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Diabetes Melito: Fisiopatologia e Diagnóstico

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Fisiopatologia e diagnóstico da 
diabetes melito 
 Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes 
SBD. 2015/2016 
. 
American Diabetes Association 
ADA. 2016. Standards of medical care in diabetes. Diabetes Care 
 
Raul Hernandes Bortolin, Ph.D 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
Laboratório Multidisciplinar - LABMULT 
Laboratório de Biologia Molecular - LABIOMOL 
Metabolismo da Glicose 
ALLAN GAW. Bioquímica clínica : um texto ilustrado em cores, 2001 
Glicogênese 
Glicólise 
Equilíbrio Energético 
Insulina Glucagon 
Epinefrina 
 
Cortisol 
GH 
 
Tiroxina 
 
Somatostatina 
Ação rápida 
3 a 4h 
Glucagon 
Epinefrina 
 
Cortisol 
GH 
 
Tiroxina 
 
Somatostatina 
Ação rápida 
3 a 4h 
1. Aumento 
de glicose na 
corrente 
sanguínea 
2. Células beta do 
pâncreas aumentarão a 
secreção de indulina 
3. A insulina promove o 
transporte de glicose 
para dentro das células 
4. Diminuição da 
glicose no 
sangue 
5. Células 
alfa 
secreção 
glucagon 
6. Gluconeogênese no 
fígado 
 = GLICOSE 
 = INSULNA 
 = GLUCAGON 
Ilhotas de 
Langerhans 
Células 
Beta 
Células 
Alfa 
Ductos 
Células Delta 
Células Vermelhas 
Ácino Pancreático 
Pâncreas 
Pâncreas 
Pré-Pró-insulina 
Pró-insulina 
Pró-glucagon 
Glucagon 
Amilina 
Somatostatina 
Amilase, lipase, tripsina e elastase 
Insulina - síntese 
 Pré-pró-insulina 
 pró-insulina 
 Endopeptidase (PC1 e PC2) 
 
 Insulina (51 aa) 
 Peptídeo C (relação 5:1 a 15:1) 
 
 Secreção é estimulada pela 
hiperglicemia 
 
 
 
4. Farmacocinética 
Distribuição: 
• Circula como monômeros livres 
• Acúmulo principalmente no fígado e rim 
• Pouco acúmulo no cérebro e hemáceas 
 
Metabolização: 
• Meia vida de 5-6 minutos 
• Fígado (50%), rins e músculo 
 
Excreção: 
• Urina 
Mecanismo de liberação de insulina 
BELLl & KENNETH, 2001 
Glicose Receptor de 
Insulina 
Transportador 
de Glicose 
GLUT2 
Canal K+ ATP 
sensível 
Despolarização 
Grânulos 
contendo 
insulina 
Liberação 
de insulina 
Proteína 
 Quinases 
Retículo 
Endoplasmático 
Mitocôndria 
Glicose 
Glicólise 
Ciclos de Krebs 
Estoque de Ca2+ 
Intracelular 
Promotor Região 
Codificante 
Glicose-6-fosfato 
Ação da Insulina 
Atividade da 
Tirosina Quinase 
Fosforilação 
Glicogênio 
Transcrição 
Síntese de 
proteínas 
GLUT4, 
GLUT1 
Subunidade 
Subunidade 
6. Ações Fisiofarmacológicas 
Tipo de metabolismo Células hepáticas Células adiposas Músculo 
gliconeogênese 
 glicogenólise 
 glicólise 
 glicogênese 
captação de glicose 
síntese de glicerol 
captação de glicose 
glicólise 
glicogênese 
Metabolismo de 
lipídios 
 lipogênese 
 lipólise 
 síntese de triglicerídios 
 síntese de ácidos graxos 
 lipólise 
Metabolismo de 
proteínas 
 fracionamento das 
proteínas 
  captação de aa 
 síntese de proteínas 
Metabolismo de 
carboidratos 
Ações sobre DNA e RNA 
Interferência na síntese de enzimas relevantes 
Estimula a proliferação e diferenciação celular 
Efeitos a longo prazo: 
Glucagon 
 Pró-glucagon 
 Molécula: 29 aa 
 
