Buscar

PORTUGUÊS - Antônio de Alcântara Machado - Biografia e Obras

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

�
COLÉGIO ESTADUAL MANOEL VICENTE DE SOUZA – CEMVS
CIANNY XIMENES RODRIGUES SILVA
SHAIENY AYSHA ALBUQUERQUE MACHADO
	
ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO
LINGUA PORTUGUESA
AUGUSTINOPOLIS-TO
2018
CIANNY XIMENES RODRIGUES SILVA
SHAIENY AYSHA ALBUQUERQUE MACHADO
ANTÔNIO DE ALCÂNTARA MACHADO
LINGUA PORTUGUESA
Este trabalho visa a obtenção de nota na disciplina de Lingua Portuguesa, e visa especificar sobre o autor Antônio de Alcântara Machado.
Professora: Shirley
AUGUSTINÓPOLIS-TO
2018
�
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO	5-8
3 CONCLUSÃO	8
4 REFERÊNCIAS 	9
��
INTRODUÇÃO
O conturbado início do século XX, tanto no Brasil como em todo o mundo, serviu de estopim para uma revolução no campo artístico, filosófico e literário brasileiro. Com a ajuda de escritores como Alcântara Machado na literatura, o Brasil sofreu grandes transformações ao criticar com certo humor e ironia o governo. Também abandonaram as regras acadêmicas e deram prioridade à liberdade de escrita.
Voltado para a vida da sua cidade, Alcântara Machado soube ver e exprimir as alterações que trouxera à realidade urbana em um novo personagem: o imigrante. O enxerto que o estrangeiro, sobretudo o italiano, significava para o tronco luso-tupi da antiga São Paulo produzira mudanças de costumes, de reações psicológicas e, naturalmente, uma fala nova a espelhar novos conteúdos. (1994, p.374). Este trabalho visa especificar a vida de Antônio de Alcântara Machado e suas principais obras.
�
Biografia de Alcântara Machado	
Alcântara Machado (1901-1935) foi um escritor brasileiro. Um dos mais importantes escritores do primeiro tempo modernista. O mundo do imigrante italiano e seus esforços de integração em São Paulo deram a Alcântara Machado, modernista de primeira hora, a temática e o estilo no qual ele escreveu seus contos.
Exerceria a profissão de jurista, preferindo aos dezenove anos iniciar a carreira de jornalista, a qual chegou mesmo a ocupar o cargo de redator-chefe do Jornal do Comércio.
Começou na literatura primeiramente falando de pumas ao escrever críticas de peças de festas para o jornal. No ano de 1925, viajou à Europa, onde já estivera quando criança, e de onde se inspirou para escrever crônicas e reportagens que viriam a dar origem ao seu primeiro livro Pathé-Baby (primeiramente publicado em 1926), o qual recebeu um prefácio de Oswald de Andrade.
É interessante notar que, apesar de demonstrar traços marcadamente de seu corpo modernistas já desde essa primeira obra, composta de períodos curtos e rápidos de prosa urbana, o autor não havia participado da Semana de Arte Moderna de 1922.
A partir daí, escreveria diversos contos e crônicas modernistas, tomando parte, no ano de 1926, junto com Antônio Carlos Couto de Barros, na fundação da revista Terra Roxa e Outras Terras, também de viés modernista.
Uma de suas obras mais conhecidas é Brás, Bexiga e Barra Funda, uma coletânea de contos. Publicada em 1928, trata do cotidiano dos imigrantes italianos e dos ítalo-descendentes na cidade de São Paulo, expressando-se a narrativa numa linguagem livre, próxima da coloquial. Mostrava as impressões duma São Paulo imersa na experiência da imigração, que então vinha modificando os trejeitos da cidade.
Na primeira edição, o prefácio é substituído por um texto intitulado Artigo de fundo, disposto como que em colunas de página de jornal, onde se lê: "Este livro não nasceu livro: nasceu jornal. Estes contos não nasceram contos: nasceram notícias. E este prefácio portanto também não nasceu prefácio: nasceu artigo de fundo".
Por si só, tal introdução revela viver a vida uma caraterística fundamental de sua obra: a narrativa curta, a linguagem elíptica e cinematográfica, entrecortada e justaposta, como uma colagem de cenas permeada pela oralidade informal, o que possibilitava uma comunicação fácil e direta com o público. Brás, Bexiga e Barra Funda revela ainda a preocupação em se descreverem os habitantes e os costumes das pessoas que habitavam os bairros periféricos da capital paulista, e, inadvertidamente, fez surgir um novo tipo de personagem na literatura brasileira: o ítalo-brasileiro.
Conforme sobrecitado, o livro é versado na vida urbana, em especial no espaço urbano de São Paulo, nos bairros dos imigrantes (em sua maioria italianos), como já indica o título, retratados na sua intimidade de todos os dias. O leitor é levado a reconhecer e se familiarizar com esses arrebaldes, dos quais se indicam os nomes e, por vezes, mesmo o número da casa ou do estabelecimento.
