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APOSTILA - GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA

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GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA 
INSTITUTO NACIONAL DE 
REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO 
PROFISSIONAL APRENDIZ 
SEM FRONTEIRAS 
/APRENDIZSEMFRONTEIRAS 
/APRENDIZSEMFRONTEIRAS 
/APRENDIZSEMFRONTEIRA 
WWW.APRENDIZSEMFRONTEIRAS.ORG.BR 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM 
SAÚDE PÚBLICA. 
 
 
1 
INSTITUTO NACIONAL DE REFERENCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS-INASF 
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
GESTÃO EM SAÚDE 
PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULOS 
 
 GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA E GESTÃO EM SAÚDE COLETIVA; 
 GESTÃO EM ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR; 
 ANALISTA EPIDEMIOLÓGICO; 
 SEGURANÇA NO TRABALHO E HIGIÊNE OCUPACIONAL; 
ENFERMAGEM (CONTROLE DE DOENÇAS E INFECÇÕES) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas 
novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram.” 
JEAN PIAGET 
 
 
 
 
2 
INSTITUTO NACIONAL DE REFERENCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS-INASF 
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
DESCRIÇÃO DO PROJETO 
 
APRESENTAÇÃO 
 
“A democratização das nossas sociedades se constrói a partir da democratização das 
informações, do conhecimento, das mídias, da formulação e debate dos caminhos e 
dos processos de mudança”. O Jovem não é o amanhã, ele é o agora. 
 
BETINHO – HERBERT DE SOUSA 
 
 
 
A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE JOVENS E ADULTOS amplia as 
possibilidades de inserção no mercado de trabalho e torna mais promissor o futuro da nova 
geração. A educação profissionalizante prepara o indivíduo para desempenhar atividades 
profissionais e ter capacidade de discernimento para lidar com diferentes situações no 
mundo do trabalho Há 05 (CINCO) anos O INSTITUTO NACIONAL DE 
REFERENCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS 
através de parcerias com Entidades Públicas e Privadas proporciona os conhecimentos 
teóricos e práticos necessários ao desempenho de uma profissão através de projetos de 
INCLUSÃO e INTEGRAÇÃO SOCIAL. Os programas levam a todos os municípios 
Cursos Básicos de Capacitação e Qualificação Profissional de acordo com a necessidade 
de cada região a Jovens e Adultos (sem limites de idade ou escolaridade) excluídos 
socialmente, educacionalmente e economicamente. 
 
Os projetos desenvolvidos nasceram da vontade de mostrar que com qualificação 
adequada num país tão desigual e injusto com nosso povo, podemos transformar as 
adversidades em grandes realizações guiando o aluno ao seu crescimento profissional e 
pessoal desviando-o das virtudes banais da vida (drogas, violência, criminalidade e 
preconceitos). O projeto ensina cidadania, mostra que somos do tamanho dos nossos 
sonhos e quando acreditamos fortemente neste sonho nada impede que ele se realize. 
 
O presente projeto pretende contribuir para a solução do problema a partir de ações 
que promovam a organização social, formação e gestão dos empreendimentos e de 
empreendedores e capacitação para agregação de valores. O Projeto incentivará e 
disponibilizará tecnologias simples de baixo custo, que facilite o aprendizado da mão de obra 
local, contribuindo assim, para a inserção das comunidades carentes no processo de 
desenvolvimento social. 
 
Ao final deste projeto pretendemos mostrar a importância de olhar para a 
CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL como algo especial na vida dos jovens. A esse 
período o Instituto INASF dá o nome de travessia. Travessia, além de demonstrar a 
passagem do tempo, demonstra a instabilidade, a persistência, o entusiasmo, as paixões e 
as “não-paixões” que fazem parte do cotidiano do ser humano, e em especial da vida dos 
jovens, numa fase em que os sentimentos se confundem com tanta intensidade. 
 
Quando o Instituto INASF desenvolve um programa de inclusão social, está ciente 
da sua responsabilidade. Ou seja, deve transformar significativamente a vida de um jovem. 
Em plena fase das descobertas, cabe ao Instituto e aos educadores entenderem as crises 
psicossociais que os envolvem. Cabe a ela, ainda, compreender as crises comuns de um 
momento de travessia: a transgressão das regras sociais, a desconstrução e construção de 
valores e a impossibilidade dos sonhos. 
 
 
 
 
3 
INSTITUTO NACIONAL DE REFERENCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS-INASF 
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
DADOS DA ORGANIZAÇÃO 
 
PROPONENTE: 
INSTITUTO NACIONAL DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS-INASF. 
 
REPRESENTANTES LEGAIS: 
 
 DIRETOR(A) PRESIDENTE: RAIMUNDA COSTA SILVA (BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS) 
 DIRETOR(A) VICE PRESIDENTE: RENATO NOBRE SANTIAGO (BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS) 
 DIRETOR(A) FINANCEIRO: MAGNA SANTANA COSTA SILVA (EMPRESÁRIA) 
 DIRETOR(A) PROJETOS: MARCELO NOBRE MORAES (ECNÓLOGO EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS) 
 
NATUREZA JURÍDICA 
 
 ASSOCIAÇÃO PRIVADA - ONG-ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL; 
 OSCIP - ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO 
 
CNPJ / INSCRIÇÃO MUNICIPAL 
 
 CNPJ: 13.459.804/0001-03 
 INSCRIÇÃO MUNICIPAL: 435.965-8 
 
ENDEREÇO 
 
 RUA: Rui Barbosa; 
 EDIFICAÇÃO: Edifício Otávio Miranda; 
 SALA: 4º Andar Sala 403; 
 BAIRRO: Centro 
 CEP: 6400-1090 
 
SITE / REDES SOCIAIS / E-MAIL 
 
 WW.APRENDIZSEMFRONTEIRAS.ORG.BR; 
 WWW.APRENDIZSEMFRONTEIRAS.BLOGSPOT.COM; 
 APRENDIZSEMFRONTEIRAS@GMAIL.COM (FACEBOOK E E-MAIL). 
 APRENDIZSEMFRONTEIRAS@HOTAIL.COM (MSN) 
 
TELEFONES: 
 
 (86) 8155-1747 (vivo Diretor de Projetos); 
 (86) 3305-0410 (fixo Escritório Matriz em Teresina-PI) 
 
NOME DO PROJETO / PROGRAMA 
 
 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA – “MAIS SAÚDE” 
 
LINHA PROGRAMÁTICA DO PROJETO 
 
 GERAÇÃO DE RENDA E OPORTUNIDADE DE TRABALHO. 
 EDUCAÇÃO PARA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL. 
 
ABRANGÊNCIA DO PROJETO 
 MUNICÍPIOS DO ESTADO 
 
 
 
 
 
 
4 
INSTITUTO NACIONAL DE REFERENCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS-INASF 
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
AGENDA DAS AULAS PRESENCIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É um prazer dirigir-me a você que escolheu o INSTITUTO NACIONAL DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO 
PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS-INASF. Para ampliar seus conhecimentos por meio do ensino 
PROFISSIONALIZANTE. Nosso principal objetivo é preparar o caminho para que os cidadãos se habilitem e se qualifiquem para 
atura no mundo contemporâneo, com seus desafios e conjunturas econômicas e políticas culturais tão distantes. 
Para ajudar os nossos alunos no caminho do sucesso apresentamos o CALENDÁRIO LETIVO DAS AULAS, possibilitando 
um dispositivo de funcionamento da nossa instituição, responsável pela gestão do processo de ensino e aprendizagem no programa de 
qualificação profissional e inclusão social para jovens e adultos. Face a dinâmica do processo, posteriormente serão possíveis algumas 
atualizações. Com constante acompanhamento, resultado da interação ALUNO/INSTITUTO. 
 
1º DIA DE AULA 2º DIA DE AULA 3º DIA DE AULA 4º DIA DE AULA 5º DIA DE AULA 
 
 
 
6º DIA DE AULA 7º DIA DE AULA 8º DIA DE AULA 9º DIA DE AULA SOBRE AS FREQUENCIAS 
A FREQUÊNCIA DO ALUNO É DE TOTAL RESPONSABILIDADE DO MESMO, tendo que se fazer presente nas 
chamadas ou assinar a lista de frequência repassada em sala pelo instrutor do Instituto (INASF) nos sábados e/ou domingos letivos. A 
ausência do aluno nas chamadas ou nas frequências assinadas em sala de aula indicará falta direta sem direito a reposição de aula ou 
segunda chamada. 
 
 SOBRE AS AULAS 
A ONG APRENDIZ SEM FRONTEIRAS se compromete em repor todas as aulas que configure responsabilidade da 
instituição. (Ausência do professor, Escola fechada sem motivo aparente, falta de energia, indisponibilidade das salas de aulas, entre 
outros). As aulas serão repostas acrescentando horas nos dias letivos consecutivos; 
A ONG APRENDIZ SEM FRONTEIRAS não irá repor aulas quando houver uso das instituições (Escolas 
Estaduais/Municipais) por órgãos de qualquer esfera pública (concursos públicos, vestibulares, seminários/encontros, entre outros); 
 
 SOBRE O PERÍODO DOS CURSOS 
CURSO SOMENTE AOS SÁBADOS com grupos flexível de alunos (mínimo 35 alunos) cursando módulos iguais por período 
letivo de 09 (NOVE) SÁBADOS LETIVOS E 3 ATIVIDADES PRÁTICAS (CAMPANHAS DE SAÚDE 
PÚBLICA/SEMINÁRIOS/PALESTRAS). Período total de 12 sábados letivos 03 (três) meses. 
 
