugar onde a pessoa for 
encontrada. É a hipótese que se caracteriza quando a pessoa não tem 
residência habitual, como os nômades modernos, os ciganos, que 
permanentemente trocam de lugar. 
 
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, 
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. 
 
A pluralidade de domicílios também foi reconhecida à vista do art. 72: 
É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à 
profissão, o lugar onde esta é exercida. 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada 
um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. 
 
O art. 72 não contém a amplitude do art. 71, pois se refere ao lugar ou 
lugares onde a pessoa exerce sua profissão, considerando-os domicílio 
com alcance restrito às relações ligadas à profissão. 
 
O domicílio é mutável na medida em que a pessoa física troca de 
residência com o ânimo de mudar. O ordenamento não se limitou a 
condicionar a troca de residência à presença do animus, pois vai além, 
indicando por elemento probatório as comunicações às municipalidades 
de ambos os lugares quanto à mudança. 
 
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção 
manifesta de o mudar. 
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às 
municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais 
declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a 
acompanharem. 
 
ESPÉCIES 
a) Necessário / Legal: Situações em que a pessoa não pode escolher um 
domicílio; a lei impõe o domicílio. 
 
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas (de direito público interno), o 
domicílio é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal. 
 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o 
marítimo e o preso. 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou 
assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer 
permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da 
Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar 
imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver 
matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. 
 
b) Voluntário: O domicílio será voluntário na transitoriedade da 
incapacidade para a capacidade (ao completar 18 anos ou ao ser 
emancipado). O domiciliado está voluntariamente no domicílio de origem 
(dos representantes). (Eleonora)c) Laboral: 
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações 
concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada 
um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. 
 
d) Convencional / Contratual: Quando as partes elegem um domicílio. Se 
a lei não puder obrigar / impor / determinar, a escolha será convencional. 
Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar 
domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles 
resultantes. 
 
e) Exterior / Agente Diplomático: 
Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar 
extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, 
poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território 
brasileiro onde o teve. 
 
f) Eleitoral: É o lugar onde o cidadão exercita seus direitos políticos, 
especialmente os de votar e ser votado. 
 
g) Civil*: 
Eleonora: Regra do artigo 70, Código Civil. 
Nader: Corresponde ao distrito onde se praticam direitos e obrigações na 
ordem privada. 
 
 
 
 
9) BENS 
a) Econômicos: São os bens que estão disponíveis para serem adquiridos 
e comercializados. 
b) Não econômicos: Aqueles bens que o Estado tem a obrigação a 
preservar, e não suscetíveis de serem comercializados. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS 
1. IMÓVEIS: São aqueles que não podem ser deslocados, locomovidos, 
transportados sem perder a sua finalidade. Se o forem, perdem seu valor 
econômico. 
 
a) Por natureza: É aquele que nasce naturalmente imóvel, sem a 
participação do homem. 
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou 
artificialmente. 
 
b) Determinação legal: São bens tipificados excepcionalmente como 
imóveis. 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, 
forem removidas para outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se 
reempregarem. 
 
c) Convencional: É aquele que, por convenção, contrato ou negociação se 
torna imóvel. Exemplo: Quando um apartamento é vendido “mobiliado”, 
os bens que são, por natureza, móveis, tornam-se imóveis. 
 
d) Artificial: É aquele que não nasce naturalmente imóvel, o é pela 
participação do homem. 
 
 
 
 
2. BENS MÓVEIS: É aquele que pode ser locomovido, deslocado, 
transportado, sem perder sua finalidade, nem valor econômico. 
 
a) Remoção alheia: São aqueles que necessitam de um meio de remoção. 
Os automóveis são um exemplo. 
 
b) Remoção própria: São aqueles que prescindem de um meio de 
remoção. Os animais são um exemplo. 
 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de 
remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação 
econômico-social. 
 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não 
forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa 
qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
 
3. BENS 
a) Divisíveis: São os bens que podem ser fracionados em quantas partes 
forem necessárias, de forma que cada fração não perca sua finalidade nem 
valor econômico. 
 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na 
sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a 
que se destinam. 
 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por 
determinação da lei ou por vontade das partes. 
 
b) Indivisíveis: São os bens que não podem ser fracionados sem perder 
sua finalidade nem valor econômico. Alguns o são por convenção das 
partes, outros pela própria natureza, outros, ainda, por determinação 
legal. 
 
