Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui O Ambiente e as Doenças do Trabalho Toxicologia e Saneamento Básico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Uerley Magalhães Franchi Revisão Textual: Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • Introdução ao Tema • Leitura Obrigatória • Material Complementar Fonte: iStock/Getty Im ages Objetivos • Identificar, estudar e evidenciar os agentes tóxicos que causam danos aos organismos vivos e como atuam. Caro Aluno(a)! Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Toxicologia e Saneamento Básico UNIDADE Toxicologia e Saneamento Básico Introdução ao Tema Desde o início da civilização, já eram utilizados produtos químicos em acessórios, armas, ferramentas e tintas que eram usadas pelos pré-históricos, portanto, a relação entre os sistemas biológicos e os produtos químicos é historicamente comprovada. Com o decorrer dos anos, mais precisamente após a Revolução Industrial – no século XIX –, a utilização desses produtos teve um aumento significativo. Levando em consideração o grande volume dessas substâncias que causam efeitos tó- xicos, foi aprimorado o estudo das quais, denominado toxicologia, que se tornou estudo de muita importância, uma vez que visa os cuidados e proteção à saúde das pessoas em relação aos danos que os produtos químicos com efeitos tóxicos podem causar. Segundo estudos, atualmente as substâncias químicas são mais de onze milhões e cerca de oitenta mil estão presentes em comércios, indústrias e até mesmo em nossas residências. No Brasil, segundo índices apontados pela Organização Mundial da Saúde, a cada dia doze brasileiros morrem em razão do contato com substâncias tóxicas. Nosso organismo, mesmo absorvendo essas substâncias, possui a capacidade de transformar e excretar – contudo, se a absorção for maior do que a capacidade do organismo, pode haver grandes danos ao indivíduo. Assim, é de grande importância o conhecimento das substâncias tóxicas, a biotransformação desses produtos e a análise de toxidade, a fim de que se possa proteger e prevenir os organismos vivos. Portanto, resume-se toxicologia como o estudo que nos ajuda a detectar e entender as substâncias com efeito nocivo e como interagem com os seres vivos, trazendo ava- liação de risco, estabelecendo medidas preventivas e protegendo o agente em relação às intoxicações. 6 7 Leitura Obrigatória Introdução A Ciência usada para estudar os efeitos nocivos à interação das substâncias tóxicas relacionadas ao organismo, tais como prevenir, identificar e tratar essa intoxicação é a toxicologia. Diversas áreas, com seus conhecimentos e profissionais, compõem a toxico- logia, entre as quais a toxicologia ocupacional, clínica, veterinária, alimentícia, analítica, genética, forense, farmacológica, química e diversas outras (CHASIN; LIMA, 2010). Toxicologia ocupacional: esta área tem por objetivo prevenir danos causados à saúde do trabalhador, identificando e quantificando as substâncias químicas que podem ser encontradas nos ambientes de trabalho e também os riscos que podem apresentar. Esses agentes químicos tóxicos podem estar nas matérias-primas com que são feitos produtos, sejam intermediários ou os que saem para as prateleiras para serem vendidos. Portanto, é necessário estudá-los quanto a seus aspectos físico-químicos, como esses agentes reagem e são introduzidos nos organismos e ambientes, os indicadores biológicos quanto à exposição, como ocorre a intoxicação, os prazos e até mesmo a tolerância no sistema biológico e na atmosfera. Na toxicologia ocupacional existem três etapas que podem ser alcançadas e que são de papel fundamental: • Reconhecimento: a identificação da presença do agente químico no local de trabalho e também nos produtos industriais é feita através da análise da metodologia utilizada para a realização dos trabalhos, como funcionam as operações e processos, nas matérias-primas e também nos produtos prontos, ou até mesmo nos produtos secundários que são desenvolvidos. Busca-se caracterizar as propriedades toxicológicas do agente químico e suas propriedades; • Avaliação: é feita por medições laboratoriais ou instrumentais das substâncias químicas identificadas, com os resultados das amostras é feita a comparação dos limites de tolerância nos sistemas biológico e ambiental. Nesta etapa também se considera como fator importante para verificação o número de trabalhadores que ficam expostos, a delimitação da área, o ritmo de trabalho, o tempo dessa jornada, o ambiente e seus aspectos físicos e químicos e os fatores que interferem. A partir dos resultados obtidos, é definida a necessidade de partir para a terceira etapa; • Controle: tem por objetivo diminuir ou acabar com a exposição entre a substância tóxica e o trabalhador. São realizadas medidas técnicas e administrativas para limitar o uso de produtos, diminuir o tempo que os trabalhadores ficam expostos e o número desses profissionais. Além disso, são formadas comissões técnicas que garantem a realização desse controle e também desenvolvem medidas eficazes, disciplinando o uso de equipamentos de segurança e proteção individual, realizando melhorias no ambiente – como as condições de ventilação – e treinando os trabalhadores para que se disciplinem e combatam os danos que podem ser causados pelos próprios. 