 SOBRE A FORMAÇÃO DAS TURMAS DOS CURSOS 
Caso a cidade contemplada com os PROGRAMAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL não obtiver o MÍNIMO DE ALUNOS 
PARA A MANUTENÇÃO a ONG PODERÁ REDUZIR O TEMPO ESTIMADO PARA A QUANTIDADE DE SÁBADOS 
LETIVOS CABÍVEIS A MANUTENÇÃO DOS CURSOS, sem prejuízo ao conteúdo ministrado PODENDO A ONG USAR OS 
DOMINGOS caso seja necessário. A ONG usar as seguintes observações: 
 
 ATÉ 99 MATRÍCULAS: A ONG RESERVA-SE NO DIREITO DE SÓ COMEÇAR O CURSO QUANDO OBTIVER O MÍNIMO DE 
MATRÍCULAS QUE É DE 100 ALUNOS. 
 DE 101 ATÉ 159 MATRÍCULAS: OS CURSOS TERÃO ALTERAÇÕES PARA 06 SÁBADOS LETIVOS; 
 DE 160 ATÉ 200 MATRÍCULAS EM DIANTE: NÃO HAVERÁ ALTERAÇÃO E OS CURSOS SEGUIRÃO NORMALMENTE. 
 
Caso a cidade contemplada pelos PROGRAMAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL não tiver coro para a execução dos 
cursos a ONG RESERVA-SE NO DIREITO DE ADIAR O INÍCIO DAS AULAS para tal ação todos os alunos serão informados 
pelos MEIOS DE COMUNICAÇÃO INDICADOS NA MATRÍCULA, NAS REDES SOCIAIS E SITE DA ONG. 
 
 
5 
INSTITUTO NACIONAL DE REFERENCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS-INASF 
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os grandes avanços da ciência, especialmente na ÁREA SAÚDE, sempre ocorreram após a descoberta de 
novas tecnologias e o desenvolvimento de novos instrumentos e metodologias de investigação. Assim, à medida que os 
avanços tecnológicos ocorrerem, o conhecimento científico vai sendo acumulado. Como este enorme progresso científico 
se deu muito rapidamente nos últimos anos, certamente houve uma natural dificuldade, por parte dos cursos relacionados 
a esta área no país, em manter atualizado o processo de ENSINO-APRENDIZAGEM. 
 
As principais funções das AULAS PRÁTICAS, são: estimular a curiosidade dos alunos do curso, envolver-se 
em investigações, desenvolver a capacidade de resolver problemas, compreender conceitos básicos e desenvolver 
habilidades de modo a permitir que os alunos tenham contato direto com fenômenos e conceitos. Além disso, somente 
nas aulas práticas os alunos enfrentam os resultados não previstos, cuja interpretação desafia sua imaginação e 
raciocínio. E no decorrer dos cursos que é preciso que sejam feitos exercícios de vários níveis garantindo-se que haja 
oportunidade para o aluno, autonomamente, tomar decisões, pô-las em prática e analisar os resultados de seus 
empreendimentos. 
 
Um número de atividades INTERESSANTES E DESAFIADORAS serão colocados para os alunos para 
suprir as necessidades básicas desse componente essencial à formação de jovens, que lhes permite relacionar os fatos 
às soluções de problemas, dando-lhes oportunidades de identificar questões para investigação, elaborarem hipóteses e 
planejar experimentos para testá-las, organizar e interpretar dados e, a partir deles, fazer generalizações e inferências. 
 
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6 
INSTITUTO NACIONAL DE REFERENCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS-INASF 
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
ASPECTO FINANCEIRO DOS CURSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASPECTO FINANCEIRO DO CURSO 
 
O INSTITUTO NACIONAL DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM 
FRONTEIRAS - INASF acredita que Todo cidadão e cidadã têm o sonho de se realizar por meio do trabalho e temos 
o compromisso de fazer com que esse desejo se realize. Num país com uma diferença social como a nossa, isso requer 
que PROJETOS DE EDUCAÇÃO dê especial atenção aos que por longos anos estiveram excluídos do processo de 
desenvolvimento do país. 
A ONG APRENDIZ SEM FRONTEIRAS está promovendo uma vigorosa REDE DE PROTEÇÃO E 
PROMOÇÃO SOCIAL para que as pessoas se insiram no MERCADO DE TRABALHO e, assim, possam construir 
uma vida mais digna, uma estrutura que amplie as POSSIBILIDADES DE CRESCIMENTO por meio de SÓLIDOS 
PROJETOS DE GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA. 
Estamos investindo em parcerias para ampliação dessas ações, no caminho da construção da emancipação das 
pessoas, famílias e comunidades BENEFICIÁRIAS DOS PROGRAMAS desenvolvidos pela ONG APRENDIZ SEM 
FRONTEIRAS. O objetivo é a promoção do desenvolvimento integral e integrado, incluindo as dimensões social, 
econômica, cultural, pessoal. 
Criar condições para que as OPORTUNIDADES DE TRABALHO sejam reais são valores que seguem nos 
guiando em nossa tarefa de construir um país mais justo e com igualdade de oportunidade para todos. 
 
Para dar acesso aos MELHORES CURSOS DO BRASIL segue a ORDEM FINANCEIRA dos cursos: 
 
1. SOBRE O VALOR DO CURSO: 
 Será Cobrado do aluno (02) DUAS PARCELAS no decorrer do curso; 
 Os valores estarão estipulados na divulgação. Nenhum outro valor que não esteja estipulado na divulgação será 
cobrado do aluno; 
 A PRIMEIRA PARCELA é paga no CADASTRO A Matricula é PESSOAL E INTRANSFERÍVEL, caso 
haja desistência o valor NÃO SERÁ REEMBOLSÁVEL; 
 A SEGUNDA PARCELA é paga no FINAL do curso na data de ENTREGA DO CERTIFICADO. 
 
2. SOBRE O VALOR DAS MENSALIDADES: 
 
 As MENSALIDADES DOS CURSOS oferecidos pela ONG APRENDIZ SEM FRONTEIRAS são 
GRATUITAS a todos que participarem. Nenhum valor que REPRESENTE MENSALIDADE será cobrado do aluno; 
 
3. SOBRE O VALOR DO MATERIAL DIDÁTICO: 
 
 O MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO possui uma TAXA SIMBÓLICA vendido ao aluno no PRIMEIRO 
DIA DE AULA; 
 O MATERIAL DIDÁTICO ONLINE é totalmente GRATUITO podendo o aluno acessar a qualquer momento 
no site da ONG APRENDIZ SEM FRONTEIRAS. 
 
 
 
7 
INSTITUTO NACIONAL DE REFERENCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS-INASF 
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O certificado dos cursos oferecidos pela ONG APRENDIZ SEM FRONTEIRAS são entregues imediatamente 
AO FINAL DO PERÍODO LETIVO COM DATA E HORA PREVIAMENTE INFORMADAS ao aluno no decorrer 
das aulas. Para garantir um agendamento preciso é necessário preencher a agenda abaixo garantindo a exatidão do 
PROCESSO DE ENTREGA DO CERTIFICADO. 
 
CALENDÁRIO DE ENTREGA DO CERTIFICADO 
 
DATA DA ENTREGA DO CERTIFICADO HORÁRIO DA ENTREGA DO CERTIFICADO 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO CERTIFICADO DA ONG APRENDIZ SEM FRONTEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O CERTIFICADO É EMITIDO GRATUITAMENTE 
 Para receber o certificado o aluno tem que APRESENTAR UM DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO (RG, 
CPF, Registro de Nascimento, Carteira de Motorista ou qualquer documento que possa identificar o aluno.). 
 O CERTIFICADO será entregue gratuitamente a todos que estiverem com suas PARCELAS QUITADAS. 
 NÃO HAVERÁ SEGUNDA ENTREGA DE CERTIFICADO. A ausência do aluno na entrega do certificado 
implicara em sua renuncia em receber o certificado em sua cidade. Para receber A SEGUNDA VIA DO 
CERTIFICADO em outra data só será possível ATRAVÉS dos seguintes atos: REQUISITAR NO SITE DA 
ONG WWW.APRENDIZSEMFRONTEIRAS.ORG.BR PAGANDO A TAXA DE R$ 50,00. 
CÓDIGO DE REGISTRO DO 
CERTIFICADO 
É usado para autenticar o 
CERTIFICADO em todo o território 
brasileiro, créditos extras na 
faculdade, processo seletivo 
simplificado, concurso público, 
planos de cargos e carreiras entre 
outras atividades afins. Carga 
horária e período do curso 
definidos. 
SELO HOLOGRÁFICO 
É usado para evitar 
que o CERTIFICADO 
seja falsificado 
GARANTINDO a 
veracidade do 
DOCUMENTO. 
EMENTA DISCIPLINAR DO 
CERTIFICADO 
Descrição discursiva que resume o 
conteúdo conceitual / procedimental da 
disciplina. Os tópicos essenciais da 
matéria são apresentados com redação 
contínua SEGUIDOS de sua carga 
horária específica para cada 
DISCIPLINA/MÓDULO. 
ASSINATURA TÉCNICA 
É usado para autenticar o 
CERTIFICADO perante o 
corpo técnico 
responsável pelos 
cursos. 
 
