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AÇÃO PARA REPARAÇÃO DE DANOS

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"São elementos indispensáveis à configuração do ato ilícito:
1º) fato lesivo voluntário, ou imputável, causado pelo agente por ação ou omissão voluntária (dolo), negligência, imprudência ou imperícia (culpa), que viole um direito subjetivo individual. [...]
2º) ocorrência de um dano, pois para que haja pagamento da indenização pleiteada, além da prova da culpa ou do dolo do agente, é necessário comprovar a ocorrência de um dano patrimonial ou moral [...]
3º) nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente, visto que a responsabilidade civil não poderá existir sem a relação de causalidade entre o dano e a conduta ilícita do agente."
(DINIZ, M. H. Curso de Direito Civil Brasileiro. 11ª ed. aum. e atual. São Paulo: Saraiva, 1996. 3º vol, p. 596/597)
11. Além disso, presume-se culpado aquele que colidiu contra a traseira, consoante remansosa jurisprudência do TJRS:
Isto posto, requer:
a) Seja o Réu citado para que compareça a sessão de conciliação, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato;
b) Condene-se o Réu ao pagamento de ___________ reais (R$ ______), atualizados monetariamente e acrescidos dos juros legais;
c) Protesta o Autor em provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do Réu e oitiva de testemunhas a serem oportunamente arroladas.
Dá-se a causa o valor de : R$ _____
Nestes Termos.
Pede Deferimento.
___________, ___ de ___________ de 20__.
p.p. ___________
OAB/
Modelo de Petição - Reparação de danos - Acidente de trânsito de acordo com Novo CPC
DO PROCEDIMENTO.
Vejamos o que o Novo Código de Processo Civil determinou, em relação ao artigo 275, do CPC/73 (Procedimento sumário), in Novo Código de Processo Civil: anotado e comparado: Lei nº. 13.105, de 16 de março de 2015 - Dario Ribeiro Machado Junior e outros; coordenação Paulo Cezar Pinheiro Carneiro, Humberto Dalla Bernardina de Pinho. – Rio de Janeiro: Forense, 2015: “O NCPC extinguiu o rito sumário previsto no CPC/1973. No novo sistema, convivem apenas o procedimento comum e os procedimentos especiais. De acordo com o artigo 275, do CPC/1973, observava-se o rito sumário nas causas cujo valor não excedesse sessenta salários mínimos e naquelas afetas às matérias do seu inciso II, independentemente do valor. Essas últimas, no entanto, já podiam ser processadas perante os juizados especiais, graças a previsão expressa da Lei n.º 9.099/1995, art. 3º, II. A norma em comento mantém expressamente essa competência ao menos até a edição de lei específica, observadas, contudo, as restrições em razão da matéria e da pessoa impostas pela própria Lei dos Juizados Especiais (arts. 3.º, § 2.º, e 8.º)”.
Prossegue: “A partir da vigência do Novo CPC, remissões legais à legislação processual, sem especificação de procedimento, implicam a adoção do rito comum”.
A Lei 13.105/2015 (NCPC), em seu artigo 1.049, assim prescreve:
“Sempre que a lei remeter a procedimento previsto na lei processual sem especificá-lo, será observado o procedimento comum previsto neste Código.
Parágrafo único. Na hipótese de a lei remeter ao procedimento sumário, será observado o procedimento comum previsto neste Código, com as modificações previstas na própria lei especial, se houver”.
EXPOSIÇÃO DOS FATOS.
No dia XXXXXXXXXXXX repentinamente mudou de faixa, sem os cuidados necessários, a fim de passar pela guarita “sem parar”, atingindo o veículo XXXXXXXXXXXXX conduzido pela Requerente, causando as avarias na lateral (frente e traseira); portas (dianteira e traseira) e retrovisor do lado esquerdo.
A Requerente conduzia seu veículo com os faróis acesos, obedecendo às exigências do CTB, com as cautelas necessárias. Somente não ocorreu uma tragédia, em razão do tamanho do veiculo causador, por estarem próximos ao pedágio e transitando em velocidade baixa, a fim de passarem pelas guaritas, mesmo assim, ao ver o caminhão vindo para cima do seu veículo, a condutora e seus familiares tomaram grande susto, experimentaram pânico e muito medo.
DA RESPONSABILIDADE CIVIL.
A Carta Constitucional de 1988, assim preceitua:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação.
Consoante artigos 186 e 927, “caput” do Código Civil Brasileiro:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
De acordo com o artigo 28 do Código de Trânsito Brasileiro:
“o condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis a segurança do trânsito”.