 Inibido pela hiperglicemia 
 
 captaç ão de glicose 
 síntese de glicogênio 
 glicogenólise 
 gliconeogênese 
 GLICEMIA 
 glicogenólise 
 gliconeogênese 
 glicogenólise 
 captação de glicose  GLICEMIA 
 gliconeogênese 
 captação e utilização de glicose 
 captação de glicose 
Homônio Principais ações Principal efeito 
Principal hormônio regulador 
Insulina 
Principal hormônio contra- 
regulador 
Glucagon 
Catecolaminas 
Glicocorticóides 
Hormônio do crescimento 
IV. CONTROLE DA GLICEMIA 
Insulina x Glucagon Insulina x Glucagon 
Peptídeo Semelhante ao Glucagon (GPL1) e 
Peptídeo inibitório gástrico (GIP) 
 Intestino 
 Apartir de Glugacon 
 Meia vida de 2 a 3 min 
 
+ secreção de Insulina – refeição 
+ secreção de somatostatina (Regulação inibitória parácrina 
da insulina e glucagon) 
 
- secreção de Lipase e Glucagon 
- esvaziamento gástrico 
Proglucagon 
GLP-1 [7-37] 
GLP-1 [7-36NH2] 
Células L-intestinais 
(íleo) 
ProGIP 
GIP [1-42] 
Células K-intestinais 
(jejuno). Estimulado 
por comida gordurosa 
GLP-1 e GIP são sintetizados e secretados pelo 
intestino em resposta à alimentação oral 
Contra-reguladores 
 Somatostatina 
 Pâncreas, intestino e 
hipotálamo 
 Modulador 
 
 GH 
 Hipófise 
  Gliconeogênese 
  Lipóslise 
 Antagonista a ação da 
Insulina 
 
 IGFs – IGF 1 
 Fígado 
 Atividade semelhante a 
Insulina 
 
hipotálamo 
Adeno-hipófise 
Estresse, sono, 
 ritmo, exercício 
Drogas alfa-adrenérgicas 
e dopaminérgicas 
GH-RH (+) 
Somatostatina (-) 
(+) 
(+) 
( -) 
( -) 
Hormônio do 
crescimento 
 Fígado 
Somatomedina 
 
(IGFs) 
Contra-reguladores 
 Medula Adrenal – catecolaminas 
 Epinefrina 
 Feocromocitomo – hiperglicemia 
 
 Córtex Adrenal – glicocorticóide 
 Cortisol 
 Gliconeogênese - ↑ glicose 
 ↑ lipólise e proteína 
 Síndrome de Cushing - hiperglicemia 
 Doença de Addison - hipoglicemia 
Captação normal da Glicose 
1. Capacidade do pâncreas em secretar insulina 
 
2. Habilidade da insulina promover a captação da 
glicose nos tecidos alvo 
 
3. Habilidade da insulina em suprimir a produção 
da glicose hepática 
Diabetes mellitus 
 Doença metabólica de etiologia múltipla, caracterizada por 
hiperglicemia crônica decorrente da deficiência na secreção e/ou 
ação da insulina que conduzem a distúrbios no metabolismo de 
carboidratos, lipídeos e proteínas. 
 
O Diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica crônica, que está afetando 
a população de forma crescente, tornando-se um sério problema de Saúde 
Pública. 
Diabetes Atlas, 6h ed. International Diabetes Federation 2013 
Diabetes Atlas, 6h ed. International Diabetes Federation 2013 
América do norte 
e caribe 
América central e sul África 
Oriente médio 
Sudeste da Ásia 
Pacifico 
Diabéticos Sem diagnostico 
Brasil – 11,9 milhões de pessoas 
2013 
DM 
DM tipo 1 
DM tipo 
2 
Gestacional 
Outros 
ADA, 2016 
Classificação da Diabetes Melito 
Diagnóstico da Diabetes Melito 
SBD, 2015/2016; ADA, 2016 
Sintomas clássicos 
Polidipsia 
Poliúria 
Perda de peso 
(DM 1 ou descompensado DM 2) 
 