 
8 
INSTITUTO NACIONAL DE REFERENCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS-INASF 
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
LEGISLAÇÃO SOBRE CURSOS LIVRES – MEC 
 
DEFINIÇÃO E INFORMAÇÕES LEGAIS SOBRE CURSOS LIVRES 
 
O INSTITUTO APRENDIZ SEM FRONTEIRAS é uma ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL - ONG 
que fornece Cursos Livres e Profissionalizantes, regulamentados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96, portanto 
não necessitam de portaria, com validade em todo o território nacional. 
Os Cursos e Treinamentos do INSTITUTO APRENDIZ SEM FRONTEIRAS são voltados à Qualificação e 
Capacitação Profissional, exigência hoje do mercado de trabalho. De acordo com a Lei n° 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação), os Cursos Livres e Profissionalizantes enquadram-se na categoria de Formação Inicial e Continuada ou Qualificação 
Profissional, proporcionando ao aluno conhecimentos que lhe permitam inserir-se no mercado de trabalho, ou ainda aperfeiçoar 
seus conhecimentos em área especifica. 
Os Cursos Livres e Profissionalizantes do INSTITUTO APRENDIZ SEM FRONTEIRAS não se submetem ao 
mesmo regime de tempo, frequência, nota e outras formalidades dos cursos de Ensino Fundamental, Médio e Superior, mas tem 
obrigatoriedade dos seguintes requisitos: o aluno deverá ter frequência mínima de 75%, cursar as disciplinas e se submeter às 
regras para obter o respectivo certificado. 
Os Cursos Livres e Profissionalizantes normalmente têm uma carga horária menor. Para os Cursos Livres e 
Profissionalizantes o MEC prevê sua legalidade e funcionamento, sendo assim, o MEC Regulamenta os Cursos Livres e 
Profissionalizantes ministrados pelo INSTITUTO APRENDIZ SEM FRONTEIRAS 
Os certificados emitidos pelo INSTITUTO APRENDIZ SEM FRONTEIRAS são válidos em todo o território nacional 
e tem amparo legal no Decreto Presidencial n° 5.154, de 23 de julho de 2004, Art. 1° e 3°. E na lei nº 9.394, que estabelece as 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional que mostra que os Cursos Livres e Profissionalizantes passaram a integrar a Educação 
Profissional: 
 
Art. 7° da Lei n° 9.394/96 (LEI DE DIRETRIZES E BASES): 
O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
 
I. Cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino; 
II. Autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público; 
III. Capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da Constituição Federal. 
 
Art. 39 da LDB: A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos 
diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. 
 
A educação profissional de Cursos Livres e Profissionalizantes é modalidade de educação com duração variável, 
destinada a proporcionar ao cidadão trabalhador conhecimentos que lhe permitiam profissionalizar-se, qualificar-se e atualizar-
se para o exercício de funções demandadas pelo mercado de trabalho, compatíveis com a complexidade tecnológica do trabalho, 
o seu grau de conhecimento técnico e o nível de escolaridade do aluno, não estando sujeita à regulamentação curricular. Tais 
considerações foram incorporadas à LDB, e regulamentadas pelo Decreto n° 5.154/2004, cujos arts. 1° e 3° § 1° são no mesmo 
sentido: 
 
Art. 1º A educação profissional, prevista no art. 39 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional), observadas as diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação, será 
desenvolvida por meio de cursos e programas de: 
 
I. Formação inicial e continuada de trabalhadores; 
II. Educação profissional técnica de nível médio; e. 
III. Educação profissional tecnológica de graduação e de pós-graduação. 
 
Art. 3º Os cursos e programas de formação inicial e continuada de trabalhadores, referidos no inciso I do art. 1º, incluídos a 
Capacitação, o Aperfeiçoamento, a Especialização e a Atualização, em todos os níveis de escolaridade, poderão ser ofertados 
segundo itinerários formativos, objetivando o desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva e social. 
 
§ 1º Para fins do disposto no caput considera-se itinerário formativo o conjunto de etapas que compõem a organização da 
educação profissional em uma determinada área, possibilitando o aproveitamento contínuo e articulado dos estudos. Com base 
em todos os dispostos, fica esclarecido que o MEC regulamenta e entende como válido os cursos livres e de qualificação 
profissional do INSTITUTO APRENDIZ SEM FRONTEIRAS, pois este é autorizado por Lei e tem autorização legal para a 
emissão dos certificados aos seus alunos e a validade em todo território nacional, amparada pela Lei n° 9.394/96 (Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional) e por decreto presidencial. Todos os professores do INSTITUTO APRENDIZ SEM 
FRONTEIRAS são capacitados para o ensinoTeórico e Prático para que os alunos recebam a melhor Capacitação e 
Qualificação Profissional. 
 
“Todos os PROGRAMAS desenvolvidos pela ONG seguem os PRINCÍPIOS da 
LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE, ECONOMICIDADE e da 
EFICIÊNCIA e não fará qualquer DISCRIMINAÇÃO de RAÇA, COR, GÊNERO ou RELIGIÃO, 
respeitando o número de vagas para cada cidade contemplada pelo projeto”. 
 
 
9 
INSTITUTO NACIONAL DE REFERENCIA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL APRENDIZ SEM FRONTEIRAS-INASF 
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA. 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO. 
 
Sejam bem vindos ao curso de GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA, que tem 
como objetivo geral oferecer a atualização de conhecimentos teóricos que levem os 
profissionais a atuarem multidisciplinarmente dentro das diretrizes do Sistema 
Único de Saúde e Hospitais visando a melhoria da qualidade de atendimento, de 
saúde e de vida da população, além de levá-los a refletirem sobre a atual situação 
da SAÚDE PÚBLICA contribuindo com formulação de novas estratégias viáveis 
para a solução dos problemas relacionados à área. 
 
Este Curso reúne o que há de melhor no que se refere a materiais e 
pensamentos de autores diversos que acreditamos, fornecem o essencial para o 
curso em epígrafe. 
 
Questionamentos e dúvidas podem surgir ao longo desse caminho, e muito 
embora tenhamos como missão abrir os horizontes, levá-los a se tornarem 
especialistas na questão, pedimos desculpas por essas lacunas que possam surgir, 
no entanto, deixaremos ao final desse módulo referências marcantes que poderão 
ser mais aprofundadas para que possam buscar através de pesquisas algum tema 
que tenha chamado atenção ou a desejar. 
 
Desejamos uma boa leitura e bons estudos a todos. 
 
 
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e 
direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em 
relação umas às outras com espírito de fraternidade. 
 
Art. 1 Declaração Universal dos Direitos Humanos 
 
 
O DIREITO À SAÚDE ESCULPIDO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AS FACES DO DIREITO 
À SAÚDE 
 
O Direito à saúde é parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que têm como 
inspiração o valor da igualdade entre as pessoas. No Brasil este direito apenas foi reconhecido na 
Constituição Federal de 1988, antes disso o Estado apenas oferecia atendimento à saúde para trabalhadores 
com carteira assinada e suas famílias, as outras pessoas tinham acesso a estes serviços como um favor e 
não como um direito. 
Trata-se de um direito público subjetivo, uma prerrogativa jurídica indisponível assegurada à 
generalidade das pessoas. In verbis: 
 
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que 
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações 
e serviços para a promoção, proteção e recuperação”. 
Constituição Federal de 1988, artigo 196. 
 
Este artigo não deve ser lido apenas como uma promessa ou uma declaração de intenções, este é 
um direito fundamental do cidadão que tem aplicação imediata, isto é, pode e deve ser cobrado. A saúde é 
um direito de todos por que sem ela não há condições de uma vida digna, e é um dever do Estado por que é 
financiada pelos impostos que são pagos pela população. Desta forma, para que o direito à saúde seja uma 
realidade, é preciso que o Estado crie condições de atendimento em postos de saúde, hospitais, programas 
de prevenção, medicamentos, etc., e além disto é preciso que este atendimento seja universal (atingindo a 
todos os que precisam) e integral (garantindo tudo o que a pessoa precise). 
 
Tal preceito é complementado pela lei 8.080/90, em seu artigo 2º: 
 
“A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições 
indispensáveis ao seu pleno exercício” 
 
 
 
DIREITO À SAÚDE 
 
 
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Para uma perfeita análise da questão, imperiosa a própria definição de saúde. Nos dizeres de 
Henrique Hoffmann Monteiro Castro, a saúde (2005): 
 
“Corresponde a um conjunto de preceitos higiênicos referentes aos cuidados em relação às funções 
orgânicas e à prevenção das doenças. "Em outras palavras, saúde significa estado normal e 
funcionamento correto de todos os órgãos do corpo humano", sendo os medicamentos os 
responsáveis pelo restabelecimento das funções de um organismo eventualmente debilitado”. 
 
