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UNIDADE V TOXICOLOGIA E SANEAMENTO BÁSICO

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O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho
Toxicologia e Saneamento Básico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Uerley Magalhães Franchi
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Introdução ao Tema
• Leitura Obrigatória
• Material Complementar Fonte: iStock/Getty Im
ages
Objetivos
• Identificar, estudar e evidenciar os agentes tóxicos que causam danos aos organismos 
vivos e como atuam.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o 
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Toxicologia e Saneamento Básico
UNIDADE 
Toxicologia e Saneamento Básico
Introdução ao Tema
Desde o início da civilização, já eram utilizados produtos químicos em acessórios, 
armas, ferramentas e tintas que eram usadas pelos pré-históricos, portanto, a relação 
entre os sistemas biológicos e os produtos químicos é historicamente comprovada.
Com o decorrer dos anos, mais precisamente após a Revolução Industrial – no século 
XIX –, a utilização desses produtos teve um aumento significativo.
Levando em consideração o grande volume dessas substâncias que causam efeitos tó-
xicos, foi aprimorado o estudo das quais, denominado toxicologia, que se tornou estudo 
de muita importância, uma vez que visa os cuidados e proteção à saúde das pessoas em 
relação aos danos que os produtos químicos com efeitos tóxicos podem causar.
Segundo estudos, atualmente as substâncias químicas são mais de onze milhões e 
cerca de oitenta mil estão presentes em comércios, indústrias e até mesmo em nossas 
residências. No Brasil, segundo índices apontados pela Organização Mundial da Saúde, 
a cada dia doze brasileiros morrem em razão do contato com substâncias tóxicas.
Nosso organismo, mesmo absorvendo essas substâncias, possui a capacidade de 
transformar e excretar – contudo, se a absorção for maior do que a capacidade do 
organismo, pode haver grandes danos ao indivíduo.
Assim, é de grande importância o conhecimento das substâncias tóxicas, a 
biotransformação desses produtos e a análise de toxidade, a fim de que se possa proteger 
e prevenir os organismos vivos.
Portanto, resume-se toxicologia como o estudo que nos ajuda a detectar e entender 
as substâncias com efeito nocivo e como interagem com os seres vivos, trazendo ava-
liação de risco, estabelecendo medidas preventivas e protegendo o agente em relação 
às intoxicações.
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Leitura Obrigatória
Introdução
A Ciência usada para estudar os efeitos nocivos à interação das substâncias tóxicas 
relacionadas ao organismo, tais como prevenir, identificar e tratar essa intoxicação é a 
toxicologia. Diversas áreas, com seus conhecimentos e profissionais, compõem a toxico-
logia, entre as quais a toxicologia ocupacional, clínica, veterinária, alimentícia, analítica, 
genética, forense, farmacológica, química e diversas outras (CHASIN; LIMA, 2010).
Toxicologia ocupacional: esta área tem por objetivo prevenir danos causados à 
saúde do trabalhador, identificando e quantificando as substâncias químicas que podem 
ser encontradas nos ambientes de trabalho e também os riscos que podem apresentar. 
Esses agentes químicos tóxicos podem estar nas matérias-primas com que são feitos 
produtos, sejam intermediários ou os que saem para as prateleiras para serem vendidos. 
Portanto, é necessário estudá-los quanto a seus aspectos físico-químicos, como esses 
agentes reagem e são introduzidos nos organismos e ambientes, os indicadores biológicos 
quanto à exposição, como ocorre a intoxicação, os prazos e até mesmo a tolerância no 
sistema biológico e na atmosfera.
Na toxicologia ocupacional existem três etapas que podem ser alcançadas e que são 
de papel fundamental:
• Reconhecimento: a identificação da presença do agente químico no local de 
trabalho e também nos produtos industriais é feita através da análise da metodologia 
utilizada para a realização dos trabalhos, como funcionam as operações e 
processos, nas matérias-primas e também nos produtos prontos, ou até mesmo nos 
produtos secundários que são desenvolvidos. Busca-se caracterizar as propriedades 
toxicológicas do agente químico e suas propriedades;
• Avaliação: é feita por medições laboratoriais ou instrumentais das substâncias 
químicas identificadas, com os resultados das amostras é feita a comparação dos 
limites de tolerância nos sistemas biológico e ambiental. Nesta etapa também se 
considera como fator importante para verificação o número de trabalhadores que 
ficam expostos, a delimitação da área, o ritmo de trabalho, o tempo dessa jornada, 
o ambiente e seus aspectos físicos e químicos e os fatores que interferem. A partir 
dos resultados obtidos, é definida a necessidade de partir para a terceira etapa;
• Controle: tem por objetivo diminuir ou acabar com a exposição entre a substância 
tóxica e o trabalhador. São realizadas medidas técnicas e administrativas para limitar 
o uso de produtos, diminuir o tempo que os trabalhadores ficam expostos e o número 
desses profissionais. Além disso, são formadas comissões técnicas que garantem a 
realização desse controle e também desenvolvem medidas eficazes, disciplinando o 
uso de equipamentos de segurança e proteção individual, realizando melhorias no 
ambiente – como as condições de ventilação – e treinando os trabalhadores para 
que se disciplinem e combatam os danos que podem ser causados pelos próprios.