7 UNIDADE Toxicologia e Saneamento Básico Essas etapas são fundamentais para que os parâmetros de exposição sejam estabe- lecidos para os organismos dos trabalhadores e também para o ambiente de trabalho. Todas as atividades onde os limites são maiores do que o permitido se tornam e podem ser consideradas trabalhos insalubres. • Limite de Tolerância (LT): este limite é imposto através da limitação da concentração máxima que é permitida de uma substância tóxica dentro do ambiente de trabalho, sem que esta apresente danos à saúde dos trabalhadores. Esses limites visam apenas à penetração via nasal, não considerando as outras vias de penetração. Sendo esses limites insatisfatórios à monitorização da saúde, considera-se que a absorção pode acontecer por outras vias e também pode ocorrer por hábitos individuais. O apropriado é que exista a monitorização do ambiente para contemplar os dados obtidos, estabelecendo limites biológicos para identificar diferenças individuais; • Limite de Tolerância Biológica (LTB): este limite é o que define a quantidade má- xima do agente ou de seu produto de biotransformação, encontrado no ar exalado, no sangue ou até mesmo na urina. Consideram-se também as alterações fisiológicas e bioquímicas que ocorrem a partir da exposição a algum agente tóxico, antes de aparecerem sinais clínicos de intoxicação que, muitas vezes, tornam-se irreversíveis. Agente Tóxico, Intoxicação e Xenobiótico Xenobióticos são as substâncias sem valor nutritivoe desconhecidas aos organismos, as que são capazes de causar certos danos ao organismo, podendo até mesmo alterar funções e levar à morte – de acordo com a exposição, são denominados agentes tóxicos. As ações causadas por esses agentes tóxicos estão ligadas diretamente à proporção de suas concentrações no ar e ao tempo que os organismos ficam expostos aos quais. Essa proporcionalidade pode variar de acordo com o estágio de desenvolvimento do organismo e seu estado de funcionamento. A intoxicação é formada por sinais e sintomas que são causados por substâncias tóxicas (BUSCHINELLI; KATO, 2011). Os trabalhadores correm riscos pelo fato de existirem agentes físicos, químicos ou biológicos no ambiente de trabalho, mas não quer dizer necessariamente que todos contrairão doenças no trabalho. Riscos de Toxicidade A capacidade de o agente tóxico causar efeitos nocivos aos seres vivos, seja inerente ou potencial, é chamada de toxicidade. Esse efeito tóxico pode ser considerado proporcional à quantidade concentrada do agente tóxico no tecido-alvo. A ação tóxica é como o agente tóxico trabalha nas estruturas teciduais. Pela medida da DL 50 é avaliado o grau de toxicidade da substância, esse DL 50 é a dose de um agente tóxico, obtida de forma estatística, podendo causar a morte de até 50% da população estudada – ou seja, quanto menor a DL 50, mais tóxico será. Dentro do conceito de toxicidade, podemos vincular também o sentido de risco tóxico. Tratam-se das chances que a substância tem de causar efeitos adversos previsíveis, de acordo com suas condições específicas de uso. Quando fracionada a dose total, é 8 9 reduzida a probabilidade desse agente causar danos. Isso ocorre porque dá tempo de o organismo reparar os danos causados e neutralizar as doses subtóxicas se estas forem aplicadas com intervalos. Outra forma que pode acontecer é quando, dependendo do caso, uma dose grande é recebida de uma única vez, podendo ser controlada se administrada em pouco tempo. Um exemplo é a estricnina: se se ingerir 30 mg desse agente de uma única vez, pode causar a morte de um adulto; mas se se tratarem de 3 mg por dia – durante dez dias –, pode não causar o óbito (LEITE; AMORIM, 2003). As substâncias mais tóxicas podem não ser as que possuem o maior risco, tudo depende das condições de exposição e como será o contato com essa substância. Neste caso, é correto afirmar que podemos encontrar substâncias de baixa toxicidade e alto risco, ou de toxicidade alta e baixo risco. A frequência de exposição, a via de administração da substância e a duração dessa exposição são fatores que influenciam diretamente a toxicidade da substância em questão. Assim, é de grande importância que sejam conhecidos os efeitos que essa exposição pode causar e também a dose que é necessária para que os efeitos comecem a surgir, de modo que tudo o que tiver de informação é de muita importância (LEITE; AMORIM, 2003). Caso o indivíduo seja exposto a várias substâncias, isso pode alterar diversos fatores – metabolização, excreção, ligação proteica e absorção –, as quais poderia sofrer separadamente. Portanto, os tóxicos combinados podem apresentar maior ou menor intensidade à soma dos efeitos que poderiam causar individualmente. Podendo ter: • Efeito aditivo: o resultado deve ser igual à soma dos efeitos de cada um dos agentes que foram ingeridos; • Efeito sinérgico: o resultado deve ser maior que a soma dos efeitos que esses agentes devem ter se separados; • Potencialização: é quando o resultado aumenta com a combinação entre os agentes; • Antagonismo: é quando o resultado diminui, é inativado ou eliminado quando combinando a outros agentes; • Reação idiossincrática: é quando ocorrem anormalidades, coisas fora dos padrões em relação a esses agentes tóxicos, como quando mesmo com doses pequenas que não causariam dano algum, estes danos ocorrem, ou até mesmo quando a tolerância se torna bem mais alta do que o estimado; • Reação alérgica: é