O autor mencionado (2005), ainda complementa que a tutela do direito à saúde apresentaria duas 
faces – uma de preservação e outra de proteção. Enquanto a preservação da saúde se relacionaria às 
políticas de redução de risco de uma determinada doença, numa órbita genérica, a proteção à saúde se 
caracterizaria como um direito individual, de tratamento e recuperação de uma determinada pessoa. 
 
Ademais, também é interessante a definição proposta por Hewerston Humenhuk (2002): 
 
“A saúde também é uma construção através de procedimentos. (...) A definição de saúde está 
vinculada diretamente a sua promoção e qualidade de vida. (...) O conceito de saúde é, também, uma 
questão de o cidadão ter direito a uma vida saudável, levando a construção de uma qualidade de vida, 
que deve objetivar a democracia, igualdade, respeito ecológico e o desenvolvimento tecnológico, tudo 
isso procurando livrar o homem de seus males e proporcionando-lhe benefícios”. 
 
A Lei Fundamental não faz qualquer distinção no que tange ao direito à saúde, englobando 
expressamente o acesso universal a ações de promoção, proteção e recuperação de saúde, nos âmbitos 
individual e genérico. Segue-se as linhas traçadas pela Organização Mundial de Saúde, segundo a qual, a 
saúde se caracteriza como o completo bem estar físico da sociedade e não apenas como a ausência de 
doenças. 
 
A questão do fornecimento de medicamentos e tratamentos pelo Estado se inclui, obviamente, na 
faceta de proteção à saúde. 
 
O DEVER DO ESTADO DE GARANTIR O DIREITO À SAÚDE 
 
Uma vez que a saúde se tipifica como um bem jurídico indissociável do direito à vida, é certo que o 
Estado tem o dever de tutelá-la. Consoante André da Silva Ordacgy (2007): 
 
“A Saúde encontra-se entre os bens intangíveis mais preciosos do ser humano, digna de receber a 
tutela protetiva estatal, porque se consubstancia em característica indissociável do direito à vida. 
Dessa forma, a atenção à Saúde constitui um direito de todo cidadão e um dever do Estado, devendo 
estar plenamente integrada às políticas públicas governamentais”. 
 
A Constituição Federal, em seu supracitado artigo 196, contém uma norma de natureza programática, 
demandando complementação legislativa ordinária. Assim, como pondera Henrique Hoffmann Monteiro 
Castro, (2005): 
 
“O Estado assume a responsabilidade na criação dos serviços necessários à saúde e o faz por 
via de normas infraconstitucionais”. 
 
Neste contexto, houve a edição da lei 8.080/90, regulamentando o Sistema Único de Saúde, bem 
como estabelecendo princípios e diretrizes para a saúde em nosso país.12 
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Mediante a criação do SUS, foram definidos os papéis das esferas governamentais na busca da 
saúde, considerando-se o município como o responsável imediato pelo atendimento das necessidades 
básicas. Explicita Henrique Hoffmann Monteiro Castro (2005): 
 
“Nesse âmbito, estabeleceu-se uma divisão de tarefas no que tange ao fornecimento de 
medicamentos, de maneira que o sistema básico de saúde fica a cargo dos Municípios (medicamentos 
básicos), o fornecimento de medicamentos classificados como extraordinários compete à União e os 
medicamentos ditos excepcionais são fornecidos pelos Estados. Percebe-se, claramente, a 
composição de um sistema único, que segue uma diretriz clara de descentralização, com direção 
única em cada esfera de governo” 
 
Na realidade, para os cidadãos, deve ser indiferente como o Estado se organiza para promover o 
direito à saúde. O importante é que efetivamente o assegure. Subsiste o direito das pessoas de exigir que o 
Estado intervenha ativamente para garanti-lo. Não é passível de omissão. 
O Poder Público, qualquer seja a esfera institucional no plano da organização federativa brasileira, 
não pode se mostrar indiferente ao problema da saúde da população, sob pena de incidir, ainda que por 
censurável omissão, em grave comportamento inconstitucional. 
A interpretação da norma constitucional não pode se dar no sentido de uma simples promessa 
inconsequente. O SUS não deve atuar como uma rede sem sentido, sem compromisso social. 
 
DO DEVER DO ESTADO DE FORNECER MEDICAMENTOS E TRATAMENTOS NÃO 
OFERECIDOS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. A “JUDICIALIZAÇÃO” DA SAÚDE 
 
A precariedade do sistema público de saúde, aliada ao insuficiente fornecimento de remédios 
gratuitos ocasionou no nascimento do fenômeno da “judicialização da saúde”. Nas palavras de André da 
Silva Ordacgy (2007): 
 
“A notória precariedade do sistema público de saúde brasileiro, bem como o insuficiente 
fornecimento gratuito de medicamentos, muitos dos quais demasiadamente caros até paras as 
classes de maior poder aquisitivo, têm feito a população civil socorrer-se, com êxito, das tutelas de 
saúde para a efetivação do seu tratamento médico, através de provimentos judiciais liminares, 
fenômeno esse que veio a ser denominado de “judicialização” da Saúde”. 
 
O caráter programático da regra expressa na Lei Fundamental tem sido complementado pelas 
decisões do Judiciário, evitando que o Poder Público fraude as justas expectativas nele depositadas pela 
coletividade. 
Ora, em sendo o direito à saúde indissociável do direito à vida, torna-se inconcebível a recusa no 
fornecimento gratuito de remédios e/ou tratamentos a paciente em estado grave e sem condições financeiras 
de custear as respectivas despesas. 
 
Complementa André da Silva Ordacgy (2007), que é “inquestionável que esse direito à saúde 
deve ser entendido em sentido amplo, não se restringindo apenas aos casos de risco à vida ou de 
grave lesão à higidez física ou mental, mas deve abranger também a hipótese de se assegurar um 
mínimo de dignidade e bem-estar ao paciente”. 
 
As recentes decisões judiciais determinando o fornecimento de remédios e/ou tratamentos não 
oferecidos pelo Sistema Único de Saúde, inclusive a título de tutela antecipada e mediante a cominação de 
multa diária, tem representado um gesto solidário de apreço à vida e à saúde das pessoas, especialmente 
daquelas que nada tem, exceto a própria vida e dignidade. O Estado começou a ser obrigado a fornecer 
gratuitamente remédios de alto custo que não constam da lista do SUS àqueles que os reclamarem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÕES 
 
O Estado tem o dever de assegurar efetivamente o direito à saúde a todos os cidadãos, como corolário 
da própria garantia do direito à vida. A Constituição Federal, em seus dispostos, garante o acesso universal 
e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde, assegurando, portanto, 
a sua proteção nas órbitas genérica e individual. 
A divisão de tarefas entre os entes governamentais e a organização do Sistema Único de Saúde não 
podem obstaculizar o direito do indivíduo à percepção de medicamentos e/ou tratamentos indispensáveis. 
A “judicialização” da saúde se caracteriza como uma alternativa eficaz para conter as omissões do 
Estado. 
O simples fato de um medicamento e/ou tratamento ser caro ou não estar incluído no protocolo do 
SUS não é justificativa para a sua não concessão. 
Todavia, também é razoável o estabelecimento de critérios e parâmetros, haja vista que todo o 
sistema (e a saúde de muitas outras pessoas) não pode ser colocado em risco em razão de medicamentos 
experimentais ou mesmo não autorizados pela Anvisa. É louvável a posição adotada pelo Supremo Tribunal 
Federal sobre o tema. 
 
SÃO SEUS DIREITOS: 
 