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UNIDADE 
Toxicologia e Saneamento Básico
Essas etapas são fundamentais para que os parâmetros de exposição sejam estabe-
lecidos para os organismos dos trabalhadores e também para o ambiente de trabalho. 
Todas as atividades onde os limites são maiores do que o permitido se tornam e podem 
ser consideradas trabalhos insalubres.
• Limite de Tolerância (LT): este limite é imposto através da limitação da concentração 
máxima que é permitida de uma substância tóxica dentro do ambiente de trabalho, 
sem que esta apresente danos à saúde dos trabalhadores. Esses limites visam apenas 
à penetração via nasal, não considerando as outras vias de penetração. Sendo 
esses limites insatisfatórios à monitorização da saúde, considera-se que a absorção 
pode acontecer por outras vias e também pode ocorrer por hábitos individuais. O 
apropriado é que exista a monitorização do ambiente para contemplar os dados 
obtidos, estabelecendo limites biológicos para identificar diferenças individuais;
• Limite de Tolerância Biológica (LTB): este limite é o que define a quantidade má-
xima do agente ou de seu produto de biotransformação, encontrado no ar exalado, 
no sangue ou até mesmo na urina. Consideram-se também as alterações fisiológicas 
e bioquímicas que ocorrem a partir da exposição a algum agente tóxico, antes de 
aparecerem sinais clínicos de intoxicação que, muitas vezes, tornam-se irreversíveis.
Agente Tóxico, Intoxicação e Xenobiótico
Xenobióticos são as substâncias sem valor nutritivoe desconhecidas aos organismos, 
as que são capazes de causar certos danos ao organismo, podendo até mesmo alterar 
funções e levar à morte – de acordo com a exposição, são denominados agentes tóxicos. 
As ações causadas por esses agentes tóxicos estão ligadas diretamente à proporção 
de suas concentrações no ar e ao tempo que os organismos ficam expostos aos quais. 
Essa proporcionalidade pode variar de acordo com o estágio de desenvolvimento do 
organismo e seu estado de funcionamento.
A intoxicação é formada por sinais e sintomas que são causados por substâncias 
tóxicas (BUSCHINELLI; KATO, 2011). Os trabalhadores correm riscos pelo fato de 
existirem agentes físicos, químicos ou biológicos no ambiente de trabalho, mas não quer 
dizer necessariamente que todos contrairão doenças no trabalho.
Riscos de Toxicidade
A capacidade de o agente tóxico causar efeitos nocivos aos seres vivos, seja inerente 
ou potencial, é chamada de toxicidade. Esse efeito tóxico pode ser considerado 
proporcional à quantidade concentrada do agente tóxico no tecido-alvo. A ação tóxica é 
como o agente tóxico trabalha nas estruturas teciduais. Pela medida da DL 50 é avaliado 
o grau de toxicidade da substância, esse DL 50 é a dose de um agente tóxico, obtida de 
forma estatística, podendo causar a morte de até 50% da população estudada – ou seja, 
quanto menor a DL 50, mais tóxico será.
Dentro do conceito de toxicidade, podemos vincular também o sentido de risco tóxico. 
Tratam-se das chances que a substância tem de causar efeitos adversos previsíveis, 
de acordo com suas condições específicas de uso. Quando fracionada a dose total, é 
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reduzida a probabilidade desse agente causar danos. Isso ocorre porque dá tempo de o 
organismo reparar os danos causados e neutralizar as doses subtóxicas se estas forem 
aplicadas com intervalos.
Outra forma que pode acontecer é quando, dependendo do caso, uma dose grande 
é recebida de uma única vez, podendo ser controlada se administrada em pouco tempo. 
Um exemplo é a estricnina: se se ingerir 30 mg desse agente de uma única vez, pode 
causar a morte de um adulto; mas se se tratarem de 3 mg por dia – durante dez dias –, 
pode não causar o óbito (LEITE; AMORIM, 2003). As substâncias mais tóxicas podem 
não ser as que possuem o maior risco, tudo depende das condições de exposição e 
como será o contato com essa substância. Neste caso, é correto afirmar que podemos 
encontrar substâncias de baixa toxicidade e alto risco, ou de toxicidade alta e baixo risco.