quando o organismo se sensibiliza de forma adversa após o contato com o agente tóxico. Ao incorporar uma substância pela primeira vez, o organismo produz anticorpos, os quais vão se concentrando no organismo afetado – quando se manifestam próximos a infecções, provocam reações alérgicas. Classificações por tempo de exposição: • Intoxicação aguda: ao se ter contato uma única vez ou várias vezes, causando efeito cumulativo no período de 24 horas. Tais efeitos vão surgindo no decorrer de alguns dias, dando-se no máximo em duas semanas ou até mesmo imediatamente; 9 UNIDADE Toxicologia e Saneamento Básico • Intoxicação subcrônica ou sobreaguda: tais exposições ocorrem repetidas vezes: se em um período menor ou igual há um mês, será sobreaguda; caso o período seja de um a três meses, tratar-se-á como subcrônica; • Intoxicação crônica: este efeito se torna crônico quando as doses se tornam cumulativas por um período extenso – que normalmente é maior que três meses, ultrapassando até mesmo anos. Classificações por severidade: • Leves: desaparecem rapidamente e são reversíveis, após o fim da exposição; • Moderadas: quando não causam danos e os distúrbios são reversíveis; • Severas: quando as lesões são graves e severas, sendo irreversíveis e podendo causar até a morte. Classificações por EPA: • Local aguda: efeitos causados através de exposição entre segundos e horas, lesio- nando a pele, olhos e membranas mucosas; • Sistêmica aguda: quando as substâncias são absorvidas por diferentes vias e cau- sam efeitos em diversos sistemas orgânicos, sendo a exposição provocada por se- gundos ou até horas; • Local crônica: danos causados nos olhos e também na pele por conta de exposição contínua e por bastante tempo; • Sistêmica crônica: quando a exposição ocorre por muitas vezes ou por várias vias, por um período extenso, causando, assim, danos nos sistemas orgânicos. Outras classificações: • Desconhecida: quando não se dispõe de dados toxicológicos suficientes sobre as substâncias; • Imediata: após uma única exposição já se vê os efeitos causados; • Retardada: o efeito só acontece significativo tempo depois da latente. Classificação dada para carcinogenicidade pela International Agency for Research on Cancer (Iarc) – a classificação se dá conforme a constatação de carcinogenicidade: • Grupo 1: agente cancerígeno ou carcinogênico para os humanos (se constatadas evidências suficientes para causar carcinogenicidade); • Grupo 2A: agente provavelmente cancerígeno ou carcinogênico para os humanos (se constatadas evidências limitadas para causar carcinogenicidade em humanos; já no caso dos animais as evidências são suficientes); • Grupo 2B: agente com probabilidades cancerígenas ou carcinogênicas para os humanos (se constatadas evidências inadequadas para causar carcinogenicidade em humanos, mas nos animais é mais que suficiente; ou então evidências limitadas para os seres humanos e insuficientes para os animais); 10 11 • Grupo 3: não se pode considerar o agente como cancerígeno ou carcinogênico; • Grupo 4: cujo agente não é provavelmente cancerígeno ou carcinogênico para os humanos e algumas evidências indicam que também não o é aos animais. Intoxicação Para o processo patológico que é causado por substâncias exógenas ou endógenas, que causam desequilíbrio fisiológico e também alterações bioquímicas no organismo, chamamos de intoxicação, que é detectada por sinais, sintomas ou até mesmo após testes laboratoriais. Podemos desdobrar tudo isso em quatro fases: exposição toxicodinâmica, toxicocinética e clínica (MORAES; SZNELWAR; FERNICOLA, 1991). • Exposição: é quando o agente toxicante entra em contato com as superfícies interna e externa do organismo. Pontos importantes a serem considerados nesta etapa são o tempo e a quantidade de dias que acontece essa exposição, as viasintrodutórias, as propriedades físico-químicas e também a quantidade concentrada de xenobiótico, sem se esquecer da suscetibilidade de cada indivíduo; • Toxicocinética: esta etapa é relacionada aos processos que compõem a relação entre a concentração das substâncias nos tecidos dos organismos com a disponibilidade química. Nesta fase podem ser analisados os ciclos desse agente durante seu processo, como a absorção, armazenamento, a distribuição, a biotransformação e até mesmo a excreção dessas substâncias químicas. É através das características físico-químicas de cada toxicante que podemos determinar o grau de acesso que têm nos órgãos-alvos, portanto, pode-se determinar a velocidade com que são eliminados no organismo; • Toxicodinâmica: neste momento é possível compreender a interação que as moléculas do toxicante têm com seus sítios de ação e a alteração de equilíbrio homeostático causada nos órgãos, específicos ou não; • Clínica: nesta fase podem ser constatadas as evidências de sintomas e sinais, as alterações patológicas que se podem diagnosticar, os efeitos nocivos que podem ser provocados quando o toxicante entra no organismo. Como existe escassez em relação às informações toxicológicas de muitas substâncias químicas que estão presentes na utilização das indústrias, é comum que muitas assumam características de outras que possuem químicas próximas, portanto, terão as propriedades tóxicas parecidas. Contudo, não se pode dizer que seja uma verdade universal; na realidade, é até mesmo limitada em relação ao número de substâncias que existem. Ao serem absorvidos pelo corpo, muitos componentes químicos sofrem alterações e uma porção de mudanças – desintoxicação – até chegarem a ser excretados pelo organismo. Com isso, podemos obter produtos intermediários, por conta de toda essa mudança em sua estrutura química e diferenças que podem ser pequenas, mas que chegam a resultar em produtos totalmente diferentes. O benzeno e o tolueno ilustram bem esse conceito: são componentes químicos muito próximos, mas metabolicamente são bem distintos, de modo que cada grau de toxicidade não é nada similar entre si. Portanto, essa toxicologia analógica é bem arriscada e perigosa, podendo até ser enganosa. 