I. Ter acesso ao conjunto de ações e serviços necessários para a promoção, a proteção e a 
recuperação da sua saúde. 
II. Ter acesso gratuito aos medicamentos necessários para tratar e restabelecer sua saúde. 
III. Ter acesso ao atendimento ambulatorial em tempo razoável para não prejudicar sua saúde. Ter à 
disposição mecanismos ágeis que facilitem a marcação de consultas ambulatoriais e exames, seja 
por telefone, meios eletrônicos ou pessoalmente. 
IV. Ter acesso a centrais de vagas ou a outro mecanismo que facilite a internação hospitalar, sempre 
que houver indicação, evitando que, no caso de doença ou gravidez, você tenha que percorrer os 
estabelecimentos de saúde à procura de um leito. 
V. Ter direito, em caso de risco de vida ou lesão grave, a transporte e atendimento adequado em 
qualquer estabelecimento de saúde capaz de receber o caso, independente de seus recursos 
financeiros. Se necessária, a transferência somente poderá ocorrer quando seu quadro de saúde tiver 
estabilizado e houver segurança para você. 
VI. Ser atendido, com atenção e respeito, de forma personalizada e com continuidade, em local e 
ambiente digno, limpo, seguro e adequado para o atendimento. 
VII. Ser identificado e tratado pelo nome ou sobrenome e não por números, códigos ou de modo genérico, 
desrespeitoso ou preconceituoso. 
VIII. Ser acompanhado por pessoa indicada por você, se assim desejar, nas consultas, internações, 
exames pré-natais, durante trabalho de parto e no parto. No caso das crianças, elas devem ter no 
prontuário a relação de pessoas que poderão acompanhá-las integralmente durante o período de 
internação. 
IX. Identificar as pessoas responsáveis direta e indiretamente por sua assistência, por meio de crachás 
visíveis, legíveis e que contenham o nome completo, a profissão e o cargo do profissional, assim 
como o nome da instituição. 
X. Ter autonomia e liberdade para tomar as decisões relacionadas à sua saúde e à sua vida; consentir 
ou recusar, de forma livre, voluntária e com adequada informação prévia, procedimentos diagnósticos, 
terapêuticos ou outros atos médicos a serem realizados. 
XI. Se você não estiver em condição de expressar sua vontade, apenas as intervenções de urgência, 
necessárias para a preservação da vida ou prevenção de lesões irreparáveis, poderão ser realizadas 
sem que seja consultada sua família ou pessoa próxima de confiança. Se, antes, você tiver 
manifestado por escrito sua vontade de aceitar ou recusar tratamento médico, essa decisão deverá 
ser respeitada. 
XII. Ter liberdade de escolha do serviço ou profissional que prestaráo atendimento em cada nível do 
sistema de saúde, respeitada a capacidade de atendimento de cada estabelecimento ou profissional. 
XIII. Ter, se desejar, uma segunda opinião ou parecer de outro profissional ou serviço sobre seu estado 
de saúde ou sobre procedimentos recomendados, em qualquer fase do tratamento, podendo, 
inclusive, trocar de médico, hospital ou instituição de saúde. 
XIV. Participar das reuniões dos conselhos de saúde; das plenárias das conferências de saúde; dos 
conselhos gestores das unidades e serviços de saúde e outras instâncias de controle social que 
discutem ou deliberam sobre diretrizes e políticas de saúde gerais e específicas. 
 
 
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XV. Ter acesso a informações claras e completas sobre os serviços de saúde existentes no seu município. 
Os dados devem incluir endereços, telefones, horários de funcionamento, mecanismos de marcação 
de consultas, exames, cirurgias, profissionais, especialidades médicas, equipamentos e ações 
disponíveis, bem como as limitações de cada serviço. 
XVI. Ter garantida a proteção de sua vida privada, o sigilo e a confidencialidade de todas as informações 
sobre seu estado de saúde, inclusive diagnóstico, prognóstico e tratamento, assim como todos os 
dados pessoais que o identifiquem, seja no armazenamento, registro e transmissão de informações, 
inclusive sangue, tecidos e outras substâncias que possam fornecer dados identificáveis. O sigilo 
deve ser mantido até mesmo depois da morte. Excepcionalmente, poderá ser quebrado após sua 
expressa autorização, por decisão judicial, ou diante de risco à saúde dos seus descendentes ou de 
terceiros. 
XVII. Ser informado claramente sobre os critérios de escolha e seleção ou programação de pacientes, 
quando houver limitação de capacidade de atendimento do serviço de saúde. A prioridade deve ser 
baseada em critérios médicos e de estado de saúde, sendo vetado o privilégio, nas unidades do SUS, 
a usuários particulares ou conveniados de planos e seguros saúde. 
XVIII. Receber informações claras, objetivas, completas e compreensíveis sobre seu estado de saúde, 
hipóteses diagnósticas, exames solicitados e realizados, tratamentos ou procedimentos propostos, 
inclusive seus benefícios e riscos, urgência, duração e alternativas de solução. Devem ser detalhados 
os possíveis efeitos colaterais de medicamentos, exames e tratamentos a que será submetido. Suas 
dúvidas devem ser prontamente esclarecidas. 
XIX. Ter anotado no prontuário, em qualquer circunstância, todas as informações relevantes sobre sua 
saúde, de forma legível, clara e precisa, incluindo medicações com horários e dosagens utilizadas, 
risco de alergias e outros efeitos colaterais, registro de quantidade e procedência do sangue recebido, 
exames e procedimentos efetuados. Cópia do prontuário e quaisquer outras informações sobre o 
tratamento devem estar disponíveis, caso você solicite. 
XX. Receber as receitas com o nome genérico dos medicamentos prescritos, datilografadas, digitadas ou 
escritas em letra legível, sem a utilização de códigos ou abreviaturas, com o nome, assinatura do 
profissional e número de registro no órgão de controle e regulamentação da profissão. 
XXI. Conhecer a procedência do sangue e dos hemoderivados e poder verificar, antes de recebê-los, o 
atestado de origem, sorologias efetuadas e prazo de validade. 
XXII. Ser prévia e expressamente informado quando o tratamento proposto for experimental ou fizer parte 
de pesquisa, o que deve seguir rigorosamente as normas de experimentos com seres humanos no 
país e ser aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do hospital ou instituição. 
XXIII. Não ser discriminado nem sofrer restrição ou negação de atendimento, nas ações e serviços de 
saúde, em função da idade, raça, gênero, orientação sexual, características genéticas, condições 
sociais ou econômicas, convicções culturais, políticas ou religiosas, do estado de saúde ou da 
condição de portador de patologia, deficiência ou lesão preexistente. 
XXIV. Ter um mecanismo eficaz de apresentar sugestões, reclamações e denúncias sobre prestação de 
serviços de saúde inadequados e cobranças ilegais, por meio de instrumentos apropriados, seja no 
sistema público, conveniado ou privado. 
XXV. Recorrer aos órgãos de classe e conselhos de fiscalização profissional visando a denúncia e posterior 
instauração de processo ético-disciplinar diante de possível erro, omissão ou negligência de médicos 
e demais profissionais de saúde durante qualquer etapa do atendimento ou tratamento. 
 
 
 
 
 
A COBRANÇA, AO CIDADÃO, DE SERVIÇOS QUE LHE FORAM PRESTADOS POR MEIO DO 
SUS, É ILEGAL! SE ISTO ACONTECER, DENUNCIE!!! 
 
 
 
 
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Quando a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE foi criada, havia 
uma preocupação em traçar uma definição positiva de saúde, que incluiria fatores 
como alimentação, atividade física, acesso ao sistema de saúde e etc. O "bem-
estar social" da definição veio de uma preocupação com a devastação causada 
pela guerra, assim como de um otimismo em relação à paz mundial — a Guerra 
Fria ainda não tinha começado. A OMS foi ainda a primeira organização 
internacional de saúde a considerar-se responsável pela saúde mental, e não 
apenas pela saúde do corpo. 
A definição adotada pela OMS tem sido alvo de inúmeras críticas desde 
então. Definir a saúde como um estado de completo bem-estar faz com que a 
saúde seja algo ideal, inatingível, e assim a definição não pode ser usada como 
meta pelos serviços de saúde. Alguns afirmam ainda que a definição teria 
possibilitado uma medicalização da existência humana, assim como abusos por 
parte do Estado a título de promoção de saúde. 
Por outro lado, a definição utópica de saúde é útil como um horizonte 
para os serviços de saúde por estimular a priorização das ações. A definição 
pouco restritiva dá liberdade necessária para ações em todos os níveis da 
organização social. 
Christopher Boorse definiu em 1977 a saúde como a simples 
ausência de doença; pretendia apresentar uma definição "naturalista". Em 1981, 
Leon Kass questionou que o bem-estar mental fosse parte do campo da saúde; 
sua definição de saúde foi: "o bem-funcionar de um organismo como um todo", 
ou ainda "uma atividade do organismo vivo de acordo com suas excelências 
específicas." Lennart Nordenfelt definiu em 2001 a saúde como um estado 
físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as 
circunstâncias. 
As definições acima têm seus méritos, mas, provavelmente, a segunda 
definição mais citada também é da OMS, mais especificamente do Escritório 
Regional Europeu: A medida em que um indivíduo ou grupo é capaz, por um lado, 
de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o meio 
ambiente. A saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida diária, não o 
objetivo dela; abranger os recursos sociais e pessoais, bem como as 
capacidades físicas, é um conceito positivo. 
Essa visão funcional da saúde interessa muito aos profissionais de saúde 
pública, incluindo-se aí os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e os 
engenheiros sanitaristas, e de atenção primária à saúde, pois pode ser usada de 
forma a melhorar a equidade dos serviços de saúde e de saneamento básico, ou 
seja, prover cuidados de acordo com as necessidades de cada indivíduo ou 
grupo. 
A saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever 
um nível de qualidadede vida cognitiva emocional ou a ausência de uma doença 
mental. Na perspectiva da psicologia positiva ou do holismo, a saúde mental pode 
incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio 
entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. A 
Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição bem clara sobre 
o que e a saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias 
relacionadas concorrentes afetam o modo como a "saúde mental" é definida. 
 