4. BENS 
a) Fungíveis: 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da 
mesma espécie, qualidade e quantidade. 
Pela doutrina, podem os bens imóveis ser fungíveis. 
 
b) Infungíveis: São infungíveis os bens que não podem ser substituídos 
por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Pela doutrina, pode 
ser alegada a infungibilidade sentimental. A aliança de casamento pode 
ser um exemplo. 
 
5. BENS CONSUMÍVEIS 
Hipóteses: 
a) Bem cujo uso importa destruição imediata da própria substância (não 
reaproveitável); 
b) Bem destinado à alienação (importa transferência de propriedade). 
 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição 
imediata da própria substância, sendo também considerados tais os 
destinados à alienação. 
 
Bens não destinados à alienação ou destruição imediata serão 
inconsumíveis. Ocorre uma depreciação natural pelo uso de qualquer 
bem, inclusive imóveis, entretanto, a depreciação não importa, 
necessariamente, a consumibilidade do bem. 
 
6. BENS PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; 
acessório, aquele cuja existência supõe a do principal. 
 
Em regra, quando se extingue bem o principal, extingue-se o acessório; a 
recíproca não é necessariamente verdadeira. A terra e o plantio são um 
exemplo. Se a terra se extingue, o plantio se torna inviável, entretanto, se 
o plantio é extinto, a terra subsiste. 
 
7. BENFEITORIAS ≠ PERTENÇAS 
Benfeitorias são melhorias realizadas no bem, que são incorporadas e 
elevam seu valor econômico. Um bom exemplo é a piscina em uma casa. 
 
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o 
uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de 
elevado valor. 
§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. 
§ 3o São necessárias (emergenciais, urgentes, primordiais; se não 
realizadas, o bem pode sofrer deterioração) as que têm por fim conservar 
o bem ou evitar que se deteriore. 
 
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos 
sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou 
detentor. 
 
Se um inquilino realizar uma benfeitoria em um imóvel, ele terá direito ao 
ressarcimento se essa for necessária. Se o proprietário voluntariamente 
não restituí-lo, ao término do contrato poderá ser aplicado o direito de 
retenção. Se o inquilino realizar uma benfeitoria útil com a anuência do 
proprietário, aqui, excepcionalmente caberá restituição, cabendo 
igualmente o direito de retenção se inadimplente voluntariamente o 
proprietário. 
 
Pertenças não são parte integrante do bem. Apenas adornam ou 
conservam o objeto. Um bom exemplo é a sanca. 
 
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se 
destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento 
de outro. 
 
Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não 
abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da 
manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. 
 
8. BENS 
a) Singulares: Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se 
consideram de per si, independentemente dos demais. 
b) Coletivos: São coletivos os bens que são considerados enquanto 
reunidos, dependentes dos demais. 
 
9.BENS 
a) Públicos: 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às 
pessoas jurídicas de direito público interno [...] 
 
Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo (qualquer pessoa pode usufruir, de fácil 
acessibilidade), tais como (rol exemplificativo)rios, mares, estradas, ruas 
e praças; 
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, 
conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração 
pertencerem. 
 
II - os de uso especial (o bem tem finalidade específica, voltados à 
serventia da administração), tais como (rol exemplificativo) edifícios ou 
terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração 
federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
 
III - os dominicais (são os bens registrados e pertencentes às pessoas de 
Direito Público Interno sem serventia específica à administração), que 
constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se 
dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a 
que se tenha dado estrutura de direito privado. 
 
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são 
inalienáveis (não podem ter o domínio transferido), enquanto 
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar (se não 
ocorrer a desafetação, onde um bem de uso especial ou comum é 
descaracterizado; convertido juridicamente em dominical). 
 
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas 
as exigências da lei. 
 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião (quando um 
indivíduo ocupa uma terra durante um tempo X e, após o prazo referido 
em lei, requere sua posse). 
 
b) Privados: Art. 98: [...] todos os outros (bens que não são públicos) são 
particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
 
 
 
10) REGISTRO E AVERBAÇÃO 
Nader: Os registros públicos em geral são um centro de documentação de 
negócios jurídicos e memória dos fatos socialmente significativos na vida 
das pessoas. Constituem valioso fator na organização jurídica da 
sociedade, zelando pela autenticidade, segurança e eficácia dos negócios 
jurídicos. 
 