11 UNIDADE Toxicologia e Saneamento Básico Toxicocinética Toxicocinética é a ação que o organismo tem sobre o agente tóxico, onde diminui ou impede que exista uma ação nociva desse componente. O resultado é a quantidade toxicante que se tem para interagir com o sítio-alvo e com isso exercer a função tóxica. Os passos da toxicocinética são: absorção, distribuição no organismo e sua biotransformação e, por fim, excreção do componente. É a movimentação da substância tóxica desde que entra no organismo até a sua saída e o que causa dentro do qual. A melhor definição de absorção nesse caso é quando o agente tóxico é introduzido no organismo e se encontra em seu meio interno, de onde vai para a circulação sistêmica. Tal absorção depende do agente químico e da membrana celular, podendo ser ingerido pelas vias respiratórias, pelo trato gastrointestinal ou via dérmica. A pele é um órgão composto por diversas camadas e que corresponde a 10% do peso do corpo. É uma barreira efetiva que impede a penetração de substâncias químicas exógenas; mesmo assim, em alguns casos os xenobióticos sofrem absorção cutânea, que depende de propriedades físico-químicas dos agentes, além de fisiológicas – da pele – para acontecer. A pele é composta por duas camadas: a derme, que é formada por um tecido conjuntivo onde se localizam os vasos sanguíneos, glândulas sebáceas, sudoríparas, nervos e folículos pilosos; e a epiderme, que é a camada externa da pele. Alguns desses elementos permitem que essa camada interna tenha contato com o lado externo. As células epidérmicas e folículos pilosos podem, muitas vezes, causar a absorção desses agentes químicos. É importante lembrar que o mais comum é que a “porta de entrada” das intoxicações seja a via dérmica. Afinal, tal contaminação ocorre pelo contato das mãos, do pescoço, braços, face, couro cabeludo etc., uma vez que se absorve por meio de roupas contaminadas, névoa de pulverização e até mesmo respingos. Além desses fatores, temos o tempo de exposição, a temperatura do corpo e do ambiente, a volatilidade, o tamanho da molécula e hidro e lipossolibilidade. Os efeitos do agente tóxico na pele podem ser dois: tópicos, quando são mutação, corrosão e sensibilização; sistêmicos, quando resultam em ação toxicante em outros tecidos que estão mais distantes. Para a toxicologia ocupacional é de muita importância a via respiratória, pois muitas das intoxicações ocupacionais ocorrem pela aspiração de substâncias que estão presentes no ar. Segundo Ribeiro (2012), a superfície pulmonar mede aproximadamente 90 m² e a alveolar, de 50 a 100 m². Os pulmões podem absorver rapidamente os agentes químicos, pois é contínuo o fluxo sanguíneo e o mesmo exerce uma boa ação de dissolução. Os gases e vapores são facilmente absorvidos pelos pulmões e também os aerodispersoides. Podem ser absorvidas tanto pelos alvéolos quanto pelas vias aéreas superiores. 12 13 Quando os agentes ficam presos nas vias aéreas superiores, podemos dizer que estão ligados ao tamanho da partícula, hidrossolubilidade, temperatura e condensação. As par- tículas com um diâmetro maior que 30 µm acabam ficando presas nos locais mais fundos do trato respiratório. Ademais, podemos afirmar que quanto maior sua solubilidade na água, maior será a probabilidade de ficar presa nesse local (TORLONI; VIEIRA, 2003). Referentemente aos alvéolos, podemos dizer que duas fases estão ligadas entre si: uma líquida, que é o sangue; outra gasosa, formada pelo ar alveolar. O sangue possui dois comportamentos distintos quando está em contato com um gás ou vapor. Pode dis- solver o agente tóxico – neste caso ocorre uma dissolução – ou combinar seus elementos químicos, ocorrendo uma reação química, sendo que as partículas que não foram remo- vidas ou absorvidas ficam presentes nos alvéolos, podendo ficar presas nessa região e causar pneumoconioses (TORLONI; VIEIRA, 2003). Nessa etapa, pode ainda ocorrer sinergismo, potenciação, interações de adição e antagonismo entre as substâncias – au- mentando ou diminuindo os efeitos tóxicos dessas interações. • Adição: é quando o efeito causado pelos componentes tóxicos é igual à soma dos efeitos que poderiam ser provocados pelos agentes individualmente; • Sinergismo: é quando o efeito causado pelos compostos juntos se torna maior do que a soma desses efeitos dos agentes individualmente; • Potenciação: é quando um agente aumenta a toxicidade de outro agente quando estão em contato, mesmo que seja desprovido; • Antagonismo: é quando os agentes combinados são diminuídos, inativados ou até mesmo eliminados. A formação de tumores é um exemplo de toxicodinâmica: pode causar modificações no DNA ou atacar as moléculas ou produtos de biotransformação, os quais