Saúde (Substantivo feminino) 
Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu ambiente, o qual mantém 
as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites 
normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 
Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 
CONCEITOS QUE PERMEIAM 
O CAMPO DA SAÚDE 
 
 
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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 
 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE OU DA 
SAÚDE (OMS) (eminglês:World Health Organization-
WHO) é uma agência especializada em saúde, fundada 
em 7 de abril de 1948 e subordinada à ORGANIZAÇÃO 
DAS NAÇÕES UNIDAS. Sua sede é em Genebra, na 
Suíça. A directora-geral é, desde novembro de 2006, a 
honconguesa Margaret Chan. 
A OMS tem suas origens nas guerras do fim do 
século XIX (México, Crimeia). Após a Primeira Guerra 
Mundial, a SDN criou seu comitê de higiene, que foi o 
embrião da OMS. 
Segundo sua constituição, a OMS tem por objetivo 
desenvolver ao máximo possível o nível de saúde de todos os povos. A saúde sendo definida nesse mesmo 
documento como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da 
ausência de uma doença ou enfermidade. 
O Brasil tem participação fundamental na história da ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 
criada pela ONU para elevar os padrões mundiais de saúde. A proposta de criação da OMS foi de autoria 
dos delegados do Brasil, que propuseram o estabelecimento de um "organismo internacional de saúde pública 
de alcance mundial". Desde então, Brasil e a OMS desenvolvem intensa cooperação. 
 
ATIVIDADE 
 
Além de coordenar os esforços internacionais para controlar 
surtos de doenças, como a malária, a tuberculose, a OMS também 
patrocina programas para prevenir e tratar tais doenças. A OMS apoia 
o desenvolvimento e distribuição de vacinas seguras e eficazes, 
diagnósticos farmacêuticos e medicamentos, como por meio do 
Programa Ampliado de Imunização. Depois de mais de duas décadas 
de luta contra a varíola, a OMS declarou em 1980 que a doença havia 
sido erradicada. A primeira doença na história a ser erradicada pelo 
esforço humano. A OMS tem como objetivo erradicar a pólio entre os 
próximos anos. 
A OMS supervisiona a implementação do Regulamento 
Sanitário Internacional, e publica uma série de classificações médicas, 
incluindo a CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA 
INTERNACIONAL DE DOENÇAS (CID), a CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE 
FUNCIONALIDADE, A INCAPACIDADE E SAÚDE (CIF) e a CLASSIFICAÇÃO 
INTERNACIONAL DE INTERVENÇÕES EM SAÚDE (ICHI). A OMS publica regularmente um 
Relatório Mundial da Saúde, incluindo uma avaliação de especialistas sobre a saúde global. Além disso, a 
OMS realiza diversas campanhas de saúde - por exemplo, para aumentar o consumo de frutas e vegetais 
em todo o mundo e desencoraja o uso do tabaco. Cada ano, a organização escolhe o Dia Mundial da Saúde. 
OMS realiza a pesquisa em áreas sobre doenças transmissíveis, a doenças não-transmissíveis, a doenças 
tropicais, e outras áreas, bem como melhorar o acesso à pesquisa em saúde e a literatura em países em 
desenvolvimento, como através da rede HINARI. A organização conta com a experiência de muitos cientistas 
de renome mundial, como o Comitê de Especialistas da OMS sobre Padronização Biológica, o Comitê de 
Especialistas da OMS para a Hanseníase e o Grupo de Estudos sobre Educação Interprofissional & Prática 
Colaborativa. 
 
Três ex-diretores do Programa Global de 
Erradicação da Varíola lendo a notícia de que 
a varíola havia sido erradicada a nível 
mundial, em 1980. 
 
 
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A OMS faz várias pesquisas em diversos países, em uma delas entrevistou 308 mil pessoas com 18 
anos, 81.000 pessoas com idade entre 18-50 anos de 70 países, conhecido como Study on Global Ageing 
and Adult Health(SAGE) e a WHO Quality of Life Instrument (WHOQOL). A OMS também trabalhou em 
iniciativas globais como a Global Initiative for Emergency and Essential Surgical Care a Guidelines for 
Essential Trauma Care focado no acesso das pessoas às cirurgias. Safe Surgery Saves Lives sobre a 
segurança do paciente em tratamento cirúrgico. 
 
CONSTITUIÇÃO E HISTÓRIA 
 
A Constituição da OMS afirma que seu objetivo "é a realização para todas as pessoas do mais alto 
nível possível de saúde." A bandeira possui o Bordão de Asclépio como um símbolo para a cura. 
 
A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS) é uma das agências originais das NAÇÕES 
UNIDAS, sendo que sua constituição formal entrou em vigor no primeiro Dia Mundial da Saúde, (7 de abril 
de 1948), quando foi ratificada pelo 26 Estado-Membro. Jawaharlal Nehru, um grande lutador pela liberdade 
da Índia, deu um parecer para começar a OMS. Antes dessas operações, bem como as restantes atividades 
da ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE da Liga das Nações, estavam sob o controle de uma 
Comissão Provisória após uma Conferência Internacional de Saúde no verão de 1946. A transferência foi 
autorizada por uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas. O serviço epidemiológico dos 
franceses da Office International d'Hygiène Publique foi incorporado à Comissão Interina da Organização 
Mundial de Saúde em 1 de janeiro de 1947. 
 
ESTRUTURA 
 
A OMS é composta por 194 Estados-membros, onde se 
incluem todos os Estados Membros da ONU exceto o 
Liechtenstein e inclui dois não-membros da ONU, Niue e as 
Ilhas Cook. Os territórios que não são Estados-membros da 
ONU podem tornar-se Membros Associados (com acesso total 
à informação, mas com participação e direito de voto limitados) 
se assim for aprovado em assembleia: Porto Rico e Tokelau são 
Membros Associados. Existe também o estatuto de Observador; 
alguns exemplos incluem a Palestina (um Observador da ONU), 
a Santa Sé, a Ordem Soberana e Militar de Malta, o Vaticano (um observador não-membro da ONU), Taipé 
Chinesa (uma delegação convidada) e Taiwan. Os Estados-membro da OMS nomeiam delegações para a 
Assembleia Geral da Saúde Mundial, que é o corpo decisor supremo. Todos os Estados-membros da ONU 
são elegíveis para pertencer à OMS e, de acordo com o afirmado no website da OMS, "Podem ser admitidos 
outros países como membros sempre que a sua aplicação seja aprovada por uma maioria simples de votos 
na Assembleia Geral da Saúde Mundial". A Assembleia Geral da OMS reúne-se anualmente em Maio. Para 
além da nomeação do Diretor Geral a cada cinco anos, a Assembleia analisa as políticas de financiamento 
da Organização e revê e aprova o orçamento proposto. A Assembleia elege 34 membros, tecnicamente 
qualificados na área da saúde, para a Direção Executiva durante um mandato de três anos. As principais 
funções desta direção serão as de levar a cabo as decisões e regras da Assembleia, de aconselhá-la e, de 
uma forma geral, auxiliar e facilitar a sua missão.A OMS é financiada por contribuições dos Estados-membros e doadores vários. Nos últimos anos, o 
trabalho da OMS tem envolvido de forma crescente a colaboração com entidades externas; existem 
atualmente cerca de 80 parcerias com organizações não-governamentais e indústria farmacêutica, bem como 
com fundações como a Fundação Bill e Melinda Gates e a Fundação Rockefeller. Com efeito, as contribuições 
voluntárias para a OMS por governos locais e nacionais, fundações e ONGs, outras organizações da ONU e 
o próprio sector privado excedem atualmente as contribuições estabelecidas (quotas) pelos 193 Estados-
membros. 
Além dos Estados Observadores e entidades listadas acima, os observadores de organizações a Cruz 
Vermelha e da Federação Internacional da Cruz Vermelha entraram em "relações oficiais" com a OMS e são 
convidados como observadores. Na Assembleia Mundial da Saúde eles atuam como representantes, igual 
aos de outros países. 
Figura 1Sede da OMS em Genebra, Suíça. 
 
 
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ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
O PAPEL DA OMS NA SAÚDE PÚBLICA 
 
Que cumpra os seus objetivos através das seguintes funções essenciais: 
 
 A liderança em questões críticas para a saúde e envolvimento em parcerias onde a ação comum é 
importante; 
 Determinar a agenda de pesquisa e estimular a geração, difusão e utilização de conhecimentos 
valiosos; 
 Estabelecimento de normas e promover e acompanhar a sua aplicação prática; 
 Desenvolver opções políticas éticas e científicas de base; 
 Prestar apoio técnico, catalisando mudanças e capacitação institucional sustentável; 
 Acompanhar a situação de saúde e avaliação das tendências de saúde; 
 Colaborar com os serviços de coleta de lixo. 
 
Estas funções básicas estão descritas no Décimo Primeiro Programa Geral de Trabalho, que estabelece 
o quadro para o programa de trabalho, orçamento, recursos e resultados em toda a organização. Intitulado 
"Empreender para a Saúde", o programa abrange o período de dez anos, de 2006 a 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE 
 
A ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS) é uma organização internacional 
especializada em saúde. Criada em 1902, é a mais antiga agência internacional de saúde do mundo. A 
Organização Pan-Americana da Saúde é um organismo internacional de saúde pública com um século de 
experiência, dedicado a melhorar as condições de saúde dos países das Américas. A integração às Nações 
Unidas acontece quando a entidade se torna o Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial 
da Saúde. A OPAS/OMS também faz parte dos sistemas da Organização dos Estados Americanos (OEA) 
e da Organização das Nações Unidas (ONU). 
 