REGISTRO 
Art. 9o Serão registrados em registro público: 
I - os nascimentos, casamentos e óbitos; 
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; 
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; 
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. 
 
AVERBAÇÃO 
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: 
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o 
divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; 
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a 
filiação. 
 
LEI 6.015/73 
Cuida do registro civil de pessoas naturais e jurídicas, além do registro de 
títulos e documentos e do registro de imóveis. 
 
NOME 
Mário: Elemento designativo do indivíduo e fator de sua identificação na 
sociedade, o nome integra a personalidade, individualiza a pessoa e 
indica grosso modo a sua procedência familiar. Entre nós adota-se o nome 
composto, de que se destaca o prenome como designação do indivíduo, e o 
sobrenome, ou nome patronímico, característico de sua família, 
transmissível hereditariamente, ou pela continuação nos descendentes do 
nome (i.e., sobrenome) paterno ou pela combinação do materno e do 
paterno. 
• Agnome: Partícula acrescida para evitar que duas pessoas da 
mesma família tenham nomes idênticos (Júnior, Filho, Neto, Quinto 
etc). 
• Pseudônimo: Usado por literatos e artistas ao firmar ou divulgar 
suas obras. 
• Nome Empresarial: Faz parte da atividade empresarial. 
 
O prenome é definitivo, salvo nas hipóteses de substituição por apelidos 
notórios, proteção de testemunha, evidente erro gráfico, exposição ao 
ridículo bem como em razão de adoção. 
 
 
 
11) PESSOAS JURÍDICAS 
Nader: Na medida em que a sociedade foi se organizando, a prática revelou 
a necessidade de uma categoria jurídica que favorecesse especialmente o 
crescimento de setores produtivos, culturais, sociais e religiosos, o que 
não poderia ser alcançado pelo esforço isolado de pessoas ou da 
solidariedade interna de pequenos núcleos familiares. Seria impraticável 
qualquer projeto arrojado sem que se criassem princípios e normas que 
distinguissem o todo dos indivíduos. Indispensável que se atribuísse 
personalidade jurídica ao ser meramente convencional. 
 
O ente haveria então de reunir algumas características fundamentais: 
a) Ser uma reunião de pessoas ou de bens; 
b) Possuir uma ideia de fim a realizar; 
c) Incentivar a soma de economias; 
d) Separar as responsabilidades do todo da de seus integrantes. 
 
A fórmula deveria constituir um conjunto de pessoas que passariam a 
formar uma unidade do ponto de vista jurídico, dotada de personalidade 
própria e destacada de seus membros, com o que ficaria autorizada a 
praticar atos e negócios no mundo do Direito. 
 
A adoção do nome pessoa para a construção jurídica não decorre do 
acaso, mas devido à semelhança de condições com a pessoa física. Como 
esta, possui personalidade jurídica, o que lhe permite a prática de fatos 
jurídicos a integrar a relação, seja ocupando o polo ativo como titular de 
direitos subjetivos, seja o polo passivo como responsável pelo dever 
jurídico. As pessoas jurídicas possuem também nascimento, registro, 
capacidade, domicílio, fim e sucessão. Quanto à capacidade das Pessoas 
Jurídicas, os autores mostram que é limitada, restrita à órbita de sua 
atividade própria, ficando-lhe interdito atuar fora do campo de seus fins 
específicos. 
 
Eleonora: As Pessoas Jurídicas são fundamentadas pela Teoria da 
Realidade Técnica. (Mário) A teoria argumenta que a Pessoa Jurídica 
existe socialmente enquanto uma reunião de indivíduos com um fim, cuja 
vontade não se confunde com a de seus membros individualmente. E se o 
direito assim trata os entes abstratos, permitindo-lhes atuar, 
assegurando-lhes usar, gozar e dispor de direitos, permitindo-lhes 
contrair obrigações, aceitando as suas manifestações de vontade a que 
atribui força obrigatória da mesma maneira que as emitidas pelas 
pessoas físicas, é preciso então que a lei lhes reconheça personalidade e 
lhes atribua um patrimônio, que se distingue da personalidade e do 
patrimônio dos indivíduos integrantes ou aderentes. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e 
de direito privado. 
 
a. Direito Público: 
a.1 Interno 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de 
direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-
se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste 
Código. 
 
a.2 Externo 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados 
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito 
internacional público. 
 
b. Direito Privado: 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. 
 