Cetoacidose – DM 1 
Polifagia 
http://dtr2001.saude.gov.br/pratique_saude/diabetes.htm 
Sintomas clássicos 
Cansaço, desânimo e fadiga 
Infecções freqüentes 
(pele e dos órgãos 
genitais) 
Alterações visuais 
http://dtr2001.saude.gov.br/pratique_saude/diabetes.htm 
Ganho de peso 
 VI. Abordagem Terapêutica 
Educação. Conscientização do paciente de todos os riscos e sintomas da doença 
Exercícios físicos. Contribui para o controle da glicemia e dislipidemia, diminui a 
insulino-resistência e ajuda a perder peso. 
 
Dieta 
Doença crônica  não impor ao indivíduo uma dieta muito restritiva. 
 
Plano Alimentar  nutricionalmente adequado e individualizado 
✓ visa o controle metabólico, pressórico e prevenção de complicações 
✓ valor calórico total (VCT) compatível com o peso corpóreo desejável. 
Composição da Dieta 
50-60% do VCT de carbohidratos, 
< 30% do VCT de gorduras, 
0,8 a 1,0 g/kg de proteínas, 
rica em fibras, vitaminase minerais 
 VI. Tratamento do Diabetes 
A) Insulinoterapia 
 
- D.M. Tipo 1 
- D.M. Tipo 2 (se necessário) 
- D.M. Gestacional 
 
B) Hipoglicemiantes orais 
- D.M. Tipo 2 
I. Diabetes tipo 1 
 Classificações anteriores: 
 Diabetes melito tipo I dependente de insulina ou Diabetes juvenil 
 75% < 30 anos 
 
 Deficiência de produção/secreção de insulina 
 Insulinopenia – após destruição de 80 a 90% 
 
 Imunomediada (tipo 1A) - Infiltrativo crônico - Insulite 
 
 Idiopática (tipo 1B): 
 não apresenta característica de autoimunidade, a frequencia é baixa, e altamente 
correlacionada com herança familiar, ocorre mais em africanos e asiáticos. 
 Marcadores de auto-imunidade 
 
 Anticorpos anticélulas das ilhotas (ICAs) 
 75 a 85% dos DM1 
 
 Auto-anticorpos antiinsulina (IAAs) 
 90% das crianças < 5 anos 
 40% após 12 anos 
http://www.diabetes.org.br/educacao/docs/atualizacaodiabetes2006.pdf 
 Anticorpos antiisoforma de 65kD do ácido glutâmico descarboxilase (GAD 65) 
 ~ 60% dos DM1 
 pode ser detectado até 10 anos antes da manifestação da doença 
 Identifica diabeticos tipo 2 que progridem para o tipo 1 
I. Diabetes tipo 1A 
 Fatores ambientais (exposição) 
 Infecções virais (ex. enterovirus, rubéola e outros) 
 toxinas (ex. nitrosaminas) 
 alimentos (ex. exposição precoce a proteínas do leite de vaca, cereais, glúten ou soja) 
 
 Fatores Genéticos predisponentes: 
 
 Sistema HLA: HLA DR (DR3/DR4) e DQA (DQA/DQB) 
 Contribuem para 50% de risco de Diabetes tipo 1A 
 
 Outros genes 
 Insulina (INS) 
 Glicoquinase (GCK) 
 Fator de crescimento insulina-símile 1 (IGF1) 
 Receptor de proliferador de peroxissoma ativado (PPARG) 
 Enzima conversora de angiotensina (ACE) 
 Apolipoproteina E (APOE) 
I. Diabetes Melito tipo 1 
Fisiopatologia do DM1 
Insulite 
Ausência na 
produção de 
insulina 
 A) Insulinoterapia 
* Mistas: regular/lispro + NPH/Glargina 
Classificação das Insulinas 
Categoria preparados fonte Ação (horas) 
(tempo de ação) início pico duração 
 
Ultra Rápida 
(s.c.) 
 