Sediada em Washington, nos Estados Unidos, atua como escritório regional da Organização 
Mundial da Saúde para as Américas e faz parte dos sistemas da Organização dos Estados 
Americanos (OEA) e da Organização das Nações Unidas (ONU). Possui escritórios em 27 países, 
além de oito centros científicos. 
 
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO 
 
O PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O 
DESENVOLVIMENTO (PNUD) é o órgão da ORGANIZAÇÃO DAS 
NAÇÕES UNIDAS (ONU) que tem por mandato promover o 
desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo. Entre outras atividades, o 
PNUD produz relatórios e estudos sobre o desenvolvimento 
humano sustentável e as condições de vida das populações, bem como executa 
projetos que contribuam para melhorar essas condições de vida, nos 166 países 
onde possui representação. É conhecido por elaborar o Índice de 
Desenvolvimento Humano (IDH), bem como por ser o organismo internacional 
que coordena o trabalho das demais agências, fundos e programas das Nações Unidas - conjuntamente 
conhecidas como Sistema ONU - nos países onde está presente. 
Além disso, o PNUD dissemina os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, conjunto de 8 objetivos, 
22 metas e 48 indicadores para o desenvolvimento do mundo, a serem cumpridos até 2015, definidos pelos 
países membros da ONU em 2000, e monitora o progresso dos países rumo ao seu alcance. Os 8 ODM são: 
 
I. A redução pela metade da pobreza e da fome; 
II. A universalização do acesso à educação primária; 
III. A promoção da igualdade entre os gêneros; 
IV. A redução da mortalidade infantil; 
V. A melhoria da saúde materna; 
VI. O combate ao HIV/AIDS, malária e outras doenças; 
VII. A promoção da sustentabilidade ambiental; 
VIII. O estabelecimento de parcerias para o desenvolvimento. 
 
 
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
CARTA DE OTTAWA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARTA DE OTTAWA 
 
A CARTA DE OTTAWA é um documento apresentado na Primeira Conferência Internacional sobre 
Promoção da Saúde, realizado em Ottawa, Canadá, em novembro de 1986. Trata-se de uma Carta de 
Intenções que busca contribuir com as políticas de saúde em todos os países, de forma equânime e universal. 
 
HISTÓRICO. 
 
A Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde foi uma decorrência das expectativas 
mundiais por uma saúde pública eficiente, focalizando em especial as necessidades dos países 
industrializados, e estendendo tal necessidade aos demais países. Mediante os progressos alcançados após 
a Declaração de Alma-Ata para a Atenção primária à saúde, o documento da OMS “As Metas da Saúde para 
Todos” e o debate ocorrido na Assembleia Mundial da Saúde sobre as ações intersetoriais necessárias, a 
Carta de Ottawa estabelece fatores de importância para o alcance de uma política de saúde para todos. 
 
CARACTERÍSTICAS. 
 
A CARTA DE OTTAWA defende a promoção da saúde como fator fundamental de melhoria da 
qualidade de vida, assim como defende a capacitação da comunidade nesse processo, salientando que tal 
promoção não é responsabilidade exclusiva do setor da saúde, mas é responsabilidade de todos, em direção 
ao bem-estar global. Por conseguinte, o documento estabelece, através de seus itens, alguns critérios que 
considera importantes no direcionamento das estratégias de saúde. São eles: 
 
4. A solidez dos pré-requisitos fundamentais para a saúde: paz, habitação, educação, alimentação, 
renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. 
5. A defesa de causa: a necessidade de a saúde ser reconhecida, por todos os setores políticos, 
econômicos, sociais, culturais, ambientais, comportamentais e biológicos, como o maior recurso para 
o desenvolvimento social, econômico e pessoal, assim como uma importante dimensão da qualidade 
de vida. 
 
6. A capacitação, através da garantia de oportunidades e recursos igualitários para todas as pessoas 
no intuito de realizar completamente seu potencial de saúde, através de ambientes favoráveis, acesso 
à informação, a experiências e habilidades na vida, e a liberdade para a escolha de uma vida mais 
sadia. 
 
7. A mediação, através da demanda de uma ação coordenada de todos os setores envolvidos na 
promoção da saúde: governo, setores sociais e econômicos, organizações voluntárias e não-
governamentais, autoridades, indústria, mídia, assim como os indivíduos,famílias e comunidades. A 
adaptação dos programas de saúde às necessidades locais e às possibilidades de cada país e região, 
bem como o respeito às diferenças sociais, culturais e econômicas. 
 
8. A construção de políticas públicas saudáveis, em que a saúde conste como prioridade em todos os 
setores, através da legislação, medidas fiscais, taxações e mudanças organizacionais. 
 
 
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
9. A criação de ambientes favoráveis, através da mudança dos modos de vida, de trabalho e de lazer, 
assim como a proteção do meio-ambiente e conservação dos recursos naturais, contribuindo para 
um significativo impacto sobre a saúde da população 
 
10. O reforço da ação comunitária, no desenvolvimento de prioridades e na definição de estratégias de 
promoção de saúde. A incrementação do poder das comunidades, na posse e controle de seu próprio 
destino, na aprendizagem e no desenvolvimento de sistemas de reforço da participação popular na 
direção dos assuntos de saúde. 
 
11. O desenvolvimento de habilidades especiais da população, através da educação em saúde e da 
capacitação, proporcionando a escolha de opções mais saudáveis para sua própria saúde e para o 
meio-ambiente. 
 
12. A reorientação dos serviços de saúde, através do compartilhamento da responsabilidade entre 
indivíduos, comunidade, grupos, profissionais da saúde, instituições e governos, no sentido de todos 
trabalharem juntos e com o mesmo objetivo, promovendo a abrangência dos recursos e o incentivo à 
pesquisa. 
 
13. A objetivação de um futuro construído sobre o poder decisório da população, em que as 
preocupações com a qualidade de vida, com o meio-ambiente e a importância da parceria façam 
parte do planejamento e da implantação de atividades de promoção da saúde. 
 
14. Os compromissos com a promoção da saúde como objetivo fundamental dos participantes da 
Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, através da atuação nas políticas públicas, da 
defesa do meio-ambiente, da luta pela igualdade social, do incentivo à capacitação e do 
reconhecimento da saúde como o desafio maior dos governos. A conferência conclama a todos os 
interessados juntar esforços no compromisso por uma forte aliança em torno da saúde pública. 
 
A conclamação da OMS e demais organizações internacionais em prol da defesa da promoção da 
saúde em todos os fóruns apropriados e a exortação do apoio aos países no estabelecimento de estratégias 
e programas direcionados a tal objetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE 
PROMOÇÃO DA SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde é um movimento que ocorre periodicamente, 
dele participando setores representativos de vários países, tais como OMS, OPAS e UNICEF, em defesa da 
ampliação dos campos de ação em saúde e abordagens mais efetivas para o real alcance dos objetivos 
traçados. 
 
OBJETIVOS 
 
O objetivo principal dessas Conferências é promover o suporte das ideias e medidas necessárias 
para as ações em saúde. O resultado da discussão aberta e organizada em cada conferência é expresso 
através da elaboração final de um documento em defesa da promoção da saúde, salientando o bem-estar de 
todos os povos como requisito essencial para o desenvolvimento dos países e, consequentemente, para a 
manutenção da paz mundial. 
 
HISTÓRICO 
 
A 30ª ASSEMBLÉIA MUNDIAL DE SAÚDE, realizada pela OMS em 1977, lançou o movimento 
“Saúde Para Todos no Ano 2000” e, como marco inicial dessa programação, em setembro de 1978 foi 
organizada pela OMS e UNICEF a Primeira Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, 
na cidade de Alma-Ata, no Cazaquistão. Assistida por mais de 700 participantes, dessa conferência resultou 
a elaboração da Declaração de Alma-Ata, um documento que reafirmou o significado de saúde como um 
direito humano fundamental e como uma das mais importantes metas mundiais para a melhoria social. 
 
 
 
 
O tema dessa primeira conferência era “Saúde Para Todos no Ano 2000” e, de acordo com a 
Declaração de Alma-Ata, ações no sentido de diminuir a desigualdade social deveriam ser estimuladas e 
adotadas por todos os países, para que a meta de saúde universal fosse atingida, diminuindo a lacuna 
existente entre os países em desenvolvimento e os desenvolvidos. Para tanto, o investimento em atenção 
primária seria a chave para uma promoção da saúde equânime e abrangente, através de medidas de 
prevenção e educação em saúde. Chegou-se, então, ao consenso de que a promoção da saúde é essencial 
ao contínuo desenvolvimento econômico e social, à manutenção da melhoria da qualidade de vida dos 
homens e à manutenção da paz mundial. 
 
A partir dessa iniciativa, outros movimentos foram organizados, periodicamente, em função da 
ampliação das ações em saúde, com a inserção de novos elementos e avanços significativos nas políticas de 
saúde em diversos países. A Declaração de Alma-Ata representou o ponto de partida para as Conferências 
Internacionais sobre Promoção da Saúde. 
 