Os fatos mostram que o condutor não estava observando os cuidados indispensáveis à segurança do trânsito, agindo com total falta de atenção. Também não observou o disposto no artigo 29 da mesma lei, que trata sobre as normas gerais de circulação de veículos, em especial o inciso II, que trata sobre distância de segurança:
DOS DANOS MORAIS.
A Magna Carta em seu artigo 5º consagra a tutela do direito à indenização por dano material ou moral decorrente da violação de direitos fundamentais, tais como a honra e a imagem das pessoas: "Art. 5º (...) X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;(...)”.
XXXXXXXXXXXXXX (doutrina)
Vossa Excelência comprovará, pelos e-mails acostados, que a xxxxxxx protelou, enganou, de tudo fez para que a humilde e trabalhadora Requerente, por meio do cansaço, desistisse de buscar o que lhe é de direito!
Desde o dia xxxxxx, a Requerente vem sendo ludibriada com diversas promessas, inclusive, informou seus dados bancários, confiando na idoneidade da xxxxxxxxx, que, de fato, inexiste!
Foram perdas de tempo, irritabilidades, decepções que infligiram a esfera psicológica da Requerente.
A frustração do negócio repercutiu no meio familiar, profissional e por entre os seus amigos, sendo induvidosa a ocorrência do dano.
A presente pretensão é absolutamente legítima, não se tratando, sob hipótese alguma, da banalização da jurisdição por conflito ínfimo.
A jurisprudência pátria já firmou esse entendimento, reforçando os termos da legislação. Senão vejamos:
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx colocar julgados
Requer, portanto, que as Requeridas, solidariamente, sejam condenadas ao pagamento de indenização pelos danos morais experimentados pela Requerente, cujo quantum indenizatório corresponda a um valor que seja capaz de trazer o devido apenamento às Requeridas é e de persuadi-las a não repetirem mais o ato ilícito.
No caso em tela, postula a reparação do dano moral, no valor de XXXXXXX cujo valor deverá ser corrigido até a data do efetivo pagamento.
Ressalta-se que o presente requerimento, não impede que, esse Douto Juízo arbitre outro valor indenizatório pelos danos morais, o qual deverá atender o cumprimento dos princípios da satisfação/punição.
DOS PEDIDOS.
Ante o exposto, com supedâneo na legislação correlata, especialmente os artigos 186 e 927, do Código Civil e artigo 1049, do Novo CPC, requer de Vossa Excelência:
1) A citação das Requeridas, nos termos do artigo 249, NCPC, por carta com Aviso de Recebimento, e, em caso de citação por Oficial de Justiça, com os benefícios do artigo 212, do NCPC, para, querendo, vir contestar a presente ação, sob pena de revelia e confissão;
2) Os depoimentos pessoais das Requeridas, por seus representantes legais e depoimento pessoal do Requerido;
3) A procedência total da presente ação, condenando (solidariamente) os Requeridos aopagamento dos danos materiais: XXXXXXXX para conserto do veículo; indenização pela depreciação do bem, em virtude das avarias, no valor equivalente a 20% da tabela de venda (referência abril/16 – anexo), hoje, em XXXXXXXXXe a indenização pelos danos morais infligidos, no valor XXXXXXXXXXXXXXX, com as atualizações até o efetivo pagamento;
4) A condenação das Requeridas no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios (Artigo 85, § 19, Novo CPC);
5) Os benefícios da Justiça Gratuita, em razão de a Requerente ser pobre na acepção jurídica do termo, sem prejuízo do seu sustento e de sua família, conforme declaração de insuficiência e comprovante de renda, artigos 98 e 99, do Novo CPC.
Protesta provar o alegado por todos os meios admissíveis em direito, em especial pelos depoimentos dos representantes legais das Requeridas e depoimento pessoal do Requerido, perícias, oitiva de testemunhas arroladas (abaixo), juntada de documentos, bem como as provas para o deslinde do feito.
Dá-se à causa o valor de XXXXXXXXX
Termos em que,
Pede deferimento.
LOCAL/DATA/ADVOGADO.
Ação Indenizatória por danos morais e materiais (Rito Sumário)
Acidente veículo automotor.
RECOMENDAR17COMENTAR
4
Publicado por Thiago Silva
há 2 anos
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE OSASCO - SP.