atuam como agentes alquilantes ou arilantes, modificando a estrutura e causando mutações – mutagênese. Muitas vezes essas mutações são hereditárias – quando ocorrem nos gametas –, fazendo com que gerações futuras possam ser afetadas. Além disso, podem ocorrer as mutações somáticas que vão tomando conta de outras células do organismo, trazendo, assim, os tumores malignos ou benignos. Saneamento Básico O saneamento básico tem por objetivo criar medidas que servem para a conservação e preservação do meio ambiente, modificando-o quando necessário, com o objetivo de combater doenças que trazem prejuízos à saúde humana. Não podemos restringir o sane- amento básico apenas aos cuidados e abastecimento de água e ao tratamento e disposi- ção de esgotos, mas devemos incluir nesse grupo outras categorias, tais como: lixo urba- no, sua distribuição e eliminação;cuidados e controle dos animais e insetos; saneamento de áreas públicas, como hospitais, escolas, praças e outros espaços de uso coletivo. 13 UNIDADE Toxicologia e Saneamento Básico Os objetivos das atividades que são relacionadas às de saneamento são: prevenir e controlar as doenças; garantir a melhoria contínua da qualidade de vida das pessoas; aumentar a produtividade das pessoas – individual e coletivamente –; facilitar a atividade econômica do País. Rede de Abastecimento de Água Chamamos de água potável aquela própria para o consumo humano. Existem padrões que identificam essa água potável, por exemplo, o de potabilidade, que aponta se a água contém substâncias inadequadas, devendo ser tratada para que o uso da população seja possível – caso contrário, é considerada poluída. Substâncias como compostos nitrogenados, cloretos ou oxigênio consumido indicam essa poluição. O abastecimento de água é feito de forma coletiva, exceto em comunidades rurais mais afastadas. Partes desses sistemas de abastecimento público são: mananciais, captação, adução, tratamento, preservação, reservatório de montante ou jusante e distribuição. Tais redes de abastecimento seguem o princípio dos vasos comunicantes. Para o adequado consumo da população, essa água necessita de tratamento. Contudo, existem limitações nos métodos utilizados, por isso não se pode tratar o esgoto para que se torne a água desse potável. Podemos considerar os diversos métodos de se transformar a água, começando pela simples fervura até a correção de corrosão e dureza da mesma. Nas estações de tratamento existem várias fases para que este seja possível, onde são usados filtros, decantadores e até cloradores. Sistema de Esgoto Os despejos são todos os compostos que a população rejeita ou elimina em suas atividades diárias. O sistema de esgoto foi criado para que os dejetos humanos, os despejos e a água de abastecimento, esgoto e substâncias químicas fiquem longe da população. Com esse sis- tema consegue-se diminuir os gastos que seriam direcionados ao tratamento de água de abastecimento e também a cuidados com as doenças que são causadas pelo contato da população com esses dejetos e até mesmo para auxiliar no controle de poluição das áreas públicas. O esgoto pode ser dividido em: sanitário, pluvial, cru, fresco, séptico e combinado. Existem soluções que são utilizadas para que dejetos e esgoto sejam retirados, existindo a água encanada ou não. Ademais, sistemas de esgotos são divididos em três: • Unitário: com custo elevado para implantação e tratamento, trata-se da coleta dos esgotos pluviais, industriais e domésticos em um coletor único; • Separador: em todo o Brasil utiliza-se esse sistema, onde o esgoto pluvial fica em um lugar e os esgotos domésticos e industriais são alocados em outro. Tem um custo me- nor, dado que os esgotos nem sempre podem se misturar sem um prévio tratamento; • Misto: é o recebimento de águas pluviais junto do esgoto. 14 15 Podemos relacionar ao esgoto o consumo de água dos domicílios. O que diferencia a água do esgoto é a quantidade de microrganismos – muito maior no esgoto. Desde que seja permitida a oxidação do esgoto, o mesmo não precisa de tratamento. Quando isso não ocorre, é cuidado em uma estação de tratamento de esgoto. Outro processo utilizado é o das lagoas de oxidação. Disposição do Lixo Os resíduos sólidos que resultam das atividades humanas em conjunto são caracteri- zados como lixo, no qual encontramos substâncias putrescíveis, incombustíveis e tam- bém combustíveis. Podemos associar o problema do lixo em ordem psicológica: o efeito que a limpeza causa sobre as rotinas da população. Esse lixo precisa ter um acondicio- namento adequado para que a sua remoção possa ser mais fácil. A parte orgânica desse lixo é triturada e jogada nas redes de esgoto, tornando-se uma carga para o sistema de esgotos e facilitada na retirada do lixo. As partes orgânicas e inorgânicas do lixo são distribuídas de formas diferentes: as inorgânicas são recicladas, enquanto as orgânicas vão para a alimentação de porcos. Existe uma periodicidade regular, intervalos pequenos e também deve haver coletas noturnas para que o sistema funcione corretamente. O lugar adequado para o descarte de lixo seria um aterro sanitário ou até mesmo incinerando esse volume, mas ainda encontramos lixo descartado nos mares, em rios ou até mesmo em terrenos vazios a céu aberto. Tais resíduos podem passar por um processo indore, ao terem suas graxas e gorduras recuperadas e fermentadas. Doenças