A frequência de exposição, a via de administração da substância e a duração dessa 
exposição são fatores que influenciam diretamente a toxicidade da substância em 
questão. Assim, é de grande importância que sejam conhecidos os efeitos que essa 
exposição pode causar e também a dose que é necessária para que os efeitos comecem 
a surgir, de modo que tudo o que tiver de informação é de muita importância (LEITE; 
AMORIM, 2003).
Caso o indivíduo seja exposto a várias substâncias, isso pode alterar diversos fatores 
– metabolização, excreção, ligação proteica e absorção –, as quais poderia sofrer 
separadamente. Portanto, os tóxicos combinados podem apresentar maior ou menor 
intensidade à soma dos efeitos que poderiam causar individualmente. Podendo ter:
• Efeito aditivo: o resultado deve ser igual à soma dos efeitos de cada um dos agentes 
que foram ingeridos;
• Efeito sinérgico: o resultado deve ser maior que a soma dos efeitos que esses 
agentes devem ter se separados;
• Potencialização: é quando o resultado aumenta com a combinação entre os agentes;
• Antagonismo: é quando o resultado diminui, é inativado ou eliminado quando 
combinando a outros agentes;
• Reação idiossincrática: é quando ocorrem anormalidades, coisas fora dos padrões 
em relação a esses agentes tóxicos, como quando mesmo com doses pequenas 
que não causariam dano algum, estes danos ocorrem, ou até mesmo quando a 
tolerância se torna bem mais alta do que o estimado;
• Reação alérgica: é quando o organismo se sensibiliza de forma adversa após o 
contato com o agente tóxico. Ao incorporar uma substância pela primeira vez, o 
organismo produz anticorpos, os quais vão se concentrando no organismo afetado 
– quando se manifestam próximos a infecções, provocam reações alérgicas.
Classificações por tempo de exposição:
• Intoxicação aguda: ao se ter contato uma única vez ou várias vezes, causando 
efeito cumulativo no período de 24 horas. Tais efeitos vão surgindo no decorrer de 
alguns dias, dando-se no máximo em duas semanas ou até mesmo imediatamente;
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UNIDADE 
Toxicologia e Saneamento Básico
• Intoxicação subcrônica ou sobreaguda: tais exposições ocorrem repetidas vezes:
se em um período menor ou igual há um mês, será sobreaguda; caso o período seja
de um a três meses, tratar-se-á como subcrônica;
• Intoxicação crônica: este efeito se torna crônico quando as doses se tornam
cumulativas por um período extenso – que normalmente é maior que três meses,
ultrapassando até mesmo anos.
Classificações por severidade:
• Leves: desaparecem rapidamente e são reversíveis, após o fim da exposição;
• Moderadas: quando não causam danos e os distúrbios são reversíveis;
• Severas: quando as lesões são graves e severas, sendo irreversíveis e podendo
causar até a morte.
Classificações por EPA:
• Local aguda: efeitos causados através de exposição entre segundos e horas, lesio-
nando a pele, olhos e membranas mucosas;
• Sistêmica aguda: quando as substâncias são absorvidas por diferentes vias e cau-
sam efeitos em diversos sistemas orgânicos, sendo a exposição provocada por se-
gundos ou até horas;
• Local crônica: danos causados nos olhos e também na pele por conta de exposição
contínua e por bastante tempo;
• Sistêmica crônica: quando a exposição ocorre por muitas vezes ou por várias vias,
por um período extenso, causando, assim, danos nos sistemas orgânicos.
Outras classificações:
• Desconhecida: quando não se dispõe de dados toxicológicos suficientes sobre 
as substâncias;
• Imediata: após uma única exposição já se vê os efeitos causados;
• Retardada: o efeito só acontece significativo tempo depois da latente. 
Classificação dada para carcinogenicidade pela International Agency for Research 
on Cancer (Iarc) – a classificação se dá conforme a constatação de carcinogenicidade:
• Grupo 1: agente cancerígeno ou carcinogênico para os humanos (se constatadas
evidências suficientes para causar carcinogenicidade);
• Grupo 2A: agente provavelmente cancerígeno ou carcinogênico para os humanos
(se constatadas evidências limitadas para causar carcinogenicidade em humanos; já
no caso dos animais as evidências são suficientes);
• Grupo 2B: agente com probabilidades cancerígenas ou carcinogênicas para os
humanos (se constatadas evidências inadequadas para causar carcinogenicidade em
humanos, mas nos animais é mais que suficiente; ou então evidências limitadas
para os seres humanos e insuficientes para os animais);
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• Grupo 3: não se pode considerar o agente como cancerígeno ou carcinogênico;
• Grupo 4: cujo agente não é provavelmente cancerígeno ou carcinogênico para os 
humanos e algumas evidências indicam que também não o é aos animais.