XXXXXXXXX, brasileiro, casado, mecânico de autos, portador da carteira de identidade RG XXXXXXXXXX SSP/SP e inscrito no CPF XXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua Duke Uellington, XXXX – Jd. Baronesa – Osasco – SP, CEP 06268-140 vem respeitosamente por seu advogado ao final subscrito, com endereço profissional ao rodapé, com fulcro nos artigos 186, 927 e 944, todos do Código Civil, na Lei 9099/1995 c/c art. 275, inciso II, alínea d, do Código de Processo Civil, vêm a Vossa Excelência ajuizar a presente
AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS PELO RITO SUMÁRIO
em face de XXXXX, brasileiro, casado, de profissão desconhecida, RG e CPF não sabidos, residente e domiciliado na Rua Padre Vieira, XXX – Piratininga – Osasco – SP, CEP 06230-080, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
1. DOS FATOS:
Na data de 03/10/2015, por volta das 18:00 horas, o autor, trafegava com seu veículo marca Volkswagen, modelo Gol CLi, ano/modelo 1995/1996, cor vermelha, placas..., chassi... Pela Avenida Getúlio Vargas, altura do número..., no sentido bairro-centro, quando o semáforo abriu. O veículo que ia a frente (um Renault/Logan) saiu e logo em seguida parou para aguardar movimentação de um outro veículo não identificado. Nesse momento, o veículo conduzido pelo réu, um Chevrolet (GM)/Corsa Hach Maxx, de placas..., ano/modelo 2007, cor vermelha/preta, chassi... Atingiu violentamente a traseira do veículo do autor, arremessando-o contra o veículo Logan que estava parado à frente, conforme Boletim de Ocorrência lavrado pela Polícia Militar (documento anexo).
O veículo do autor teve avarias nos pontos de impacto descritos no Boletim de Ocorrência, bem como em outros, conforme imagens que instruem esta peça exordial.
O autor tentou compor com o réu para que este efetuasse o pagamento dos seus prejuízos, mas o mesmo se quedou inerte em ressarcir os prejuízos experimentados pelo autor, que até a presente data não teve condições de arrumar a seu veículo, uma vez que trabalha como autônomo e possui parcos recursos.
O reparo do veículo, como comprova 3 orçamentos anexos, fica em R$ 4.190,00 (quatro mil, cento e noventa reais) conforme o Orçamento feito pela empresa de funilaria XXXXXXXXXXX.
Assim, procura o autor este Egrégio juízo, para que seja o réu compelido a arcar com os prejuízos que lhe causou, senão vejamos:
2. DO DIREITO:
Antes de falarmos do caso concreto, nunca é demais lembrarmos do conceito doutrinário acerca da reparação civil. Ensina o eminente Prof. Washington de Barros Monteiro que:
"Em face, pois, da nossa lei civil, a reparação do dano tem como pressuposto a prática de um ato ilícito. Todo ato ilícito gera para seu aturo a obrigação de ressarcir o prejuízo causado. É de preceito que ninguém deve causar lesão a outrem. A menor falta, a mínima desatenção, desde que danosa, obriga o agente a indenizar os prejuízos consequentes de seu ato." (Curso de Direito Civil, vol. 5, p. 538).
Já a notória civilista Maria Helena Diniz, assim preleciona:
“A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou de simples imposição legal. (Curso de Direito Civil Brasileiro, volume 7, 20. Ed. Saraiva, p. 217)”.
No caso em exame, a culpa pelo evento danoso é atribuída apenas e tão somente ao Réu pela inobservância de um dever que devia conhecer e observar, a saber, a cautela ao conduzir veículo automotor em via terrestre. Neste sentido, o texto art. 29, II do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9503/1997)é cristalino:
"Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;".
Não resta dúvida que o réu, por imprudência, infringiu as mais elementares normas de trânsito, tendo sido a sua ação culposa a causa exclusiva do evento danoso. Há de se ressaltar que o autor que dirigia com cautela, tanto que freou o seu carro normalmente, sendo a inobservância do réu quanto a observância da distância e velocidade segura, a única causa, repetimos, da colisão causadora dos danos.