Lispro 
 
hr 
 
0,25 
 
0,5-1,5 
 
2-5 
Rápida Regular solúvel hr, p, b 0,5-0,7 1,5-4 5-8 
(EV, IM, s.c.) (cristalina) 
Intermediária NPH (isófana) hr, p, b 1-2 6-12 18-24 
(s.c.) Lenta hr, p, b 1-2 6-12 18-24 
 
Prolongada 
 
Ultralenta 
 
hr 
 
4-6 
 
16-18 
 
20-36 
(s.c.) Protamina zinco hr 4-6 14-20 24-36 
Glargina hr 2-5 5-24 18-24 
Insulinoterapia 
Medidor de glicemia Aplicador de insulina 
Insulina Inalável 
Insulinoterapia 
%
 d
a
 T
a
x
a
 M
á
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 d
e
 I
n
fu
s
ã
o
 d
e
 G
li
c
o
s
e
 
0 
20 
40 
60 
80 
100 
0 540 600 
Heise T. et al. Diabetes 2000;49(Suppl 1):A10 
 
60 120 180 240 300 360 420 480 
 
Tempo (min) 
Insulina Inalável 
Insulina Lispro 
Insulina Regular 
Tempo de ação pós-absorção 
Insulinoterapia 
• Hipoglicemia 
Efeitos Adversos: 
dosagem errada 
falta de alimentação 
exercício não programado 
• Reações alérgicas 
• Lipodistrofia 
• Resistência à insulina 
 
Interações medicamentosas 
Genes 
Deficiência de Secreção de Insulina 
Ambiente 
Intolerância 
Diabetes tipo 2 
 Intolerância 
Genes 
Resistência à Insulina 
Ambiente 
Fígado 
Músculo 
Tecido Adiposo 
Pâncreas 
II. Diabetes tipo 2 
Fisiopatologia do DM2 
 90% dos casos de DM 
 
 Não é uma doença auto-imune 
 
 Sintomas Mínimos 
 
 Doença multifatorial 
 
 Complexa interação entre fatores genéticos e ambientais 
 
 Fenótipo corresponde a uma grande variedade de genótipos 
 
II. Diabetes tipo 2 
 
 
 
Resistência à 
Insulina 
Envelhecimento Histórico Familiar 
Pré-diabéticos 
Hipertensão 
Dislipedemia 
↑TG ↑LDL ↓HDL 
Sedentarismo Obesidade 
DMG 
II. Diabetes tipo 2 – fatores de risco 
Síndrome Metabólica 
Genes Diabetogênicos – DM2 
Falhas na regulação do metabolismo glicídico e lipídico, diferenciação 
e apoptose das células beta 
 IB1 (fator 1 cerebral de ilhota) 
 HNF1 (fator de transcrição nuclear de hepatócito 1 alfa) 
 HNF4 (fator de transcrição nuclear de hepatócito 4 alfa) 
 GPB3 (Subunidade beta 3 da proteína G) 
 PPARγ (Receptores Ativados por Proliferadores de Peroxissoma gamma) 
 gene da insulina 
 IRS (receptor de insulina) 
 IRS-1 (substrato 1 do receptor de insulina) 
 GLUT2 (transportador de glicose) 
 GSY1 (glicogênio sintase muscular) 
Mutações: redução da transcrição, hipoinsulinemia e menor 
sensibilidade à insulina. 
 
FIEVET et al., 2006 
1. Sulfoniluréias 
• Análogos de 1a. Geração: 
Tolbutamida 
Clorpromamida 
Acetohexamida 
• uso contínuo: - redução dos níveis de insulina, 
- níveis de glicose continuam baixos. 
Mecanismo de Ação: 
• estimulam liberação de insulina - bloqueiam canais de K+/ATP sensíveis 
• diminuem eliminação hepática do hormônio 
R1 R2 
O 
SO2NH-C-NH 
B) Hipoglicemiantes orais 
•Análogos de 2a. Geração: 
Glibenclamida 
Glipizida 
Glimepirida (ap) 
Mecanismo de 
Ação 
+ 
K+ 
Ca++ 
+ 
Glicose 
Amino 
ácidos 
M
et
a
b
o
li
sm
o
 