§ 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o 
funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder 
público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e 
necessários ao seu funcionamento. 
 
§ 2o As disposições concernentes às associações aplicam-se 
subsidiariamente às sociedades que são objeto do Livro II da Parte Especial 
deste Código. 
 
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o 
disposto em leiespecífica. 
 
 
 
INÍCIO DAS PESSOAS JURÍDICAS 
Nader: A formação da pessoa jurídica constitui negócio jurídico de 
natureza formal. Pressupõe, inicialmente, a organização interna mediante 
a elaboração do contrato social ou do estatuto e, posteriormente, o 
registro, que é constitutivo da personalidade jurídica. 
 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado 
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, 
quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, 
averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato 
constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das 
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o 
prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
 
Mário: Na criação da pessoa jurídica, há pois, duas fases, a do ato 
constitutivo e da formalidade administrativa do registro. Na primeira fase, 
ocorre a constituição da pessoa jurídica, por ato inter vivos nas 
associações e sociedades, e por ato inter vivos ou causa mortis nas 
fundações. 
a) Estatuto: Associações, Partidos políticos, organizações religiosas e 
Fundação (inter vivos). 
b) Contrato: Sociedades, Empresas individuais de responsabilidade 
limitada. 
c) Testamento Público → Convertido em Estatuto: Fundação (causa 
mortis). 
Nader: O registro das pessoas físicas se opera junto a cartório de registro 
civil de pessoas naturais, já o dos entes coletivos se faz perante o cartório 
de registro civil de pessoas jurídicas. A inscrição das sociedades 
comerciais se dá nas juntas comerciais. 
 
Art. 46. O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, 
quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos 
diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, 
judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que 
modo; 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas 
obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu 
patrimônio, nesse caso. 
 
Mário: Da conjugação das duas fases, volitiva e administrativa, é que 
resulta a aquisição de personalidade. 
SOCIEDADE FATO/IRREGULAR 
1. Sociedade de fato: Existe de fato, mas não de direito. Seu ato 
constitutivo não foi inscrito no respectivo registo. 
2. Sociedade irregular: É uma pessoa jurídica, tem um ato constitutivo, 
mas seu funcionamento é irregular. 
 
TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
Mário: Modernamente, o desenvolvimento da sociedade de consumo, a 
coligação de sociedades mercantis e o controle individual de grupos 
econômicos tem mostrado que a distinção entre a sociedade e seus 
integrantes, em vez de consagrar regras de justiça social, tem servido de 
cobertura para a prática de atos ilícitos, de comportamentos fraudulentos, 
de absolvição de irregularidades, de aproveitamentos injustificáveis. 
Os integrantes da pessoa jurídica invocam o princípio da separação, 
como se tratasse de um véu protetor. Surge então a teoria da 
desconsideração da pessoa jurídica, segunda a qual, em prejuízo de 
terceiros, a pessoa jurídica deve ser desconsiderada quando houver por 
parte dos órgãos dirigentes o desvio de finalidade ou a confusão 
patrimonial, alcançando, dessa forma, o sócio, o gerente, o diretor, o 
administrador, trazendo-o à realidade objetiva da responsabilidade. 
 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo 
desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a 
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir 
no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores 
ou sócios da pessoa jurídica. 
 
TEORIA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA INVERSA 
Há casos em que o particular põe todo o seu patrimônio em nome da 
pessoa jurídica para se eximir de débitos pessoas. Nesses casos, pode-se 
invadir o patrimônio da PJ para sanar a dívida da Pessoa Natural. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DA PESSOA JURÍDICA 
Mário: Dotadas de capacidade, as pessoas jurídicas agem, emitem 
declarações de vontade, adquirem direitos e contraem obrigações. Como 
qualquer pessoa natural, o ente se obriga e, vinculado à emissão de 
vontade, responde pelos compromissos assumidos. Desde que se tenha 
em vista um negócio jurídico realizado nos limites do poder conferido 
pela lei e pelo estatuto, deliberado pelo órgão competente e realizado por 
quem é legítimo representante, a pessoa jurídica é responsável, está 
adstrita ao cumprimento da palavra empenhada e responde com seus 
bens pela inobservância do compromisso. Qualquer pessoa vinculada à 
pessoa jurídica por uma relação de representação estatutária, de comissão 
em forma, ou de simples preposição eventual objetivamente considerada, 
acarreta para ela o dever de ressarcimento pelos atos ilícitos que 
pratique. 
 