No tocante à responsabilidade em colisão de veículos automotores, a jurisprudência pátria assim tem decidido:
JUIZADO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MATERIAIS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. COLISÃO TRASEIRA. FREADA BRUSCA. PRESUNÇÃO DE CULPA. RECURSO PROVIDO. 1. Age com culpa quem conduz veículo automotor sem guardar distância segura com relação ao carro que segue à sua frente e sem a necessária atenção às condições de trânsito, vindo a colidir na traseira desse veículo (Arts. 29, inciso II, e 192 da Lei nº 9.503/97). 2. Conforme se depreende das provas, restou incontroverso que o veículo do autor colidiu na parte traseira do carro do réu, causando os danos descritos no pedido contraposto e estimados por orçamentos anexados aos autos. 3. Provados a ação, o dano, o nexo causal e a culpa (imprudência) do autor, surge o dever de indenizar. Demonstrada a extensão dos prejuízos, a condenação deve compreender a recomposição integral do patrimônio danificado pelo ato ilícito, em estrita observância aos artigos 186, 927 e 944, do Código Civil. 4. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
(TJ-DF - ACJ: 20130910287220 DF 0028722-94.2013.8.07.0009, Relator: LUÍS GUSTAVO B. DE OLIVEIRA, Data de Julgamento: 24/02/2015, 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do DF, Data de Publicação: Publicado no DJE: 04/03/2015. Pág.: 470)
Ainda sobre o tema, o Tribunal de Justiça bandeirante assim decidiu:
RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE VEÍCULOS. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. COLISÃO TRASEIRA QUE GEROU ENGAVETAMENTO. CULPA DO RÉU QUE NÃO FREOU EM TEMPO OPORTUNO, DE MODO A EVITAR O CHOQUE. INOBSERVÂNCIA DE REGRA BÁSICA DE CONDUÇÃO, QUE IMPÕE A MANTENÇA DE DISTANCIAMENTO ADEQUADO EM RELAÇÃO AO VEÍCULO DA FRENTE. PRESUNÇÃO DE CULPA NÃO DESFEITA PELA PROVA. RESPONSABILIDADE DO DEMANDADO CONFIGURADA. PARCIAL PROCEDÊNCIA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. O fato de o veículo conduzido pelo réu, colidir com o veículo que se encontrava parado à sua frente em razão de engavetamento, por si só, autoriza o reconhecimento de sua culpa. Cabia ao motorista do veículo que seguia logo atrás manter o distanciamento adequado, exatamente pela possibilidade da ocorrência de brusca parada, fato perfeitamente previsível.A culpa é inequívoca e determina a responsabilidade do demandado causador do acidente à reparação dos danos. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS DECORRENTES DE ACIDENTE DE VEÍCULOS. JULGAMENTO DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS A SER CORRIGIDA A PARTIR DA DATA DOS GASTOS. JUROS DE MORA INCIDENTES A PARTIR DO EVENTO. NECESSÁRIA FIXAÇÃO, CUJA DISCIPLINA É DETERMINADA POR LEI. OBSERVAÇÕES EFETUADAS. 1. Omissa a sentença a respeito da incidência da correção monetária e juros de mora, impõe-se realizar a retificação respectiva, inclusive para exato cumprimento do artigo 293 do CPC. 2. Em se tratando de responsabilidade extracontratual, os juros legais incidem a partir da data do fato (STJ, Súmula 54). 3. A correção monetária nada acrescenta ou tira, apenas mantém o poder aquisitivo da moeda, permitindo assegurar a mesma realidade de valor frente à inflação. Assim, quanto aos danos materiais, deve ser computada a partir da época dos gastos.
(TJ–SP – APL: 00101945920108260309 SP 0010194-59.2010.8.26.0309, Relator: Antônio Rigolin, Data de Julgamento: 04/06/2013, 31ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 06/06/2013)
Logo, não restam dúvidas quanto a responsabilidade do réu.
O dever de indenizar, no Direito Brasileiro, vem disciplinado tanto no texto Constitucional, quanto na consonância expressa dos artigos 186, 927 e 944, todos do Código Civil vigente. No Texto Magno, tal responsabilidade é elevada a Garantia Fundamental, assim compreendida a descrita no artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal, cuja dicção é a seguinte:
“Art. 5º...
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente da sua violação”
Já no Código Civil:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.
“Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano”.
Assim, é notório que o Réu causou danos ao Autor, tanto danos morais como materiais, devendo, conforme a lei, indenizá-lo. Convém por fim, ressaltar que no local dos fatos, o réu atribuiu ao autor a culpa do acidente, expondo-o com palavras ofensivas ante sua família que estava dentro do carro e demais transeuntes que passavam pelo local, constituindo assim, mais que um mero dissabor, devendo indenizá-lo ainda pelos danos morais experimentados. Neste sentido é perfeitamente possível a cumulação dos pedidos de danos conforme a Súmula 37, do Superior tribunal de Justiça:
Súmula 37 - São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.