que são Causadas pela Falta de Saneamento Básico Temos mais de cem doenças que ocorrem por conta da ausência de saneamento bási- co, entre as quais: amebíase, pólio, herpes, lepra, sarampo, hepatite, bubônica, diarreia, cólera, malária, leptospirose, ebola, gripe, entre outras diversas. Algumas das principais doenças do trabalho podem ser causadas pelo saneamento ambiental: os resíduos emitem mau cheiro, causando mal-estar nos trabalhadores, principalmente nos que trabalham nos setores de coleta, reciclagem, manuseio e transporte desses resíduos. Ruídos elevados também podem ocasionar perda da audição, dores de cabeça, hipertensão e tensões nervosas. A poeira é um agente comum que pode trazer problemas respiratórios aos trabalhadores que mexem com lixo e até mesmo problemas pulmonares. Em alguns casos, a vibração que o veículo de coleta emite pode desencadear lombalgias, dores no corpo e até mesmo estresse. Existe uma variedade de produtos químicos presentes no lixo, onde os mais comuns são: baterias e pilhas, pesticidas/herbicidas, cosméticos, aerossóis, produtos de limpeza, óleos e graxas. A classificação desses é de grande risco e perigosos, podendo causar danos à saúde humana e também ao ambiente. Alguns metais, como cádmio, mercúrio 15 UNIDADE Toxicologia e Saneamento Básico e chumbo, possuem efeito acumulativo e, com isso, provocam distúrbios no sistema nervoso e outras doenças. Intoxicações agudas e efeitos crônicos podem ser causados no ser humano por conta dos pesticidas e herbicidas – pois são neurotóxicos. Muitos microrganismos que causam doenças são encontrados no lixo, por conta dos curativos, papéis, fraldas descartáveis, preservativos, seringas e outros resíduos, entre os quais lixos hospitalares e domiciliares. Esses merecem ser destacados, pois causam doenças intestinais, hepatites, vírus causadores da Aids, entre outras doenças. Deve-se também salientar os microrganismos que são responsáveis pelas doenças de pele e micoses, os quais também são encontrados no lixo (FERREIRA; ANJOS, 2001). Desidratação, lesões na pele, irritação, coceiras em longo prazo também podem ser causadas pela exposição prolongada ao Sol (BAHIA, 2005). Os produtos que são utilizados para o tratamento da água, como o cloro gasoso, podem também causar problemas às vias respiratórias, sendo que o cloro líquido utilizado pode provocar danos como lesão ocular quando existem respingos, além de algumas alterações cutâneas, tais como bolhas e irritações (BRASIL, 2002b). Vários acidentes do trabalho podem ocorrer por conta dos tipos de funções que os profissionais realizam. Os acidentes com mais frequência são com os trabalhadores que exercem atividades de saneamento ambiental, conforme descrito abaixo (FERREIRA; ANJOS, 2001; SILVEIRA; ROBAZZI; LUIS, 1998): • Corte com vidro: é o tipo de acidente mais frequente, uma vez que as pessoas não se preocupam em como guardar os pedaços de vidro para poder colocá-los para a retirada na coleta domiciliar, sendo necessária uma conscientização e educação da população, a fim de que comecem a se preocupar com esse problema. É necessário que exista uma adoção obrigatória de sacos de lixo para que os resíduos possam ser bem acomodados e assim melhorar a qualidade dos serviços urbanos de limpeza,diminuindo os riscos e protegendo os trabalhadores. É fundamental que os traba- lhadores usem os equipamentos de proteção, tais como luvas, a fim de que evitem acidentes que possam atingir as mãos, os braços e até mesmo as pernas, mesmo que esse uso apenas atenua – mas não impeça de que tais acidentes aconteçam; • Perfuração e/ou corte causado por objeto pontiagudo: no lixo são encontrados diversos materiais pontiagudos que podem causar cortes e perfurações, entre os quais: agulhas, seringas, espinhos, facas, espetos, entre outros. Provocam acidentes corriqueiros que envolvem os trabalhadores, assemelhando-se às consequências do item anterior; • Queda do veículo: o número de quedas dos trabalhadores do sistema de limpeza urbana e também da varrição de ruas aumenta a cada dia, por conta de os veículos utilizados serem os mesmos que carregam os resíduos. Com isso, as quedas dos veículos se tornaram comuns. As causas dessas quedas podem ser relacionadas ao tipo de veículo ser inadequado, onde os trabalhadores são transportados pendurados no estribo traseiro e também por estarem sem equipamentos de proteção. Nos países desenvolvidos, esse serviço é feito com apenas dois trabalhadores por transporte, onde os mesmos viajam dentro da cabine, de modo que correm menos riscos; 16 17 • Atropelamento: este tipo de acidente pode ocorrer em todos os setores de coleta domiciliar, varrição de rua e também transferência e destinação final dos resíduos. Estando os caminhões com grande carga de peso e dependendo de sua velocidade, podem também agravar os casos de atropelamento. Devemos ainda considerar a falta de respeito de muitos motoristas que não seguem os limites estabelecidos de velocidade. Outro ponto são os uniformes inadequados que deveriam ser roupas mais visíveis, antiderrapantes e até mesmo mais resistentes. Tudo isso acaba agravando ainda mais os riscos e as probabilidades de acidentes; • Outros: tratam-se de riscos como escorregões, quedas, perdas de membros, feri- mentos leves ou pesados, prensagem nos equipamentos que servem para compac- tação, mordidas de animais como