[ATP] 
[ADP] 
K+ 
AMPc 
+ 
ADP 
P 
[Ca++]i 
Fosforilação 
Célula  
Insulina 
Sulfoniluréias 
Sulfonil
uréias Absorção, metabolismo e excreção: 
• Absorção pelo trato gastro-intestinal 
• Ligação a proteínas plasmáticas (90%) 
• meia vida rápida (3-5 h), mas efeito prolongado. 
• Metabolismo hepático 
• Excreção urinária 
 
Usos terapêuticos: 
• D.M. tipo 2 associadas com dieta e/ou insulina 
Efeitos colaterais 
• hipoglicemia (interação com drogas que ligam proteínas plasmática) 
• ganho de peso 
- contra-indicada na gravidez e lactação 
2.1. Repaglinida (Prandin) 
(Derivado do ácido benzóico) 
Absorção e Metabolismo : 
• abs. rápida, pelo trato gastro-intestinal 
• meia-vida: 1h 
• metab. hepático (maior parte) e renal 
Efeitos colaterais: 
• hipoglicemia 
NH 
COOH 
OC2H5 
CH3 
H3C 
N 
O 
2. Outros fármacos que  secreção de insulina 
2.2. Nateglinida (Starlix) 
(Derivado da D-fenilalanina) 
 
↑ Secreção rápida, mas menos sustentada 
- adm. 10 min antes das refeições 
- menos hipoglicemia 
- menor ganho de peso 
 
Absorção e Metabolismo : 
• rápida, pelo trato gastro-intestinal 
• meia-vida: 1h 
• Metab. hepático (maior parte) e renal 
 
 
Uso terapêutico: 
• redução glicemia pós-prandial no diabetes tipo 2 
Mecanismo de 
Ação 
+ 
K+ 
Ca++ 
+ 
Glicose 
Amino 
ácidos 
M
et
a
b
o
li
sm
o
 
[ATP] 
[ADP] 
K+ 
AMPc 
+ 
ADP 
P 
[Ca++]i 
Fosforilação 
Célula  
Insulina 
Repaglinida 
Nateglinida 
3. Biguanidas 
Mecanismo de ação: 
- diminui produção hepática de glicose (gliconeogênese) 
- aumenta sensibilidade à insulina no músculo e tec. adiposo 
- anti-hiperglicemiante (não interfere insulina) 
-  absorção intestinal de glicose 
-  enzimas lipogênicas,  TGC 
 
Absorção e excreção: 
- intestino delgado, excretada na urina (inalterada) 
- não liga à proteínas plasmáticas 
- meia-vida curta, adm. 2-3x ao dia às refeições (máx. 2,5g/dia) 
 
Uso terapêutico: 
- sozinha ou associado com sulfoniluréias e/ou insulina 
- reduz complicações vasculares e infarto (menos dislipidemia) 
- pacientes obesos (anorexia) c/ resistência 
Fenformina (acidose lática) 
Metformina4. Tiazolidinedionas 
Mecanismo de ação: 
• Agonistas seletivos para receptor  ativado por 
proliferador de peroxissoma (PPAR) 
 
•  resistência periférica insulina (requer insulina p/ agir) 
•  produção de glicose pelo fígado 
•  transportadores de glicose no músculo e tecido adiposo 
• ativam genes que regulam metabolismo de ácidos graxos 
•  lipólise,  HDL,  TGC 
•  adiponectina,  leptina, TNF 
 
Metabolismo: fígado 
Troglitazona 
Rosiglitazona 
Pioglitazona 
Tiazolidinediona 
PPAR- 
GLUT-4 
Genes sensíveis 
Insulina 
Glicose 
Glicose 
Ác. graxos 
FATP 
aP2, 
acilCoa sintase 
lipogênese 
difer. adipócito 
lipoproteína 
lipase 
Mecanismo de 
Ação 
5. Inibidores de -glucosidase 
Acarbose 
miglitol 
 
Mecanismo de ação: 
• inibição da -glucosidase intestinal, diminuindo a 
absorção de carbohidratos. 
• bloqueia o aumento da glicose plasmática pós-prandial 
 
Uso terapêutico: 
• pacientes idosos com hiperglicemia pós-prandial. 
6. Outros antidiabéticos 
- Exedin-4 
- Vidagliptina, Sitagliptina 
➢Análogo de GLP1 (incretina) 
➢Inibidor de DPP-4 
(dipeptidil-peptidase-4, degrada GLP1) 
Ações: 
 secreção de insulina induzida por nutrientes 
 biossíntese de insulina via AMPc-PKA 
• Estimula crescimento e neogênese de célula  
• Promove saciedade 
ANÁLOGOS 
HIPERGLICEMIA 
Pós-absortiva 
Diminuição da 
captação periférica 
de glicose 
Aumento da 
produção 
hepática de 
glicose 
Diminuição 
da secreção 
de insulina 
Inibidores de 
-glicosidase 
Biguanidas 
Sulfoniluréias 
Repaglinida 
Nateglinida 
Tiazolidinedionas 
 Antidiabéticos Orais 
Tratamento do Diabetes 
Mellitus 
Perspectivas: 
 
 
• Terapia gênica 
 
• Transplante de ilhotas 
A. Defeitos genéticos da função das células β 
1. Cromossomo 20, HNF-4 (MODY1) 
2. Cromossomo 7, glucoquinase (MODY2) 
3. Cromossomo 12, HNF-1 α (fator de transcrição nuclear de hepatócito 1 alfa) 
(MODY3) 
4. Cromossomo 13, insulin promoter factor-1 (IPF-1; MODY4) 
5. Cromossomo 17, HNF-1 (MODY5) 
6. Cromossomo 2, NeuroD1 (MODY6) 
7. Mitocondrial DNA (diminuição da fosforilação oxidativa) 
8. Outros 
III. Outros tipos específicos 
 MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) – 1972 
 Corresponde a 1-5% do total de doentes diabéticos 
 Herança autossômica dominante (3 gerações atingidas) 
 Infância, adolescência ou juventude (< 25 anos) 
B. Defeitos genéticos da ação da Insulina 
1. Resistência à insulina (GLUTs) 
2. Leprechaunismo 
3. Síndrome de Rabson-Mendenhall 
4. Diabete Lipoatrófico 
5. Outros 
III. Outros tipos específicos 
C. Doença do pâncreas exócrino 
1. Pancreatite 
2. Traumatismo/ pancreatectomia 
3. Neoplasia 
4. Fibrose cística 
5. Hemocromatose 
6. Pancreatopatia fibrocalculosa 
7. Outras 
D. Endocrinopatias 
1. Acromegalia 
2. Síndrome de Cushing 
3. Glucogonoma 
4. Feocromocitoma 
5. Hipertiroidismo 
6. Somatotatinoma 
7. Aldosteronoma 
8. Outras 
III. Outros tipos específicos 
E. Induzida por fármacos 
1. Glicocorticóides 
2. Tiazidas 
3. Interferon-α 
4. Agonistas β-adrenérgicos 
5. Outros 
F. Infecções 
1. Rubéola congenita 
2. Citomegalovírus 
3. Outros 
G. Formas raras de diabetes imunomediado 
1. Síndrome do Homem rígido 
2. Anticorpos anti-receptor de insulina 
3. Outos 
H. Outras síndrome genéticas algumas 
vezes associadas com diabetes 
1. Síndrome de Down 
2. Síndrome Klinefelter 
3. Síndrome Turner 
4. Síndrome de Prader-Will 
5. Distrofia Miorônica 
6. Porfiria 
7. Outras 
IV. Diabetes Melito Gestacional 
http://www.diabetes.org.br/educacao/docs/atualizacaodiabetes2006.pdf 
 É a intolerância aos carboidratos, em variados graus de intensidade, 
diagnosticada pela primeira vez durante a gestaçao, e que pode ou não 
persistir após o parto 
 
 EUA 6% a 8% 
 40% a 70% DM2 
 
 Sintomas: 
 Urinar muito 
 Ter sede exagerada 
 Comer muito 
 Perda ou aumento exagerado de peso 
 Cansaço, fraqueza e desânimo. 
 