Intoxicação
Para o processo patológico que é causado por substâncias exógenas ou endógenas, 
que causam desequilíbrio fisiológico e também alterações bioquímicas no organismo, 
chamamos de intoxicação, que é detectada por sinais, sintomas ou até mesmo após testes 
laboratoriais. Podemos desdobrar tudo isso em quatro fases: exposição toxicodinâmica, 
toxicocinética e clínica (MORAES; SZNELWAR; FERNICOLA, 1991).
• Exposição: é quando o agente toxicante entra em contato com as superfícies 
interna e externa do organismo. Pontos importantes a serem considerados nesta 
etapa são o tempo e a quantidade de dias que acontece essa exposição, as viasintrodutórias, as propriedades físico-químicas e também a quantidade concentrada 
de xenobiótico, sem se esquecer da suscetibilidade de cada indivíduo;
• Toxicocinética: esta etapa é relacionada aos processos que compõem a relação entre 
a concentração das substâncias nos tecidos dos organismos com a disponibilidade 
química. Nesta fase podem ser analisados os ciclos desse agente durante seu 
processo, como a absorção, armazenamento, a distribuição, a biotransformação 
e até mesmo a excreção dessas substâncias químicas. É através das características 
físico-químicas de cada toxicante que podemos determinar o grau de acesso que 
têm nos órgãos-alvos, portanto, pode-se determinar a velocidade com que são 
eliminados no organismo;
• Toxicodinâmica: neste momento é possível compreender a interação que as 
moléculas do toxicante têm com seus sítios de ação e a alteração de equilíbrio 
homeostático causada nos órgãos, específicos ou não;
• Clínica: nesta fase podem ser constatadas as evidências de sintomas e sinais, as 
alterações patológicas que se podem diagnosticar, os efeitos nocivos que podem ser 
provocados quando o toxicante entra no organismo.
Como existe escassez em relação às informações toxicológicas de muitas substâncias 
químicas que estão presentes na utilização das indústrias, é comum que muitas assumam 
características de outras que possuem químicas próximas, portanto, terão as propriedades 
tóxicas parecidas. Contudo, não se pode dizer que seja uma verdade universal; na 
realidade, é até mesmo limitada em relação ao número de substâncias que existem. Ao 
serem absorvidos pelo corpo, muitos componentes químicos sofrem alterações e uma 
porção de mudanças – desintoxicação – até chegarem a ser excretados pelo organismo. 
Com isso, podemos obter produtos intermediários, por conta de toda essa mudança em 
sua estrutura química e diferenças que podem ser pequenas, mas que chegam a resultar 
em produtos totalmente diferentes. 
O benzeno e o tolueno ilustram bem esse conceito: são componentes químicos muito 
próximos, mas metabolicamente são bem distintos, de modo que cada grau de toxicidade 
não é nada similar entre si. Portanto, essa toxicologia analógica é bem arriscada e 
perigosa, podendo até ser enganosa.
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UNIDADE 
Toxicologia e Saneamento Básico
Toxicocinética
Toxicocinética é a ação que o organismo tem sobre o agente tóxico, onde diminui 
ou impede que exista uma ação nociva desse componente. O resultado é a quantidade 
toxicante que se tem para interagir com o sítio-alvo e com isso exercer a função tóxica. Os 
passos da toxicocinética são: absorção, distribuição no organismo e sua biotransformação 
e, por fim, excreção do componente. É a movimentação da substância tóxica desde que 
entra no organismo até a sua saída e o que causa dentro do qual.
A melhor definição de absorção nesse caso é quando o agente tóxico é introduzido no 
organismo e se encontra em seu meio interno, de onde vai para a circulação sistêmica. 
Tal absorção depende do agente químico e da membrana celular, podendo ser ingerido 
pelas vias respiratórias, pelo trato gastrointestinal ou via dérmica.
A pele é um órgão composto por diversas camadas e que corresponde a 10% do 
peso do corpo. É uma barreira efetiva que impede a penetração de substâncias químicas 
exógenas; mesmo assim, em alguns casos os xenobióticos sofrem absorção cutânea, que 
depende de propriedades físico-químicas dos agentes, além de fisiológicas – da pele – 
para acontecer.
A pele é composta por duas camadas: a derme, que é formada por um tecido 
conjuntivo onde se localizam os vasos sanguíneos, glândulas sebáceas, sudoríparas, 
nervos e folículos pilosos; e a epiderme, que é a camada externa da pele. Alguns desses 
elementos permitem que essa camada interna tenha contato com o lado externo. As 
células epidérmicas e folículos pilosos podem, muitas vezes, causar a absorção desses 
agentes químicos.