ratos, cachorros e até mesmo picadas de insetos, como abelhas e formigas, tornam-se também acidentes de trabalho. Medidas de Proteção e Eliminação de Riscos Coletivos As doenças e os acidentes de trabalho são causados por riscos existentes nesses ambientes, portanto, o ideal é que sejam identificadas e, com isso, adotadas medidas de proteção que possam prevenir que tais acidentes ocorram, com o objetivo de proteger a integridade física dos trabalhadores. Torna-se necessário que essas medidas sejam acompanhadas de treinamentos e procedimentos para que todos possam estar cientes dos riscos que correm e como podem ajudar a eliminar essas ocorrências. Alguns exemplos de medidas de proteção coletiva que podem ser utilizados para minimizar os riscos são: • Compra de novos veículos para que se diminua os ruídos causados pela sobrecarga; • Colocar amortecedores de impacto em estribos dos veículos que são utilizados para a coleta de lixo, fazendo com que as vibrações sejam reduzidas; • Conscientizar a população para que comece a acondicionar melhor o lixo, quem sabe até mesmo criando programas públicos que possam estimular a coleta seletiva, reduzindo, assim, os riscos de cortes, perfurações e acidentes; • Diminuir a poeira nas ruas, umidificando-as para que possam ser varridas; • Montar um cronograma de coleta, nos horários com menor fluxo de veículos, diminuindo, assim, os atropelamentos, exposição aos ruídos e congestionamentos. Doenças Causadas pela Falta de Saneamento Básico Podemos encontrar os parasitas em dois locais: dentro de seus hospedeiros ou no meio ambiente. Dentro de seus hospedeiros estão acomodados da melhor maneira, pois lá possuem a temperatura ideal, umidade adequada e alimento em abundância. Uma vez expostos ao meio ambiente, ficam ameaçados e morrem facilmente, por conta da luz forte, do oxigênio, do calor e também por não conseguirem se alimentar. Para que não morram, é necessário que o tempo que passam fora do hospedeiro seja apenas para que consigam encontrar outro hospedeiro, continuando, assim, seu ciclo de vida. 17 UNIDADE Toxicologia e Saneamento Básico O portador desses parasitas normalmente se livra dos quais ao excretar, ou seja, junto às fezes e urinas, ou até mesmo catarros. Ao serem eliminados, juntam-se a outros microrganismos que já estão livres no ar, na água e no solo. Portanto, uma pessoa sadia pode ingerir alimentos, água e outras matérias contaminadas, ao andar descalça ou ter contato direto com a terra que contenha excretas. Os parasitas são chamados de vetores, pois são disseminados por insetos como moscas, baratas, mosquitos e pulgas. A transmissão da doença ocorre muitas vezes quando uma pessoa sadia é picada por um inseto que anteriormente picou uma pessoa doente e contaminada por parasitas. Os microrganismos são os principais causadores das doenças no ser humano, pois são de tamanhos microscópicos, portanto, mais difíceis de serem encontrados. Podemos dividir os microrganismos em grupos: vírus, bactérias, protozoários e helmintos – podendo ter dimensões maiores, como as lombrigas. Assim, é de interesse do profissional de Engenharia Sanitária, Ambiental e de Segurança do Trabalho conhecer as formas de transmissão, as medidas preventivas, as doenças que estão relacionadas à água, às fezes e até mesmo ao lixo. 18 19 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura Saneamento Básico e sua Relação com o Meio Ambiente e a Saúde Pública https://goo.gl/WRavch Noções Básicas de Toxicologia Ocupacional https://goo.gl/74WH0G O Princípio da Precaução no Uso de Indicadores de Riscos Químicos Ambientais em Saúde do Trabalhador https://goo.gl/8SnAN4 Trabalho Rural e Saúde: Intoxicações por Agrotóxicos no Município de Teresópolis, RJ https://goo.gl/Z0WYhM A Saúde do Trabalhador e a Toxicologia https://goo.gl/L6rXwj 19 UNIDADE Toxicologia e Saneamento Básico Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS. [2016?]. Disponível em: <http://www.abrelpe.org.br/index.cfm>. Acesso em: out. 2016. ________. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. 2007. Disponível em: <http:// www.abrelpe.org.br/panorama_2007.php>. Acesso em: out. 2016. ASSOCIAÇÃO PAULISTA DAS EMPRESAS DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS URBANOS. Disposição inadequada do lixo causa problemas sanitários e ambientais. [20--]. Disponível em: <http://www.apetres.org.br/residuos_ problemasanitario.htm>. Acesso em: out. 2016. BARROS, R. T. V. et al. Saneamento. Belo Horizonte, MG: Escola de Engenharia da UFMG, 1995. (Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios; 2). BINDER, M. C. P. I. M. de. Estudo de caso de dois acidentes do trabalho investigados com o método de árvore de causas. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 13, n. 4. p. 749-760, 1997. BRASIL. Lei n.º 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as leis n.º 6.766, de 19 de dezembro de 1979, n.º 8.036, de 11 de maio de 1990, n.º 8.666, de 21 de junho de 1993, n.º 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; Revoga a Lei n.º 6.528, de 11 de maio de 1978, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 8 jan. 2007. (Retificado na mesma publicação, em: 11 jan. 2007). ________. Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento. 3. ed. rev. Brasília, DF, 2006. Disponível em: <http://www.funasa.gov.br/internet/arquivos/biblioteca/ eng/eng_saneam.pdf>. Acesso em: out. 