 
OBS: O diabetes gestacional pode estar presente mesmo sem que a mulher 
apresente quaisquer desses sintomas 
 
 
 Consequências do aumento anormal da glicose para a mãe e o bebê: 
 Macrossomia - a criança cresce muito e pode nascer pesando mais que 4 Kg; 
 Bebê com hipoglicemia 
 Morte fetal intra-útero 
IV. Diabetes Melito Gestacional 
Complicações do Diabetes: 
Agudas 
Hiperglicemia 
Hipoglicemia 
Cetoacidose diabética 
Estado hiperosmolar 
hiperglicêmico 
Crônicas 
Retinopatia 
Nefropatia 
DCV 
Neuropatia 
Osteopatia 
Complicações Agudas 
Cetoacidose diabética 
 Disfunção metabólica grave causada pela deficiência relativa ou absoluta de 
insulina, associada ou não a uma maior atividade dos hormônios contra-
reguladores (cortisol, catecolaminas, glucagon, hormônio do crescimento). 
 
 É uma complicação grave, com 5% de risco de óbito, mesmo quando tratada 
adequadamente (DM1) 
 
 Fatores de pior prognóstico: extremos de idade, presença de coma e de 
hipotensão 
 
 A morbidade está relacionada com distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base 
 
Complicações agudas 
Cetoacidose Diabética 
• Acúmulo de corpos cetônicos 
 
• Diurese osmótica com perda de água, glicose e íons (Na, Cl, K, Mg e P) 
↓ Insulina 
↑ Lipólise 
↓ Reesterificação de 
Ác. Graxos em TG 
↑ Ác. Graxos 
livres 
↑ Glucagon:Insulina 
Oxidação de 
Ác. Graxos 
Complicações agudas 
• Glicemia: > 250 mg/dL 
 
• Acidose metabólica: pH < 7,3 
 
• Bicarbonato < 15 mEq/L 
 
• Hipercetonemia 
Cetoacidose Diabética 
O pH normal do sangue: 7,35-7,45 
Bicarbonato: 21 a 28 mEq/L 
64 
 
• Glicemia > 600mg/dL 
 
• pOsm > 320 mOsm/Kg 
(Normal: 285 mOsm/kg) 
 
• Cetonúria geralmente neg. 
 
• Depressão do nível de 
consciência 
Estado Hiperosmolar 
Hiperglicêmico 
Complicações agudas 
 Característica do diabético tipo 2. 
 A deficiência de insulina gera a produção 
de glicose pelo fígado - glicogenólise e 
gliconeogênese. 
 A deficiência de insulina compromete a 
utilização de glicose pelo músculo. 
 A hiperglicemia induz a diurese osmótica. 
 A diurese osmótica gera depleção de 
volume intravascular. 
Complicações crônicas 
Lesões definitivas 
nas paredes dos 
vasos que nutrem a 
retina. 
Complicações crônicas 
 Caracterizada pela 
degeneração progressiva dos 
axônios das fibras nervosas; 
 Disfunção dos nervos 
periféricos, dormência, 
queimação, formigamento, 
pontadas, choques e 
agulhadas nos membros 
inferiores 
 Ulceras nos pés 
 
 
Complicações crônicas 
 Albuminúria persistente 
(>300mg/24h) em pelo 
menos 2 ocasiões em 6 
meses 
 Prevalência: 
 DM1: 25-40% 
 DM2: 15% 
 Associado à hipertensão e 
falência renal 
DIABETES, VOL. 54, JUNE 2005 
Mecanismos das complicações 
Produtos finais de 
glicação avançada 
Via do sorbitol Proteína quinase C 
(PKC -β) 
Estresse oxidativo 
↓ de óxido 
nítrico 
Proliferação celular Permeabilidade vascular Adesão celular 
Complicações micro e macrovasculares 
Diagnóstico Laboratorial do DM 
 Glicemia do jejum 
 Hemoglobina glicada (HbA1c) - HPLC 
 Curva glicêmica ou Teste Oral de Tolerância à 
Glicose 
 Dosagem da Insulina 
 Dosagem do Peptídeo C 
 Sinais e sintomas 
 
 
Referencias 
 
AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Standards of medical carein diabetes - 2016. 
Diabetes Care. 
 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 
2015-2016.

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