É importante lembrar que o mais comum é que a “porta de entrada” das intoxicações 
seja a via dérmica. Afinal, tal contaminação ocorre pelo contato das mãos, do pescoço, 
braços, face, couro cabeludo etc., uma vez que se absorve por meio de roupas 
contaminadas, névoa de pulverização e até mesmo respingos. Além desses fatores, 
temos o tempo de exposição, a temperatura do corpo e do ambiente, a volatilidade, o 
tamanho da molécula e hidro e lipossolibilidade.
Os efeitos do agente tóxico na pele podem ser dois: tópicos, quando são mutação, 
corrosão e sensibilização; sistêmicos, quando resultam em ação toxicante em outros 
tecidos que estão mais distantes.
Para a toxicologia ocupacional é de muita importância a via respiratória, pois muitas 
das intoxicações ocupacionais ocorrem pela aspiração de substâncias que estão presentes 
no ar. Segundo Ribeiro (2012), a superfície pulmonar mede aproximadamente 90 m² e a 
alveolar, de 50 a 100 m². Os pulmões podem absorver rapidamente os agentes químicos, 
pois é contínuo o fluxo sanguíneo e o mesmo exerce uma boa ação de dissolução. Os 
gases e vapores são facilmente absorvidos pelos pulmões e também os aerodispersoides. 
Podem ser absorvidas tanto pelos alvéolos quanto pelas vias aéreas superiores.
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Quando os agentes ficam presos nas vias aéreas superiores, podemos dizer que estão 
ligados ao tamanho da partícula, hidrossolubilidade, temperatura e condensação. As par-
tículas com um diâmetro maior que 30 µm acabam ficando presas nos locais mais fundos 
do trato respiratório. Ademais, podemos afirmar que quanto maior sua solubilidade na 
água, maior será a probabilidade de ficar presa nesse local (TORLONI; VIEIRA, 2003).
Referentemente aos alvéolos, podemos dizer que duas fases estão ligadas entre si: 
uma líquida, que é o sangue; outra gasosa, formada pelo ar alveolar. O sangue possui 
dois comportamentos distintos quando está em contato com um gás ou vapor. Pode dis-
solver o agente tóxico – neste caso ocorre uma dissolução – ou combinar seus elementos 
químicos, ocorrendo uma reação química, sendo que as partículas que não foram remo-
vidas ou absorvidas ficam presentes nos alvéolos, podendo ficar presas nessa região e 
causar pneumoconioses (TORLONI; VIEIRA, 2003). Nessa etapa, pode ainda ocorrer 
sinergismo, potenciação, interações de adição e antagonismo entre as substâncias – au-
mentando ou diminuindo os efeitos tóxicos dessas interações.
• Adição: é quando o efeito causado pelos componentes tóxicos é igual à soma dos 
efeitos que poderiam ser provocados pelos agentes individualmente;
• Sinergismo: é quando o efeito causado pelos compostos juntos se torna maior do 
que a soma desses efeitos dos agentes individualmente;
• Potenciação: é quando um agente aumenta a toxicidade de outro agente quando 
estão em contato, mesmo que seja desprovido;
• Antagonismo: é quando os agentes combinados são diminuídos, inativados ou até 
mesmo eliminados.
A formação de tumores é um exemplo de toxicodinâmica: pode causar modificações 
no DNA ou atacar as moléculas ou produtos de biotransformação, os quais atuam 
como agentes alquilantes ou arilantes, modificando a estrutura e causando mutações 
– mutagênese. Muitas vezes essas mutações são hereditárias – quando ocorrem nos 
gametas –, fazendo com que gerações futuras possam ser afetadas. Além disso, podem 
ocorrer as mutações somáticas que vão tomando conta de outras células do organismo, 
trazendo, assim, os tumores malignos ou benignos.
Saneamento Básico
O saneamento básico tem por objetivo criar medidas que servem para a conservação 
e preservação do meio ambiente, modificando-o quando necessário, com o objetivo de 
combater doenças que trazem prejuízos à saúde humana. Não podemos restringir o sane-
amento básico apenas aos cuidados e abastecimento de água e ao tratamento e disposi-
ção de esgotos, mas devemos incluir nesse grupo outras categorias, tais como: lixo urba-
no, sua distribuição e eliminação;cuidados e controle dos animais e insetos; saneamento 
de áreas públicas, como hospitais, escolas, praças e outros espaços de uso coletivo.
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UNIDADE 
Toxicologia e Saneamento Básico
Os objetivos das atividades que são relacionadas às de saneamento são: prevenir e 
controlar as doenças; garantir a melhoria contínua da qualidade de vida das pessoas; 
aumentar a produtividade das pessoas – individual e coletivamente –; facilitar a atividade 
econômica do País.
Rede de Abastecimento de Água
Chamamos de água potável aquela própria para o consumo humano. Existem padrões 
que identificam essa água potável, por exemplo, o de potabilidade, que aponta se a água 
contém substâncias inadequadas, devendo ser tratada para que o uso da população 
seja possível – caso contrário, é considerada poluída. Substâncias como compostos 
nitrogenados, cloretos ou oxigênio consumido indicam essa poluição.