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Cadernos de Atenção Básica – saúde do trabalhador. v. 5. Brasília, DF, 2002b. ________. Portaria n.º 26. Dá novaredação à Norma Regulamentadora (NR) 6 – equipamento de proteção individual. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 out. 2001. ________. Portaria n.º 26. Dá nova redação à Norma Regulamentadora (NR) 9 – programa de prevenção de riscos ambientais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 fev. 1995. ________. Secretaria de Inspeção do Trabalho. Manual de procedimentos para auditoria no setor de saneamento básico. Brasília, DF, 2002a. BUSCHINELLI, J. T.; KATO, M. Manual para interpretação de informações sobre substâncias químicas. São Paulo: Fundacentro, 2011. 20 21 CAIRNCROSS, S. Aspectos de saúde nos sistemas de saneamento básico. Engenharia Sanitária, Rio de Janeiro, v. 23, n. 4, p. 334-338, 1984. CARDOSO, L. M. N. Legislação sobre o uso do benzeno nos laboratórios. Campi- nas, SP: Unicamp, 2011. Disponível em: <http://foruns.bc.unicamp.br/Arquivos%20 Bibioteca%20Virtual/Palestras/Forum%2003%2005%202011/Uso%20de%20ben- zeno%20em%20laborat%C3%B3rios%20unicamp%202011.pdf>. Acesso em: 20 maio 2013. CARDOSO, M. L. Metais pesados. 2008. Disponível em: <http://www.infoescola. com/quimica/metais-pesados>. Acesso em: 12 abr. 2013. CAVINATTO, V. M. Saneamento básico: fonte de saúde e bem-estar. São Paulo: Moderna, 1992. CHASIN, A. A. M.; LIMA, I. V. Toxicologia para químicos – minicursos CRQ-IV. 2010. Disponível em: <http://www.crq4.org.br/sms/files/file/toxicologia_mini2010. pdf>. Acesso em: 15 abr. 2013. COSTA, L. C. A.; ROHLFS, D. B. O mercúrio e suas consequências para a saúde. 2010 (Pós-Graduação em Biociências Forenses) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2010. Disponível em: <http://www.cpgls.ucg.br/ArquivosUpload/1/File/V%20 MOSTRA%20DE%20PRODUO%20CIENTIFICA/SAUDE/70.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2013. CVJETANOVIC, B. Health effects and impact of water supply and sanitation. World Health Statistics Quarterly, v. 39, p. 105-117, 1986. EIGENHEER, E. M. São Francisco/Niterói. In: ______. (Org.). Coleta seletiva de lixo: experiências brasileiras. v. 4. Niterói, RJ: [s.n.], 2003. p. 13-18. FERREIRA, A. S.; MENDES, A.; CRUZ, C. Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP). 2008. Trabalho da Disciplina de Toxicologia Mecanística (Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas) - Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2008. Disponível em: <http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ ano0708/g8_hap/index.html>. Acesso em: 20 maio 2013. FERREIRA, J. A.; ANJOS, L. A. dos. Aspectos de saúde coletiva e ocupacional associados à gestão dos resíduos sólidos municipais. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 17, n. 3, p. 689-696, 2001. GOUVEIA, R. O que é um sensor de sulfeto de hidrogênio. Mecânica Industrial, mar. 2012. Disponível em: <http://www.mecanicaindustrial.com.br/conteudo/242-o-que- e-um-sensor-de-sulfeto-de-hidrogenio>. Acesso em: 18 maio 2013. GUIMARÃES, A. J. A.; CARVALHO, D. F. de; SILVA, L. D. B. da. Saneamento básico. [20--]. Disponível em: <http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/ APOSTILA/Apostila%20IT%20179/Cap%201.pdf>. Acesso em: out. 2016. 21 UNIDADE Toxicologia e Saneamento Básico INSTITUTFÜR ARBEITSSCHUTZ DER DEUTSCHEN GESETZLICHEN UNFALLVERSICHERUNG. Gestis substance database. [20--]. Disponível em: <http:// gestis-en.itrust.de/nxt/gateway.dll/gestis_en/041400.xml?f=templates$fn=default. htm$3.0>. Acesso em: 12 ago. 2013. KLAASSEN, C. D.; WATKINS III, I. B. Fundamentos em toxicologia. Porto Alegre, RS: AMGH, 2012. LEAL, F. C. T. Juiz de Fora: sistemas de saneamento ambiental. 2008. Monografia (Especialização em Análise Ambiental) - Departamento de Hidráulica e Saneamento da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, MG, 2008. (Notas de aula). LEITE, L. A. C. Fundamentos de toxicologia. 2011. Disponível em: <http://www. saude.es.gov.br/download/Apoio_Fundamentos_em_Toxicologia_Lauro_Leite.pdf>. Acesso em: 18 maio 2013. LEITE, E. M. A.; AMORIM, L. C. A. Toxicologia geral. 2003 - Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, 2003. (Notas de aula). Disponível em: <http:// www.farmacia.ufmg.br/lato/Apostila%20Toxicologia%20Geral%20.doc>. Acesso em: 3 abr. 2013. ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Segurança, saúde e condições de trabalho – manual de treinamento. Trad. Joyce Lenora Douglas. Suécia, 1996. PHILIPPI JR., A. Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável. Barueri, SP: Manole, 2004. (Col. Ambiental). SILVEIRA, E. A. da; ROBAZZI, M. L. C. C.; LUIS, M. A. V. Varredores de rua: acidentes de trabalho ocorridos na Cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, Brasil. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, v. 6, n. 1, p. 60-72, 1998. SOARES, S. R. A.; BERNARDES, R. S.; CORDEIRO NETTO, O. M. Relações entre saneamento, saúde pública e meio ambiente: elementos para formulação de um modelo de planejamento em saneamento. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 18, n. 6, p. 1713-1724, nov./dez. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/ v18n6/13268.pdf>. Acesso em: dez. 2016. ZACARIAS, R. Consumo, lixo e educação ambiental. Juiz de Fora, MG: Feme, 2000. 22
Compartilhar