 
 
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
A partir da Primeira Conferência, foram realizadas várias iniciativas multinacionais, algumas de 
caráter internacional/global, e outras duas de caráter sub-regional. As principais conferências e movimentos 
que se seguiram foram assim representados: 
 
 I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde em Ottawa (1986) 
 II Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde em Adelaide (1988) 
 III Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde em Sundsvall (1991) 
 Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde de Bogotá (1992) 
 Primeira Conferência de Promoção da Saúde no Caribe, em Port of Spain (1993) 
 IV Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde em Jacarta (1997) 
 Rede de MEGAPAÍSES para Promoção da Saúde, Suíça (1998) 
 V Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde na Cidade do México (2000) 
 III Conferência Latino Americana de Promoção da Saúde e Educação para a Saúde, em São Paulo (2002) 
 VI Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde em Bangkok (2005) 
 Conferência Internacional de Saúde para o Desenvolvimento, em Buenos Aires (2007) 
 
CONFERÊNCIAS INTERNACIONAIS SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE. 
 
 I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde[editar 
Foi realizada em Ottawa, no Canadá, em novembro de 1986. O tema era “Promoção da Saúde nos 
Países Industrializados”, em decorrência das expectativas mundiais por uma saúde pública eficiente, 
focalizando em especial as necessidades dos países industrializados, e estendendo tal necessidade aos 
demais países. 
Mediante os progressos alcançados após a Declaração de Alma-Ata para a Atenção primária à saúde, 
o documento da OMS “As Metas da Saúde para Todos” e o debate ocorrido na Assembleia Mundial da Saúde 
sobre as ações intersetoriais necessárias, foi elaborada a Carta de Ottawa, que estabelecia fatores de 
importância para o alcance de uma saúde para todos. 
 
 II Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde 
Foi realizada em Adelaide, na Austrália, entre 5 e 9 de abril de 1988, e contou com 220 participantesde 42 países. O tema central era “Promoção da Saúde e Políticas Públicas Saudáveis”, ressaltando a 
importância das políticas voltadas para a saúde, e as principais alternativas mantiveram a direção já 
estabelecida nas Conferências de Alma-Ata e Ottawa. 
As estratégias para a ação em prol de políticas públicas voltadas para a saúde foram estabelecidas 
no documento denominado Declaração de Adelaide. 
 
 III Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde 
Foi realizada em Sundsvall, na Suécia, entre 9 e 15 de junho de 1991, e contou com 81 países. O 
tema era “Promoção da Saúde e Ambientes Favoráveis à Saúde”, com a conclamação de todos os povos do 
globo para o engajamento na causa ecológica como fator de saúde, apontando para a situação de milhões 
de pessoas que vivem em extrema pobreza, em ambientes ameaçadores à saúde. Ressaltava, portanto, que 
o ambiente físico, social, econômico ou político deveria ser cada vez mais propício à saúde. A conferência 
elaborou, como documento final, a Declaração de Sundsvall, que reconhecia a importância do papel de cada 
um na criação de ambientes favoráveis e promotores de saúde. 
 
 IV Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde. 
Foi a primeira a ter lugar em um país em desenvolvimento e a incluir o setor privado no apoio à 
promoção da saúde. Foi realizada em Jacarta, na Indonésia, de 21 a 25 de julho de 1997, e o tema era 
“Promoção da Saúde no Século XXI”. Foi oferecida uma reflexão sobre os determinantes da saúde, na 
identificação das direções e estratégias necessárias para enfrentar os desafios do século XXI. Foi elaborada, 
nessa Conferência, a Declaração de Jacarta. 
 
 V Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde. 
Foi realizada na Cidade do México, entre 5 e 9 de julho de 2000, e seu tema era “Promoção da Saúde: 
Rumo a Maior Equidade”. Reconheceu a responsabilidade dos governantes nas políticas de saúde, assim 
como a necessidade do compartilhamento dessas estratégias entre todos os setores sociais. 
O documento proposto, a Declaração do México, constatou uma melhora significativa do bem-estar 
social em muitos países do mundo, porém ressaltou a persistência de problemas que exigiam solução urgente 
e, para tanto, estabeleceu ações dirigidas à saúde, em especial à Saúde Pública. 
 
 
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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
 
 VI Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde. 
Foi realizada em Bangkok, na Tailândia, de 5 a 11 de agosto de 2005. O tema foi a “Promoção da 
Saúde num Mundo Globalizado”, com a elaboração da Carta de Bangkok, que buscou identificar as ações, 
os compromissos e as promessas necessárias para abordar os determinantes da saúde num mundo 
globalizado, através da promoção da saúde. A Carta de Bangkok se dirigiu a todas as organizações 
responsáveis pela manutenção dos objetivos de saúde, e defendeu como requisito do desenvolvimento global 
as políticas e alianças capazes de capacitar as comunidades para a melhoria social, além de reafirmar os 
valores e estratégias da CARTA DE OTTAWA. 
 
OUTRAS CONFERÊNCIAS 
 
 Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde de Bogotá 
Foi realizada sob o patrocínio do Ministério da Saúde da Colômbia e da Organização Pan-Americana 
da Saúde (OPAS), em Santafé de Bogotá, na Colômbia, de 9 a 12 de novembro de 1992. Contou com 550 
representantes de 21 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, 
El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República 
Dominicana, Uruguai e Venezuela). 
Entre tais representantes, estavam os Ministros da Saúde da Bolívia, Colômbia, Equador e Nicarágua; 
os vice-ministros da Saúde de Cuba, Guatemala e Panamá, e o prefeito de La Paz. Por parte da OPAS, 
compareceram o diretor da Secretaria Sanitária Pan-Americana, os coordenadores dos programas regionais 
de Promoção da Saúde, Saúde Ambiental, Serviços de Saúde e Saúde Materno-Infantil, e consultores 
provenientes da sede central e das representações dos países. Também participaram funcionários do setor 
saúde, especialistas, pessoas vinculadas a processos de promoção social, representantes de serviços de 
saúde e saneamento ambiental, de organizações não-governamentais e associações comunitárias, docentes, 
estudantes e profissionais da comunicação social. Seu tema foi o significado da promoção da saúde na 
América Latina, para o qual foram apresentados compromissos e estratégias relacionadas com o sucesso da 
saúde da população da região. A conferência elaborou, finalmente, um documento, a Declaração de Santafé 
de Bogotá. 
 I Conferência de Promoção da Saúde no Caribe. 
Entre 1 e 4 de junho de 1993, aconteceu em Porto de Espanha, Trinidad e Tobago, a Primeira 
Conferência de Promoção da Saúde do Caribe, com a participação de 125 pessoas do setor da saúde, além 
de representantes dos setores sociais caribenhos. Foi elaborada, a pedido da 13ª Reunião dos Ministros 
responsáveis pela saúde da região, a Carta do Caribe para a Promoção da Saúde, seguindo as metas das 
conferências anteriores, que defendiam a igualdade social e a atenção primária em saúde como fatores de 
bem-estar social. 
 
 III Conferência Latino Americana de Promoção da Saúde e Educação para a Saúde. 
Foi realizada em São Paulo, no Brasil, de 10 a 13 de novembro de 2002, tendo como promotores a 
IUHPE, FSPUSP, OPAS e MS. Contou com 1.500 participantes, de 18 países: Argentina, Brasil, Canadá, 
Chile, Colômbia, Costa Rica, EUA, França, Honduras, Itália, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico e Uruguai. 
O tema da conferência, "Visão Crítica da Promoção da Saúde e Educação para Saúde: Situação Atual e 
Perspectivas", teve como objetivo o estímulo e o desenvolvimento de estratégias de promoção da qualidade 
de vida e saúde e educação para a saúde na América Latina. Promoveu o debate sobre princípios, estratégias 
e compromissos orientados para a universalidade e a equidade no acesso aos direitos fundamentais e sociais 
da região. 
 Conferência Internacional de Saúde para o Desenvolvimento. 
Foi realizada em Buenos Aires, na Argentina, promovida pelo Ministério de Saúde do país, de 13 a 
17 de agosto de 2007. Seu tema, “De Alma-Ata à Declaração do Milênio; Conferência Internacional de Saúde 
para o Desenvolvimento: Direitos, Fatos e Realidades”, buscou contribuir para a concretização dos “Objetivos 
de Desenvolvimento do Milênio” previstos para 2015, ressaltando a importância da força de trabalho em 
saúde. 
Os principais tópicos em discussão foram os “Cuidados primários e sistemas de saúde no atual 
contexto global”, os “Recursos humanos para o novo milênio” e a “Equidade na saúde e financiamento”. 
 
 
 
 
 
 
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ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO-OSCIP 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL EM SAÚDE PÚBLICA 
REDE DE MEGA PAÍSES PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE. 
 
Foi idealizada pela Organização Mundial da Saúde, em Genebra, Suíça, entre 18 e 20 de março 
de 1998, mediante o reconhecimento da necessidade da formação de uma aliança entre os países mais 
populosos na busca de soluções para a promoção da saúde. Juntos, os MEGAPAÍSES atingem 60% da 
população do mundo: Bangladesh, Brasil, China, Índia, Indonésia, Japão, México, Nigéria, Paquistão, 
Federação Russa e Estados Unidos da América. Tal diversidade de países engloba todos os níveis de 
desenvolvimento, com diferentes estágios nos padrões de morbidade e de mortalidade. Trabalhando juntos, 
os MEGAPAÍSES poderiam, assim, se constituir em voz poderosa na aquisição mundial de políticas de

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