O abastecimento de água é feito de forma coletiva, exceto em comunidades rurais mais 
afastadas. Partes desses sistemas de abastecimento público são: mananciais, captação, 
adução, tratamento, preservação, reservatório de montante ou jusante e distribuição. 
Tais redes de abastecimento seguem o princípio dos vasos comunicantes.
Para o adequado consumo da população, essa água necessita de tratamento. 
Contudo, existem limitações nos métodos utilizados, por isso não se pode tratar o esgoto 
para que se torne a água desse potável. Podemos considerar os diversos métodos de 
se transformar a água, começando pela simples fervura até a correção de corrosão e 
dureza da mesma. Nas estações de tratamento existem várias fases para que este seja 
possível, onde são usados filtros, decantadores e até cloradores.
Sistema de Esgoto
Os despejos são todos os compostos que a população rejeita ou elimina em suas 
atividades diárias.
O sistema de esgoto foi criado para que os dejetos humanos, os despejos e a água de 
abastecimento, esgoto e substâncias químicas fiquem longe da população. Com esse sis-
tema consegue-se diminuir os gastos que seriam direcionados ao tratamento de água de 
abastecimento e também a cuidados com as doenças que são causadas pelo contato da 
população com esses dejetos e até mesmo para auxiliar no controle de poluição das áreas 
públicas. O esgoto pode ser dividido em: sanitário, pluvial, cru, fresco, séptico e combinado.
Existem soluções que são utilizadas para que dejetos e esgoto sejam retirados, 
existindo a água encanada ou não. Ademais, sistemas de esgotos são divididos em três:
• Unitário: com custo elevado para implantação e tratamento, trata-se da coleta dos 
esgotos pluviais, industriais e domésticos em um coletor único;
• Separador: em todo o Brasil utiliza-se esse sistema, onde o esgoto pluvial fica em um 
lugar e os esgotos domésticos e industriais são alocados em outro. Tem um custo me-
nor, dado que os esgotos nem sempre podem se misturar sem um prévio tratamento;
• Misto: é o recebimento de águas pluviais junto do esgoto.
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Podemos relacionar ao esgoto o consumo de água dos domicílios. O que diferencia 
a água do esgoto é a quantidade de microrganismos – muito maior no esgoto. Desde 
que seja permitida a oxidação do esgoto, o mesmo não precisa de tratamento. Quando 
isso não ocorre, é cuidado em uma estação de tratamento de esgoto. Outro processo 
utilizado é o das lagoas de oxidação.
Disposição do Lixo
Os resíduos sólidos que resultam das atividades humanas em conjunto são caracteri-
zados como lixo, no qual encontramos substâncias putrescíveis, incombustíveis e tam-
bém combustíveis. Podemos associar o problema do lixo em ordem psicológica: o efeito 
que a limpeza causa sobre as rotinas da população. Esse lixo precisa ter um acondicio-
namento adequado para que a sua remoção possa ser mais fácil. A parte orgânica desse 
lixo é triturada e jogada nas redes de esgoto, tornando-se uma carga para o sistema de 
esgotos e facilitada na retirada do lixo. As partes orgânicas e inorgânicas do lixo são 
distribuídas de formas diferentes: as inorgânicas são recicladas, enquanto as orgânicas 
vão para a alimentação de porcos.
Existe uma periodicidade regular, intervalos pequenos e também deve haver coletas 
noturnas para que o sistema funcione corretamente.
O lugar adequado para o descarte de lixo seria um aterro sanitário ou até mesmo 
incinerando esse volume, mas ainda encontramos lixo descartado nos mares, em rios ou 
até mesmo em terrenos vazios a céu aberto.
Tais resíduos podem passar por um processo indore, ao terem suas graxas e gorduras 
recuperadas e fermentadas.
Doenças que são Causadas pela Falta de Saneamento Básico
Temos mais de cem doenças que ocorrem por conta da ausência de saneamento bási-
co, entre as quais: amebíase, pólio, herpes, lepra, sarampo, hepatite, bubônica, diarreia, 
cólera, malária, leptospirose, ebola, gripe, entre outras diversas.
Algumas das principais doenças do trabalho podem ser causadas pelo saneamento 
ambiental: os resíduos emitem mau cheiro, causando mal-estar nos trabalhadores, 
principalmente nos que trabalham nos setores de coleta, reciclagem, manuseio e 
transporte desses resíduos. Ruídos elevados também podem ocasionar perda da audição, 
dores de cabeça, hipertensão e tensões nervosas. A poeira é um agente comum que 
pode trazer problemas respiratórios aos trabalhadores que mexem com lixo e até mesmo 
problemas pulmonares. Em alguns casos, a vibração que o veículo de coleta emite pode 
desencadear lombalgias, dores no corpo e até mesmo estresse.