 
 
ASSOCIAÇÃO FUNDAÇÃO 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união 
de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos. 
 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor 
fará, por escritura pública ou testamento, dotação 
especial de bens livres, especificando o fim a que 
se destina, e declarando, se quiser, a maneira de 
administrá-la. 
ATO CONSITUTIVO 
Inter vivos > Estatuto 
ATO CONSTITUTIVO 
Inter Vivos > Estatuto 
Causa Mortis > Testamento Público 
 > Conversão em Estatuto 
 
FINS LIVRES NÃO ECONÔMICOS 
• Morais 
• Caritativos 
• Literários 
• Artísticos 
• Desportivos 
• Lazer. 
FINS > ROL TAXATIVO (art. 62) 
I – assistência social; 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio 
histórico e artístico; 
III – educação; 
IV – saúde; 
V – segurança alimentar e nutricional; 
VI – defesa, preservação e conservação do meio 
ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de 
tecnologias alternativas, modernização de 
sistemas de gestão, produção e divulgação de 
informações e conhecimentos técnicos e 
científicos; 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da 
democracia e dos direitos humanos; 
IX – atividades religiosas; 
 VELARÁ PELAS FUNDAÇÕES (Art. 66) 
> MP do Estado onde estiverem situadas 
> DF/ Território > MPDFT 
> Atua em + de 1 Estado > Cada MP 
 
 
EXTINÇÃO DA PJ 
ASSOCIAÇÃO FUNDAÇÃO 
ETAPA 1 
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, 
ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua. 
§ 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução. 
§ 2o As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas 
jurídicas de direito privado. 
§ 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica. 
 
LIQUIDAÇÃO > SAUDAR TODAS AS DÍVIDAS 
ETAPA 2 
O estatuto pode prever (nominativamente) a 
restituição dos associados! 
 
Art. 61 § 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu 
silêncio, por deliberação dos associados, podem 
estes, antes da destinação do remanescente 
referida neste artigo, receber em restituição, 
atualizado o respectivo valor, as contribuições 
que tiverem prestado ao patrimônio da 
associação. 
ETAPA 2 
Os associados não serão restituídos! 
ETAPA 3 
 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for 
o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade 
de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados,à 
instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. 
 
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver 
sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à 
Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União. 
CAPÍTULO II 
DAS ASSOCIAÇÕES 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins 
não econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Redação 
dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. 
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas 
contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 2005) 
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias 
com vantagens especiais. 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o 
contrário. 
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da 
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de 
associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida 
em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no 
estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.127, de 2005) 
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe 
tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no 
estatuto. 
Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral: (Redação dada pela Lei nº 
11.127, de 2005) 
I – destituir os administradores; (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
II – alterar o estatuto. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é 
exigido deliberação da assembléia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será 
o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos 
administradores. (Redação dada pela Lei nº 11.127, de 2005) 
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, garantido a 
1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la. (Redação dada pela Lei nº 
11.127, de 2005) 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de 
deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, 
será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por 
deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou 
semelhantes. 
§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem 
estes, antes da destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, 
atualizado o respectivo valor, as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da 
associação. 
§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a 
associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do 
seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União. 
 
 
 
 
CAPÍTULO III 
DAS FUNDAÇÕES 
 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: (Redação 
dada pela Lei nº 13.151, de 2015) 
I – assistência social; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; (Incluído pela 
Lei nº 13.151, de 2015) 
III – educação; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
IV – saúde; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
V – segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de 
sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e 
científicos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos 
humanos; (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
IX – atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
X – (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.151, de 2015) 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, 
se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha 
a fim igual ou semelhante. 
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a 
transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, 
serão registrados, em nome dela, por mandado judicial. 
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência 
do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação 
projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao 
juiz. 
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, 
não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público. 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao Ministério 
Público do Distrito Federal e Territórios. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015) 
§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um 
deles, ao respectivo Ministério Público. 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e 
cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a 
requerimento do interessado. (Redação dada pela Lei nº 13.151, de 2015) 
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os 
administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, 
requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias. 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou 
vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe 
promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato 
constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim 
igual ou semelhante.

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