3. DOS PEDIDOS
Ante ao exposto, requer-se a Vossa Excelência:
a) A condenação do réu na restituição dos prejuízos materiais sofridos pelo Autor, conforme menor orçamento (documento anexo) na quantia de R$ 4.190,00 (quatro mil cento e noventa reais), acrescidos de R$ 2.000,00 (dois mil reais) pelos danos morais experimentados, perfazendo o montante total de R$ 6.190,00 (seis mil cento e noventa reais) corrigidos monetariamente e acrescidos dos juros legais desde a data do acidente (Súmula 54, do STJ) até a data do efetivo pagamento.
b) A Citação do Réu no endereço mencionado acima para, querendo, contestar a presente ação no prazo legal, sob pena de confissão e revelia
c) Finalmente, a condenação do Réu ao pagamento dos ônus da sucumbência nos termos do art. 20, § 3º, do Código de Processo Civil, no percentual máximo de 20%.
Protesta por provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, notadamente o depoimento do Réu, sob pena de revelia e confissão, provas testemunhais, documentais e a posterior juntada de documentos que se fizerem necessários ao deslinde da presente causa
Dá-se à causa, o valor de R$ 6.190,00 (seis mil cento e noventa reais).
Nestes termos,
pede e espera deferimento.
Barueri, 19 de fevereiro de 2016.
ADVOGADO
OAB/UF
MM. Juízo de uma das Varas Cíveis do Foro ... – Comarca de São Paulo - SP
Reparação de danos - Acidente de trânsito
NOME DO AUTOR (a), nacionalidade, estado civil, profissão, portador do documento de identidade RG nº SSP/SP e inscrita no CPF/MF sob o nº, residente e domiciliada nesta comarca, à (endereço completo com cep), sem endereço eletrônico, neste ato representada por seu advogado (procuração anexa), com endereço profissional na ... São Paulo – SP, vem, respeitosamente à presença deste Douto Juízo, propor AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS POR ACIDENTE DE TRÂNSITO em face de (nome do requerido), pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o nº , com sede nesta Comarca, sito à (endereço com cep), e-mail desconhecido, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
1. INTROITO
1.1 Da Justiça Gratuita
A Autora não possui condições financeiras para arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento e de seus familiares, em razão de ser pessoa pobre, na acepção jurídica do termo, conforme declaração inclusa a estes autos.
Assim, requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal c/os Arts. 98, § 3º e Art. 99, ambos do Código de Processo Civil.
1.2. 
2. DOS FATOS
No dia 25 de junho de 2016, trafegava a autora pela Avenida ..., pista da esquerda, com seu veículo (DOC.02), Marca e Modelo Ford Ecosport SE 1.6 de placas ..., cor cinza, ano 2013, quando foi surpreendido pelo ônibus da empresa requerida, placas ..., que se encontrava na mesma via e sentido, ocupando a princípio a pista da direita, sendo que este último passou a mudar de faixa sem se atentar ao fato de que pela faixa da esquerda transitava o veículo Ecosport, vindo a colidir com a lateral direita do veículo de propriedade da requerente, causando avarias.
3. DO DIREITO
 “O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito. ”
“O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
II - O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas. “
O que se discute aqui não é o dever de indenizar pelo fato de que o motorista do ônibus agiu com dolo ou culpa, mas tão somente, o dever de indenizar pelo fato de que causou danos ao veículo de passeio, sem que este tenha contribuído ativa ou passivamente para tanto, e neste sentido dispõem os arts. 186 e 927 do Código Civil:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. ”
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. ”
 (...)
____________________
¹ PROGRAMA DE RESPONSABILIDADE CIVIL, 7ª edição, São Paulo, Editora Atlas, 2007, p.13
3.1. Dos danos sofridos – Materiais e Morais
As fotos anexas (DOC. 07), comprovam os danos causados ao veículo Ecosport de propriedade da autora, que teve que desprender a quantia de R$1.448,00 (hum mil quatrocentos e quarenta e oito reais) para realizar os necessários reparos.
(...)
Há, contudo, que se falar na procrastinação do ressarcimento por parte da empresa Ré.
A requerida não fez esforços em solucionar o problema extrajudicialmente, ao contrário, ficou inerte ao que ocorria, atribuindo toda a responsabilidade pelos custos e pelo encaminhamento de documentação por parte da requerente, que cumpriu fielmente com todas as solicitações sem qualquer ressarcimento.
Em recenteobra, CARLOS ALBERTO BITTAR² discorre sobre as ações lesivas que podem caracterizar os danos morais, pois “pode-se, então, enfatizar como danos ressarcíveis os prejuízos materiais ou morais sofridos por certa pessoa, ou pela coletividade, em virtude de ações lesivas perpetradas por entes personalizados. (...). Atingem as lesões, pois, aspectos materiais ou morais da esfera jurídica dos titulares de direitos, causando-lhes sentimentos negativos; dores, desprestígio; desonra; depreciação; vergonha; escândalo; doenças; desgastes, redução ou diminuição do patrimônio; desiquilíbrio em sua situação psíquica, enfim, transtornos em sua integridade pessoal, moral ou patrimonial. ”
________
² REPARAÇÃO CIVIL POR DANOS MORAIS, 4ª edição, São Paulo, Editora Saraiva, 2015, p.31
Conclui-se, que, tendo como vetores os critérios da proporcionalidade e razoabilidade, sem, contudo, deixar de lado o abalo anímico suportado pelo ofendido, e agora por sua viúva, bem como, considerando-se a função pedagógica capaz de impedir a reiteração desta prática por parte da requerida, sem incorrer no enriquecimento indevido, sugere-se à título de danos morais o valor de R$10.000,00 (dez mil reais).
4. DOS PEDIDOS
Ante ao exposto, requer-se a este Douto Juízo:
a) A condenação do Réu na restituição dos prejuízos materiais sofridos pela Autora na exata quantia de R$1.448,00 (hum mil quatrocentos e quarenta e oito reais) corrigidos monetariamente e acrescidos dos juros legais desde a data do acidente até a data do efetivo pagamento.
b) A condenação do Réu à título de danos morais no valor de R$10.000,00 (dez mil reais);
c) A concessão do benefício da Justiça Gratuita nos termos do art. Artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal c/os Arts. 98 e 99 CPC;
d) Citação do Requerido por carta unipaginada no endereço mencionado, para querendo, contestar no prazo legal, sob pena de confissão e revelia.
e) A produção de todas as provas em direito admitidas, notadamente o depoimento do Réu, sob pena de revelia e confissão, testemunhais, documentais e periciais, assim como a posterior juntada de documentos que se fizerem necessários ao deslinde da presente causa;
f) Finalmente, a condenação do Réu ao pagamento das custas, despesas processuais, nos termos da Lei.
Dá-se à causa o valor de R$11.448,00 (onze mil quatrocentos e quarenta e oito reais).
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data
Nome do Advogado
Número de OAB
Petição Inicial - acidente de trânsito. Danos materiais.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL              DA COMARCA DE IBAITI-PR.
             João da Silva, brasileiro, casado, aposentado, portador da cédula de identidade RG 3.444.558-6 SSP/PR e do CPF nº 444.888.771-09, residente e domiciliado na Rua Joaquim da Silva Reis, nº 1.684, centro, nesta comarca de Ibaiti Estado do Paraná, por intermédio do seu advogado e procurador, ‘in fine’ assinado “ut” instrumento de mandato incluso, estabelecido profissionalmente nesta cidade, com endereço profissional sito à Rua Antonio Vergueiros nº 48, centro, Ibaiti-Pr., onde recebe notificações e intimações, vem, respeitosamente, à presença de V. Exa. com embasamento na lei adjetiva em vigência, para requerer o processamento da presente
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS, CAUSADO EM ACIDENTE DE VEÍCULOS, PELO PROCEDIMENTO SUMÁRIO,
(artigo 275, inciso II, letra “c”, ao Código de Processo Civil.)
             Em face de, José Santos, brasileiro, casado, agricultor, portador do RG nº 44.645.874-8 SSP/PR e CPF nº 575.868.959-08, residente e domiciliado nesta comarca de Ibaiti, Estado do Paraná, sito à Rua João Negrão, 328, o que faz com fulcro nos motivos fáticos e de direito a seguir elencados:
DOS FATOS:
             O autor relata que, em data de 01 de março de 2012, quando transitava, em sua mão de direção, pela Rua Ananias Costa, na companhia da sua esposa, D. Rita da Silva e de outras duas pessoas: Antonio Firmino e Celso da Cunha, a quem havia dado carona no bairro Amorinha, nesta cidade, com seu veículo da marca VW, modelo fusca, placa ZBZ-7878, ao passar pela Rua José de Moura Bueno (esquina da Prefeitura Municipal), veio a colidir com um veículo da marca ford/corcel, conduzido por José santos, residente nesta cidade de Ibaiti-Pr., o qual invadiu a via preferencial, pela qual trafegava João da Silva, vindo a colidir na lateral esquerda do seu veículo Fusca, causando danos de regular monta no mesmo e, ainda,  danos pessoais, haja vista que o condutor do veículo fusca, sofreu fratura em seu braço esquerdo. Não sofrendo qualquer lesão os demais ocupantes do veículo.
Sendo que, João da Silva, o motorista do veículo fusca, foi socorrido e conduzido ao hospital pelo próprio José Santos, onde recebeu atendimento médico imediato. No entanto, após o acidente e, depois de deixar a vítima, João da Silva, no hospital, José Santos, o causador do acidente, deixou o local e, mesmo tendo sido procurado diversas vezes pela vítima, negou-se a pagar os danos a ela causados.
Relata ainda o autor, que não foi lavrado Boletim de ocorrência relativo ao acidente de trânsito, devido ao fato de que ambos os veículos deixaram o local e, ainda, porque a vítima sentia dor intensa, devido ao trauma causado, o qual precisou de socorro imediato, ficando hospitalizado por 24 horas.
Em razão do acidente de trânsito, sofreu o autor, os seguintes danos materiais:
a) R$-1.580,00 (um mil e quinhentos e oitenta reais), relativos ao conserto e pintura da lateral do fusca 77 (conforme 3 orçamentos juntados pelo autor da ação, realizados em diferentes oficinas, sendo o de menor valor equivalente a R$-1.580,00).
b) R$-380,00 (trezentos e oitenta reais), relativos ao atendimento médico (conforme recibo juntado aos autos).
c) R$-486,00 (quatrocentos e oitenta e seis reais) decorrentes de medicamentos (notas fiscais e receituário médico).
d) R$-1.120,00 (um mil cento e vinte reais), de um laptop, de sua filha, em uso e em perfeitas condições, o qual se encontrava no banco traseiro do veículo no momento da colisão, e com o impacto, caiu ao chão e deixou de funcionar. No entanto, afirma que não há meios de provar que o mesmo funcionava adequadamente, antes do acidente, porém aduz que tal nexo de causalidade fica perfeitamente evidenciado.
                                             DO DIREITO
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Leia-se, a propósito, o que dispõe o Código de Trânsito Brasileiro, em seu art. 36: “O condutor que for ingressar numa via, procedente de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos veículos e pedestres que por ela estejam transitando”.
              Veja-se a jurisprudência desta eg. Corte de Justiça:
CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. COLISÃO DE VEÍCULOS. CULPA ACESSO A VIA PREFERENCIAL. AUSÊNCIA DE CAUTELA.
                            1. Condena-se a ré que deu causa a acidente automobilístico por não manter o domínio de seu veículo e adentrar a via preferencial sem a devida atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
2. Não se fala em concorrência de culpas quando não ficou demonstrado que o motorista que conduzia seu veículo em via principal não extrapolou os limites da velocidade permitida para o local e atingiu automóvel que avançou pista de rolamento sem cautela.
3. Apelações não providas.
(20050110009416APC, Relator JOÃO MARIOSA, 3ª Turma Cível, julgado em 07/04/2010, DJ 15/04/2010 p. 98)
               O evento somente ocorreu por culpa exclusiva do condutordo veículo Ford/Corcel, conduzido por José Santos. Pois, com manifesta IMPRUDÊNCIA, NEGLIGÊNCIA e IMPERÍCIA, sem tomar as precauções que o local e as circunstâncias momentâneas exigiam, pertinentes a um bom condutor, não observando a placa de trânsito a qual indicava que a via pela qual transitava o veículo de João da Silva, era uma via preferencial, devidamente sinalizada, vindo a chocar-se contra este.
DA IMPRUDÊNCIA
                Foi imprudente o motorista José Santos, por ter conduzido seu veículo com arrojo, afoitamente face às circunstâncias momentâneas e locais, com velocidade que não o possibilitou uma frenagem mais eficaz, vindo a provocar a colisão.
                Sendo o local dos fatos área central da cidade, onde existe um grande tráfego de veículos e pessoas, logo, lhe competia, como um bom condutor, tomar todas as precauções necessárias para evitar o acidente.
                Com sua atitude, incorreu em uma desatenção culpável, lesando o patrimônio alheio.
NEGLIGÊNCIA
               É negligente, por desprezar, desatender não ter o cuidado necessário para a prática do ato.
               Faltaram-lhe as diligências necessárias para a execução do avanço na via preferencial, omitiu-se, inobservou as regras básicas que o dever lhe impunha como motorista.
DA IMPERÍCIA
           Agiu imperitamente, por ter realizado a condução de seu veículo com ineficiência, talvez por erro ou engano, por não ter agido com a habilidade necessária que as circunstâncias exigiam.
            Foi imperito, por não ter conseguido segurar seu veículo, logo lhe competia a eficiente ação de parar o veículo no local e distância regulamentar, porém, nada disso fez, tornando-se, portanto, a qualquer sorte, imperito.
           
DO PEDIDO
              Diante do exposto, REQUER:
              a) o recebimento dos valores, provenientes dos danos sofridos, bem como a determinação dos demais trâmites legais;
              b) a citação do Réu na pessoa de seu Representante legal e o Réu pessoalmente, no endereço inicialmente declinado, para que caso queiram de forma conjunto ou individual, contestem a presente ação sob pena de revelia;
               c) a produção de todo o gênero de provas em direito admitido, em especial, o depoimento pessoal do representante legal e do réu, sob pena de confissão, oitiva das testemunhas arroladas (rol de testemunhas ao final), perícias, avaliações, juntada de documentos e outras provas necessárias;
               d) o julgamento pela procedência da presente ação, condenando o Réu ao pagamento de R$-3.566,00 (três mil, quinhentos e sessenta e seis reais), referente aos prejuízos econômicos sofridos pelo Autor, em decorrência do ato praticado pelo Réu, acrescidos de juros e correções legais, desde 01 de março de 2012, até a data do efetivo pagamento, mais custas, despesas, sucumbência e honorários advocatícios na ordem de 20% sobre o valor da condenação e demais condenações de estilo;
                                 VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$-3.566,00 para efeitos fiscais.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Ibaiti-Pr., 20 de março de 2012.
Siomar José Zachesy
Advogado OAB/00171
ROL DE TESTEMUNHAS
Antonio Firmino
RG-4.65.007-8 SSP/PR
End. Bairro da Amorinha, lote 3, quadra3, Ibaiti-Pr.
Celso da Cunha
RG-776.987-4 SSP/PR
End. Bairo da Amorinha, lote2, quadra3, Ibaiti-Pr.
                                            QUESITOS À PERÍCIA:
               A fim de não restar dúvidas, quanto ao bom estado de uso e funcionamento do laptop, o qual se encontrava no interior do veículo no momento do acidente, oportunamente o Requerente formula os seguintes quesitos a ser respondido pelo expert, assistente, nomeado por este juízo.
              I) É possível precisar a quanto tempo o referido aparelho deixou de funcionar?
             II)  Se deixou de funcionar em razão do choque entre os veículo?
             III) Se é possível consertar, ou a perda foi total?
             Requer ainda, que na oportunidade, sejam esclarecidas dúvidas pertinentes, e/ou quesitos adicionais.
                                                     PROCURAÇÃO
OUTORGANTE: João da Silva, brasileiro, casado, aposentado, portador da cédula de identidade RG 3.444.558-6 SSP/PR e do CPF nº 444.888.771-09, residente e domiciliado na Rua Joaquim da Silva Reis, nº 1.6884, centro, nesta comarca de Ibaiti Estado do Paraná.
OUTORGADO: Vindomar José Abranches,brasileiro, casado, advogado regularmente inscrito na OAB/PR sob o nª 0017111, com escritório profissional sito à Rua Antonio Vergueiros nº 48888, centro, nesta cidade e Comarca de Ibaiti-Paraná.
                                                      PODERES
DOS PODERES OUTORGADOS: Pelo presente instrumento de mandato o Outorgante confere ao Outorgado, poderes de representação judicial e extrajudicial, para o foro em geral, referentes à cláusula “Ad Judicia” e demais atos outorgados, representando os interesses do Outorgante em qualquer juízo, comarca e instância judiciária. O Outorgante, também confere ao Outorgado, os poderes especiais elencados no Art. 38 do CPC, ou seja, confessar, reconhecer, procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber e dar quitação e firmar compromisso, junto às repartições públicas, federal, estaduais e municipais, bem como junto a fundações e autarquias, e ainda substabelecer com reserva de poderes para terceiros.
                                        Por ser verdade firmo o presente
                                             Ibaiti, 10 de março de 2012.
                                                  ________________
                                                           João da Silva

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