Existe uma variedade de produtos químicos presentes no lixo, onde os mais comuns 
são: baterias e pilhas, pesticidas/herbicidas, cosméticos, aerossóis, produtos de limpeza, 
óleos e graxas. A classificação desses é de grande risco e perigosos, podendo causar 
danos à saúde humana e também ao ambiente. Alguns metais, como cádmio, mercúrio 
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Toxicologia e Saneamento Básico
e chumbo, possuem efeito acumulativo e, com isso, provocam distúrbios no sistema 
nervoso e outras doenças. Intoxicações agudas e efeitos crônicos podem ser causados 
no ser humano por conta dos pesticidas e herbicidas – pois são neurotóxicos.
Muitos microrganismos que causam doenças são encontrados no lixo, por conta 
dos curativos, papéis, fraldas descartáveis, preservativos, seringas e outros resíduos, 
entre os quais lixos hospitalares e domiciliares. Esses merecem ser destacados, pois 
causam doenças intestinais, hepatites, vírus causadores da Aids, entre outras doenças. 
Deve-se também salientar os microrganismos que são responsáveis pelas doenças de 
pele e micoses, os quais também são encontrados no lixo (FERREIRA; ANJOS, 2001). 
Desidratação, lesões na pele, irritação, coceiras em longo prazo também podem ser 
causadas pela exposição prolongada ao Sol (BAHIA, 2005).
Os produtos que são utilizados para o tratamento da água, como o cloro gasoso, 
podem também causar problemas às vias respiratórias, sendo que o cloro líquido utilizado 
pode provocar danos como lesão ocular quando existem respingos, além de algumas 
alterações cutâneas, tais como bolhas e irritações (BRASIL, 2002b).
Vários acidentes do trabalho podem ocorrer por conta dos tipos de funções que os 
profissionais realizam. Os acidentes com mais frequência são com os trabalhadores que 
exercem atividades de saneamento ambiental, conforme descrito abaixo (FERREIRA; 
ANJOS, 2001; SILVEIRA; ROBAZZI; LUIS, 1998):
• Corte com vidro: é o tipo de acidente mais frequente, uma vez que as pessoas não 
se preocupam em como guardar os pedaços de vidro para poder colocá-los para a 
retirada na coleta domiciliar, sendo necessária uma conscientização e educação da 
população, a fim de que comecem a se preocupar com esse problema. É necessário 
que exista uma adoção obrigatória de sacos de lixo para que os resíduos possam ser 
bem acomodados e assim melhorar a qualidade dos serviços urbanos de limpeza,diminuindo os riscos e protegendo os trabalhadores. É fundamental que os traba-
lhadores usem os equipamentos de proteção, tais como luvas, a fim de que evitem 
acidentes que possam atingir as mãos, os braços e até mesmo as pernas, mesmo 
que esse uso apenas atenua – mas não impeça de que tais acidentes aconteçam;
• Perfuração e/ou corte causado por objeto pontiagudo: no lixo são encontrados 
diversos materiais pontiagudos que podem causar cortes e perfurações, entre os 
quais: agulhas, seringas, espinhos, facas, espetos, entre outros. Provocam acidentes 
corriqueiros que envolvem os trabalhadores, assemelhando-se às consequências do 
item anterior;
• Queda do veículo: o número de quedas dos trabalhadores do sistema de limpeza 
urbana e também da varrição de ruas aumenta a cada dia, por conta de os veículos 
utilizados serem os mesmos que carregam os resíduos. Com isso, as quedas dos 
veículos se tornaram comuns. As causas dessas quedas podem ser relacionadas ao 
tipo de veículo ser inadequado, onde os trabalhadores são transportados pendurados 
no estribo traseiro e também por estarem sem equipamentos de proteção. Nos países 
desenvolvidos, esse serviço é feito com apenas dois trabalhadores por transporte, 
onde os mesmos viajam dentro da cabine, de modo que correm menos riscos;
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• Atropelamento: este tipo de acidente pode ocorrer em todos os setores de coleta 
domiciliar, varrição de rua e também transferência e destinação final dos resíduos. 
Estando os caminhões com grande carga de peso e dependendo de sua velocidade, 
podem também agravar os casos de atropelamento. Devemos ainda considerar a 
falta de respeito de muitos motoristas que não seguem os limites estabelecidos de 
velocidade. Outro ponto são os uniformes inadequados que deveriam ser roupas 
mais visíveis, antiderrapantes e até mesmo mais resistentes. Tudo isso acaba 
agravando ainda mais os riscos e as probabilidades de acidentes;
• Outros: tratam-se de riscos como escorregões, quedas, perdas de membros, feri-
mentos leves ou pesados, prensagem nos equipamentos que servem para compac-
tação, mordidas de animais como ratos, cachorros e até mesmo picadas de insetos, 
como abelhas e formigas, tornam-se também acidentes de trabalho.