Para além dum reconhecimento geográfico, descrevem-se também séries de valores em seus queridos humanos presentes nesses moradores menos favorecidos, em se evidenciando as suas peculiaridades comportamentais, tanto na forma de ver o mundo, como na difícil condição de estrangeiros, assim como na expressão, ilustrada pelo uso do português numa variedade linguística estigmatizada, porque extremamente arraigada à gramática italiana, com influência no vocabulário e nas construções.
Isso nos é mostrado criticamente pela sua mãe por um narrador observador, distanciado, que impinge as personagens com os seus próprios juízos; ou, alternativamente, por um narrador onisciente, que adentra os personagens para recuperar a história pela visão deles.
Constata-se, no livro, também a importância dada à máquina, vista como o símbolo do futuro e do progresso na pós-Revolução Industrial, personificada na obra de Alcântara pelos meios de transporte: para além de identificadores da cidade, funcionam como parte do enredo, por vezes servindo como inferência à posição social da personagem.
A narração compõe-se a partir da sucessão cronológica, onde simultaneidade, anterioridade e posterioridade desempenham um papel importante. A passagem do tempo é demonstrada por saltos ou lacunas entre as partes do conto.
Alcântara e sua ligação com o Modernismo
O início do século XX ficou marcado, no Brasil e no mundo, por uma série de mudanças em todos os setores da sociedade. 
O Modernismo, além de ter gerado uma revolução estética na literatura, na música e nas artes plásticas, foi um momento único de intenso debate sobre o conceito de identidade nacional. 
Nunca antes a poesia esteve tão próxima do contexto histórico-social, ideológico e cultural, tendo como um de seus principais objetivos mostrar as faces contraditórias e diversificadas do país. 
Já no campo político o ano de 1922 foi cheio de agitações. Além disso, como conseqüências da marginalização das classes operárias, surgiram muitas greves e o operariado se organizou em torno de lideranças sindicalistas e socialistas, resultando na formação do Partido Comunista Brasileiro.
Ainda sob os ruídos provocados pela Semana de Arte Moderna, o Brasil vive um momento político muito importante: na eleição de 1º de março de 1922 foram escolhidos o presidente e o vice-presidente da República: Arthur Bernardes e Estácio Coimbra.
Em 1928, após a publicação da coletânea, uniu-se a Oswald de Andrade para fundarem a Revista de Antropofagia. Alcântara Machado, juntamente com Raul Bopp, foi co-diretor da revista no período de Maio de 1928 até a Fevereiro de 1929, ano este no qual lançou outra obra, de título Laranja da China.
Com outros escritores do movimento, ele investia a favor da rutura, contra a Literatura dos valores estilísticos clássicos, com vistas a desconstruir as convenções, desmoralizar, evoluir e acabar com a cultura preestabelecida, com o estilo rebuscado que até então vogava dentre os literatos do Brasil.
Na sua prosa, caminhou pela senda da experimentação, aberta por Mário e Oswald de Andrade, ao fazer uso duma linguagem leve, bem-humorada e espontânea, altamente influenciada pelo seu passado de jornalista. Talvez tenha sido um dos primeiros brasileiros a usar o elemento gráfico como expressão literária aplicada à prosade temas urbanos do cotidiano.
Juntou-se então, em 1931, com Mário de Andrade e dirigiram mais uma publicação, a Revista Nova. Nesse período de ebulição e transformações sociais e políticas, na época do chamado movimento constitucionalista, que, sucedendo à Revolução Paulista (1932), culminaria na elaboração da primeira constituição da República Nova em 1934, foi quando Alcântara ingressou na vida pública.
Foi continuar a exercer a carreira de crítico literário para o Rio, onde se candidatou ao cargo de deputado federal. Eleito, nem sequer chegou a ser empossado, dadas complicações duma cirurgia do apêndice que resultariam no seu falecimento, na cidade do Rio de Janeiro, a 14 de Abril de 1935, deixando para trás, inacabado, o seu romance Mana Maria. Seu corpo foi sepultado no túmulo da família no Cemitério da Consolação,em São Paulo. O pai, o escritor e Jurista José de Alcântara Machado, que nunca se refez do forte abalo causado pela morte do filho, faleceu em 1941 e foi sepultado no mesmo túmulo.
Entretanto, as suas crônicas inéditas, desde as que não conseguiram integrar Pathé-Baby até às escritas no ano do seu óbito, encontram-se publicadas no póstumo Cavaquinho e Saxofone, abrangendo quase dez anos do jornalismo literário do escritor. Outrossim, de contos, publicou-se uma outra obra póstuma, chamada Contos Avulsos.
Obras de Alcântara Machado
Pathé Baby, romance, 1926
Brás, Bexiga e Barra Funda, contos, 1928
Laranja da China, contos, 1929
Maria Maria, romance, 1936, 
Cavaquinho e Saxofone, ensaio, 1940, 
No contexto da apresentação deste trabalho fora falado sobre três obras de Alcântara Machado, abaixo estão especificados pequenas resenhas sobre os mesmos.