Medidas de Proteção e Eliminação de Riscos Coletivos
As doenças e os acidentes de trabalho são causados por riscos existentes nesses 
ambientes, portanto, o ideal é que sejam identificadas e, com isso, adotadas medidas de 
proteção que possam prevenir que tais acidentes ocorram, com o objetivo de proteger 
a integridade física dos trabalhadores. Torna-se necessário que essas medidas sejam 
acompanhadas de treinamentos e procedimentos para que todos possam estar cientes 
dos riscos que correm e como podem ajudar a eliminar essas ocorrências.
Alguns exemplos de medidas de proteção coletiva que podem ser utilizados para 
minimizar os riscos são:
• Compra de novos veículos para que se diminua os ruídos causados pela sobrecarga;
• Colocar amortecedores de impacto em estribos dos veículos que são utilizados para 
a coleta de lixo, fazendo com que as vibrações sejam reduzidas;
• Conscientizar a população para que comece a acondicionar melhor o lixo, quem 
sabe até mesmo criando programas públicos que possam estimular a coleta seletiva, 
reduzindo, assim, os riscos de cortes, perfurações e acidentes;
• Diminuir a poeira nas ruas, umidificando-as para que possam ser varridas;
• Montar um cronograma de coleta, nos horários com menor fluxo de veículos, 
diminuindo, assim, os atropelamentos, exposição aos ruídos e congestionamentos.
Doenças Causadas pela Falta de Saneamento Básico
Podemos encontrar os parasitas em dois locais: dentro de seus hospedeiros ou no 
meio ambiente.
Dentro de seus hospedeiros estão acomodados da melhor maneira, pois lá possuem 
a temperatura ideal, umidade adequada e alimento em abundância. Uma vez expostos 
ao meio ambiente, ficam ameaçados e morrem facilmente, por conta da luz forte, do 
oxigênio, do calor e também por não conseguirem se alimentar. Para que não morram, é 
necessário que o tempo que passam fora do hospedeiro seja apenas para que consigam 
encontrar outro hospedeiro, continuando, assim, seu ciclo de vida.
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O portador desses parasitas normalmente se livra dos quais ao excretar, ou seja, 
junto às fezes e urinas, ou até mesmo catarros. Ao serem eliminados, juntam-se a outros 
microrganismos que já estão livres no ar, na água e no solo. Portanto, uma pessoa sadia 
pode ingerir alimentos, água e outras matérias contaminadas, ao andar descalça ou ter 
contato direto com a terra que contenha excretas.
Os parasitas são chamados de vetores, pois são disseminados por insetos como 
moscas, baratas, mosquitos e pulgas. A transmissão da doença ocorre muitas vezes 
quando uma pessoa sadia é picada por um inseto que anteriormente picou uma pessoa 
doente e contaminada por parasitas. Os microrganismos são os principais causadores 
das doenças no ser humano, pois são de tamanhos microscópicos, portanto, mais difíceis 
de serem encontrados. Podemos dividir os microrganismos em grupos: vírus, bactérias, 
protozoários e helmintos – podendo ter dimensões maiores, como as lombrigas.
Assim, é de interesse do profissional de Engenharia Sanitária, Ambiental e de 
Segurança do Trabalho conhecer as formas de transmissão, as medidas preventivas, as 
doenças que estão relacionadas à água, às fezes e até mesmo ao lixo.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Saneamento Básico e sua Relação com o Meio Ambiente e a Saúde Pública
https://goo.gl/WRavch
Noções Básicas de Toxicologia Ocupacional
https://goo.gl/74WH0G
O Princípio da Precaução no Uso de Indicadores de Riscos Químicos Ambientais 
em Saúde do Trabalhador
https://goo.gl/8SnAN4
Trabalho Rural e Saúde: Intoxicações por Agrotóxicos no Município de Teresópolis, RJ
https://goo.gl/Z0WYhM
A Saúde do Trabalhador e a Toxicologia
https://goo.gl/L6rXwj
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UNIDADE 
Toxicologia e Saneamento Básico
Referências
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saneamento básico; altera as leis n.º 6.766, de 19 de dezembro de 1979, n.º 8.036, de 
11 de maio de 1990, n.º 8.666, de 21 de junho de 1993, n.º 8.987, de 13 de fevereiro 
de 1995; Revoga a Lei n.º 6.528, de 11 de maio de 1978, e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 8 jan. 2007. (Retificado na mesma publicação, 
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out. 2001.
________. Portaria n.º 26. Dá nova redação à Norma Regulamentadora (NR) 9 – 
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