O livro Pathé-Baby, reunião de crônicas de viagem do modernista Antônio de Alcântara Machado, publicado pela primeira vez em 1926 com prefácio de Oswald de Andrade, acaba de ser lançado na França (com apoio da FBN) pela Editions Petra, com tradução e posfácio crítico de Antoine Chareyre. Lisboa, Paris, Londres, Milão, Veneza, Barcelona, Madri, entre outras, são algumas das cidades europeias desconstruídas nessas reportagens altamente subjetivas e fortemente engajadas na literatura, a par com o projeto modernista, no qual Alcântara Machado estava profundamente envolvido.
De acordo com o tradutor, Pathé-Baby deve ser lido como livro que desorienta, “algo como uma revisão das coordenadas mentais de uma coletividade nacional”. Chareyre acredita que a obra põe em questão a visão do brasileiro – e do latino-americano em geral – a respeito de todo o continente europeu. Profundamente enraízado em São Paulo, autor de obras modernistas como Brás, Bexiga e Barra Funda (Notícias de São Paulo), Alcântara Machado contribui com seus instantâneos para a reflexão de questões como nacionalismo e cosmopolitismo.
"Mana Maria" foi o único romance escrito por Alcântara Machado em edição avulsa. Mana Maria é uma mulher solteira que abriu mão de seus sonhos e desejos em nome de uma rotina estafante, cuidando da casa e da família. Assim como nas outras obras, observamos os traços vanguardistas do autor, bem como na criação das personagens e na linguagem do povo da 
São Paulo dos anos 30, que começava a se tornar uma metrópole industrial. 
Brás, Bexiga e Barra Funda é um livro de contos que aborda o cotidiano das famílias de imigrantes italianos na cidade de São Paulo. Trata-se da obra mais conhecida do escritor Antônio Castilho de Alcântara Machado d’Oliveira (1901-1935). Filho de importante família paulista, Alcântara Machado formou-se em direito e exerceu a profissão de jornalista. Faleceu prematuramente, quando já ensaiava os primeiros passos de uma carreira política promissora. Legou uma obra literária modernista em que se sobressaem justamente os contos.
O movimento que há três ou quatro anos se desenvolvia entre São Paulo e o Rio toma hoje o Brasil inteiro. Creio mesmo que nunca houve nesta terra uma expressão literária tão forte. O modernismo se transformou em escola e talvez seja isto o seu maior defeito. Como era inevitável, muita gente quis ir na onda. E se afundou na gostosura do verso livre.
São os parasitas. Mais duas gerações e acabarão. Quando houver entre nós uma consequência actualista (como já houve uma parnasiana e uma romântica) quem não a possuir entregará os pontos. Hoje não é possível ainda bater a porta no nariz dos peneiras.
 Servem de consolo as surpresas autênticas. Em 1927, foi Cataguazes por exemplo. Em 1928 são várias: Parahyba (José Américo de Almeida), Maceió (Jorge de Lima), Recife (Ascenso Ferreira), Ponta Grossa (Brasil Pinheiro Machado). E gente que só poucos já sabiam forte, deu prova pública de seu muque: Augusto Frederico Schmidt e Yan de Almeida Prado, para só citar dois.
 Além disso, alguns dos dianteiros chegaram a um ponto antes atingido, firmando melhor a individualidade deles, dando à sua arte uma feição que não é mais de procura mas de cousa achada e estável.
Assim o balanço do ano permite distribuição de dividendos. Há lucros positivos e não tão somente esperanças. E aqui como num relatório não será inútil chamar a atenção dos interessados para certas parcelas que engrandecem o activo. �
CONCLUSÃO
Este trabalho cumpriu com o seu objetivo que era apresentar a vida de Antônio Alcântara Machado, destacou-se também algumas de suas obras, e o movimento em que tais obras fizeram partes. 
A relação literatura/homem é fundamental porque “o texto favorece a formação do indivíduo, cabendo, pois, expô-lo à matéria literária, requisito indispensável a seu aprimoramento intelectual e ético”, pode-se ter essa experiência de literatura/homem quando houve o aprofundamento nas obras literárias do autor em questão, tudo foi de imensa importância para se obter conhecimento teórico na disciplina de língua portuguesa.
�
REFERÊNCIAS 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_de_Alc%C3%A2ntara_Machado
https://www.ebiografia.com/alcantara_machado/
http://jps-ltf-eterna-estudante.blogspot.com.br/2009/01/alc-br.html	
http://literaturaeculturaviva.blogspot.com.br/2013/09/mana-maria.html
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8649237
http://omachadobook.blogspot.com.br/2013/09/obras-de-alcantara-machado.html
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAg7B4AF/modernismo-no-brasil-primeira-geracao
http://www.uel.br/eventos/sepech/sepech08/arqtxt/resumos-anais/RafaelaCETerras.pdf
file:///C:/Users/Ciane/Downloads/6222-15355-1-PB.pdf

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes