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SONDAGEM NASOGÁSTRICA E NASOENTERAL Profª. Patrícia REVISÃO DA ANATOMIA INTESTINO DELGADO SISTEMA RESPIRATÓRIO DIETAS ENTERAIS Consiste na administração, por meio de um cateter, de uma dieta líquida balanceada em proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas e sais minerais fornecida aos clientes em situações em que o paciente está impossibilitado de receber a alimentação pela VIA FISIOLÓGICA. VIAS DE ACESSO DA DIETA ENTERAL Pode estar disposta no estômago, duodeno ou jejuno, de acordo com as alterações orgânicas a serem corrigidas. Cateter Orogástrico- COG – Introduzido da cavidade oral até o estômago Cateter Nasogástrico- CNG – Introduzido da cavidade nasal até o estômago. Cateter Nasoenteral- CNE – Introduzido através da cavidade nasal até o duodeno ou jejuno. GASTROSTOMIA /JEJUNOSTOMIA – O cateter é introduzido através de incisão na parede abdominal até o estômago ou jejuno. GASTROSTOMIA NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL (NPT) Tem por finalidade fornecer por via ENDOVENOSA solução contendo substâncias essenciais a nutrição humana, é indicada quando há incapacidade de realizar nutrição por via oral, nasogástrica ou estomias ou quando é necessário aumentar o aporte calórico. As formulações de Nutrição Parenteral são soluções ou emulsões extemporâneas, com composições que podem variar de acordo com a necessidade diária de cada paciente. Compostas por nutrientes que são misturados de maneira a satisfazer a condição da prescrição individualizada. As formulações são preparadas de forma automatizada com técnicas assépticas, o que ajuda a garantir a alta precisão da mistura, preservando a sua esterilidade. Sondagem Nasogástrica DEFINIÇÃO: É a inserção de uma sonda (cateter) de borracha ou de plástico, de calibre variado, através do nariz até a cavidade gástrica. INDICAÇÕES: Incapacidade de alimentação por via oral; Obstrução ou estenose de esôfago e garganta; Afagia. Finalidades: Preparo pré-operatório de algumas cirurgias (esvaziamento gástrico); Estabelecer uma via para alimentação e administração de medicamentos; Aliviar a distensão abdominal; Descomprimir o estômago através de lavagem gástrica ou aspiração gástrica; Impedir o vômito após cirurgia complexa; Aliviar e tratar hemorragias do trato gastrintestinal superior; Coleta de exames por via gástrica. Restrições Desvio de septo nasal. Traumatismos faciais. Pós operatório de cirurgia via transnasal. Em pacientes com estenose de esôfago traumatismos acidentais. OBSERVAÇÕES: Em todos estes casos a sonda deve ser passada pela cavidade oral(orogástrica). O cateterismo naso ou orogástrico também só deve ser realizado se extremamente necessário em pacientes com suspeita de varizes esofagianas, de qualquer forma se houver sangramento gástrico ou esofágico esse procedimento pode ser necessário. SONDAGEM NASOGÁSTRICA 14 COMPLICAÇÕES POTENCIAIS DA SONDAGEM NASOGÁSTRICA Desidratação/ distúrbios hidroeletrolíticos (ingestão reduzida de líquidos) Sinais e sintomas: pele e mucosa desidratadas, débito urinário reduzido, letargia. Complicações pulmonares Sinais e sintomas: tosse, taquipnéia, febre, ausculta pulmonar com ruídos adventícios, pneumonia aspirativa. Irritação das membranas mucosas / infecções Sinais e sintomas: hiperemia, irritação, ressecamento, erosão cutânea da narina, necrose da pele e mucosas, dor de garganta e rouquidão. Sinusite, parotidite e esofagite também podem ocorrer. TIPOS DE CATETERISMO NASOGÁSTRICO CATETER FECHADO: É indicado para administração de dietas, hidratação e medicação. CATETER ABERTO: É indicado para pacientes em jejum que necessita de drenagem do conteúdo gástrico. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES EM USO DE SONDA NASOGÁSTRICA SONDAGEM NASOGÁSTRICA 17 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM DIRECIONADAS AOS PACIENTE EM USO DE SNG Realizar higiene nasal e oral frequentemente (no mínimo a cada turno); Lubrificar lábios e narinas para evitar ressecamento e lesões; Trocar o esparadrapo de fixação da sonda diariamente e observar o aspecto da pele (atentar para irritação/lesão); Verificar continuamente a adequada fixação da sonda ( o suor e a oleosidade da pele podem fazer desprender o esparadrapo com consequente deslocamento da sonda); Avaliar continuamente a função gastrintestinal (presença de RHA, distensão abdominal); SONDAGEM NASOGÁSTRICA 18 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM DIRECIONADAS AO PACIENTE EM USO DE SNG Medir o volume drenado (excessiva drenagem pode ocasionar distúrbio Hidroeletrolítico); Verificar e anotar o aspecto da secreção drenada: Amarelo claro ( secreção gástrica normal); Secreção esverdeada (biliosa); Secreção escura (borra de café); Secreção vermelho vivo (sangramento ativo – varizes esofagianas/úlcera sangrante) Atentar para ocorrência de vômitos (se a sonda estiver fechada abri-la imediatamente para drenagem, caso a sonda esteja aberta e o paciente ainda assim apresentar vômito checar a ocorrência de obstrução, dobra ou deslocamento). Considerações Importantes: Nunca forçar a introdução da sonda para não provocar lesão e sangramento; No momento de introdução da sonda, realizar o avanço entre uma respiração e outra, isso evita que esta progrida pela via respiratória; Durante a instalação da sonda observar se a mesma não progrediu para via respiratória, estando o paciente consciente o mesmo apresentará tosse, dispneia e dificuldade respiratória, estando o paciente inconsciente pode chegar até a apresentar cianose). TIPOS DE SONDAS NASOGÁSTRICAS SNG de Levin (plástica ou borracha) – 12 a 20 SNG de Salem (plástica) - 12 a 18 CARACTERÍSTICAS: plástica, semirrígida, translúcida, orifícios laterais, menor custo, localização (estômago). DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO Material Necessário: Sonda gástrica (Levine); Luvas estéreis e de procedimento; Xilocaína gel; Gazes; Estetoscópio; Fita adesiva; Seringa de 20 cc; Copo com água; Saco plástico para lixo; Toalha de rosto; Biombo. Fonte: Posso (2002) Procedimento: Higienizar as mãos e reunir o material; Explicar o procedimento ao cliente (reduz a ansiedade e promove a cooperação); Informar ao cliente sobre a possibilidade de sentir náuseas e que a deglutição facilitará a introdução; Colocar o cliente na posição de Fowler ou em decúbito dorsal horizontal com a cabeça lateralizada, posicionar-se à direita do paciente; Proteger o tórax do cliente com toalha de rosto, deixar em local próximo uma bacia ou cuba rim para a possibilidade de ocorrer vômito; Escolher a narina onde será introduzida a sonda (atentar para desvio de septo, lesão, pólipo nasal, etc); Inspecionar a sonda que será introduzida em busca de defeitos; Medir a sonda nasogástrica do nariz ao lóbulo da orelha e deste até a extremidade do processo xifoide, marcar essa medida com fita adesiva. Se a sonda for oro gástrica a medição é da boca até o processo xifoide. ATENÇÃO: Pode haver a necessidade de adicionar cerca de 5cm para assegurar o posicionamento da sonda dentro do estômago. SONDAGEM NASOGÁSTRICA 24 PROCEDIMENTO Fonte: Brunner & Suddarth (2005) SONDAGEM NASOGÁSTRICA 25 PROCEDIMENTO Procedimento: Lubrificar a sonda ( os primeiros 5 a 7 cm) utilizando gaze e xilocaína gel; Ao iniciar a introdução atentar para direcionar a sonda com a ponta voltada para baixo e em direção à orelha mais próxima; Quando esta alcançar a nasofaringe flexionar a cabeça do cliente para a frente (para realizar o fechamento da traqueia e a abertura do esôfago). Fazer um movimento rotatório (180º) com a sonda em direção da narina oposta, essa rotação ajuda progredir a sonda através da nasofaringe; Procedimento: Continuar a introdução da sonda pedindo para que o cliente faça movimentos de deglutição; Examinar a cavidade oral para verificar se a sonda não enrolou na boca; Caso o paciente esteja consciente e em condições pode-se solicitar que o mesmo degluta goles de água (causandoperistalse esofágica). A sonda deverá ser introduzida até a marca com a fita adesiva; Observar sinais de cianose, dispneia e tosse. Caso isso ocorra é provável que a sonda esteja em via respiratória, então deverá ser retirada imediatamente e novamente repassada após recuperação do paciente. Procedimento: Testar a correta localização da sonda nasogástrica: Aspirar conteúdo gástrico; Injetar 20 ml de ar na sonda e auscultar com o estetoscópio na região epigástrica. Procedimento: Fixar a sonda firmemente ao nariz com a fita adesiva, tendo o cuidado para não causar tração de asa de nariz (que pode até provocar necrose).Em seguida fechar a sonda ou conectá-la a um coletor (caso seja deixada aberta para drenagem); Deixar o cliente em posição confortável; Recolher o material e proceder novamente a higienização das mãos; Fazer as anotações no prontuário. SONDAGEM NASOGÁSTRICA 30 Explicar o procedimento ao paciente, informar a possibilidade de ocorrência de desconfortos; Ajudar ou colocar o paciente na posição de semi-Fowler; Proteger o tórax do paciente com uma toalha; Higienizar as mãos; Calçar as luvas de procedimento; PROCEDIMENTO DE RETIRADA DA SONDA NASOGÁSTRICA Retirada da SNG A sonda nasogástrica deverá ser removida assim que possível. Se a sonda foi instalada para drenar secreções, observar sempre o volume drenado. Caso não haja mais a presença de secreção, ou seja, se não mais houver débito pela sonda então esta já poderá ser removida. Caso a sonda tenha sido instalada para alimentação, se o paciente apresentar melhora do quadro clínico e recuperar a capacidade de deglutição, a sonda também poderá ser retirada. Avaliar o funcionamento gastrointestinal ( presença de RHA, flatos, etc). ATENÇÃO – A RETIRADA DA SONDA NASOGÁSTRICA É REALIZADA MEDIANTE PRESCRIÇÃO MÉDICA Retirada da SNG Desconectar a sonda do coletor aberto (caso a sonda esteja aberta para drenagem). Fechá-la (para evitar o escoamento de conteúdo gástrico pelos orifícios da sonda que pode provocar irritação da mucosa). Também pode-se realizar uma instilação com cerca de 10 ml de soro fisiológico para retirar os resquícios de secreções. Retirar a fixação de esparadrapo; Envolver a sonda com gaze, pedir ao paciente que prenda por alguns instantes a respiração(para fechar a epiglote) e puxá-la com um movimento suave e contínuo. Antes de retirá-la pode-se solicitar que o paciente degluta um pouco de água (lubrifica a sonda facilitando a retirada); Retirada da SNG Cobrir e desprezar a sonda o mais rápido possível ( o aspecto e o odor podem causar náuseas no paciente); Oferecer lenços de papel ao paciente para este realizar limpeza nasal (ou realizar a limpeza caso o paciente não tenha condições); Deixar a unidade em ordem; Proceder novamente a higienização das mãos; Nas primeiras 48 horas subsequentes a retirada monitorar o paciente quanto a ocorrência de disfunções gastrintestinais: náuseas, vômitos, distensão abdominal e intolerância alimentar. Nestes casos pode haver a necessidade de recolocar a SNG. SONDAGEM NASOENTÉRICA SONDA NASOENTÉRICA Dobbhoff Sondagem NASOENTERAL CONCEITO É a inserção de um cateter através do nariz até a porção inicial do intestino (duodeno ou jejuno), utilizando-se de um fio guia. Tem como principal finalidade melhorar o aporte nutricional de pacientes debilitados através de dietas especiais. Sonda Nasoenteral VANTAGENS COM RELAÇÃO A SONDA NASOGÁSTRICA É menos desconfortável para o paciente pois é mais flexível e menos calibrosa; A dieta administrada por essa via (duodenal ou jejunal) é melhor tolerada pelo paciente; A incidência de bronco aspiração é menor já que a dieta é infundida a nível de intestino e em uma velocidade menor (a possibilidade de refluxo diminui); Como a incidência de complicações é menor, a sonda nasoenteral poderá ser utilizada por um longo período pelo paciente, no entanto ela tem sido mais utilizada apenas para alimentação e administração de medicamentos. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO Sondagem Nasoenteral MATERIAL UTILIZADO: Toalha de rosto; Copo com água; Saco plástico para lixo; Luvas estéreis; Seringa de 20cc; Xilocaína gel; Fita adesiva; Estetoscópio; Biombo; Sonda nasoenteral (com fio guia). Sonda Nasoenteral PROCEDIMENTO Higienizar as mãos e reunir o material; Explicar o procedimento ao paciente; Elevar a cabeceira da cama para a posição de Fowler (pode realizar o procedimento com o paciente em decúbito dorsal desde que com a cabeça lateralizada); Proteger o tórax do paciente com uma toalha e pedir para o paciente fazer a higiene nasal, caso o mesmo não tenha condições fazer esse procedimento por ele (utilizando gaze e luvas de procedimento); Calçar as luvas estéreis; Medir a sonda da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e daí até o processo xifoide. A partir desse ponto acrescentar cerca de 15 centímetros (o que equivale mais ou menos até a cicatriz umbilical). Marcar esse ponto com a fita adesiva. Sonda Nasoenteral PROCEDIMENTO Lubrificar a sonda com a xilocaína gel e instilar cerca de 10ml de água destilada na sonda (para facilitar a retirada do fio guia depois de instalada a sonda); Iniciar a inserção da sonda por uma das narinas, quando atingir a nasofaringe flexionar suavemente a cabeça do paciente para frente, pedir para o mesmo respirar pela boca, como também realizar movimentos de deglutição (essas ações ajudam na progressão da sonda); Atentar para sinais de desconforto respiratório, caso isso ocorra retirar imediatamente a sonda e reiniciar o procedimento após recuperação do paciente; Introduzir a sonda até o ponto demarcado; SONDAGEM NASOGÁSTRICA 42 SONDAGEM NASOENTERAL PROCEDIMENTO Retirar o fio guia (realizar a limpeza e guardá-lo); Realizar os testes para verificar se a sonda está no estômago, depois proceder a fixação da sonda e logo em seguida confirmar a correta localização mediante realização de RX; Instruir o paciente a permanecer de início em decúbito lateral esquerdo por cerca de duas horas, depois em decúbito dorsal (por duas horas) e por último em decúbito lateral direito (por mais duas horas). Essas ações fazem com que a peristalse gástrica direcione a extremidade da sonda através do piloro até o duodeno; SONDAGEM NASOGÁSTRICA 43 SONDAGEM NASOENTERAL PROCEDIMENTO Reunir o material, higienizar as mãos e fazer as anotações no prontuário; Deixar a sonda fechada. Geralmente a progressão até o duodeno pode levar até 24 horas. Depois desse período é conveniente realizar outro RX para confirmar a posição intestinal da sonda. ATENÇÃO: A dieta só pode ser administrada após a confirmação da localização no duodeno. GAVAGEM SONDAGEM NASOGÁSTRICA 45 GAVAGEM CONCEITO É a administração de nutrientes por via enteral através de uma sonda inserida no estômago, no duodeno ou no jejuno. INDICAÇÕES Complicações com a deglutição ou incapacidade de deglutir (afagia); Obstrução esofágica; Nível de consciência alterado; Traumatismo facial; Cirurgia de cabeça ou pescoço. SONDAGEM NASOGÁSTRICA 46 GAVAGEM CONTRA-INDICAÇÕES: Obstrução intestinal; Vômito ou diarreia intratável; Íleo paralítico. OBSERVAÇÕES: A administração de dieta por sonda localizada no duodeno ou jejuno reduzem o risco de bronco aspiração porque a solução infundida contorna o piloro; A alimentação gástrica pode ser administrada de forma intermitente, já as dietas administradas por via duodenal ou jejunal devem ser administradas por gotejamento lento e contínuo (são mais bem toleradas). MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO Neste método administra-se lentamente de 100 a 350 ml de solução nutricional com uma seringa, em intervalos regulares que variam de 2 a 6 horas. Este método só deve ser utilizado se a sonda estiver localizada no estômago. ALIMENTAÇÃO INTERMITENTE EM BOLUS MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO A dieta é administrada por gotejamento em intervalos de 2 a 6 horas, o volume recomendado é de 100 a 350ml. ALIMENTAÇÃO INTERMITENTE GRAVITACIONAL 49 GAVAGEM ALIMENTAÇÃO CONTÍNUA – através de gotejamento gravitacional ou controle por meio de bomba de infusão, na velocidade de 50 a 150 ml/h. A alimentação contínua pode ser administrada por sonda gástrica, duodenal ou jejunal. Recomenda-se iniciar com um fluxo de 30 ml/h e depois aumentar gradativamente até 100-150ml/h. No entanto se a sonda estiver localizada no duodeno ou jejuno a vazão não deve ultrapassar 60ml/h, pois se houver infusão rápida pode causar cólica e diarréia, além do pouco aproveitamento dos nutrientes. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO SONDAGEM NASOGÁSTRICA 51 GAVAGEM DIETA GÁSTRICA – PROCEDIMENTO Higienizar as mãos; Explicar o procedimento ao cliente; Realizar ausculta intestinal (certificar-se da presença de ruídos hidroaéreos) e investigar distensão abdominal; Elevar a cabeceira do leito para a posição de Fowler (para prevenir bronco aspiração por refluxo gastroesofágico). SONDAGEM NASOGÁSTRICA 52 GAVAGEM DIETA GÁSTRICA – PROCEDIMENTO Verificar o posicionamento da sonda através da ausculta (injetar 10cc de ar na sonda e auscultar na região epigástrica). ATENÇÃO – PARA EVITAR BRONCOASPIRAÇÃO NUNCA ADMINISTRAR A DIETA SEM TER A CERTEZA DA CORRETA LOCALIZAÇÃO DA SONDA. Avaliar o esvaziamento gástrico. Para isso aspirar a sonda com uma seringa de 20cc, observar a cor e o volume do líquido aspirado, se houver mais de 50 – 100ml de resíduo a alimentação deve ser suspensa, pode haver a necessidade de deixar a sonda aberta para drenagem. Se o volume aspirado for menor que o mencionado instilar novamente no estômago e iniciar o procedimento de gavagem;. SONDAGEM NASOGÁSTRICA 53 GAVAGEM DIETA GÁSTRICA – PROCEDIMENTO Abrir a sonda e conectar o sistema de administração da dieta . Se a administração for realizada em bolus, aspirar a dieta com uma seringa, conectar a seringa na sonda e administrar lentamente; Se a administração for gravitacional (com seringa sem êmbolo) ter o cuidado de não deixar penetrar ar na sonda. Também ter o cuidado de não infundir muito rápido, quanto mais alta a altura da seringa, maior a velocidade de infusão. Deve-se administrar 200-350ml em mais ou menos quinze minutos. A infusão rápida pode provocar vômito e distensão súbita do estômago, náuseas, vômitos, cólica e diarreia; SONDAGEM NASOGÁSTRICA 54 GAVAGEM DIETA GÁSTRICA – PROCEDIMENTO Se a administração da dieta for gravitacional por gotejamento ter o cuidado de retirar o ar do equipo e controlar o gotejamento (ou a vazão em caso de bomba de infusão); Depois de administrada a dieta lavar a sonda com 50 ml de água para evitar obstrução e promover a hidratação; Se a administração da dieta for contínua lavar a sonda com 50 ml de água a cada quatro horas; SONDAGEM NASOGÁSTRICA 55 GAVAGEM DIETA GÁSTRICA – PROCEDIMENTO Por último desconectar o sistema de infusão ou a seringa, deixar a sonda nasogástrica fechada e deixar o paciente na posição de Fowler por pelo menos 30 minutos (para evitar o refluxo e bronco aspiração); Colocar ordem na unidade e fazer as anotações no prontuário (hora, tipo de dieta, quantidade e intercorrências); SONDAGEM NASOGÁSTRICA 56 GAVAGEM DIETA DUODENAL/JEJUNAL – PROCEDIMENTO Higienizar as mãos; Explicar o procedimento ao paciente; Elevar a cabeceira da cama colocando o paciente em Semi-Fowler; Verificar o posicionamento da sonda (medindo o comprimento da parte exteriorizada da sonda); SONDAGEM NASOGÁSTRICA 57 GAVAGEM DIETA DUODENAL/JEJUNAL – PROCEDIMENTO Pendurar o recipiente para infusão no suporte (já com o equipo conectado), retirar o ar do equipo; Conectar o sistema de infusão a sonda do paciente e controlar a infusão (ou por gotejamento ou através da bomba de infusão); De início administrar lentamente a dieta, depois ir aumentando a velocidade de fluxo (de acordo com a tolerância do paciente); SONDAGEM NASOGÁSTRICA 58 GAVAGEM DIETA DUODENAL/JEJUNAL – PROCEDIMENTO Irrigar a sonda de 4 em 4 horas com água para evitar obstrução e promover a hidratação; ATENÇÃO: POR VIA DUODENAL OU JEJUNAL A DIETA DEVE PREFERENCIALMENTE SER ADMINISTRADA DE FORMA CONTÍNUA, POIS SE ADMINISTRADA EM BOLUS PODERÁ HAVER A INFUSÃO DE GRANDE VOLUME EM POUCO TEMPO, AUMENTANDO AS CHANCES DE OCORRER DIARRÉIA.DESSA FORMA O PACIENTE NÃO APROVEITARÁ OS NUTRIENTES OFERECIDOS. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES NA GAVAGEM SONDAGEM NASOGÁSTRICA 60 GAVAGEM CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES Se durante a administração da dieta o paciente apresentar náuseas e vômitos interromper imediatamente o procedimento (o vômito ocorre por administração rápida da dieta ou por atraso no esvaziamento gástrico); Promover higiene oral frequente e inspecionar as narinas para verificar a presença de lesões. Os lábios deverão ser constantemente lubrificados para evitar o ressecamento; SONDAGEM NASOGÁSTRICA 61 GAVAGEM CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES Administrar a dieta a temperatura ambiente, retirar uma hora antes da geladeira, também não administrar preparações muito quentes; Em administrações contínuas avaliar a ocorrência de distensão abdominal; Verificar o tipo de dieta prescrita, volume, aspecto. A qualquer sinal de alteração não administrar e comunicar imediatamente ao serviço de nutrição; SONDAGEM NASOGÁSTRICA 62 GAVAGEM CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES Se o paciente apresentar diarreia administrar volumes menores, fórmulas menos concentradas e de forma mais lenta. Também é conveniente certificar-se de um adequado acondicionamento; Observar a ocorrência de constipação intestinal, neste caso avisar ao médico para possível mudança no teor da dieta e aumentar a ingestão de líquidos; Os níveis de glicose e eletrólitos séricos devem ser monitorados; SONDAGEM NASOGÁSTRICA 63 GAVAGEM CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES Sondas nasoenterais de pequeno calibre podem dobrar-se, nestes casos nunca utilizar o guia para reposicionar. Recomenda-se puxar alguns centímetros ou retirar a sonda e introduzi-la novamente; Verificar a cada hora a velocidade de fluxo / gotejamento; Em intervalos regulares agitar o frasco de administração da dieta (para homogeneizar a solução facilitando a infusão e prevenindo a obstrução); SONDAGEM NASOGÁSTRICA 64 GAVAGEM CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES Administração de medicamentos por sondas – os comprimidos devem ser triturados e diluídos, as cápsulas devem ser abertas e também diluídas em água, em seguida são administrados. Se por um motivo especial houver a necessidade de manter a sonda aberta, após administrar o medicamento manter fechada a sonda e após 20 -30 minutos poderá ser aberta. Não esquecer de irrigar a sonda com mais ou menos 20 ml de água após administrar medicamentos (para certificar-se que não ficou medicação no percurso da sonda) COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A GAVAGEM SONDAGEM NASOGÁSTRICA 66 GAVAGEM COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A GAVAGEM Irritação / erosão da mucosa esofágica, nasal e orofaríngea - principalmente se a sonda permanecer por muito tempo. Quanto menor o calibre da sonda, menor a ocorrência de complicações; Alterações gastrintestinais (náuseas, vômitos, timpanismo, diarreia, cólicas, constipação) – alimentações frequentes e muito volumosas causam timpanismo e retenção gástrica. Intolerância a dieta geralmente causa cólicas e distensão abdominal. Diarreia e vômitos podem causar desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos. SONDAGEM NASOGÁSTRICA 67 GAVAGEM COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A GAVAGEM Ações direcionadas às alterações gastrintestinais: reduzir a velocidade de infusão, administrar plasil conforme prescrição médica ( o plasil aumenta a motilidade intestinal), não administrar dietas geladas ou muitos quentes, para facilitar o esvaziamento gástrico posicionar o cliente sobre o lado direito com a cabeceira elevada, avisar ao médico as intercorrências para possíveis modificações na dieta; SONDAGEM NASOGÁSTRICA 68 GAVAGEM COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A GAVAGEM Obstrução da sonda – neste casodeve-se irrigar com água morna, se necessário trocar a sonda. Nunca esquecer de lavar a sonda injetando água após cada administração de dieta. Em infusões contínuas a cada quatro horas realizar a irrigação da sonda com água; Bronco aspiração – suspender imediatamente a administração da dieta, realizar aspiração oro traqueal e comunicar imediatamente ao médico. Nunca esquecer de certificar-se da correta localização da sonda, também sempre elevar a cabeceira da cama do paciente ao administrar a dieta e ao término ainda deixar o paciente elevado por cerca de trinta minutos. A bronco aspiração pode levar a pneumonia aspirativa. SONDAGEM NASOGÁSTRICA 69 GAVAGEM COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A GAVAGEM Hiperglicemia/hipoglicemia – monitorar a intervalos regulares os níveis glicêmicos através de glicemia capilar (conforme prescrição médica), notificar as alterações ao médico plantonista, administrar insulina ou glicose hipertônica (conforme prescrição médica) Desidratação – a diarreia frequente em pacientes que recebem alimentação enteral podem levar a desidratação; LAVAGEM GÁSTRICA SONDAGEM NASOGÁSTRICA 71 LAVAGEM GÁSTRICA CONCEITO É a introdução, por meio da sonda nasogástrica (ou orogástrica), de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção. FINALIDADES Remover o conteúdo gástrico excessivo (retenção de alimentos não digeridos) ou nocivo (intoxicação exógena ou overdose de drogas, envenenamento) do estômago; Esvaziar o estômago na preparação para exames diagnósticos ou cirurgia; Estancar ou diminuir hemorragia gástrica ou esofágica (nestes casos utiliza-se soro fisiológico gelado na lavagem). SONDAGEM NASOGÁSTRICA 72 LAVAGEM GÁSTRICA CONTRA-INDICAÇÕES: Depois da ingestão de substâncias corrosivas (derivados de petróleo, ácidos, etc.) pois por ocasião da colocação da sonda pode haver a perfuração do esôfago (já comprometido pela agressão da substância); Nos casos de desvio de septo nasal, traumatismo facial e fratura a lavagem pode ser realizada, contanto que a sonda utilizada para lavagem seja passada por via oral (oro-gástrica). DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO SONDAGEM NASOGÁSTRICA 74 LAVAGEM GÁSTRICA MATERIAL NECESSÁRIO Material utilizado para cateterismo nasogástrico (como já descrito anteriormente, incluindo sonda nasogástrica de grosso calibre no 18 ou 20 conforme biótipo do paciente); Coletor aberto; Medicação prescrita; Soro fisiológico; Seringa de 20cc; Toalha de rosto para proteger o tórax do paciente; Adaptador de látex para conectar a sonda ao sistema de drenagem aberto; Luvas estéreis, luvas de procedimento, gazes; Material de aspiração (aspirador, conexão de látex, sonda de aspiração no12 ou 14). SONDAGEM NASOGÁSTRICA 75 LAVAGEM GÁSTRICA PROCEDIMENTO Realizar a sondagem nasogástrica conforme procedimento já descrito; Durante o procedimento o paciente é colocado em decúbito lateral esquerdo e com a cabeceira da cama abaixada (esta posição reduz o trânsito do conteúdo gástrico para o duodeno). Também é importante ter o material de aspiração pronto para uso caso o paciente apresente vômitos (para evitar broncoaspiração); Antes de instilar qualquer líquido no estômago, realiza-se a aspiração gástrica (para evitar o risco de enchimento excessivo do estômago que pode induzir ao vômito). É conveniente reservar amostras do líquido aspirado do estômago para análise laboratorial; SONDAGEM NASOGÁSTRICA 76 LAVAGEM GÁSTRICA PROCEDIMENTO Conectar a seringa (já com a solução que será utilizada) ou o soro fisiológico (com a extensão de látex) a sonda nasogástrica do paciente, deixando o soro ser infundido por gravidade. Em seguida o soro fisiológico é colocado em um nível mais baixo que o paciente e então o líquido do estômago é drenado por sifonagem. A região epigástrica pode ser suavemente massageada para facilitar a drenagem; Repetir o procedimento (influxo-refluxo) até que o líquido de retorno tenha aspecto limpo, isso indicará que o estômago está livre de substâncias nocivas ou que o sangramento esofagogástrico cessou ou diminuiu; SONDAGEM NASOGÁSTRICA 77 LAVAGEM GÁSTRICA PROCEDIMENTO Avaliar os SSVV, o débito urinário e o nível de consciência do cliente (especialmente se a lavagem gástrica foi realizada por motivo de envenenamento); Retirar a SNG assim que possível (de acordo com a solicitação médica). CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES NA LAVAGEM GÁSTRICA SONDAGEM NASOGÁSTRICA 79 LAVAGEM GÁSTRICA OBSERVAÇÕES IMPORTANTES O paciente não deverá permanecer sozinho por ocasião do procedimento. O mesmo deve ser observado quanto o nível de consciência e os SSVV (a resposta vagal que poderá ocorrer em virtude da sondagem pode causar depressão respiratória e bradicardia); Controlar o volume de soro que está sendo infundido para a lavagem. O volume drenado deverá ser igual ou maior que o volume administrado, principalmente nos casos de hemorragias; O material de aspiração deverá estar disponível pois se houver a ocorrência de vômitos o paciente deve ser aspirado prontamente (além de ter a cabeça lateralizada). Essa conduta mantém a via respiratória pérvia e previne a bronco aspiração; SONDAGEM NASOGÁSTRICA 80 LAVAGEM GÁSTRICA OBSERVAÇÕES IMPORTANTES A repetição do procedimento (influxo-refluxo) é realizada até que o líquido drenado tenha aspecto limpo; Ter cuidado se for necessário realizar pressão para a infusão (nos casos em que se faz necessário realizar o procedimento rapidamente), pois pode haver regurgita mento com probabilidade de aspiração brônquica); SONDAGEM NASOGÁSTRICA 81 LAVAGEM GÁSTRICA UTILIZAÇÃO DO SORO FISIOLÓGICO GELADO E DO CARVÃO ATIVADO Soro fisiológico gelado – a sua utilização na tentativa de conter hemorragias gástricas atualmente não tem a sua eficácia comprovada. Além disso algumas evidências indicam que soluções geladas estimulam uma resposta vagal, aumentando a secreção de ácido clorídrico e aumentando também a motilidade gástrica, lesionando ainda mais o foco de sangramento. A sonda de Sengstaken Blackmore ou balão esofágico é um tipo de sonda utilizada para tratar hemorragias gástricas decorrentes do rompimento de varizes de esôfago; SONDA DE SENGSTEKEN-BLAKMORE (borracha) SONDAGEM NASOGÁSTRICA 83 LAVAGEM GÁSTRICA UTILIZAÇÃO DO SORO FISIOLÓGICO GELADO E DO CARVÃO ATIVADO Carvão ativado – nos casos de envenenamento o médico pode prescrever a utilização do carvão ativado. Após uma primeira lavagem, o carvão ativado é dissolvido em água ou soro fisiológico e é então administrado pela SNG, a sonda é fechada para que o carvão permaneça algum tempo no estômago (o carvão ativado absorverá os resíduos remanescentes do veneno). Em seguida a SNG é novamente aberta para drenagem. A quantidade de carvão ativado e o tempo de permanência no estômago irá depender do tipo e do volume de substância tóxica ingerida. O médico indicará a quantidade de carvão ativado a ser utilizado e o tempo de permanência no estômago. SONDAGEM NASOGÁSTRICA 84 LAVAGEM GÁSTRICA COMPLICAÇÕES RELACIONADAS A LAVAGEM GÁSTRICA Vômito com consequente bronco aspiração; Bradiarritmias, especialmente após lavagem com soro fisiológico gelado (causada pela queda da temperatura corporal do paciente). SONDAGEM NASOGÁSTRICA 85 LAVAGEM GÁSTRICA ANOTAÇÕES NO PRONTUÁRIO Anotar data e hora da lavagem gástrica, solução utilizada na lavagem, volume infundido, volume drenado, características do líquido drenado; Anotar também as reações do paciente ao procedimento, incluindo SSVV, débito urinário e nível de consciência. LAVAGEM INTESTINAL E ENEMAS 87 LAVAGEM INTESTINAL CONCEITO É a introdução de líquido no intestino através do ânus ou da boca da colostomia. Clister (ou fleet enema) é a introdução de pequena quantidade de líquido (150 a 500ml) no intestino. Enteroclisma: introdução de uma solução no reto (volume superior a 500 ml). FINALIDADES Aliviar distensão abdominal, flatulência e constipação; Facilitar a eliminação das fezes; Remover o sangue noscasos de melena; Preparar o paciente para cirurgias, exames e tratamento do trato intestinal; Introduzir medicamentos; 88 LAVAGEM INTESTINAL MATERIAL Luvas de procedimento, gazes, sonda retal (para mulheres no 22 ou 24, homens 24 ou 26, crianças e adolescentes de 14 a 20), cuba rim ou bandeja(para levar o material), lubrificante (xilocaína geleia ou vaselina), impermeável (para proteger as cama), comadre, biombo, pinça (para controlar a infusão), irrigador para lavagem intestinal). 89 LAVAGEM INTESTINAL SOLUÇÕES UTILIZADAS Pode ser utilizado soro fisiológico ou água acrescidos de glicerina, vaselina, cloreto de potássio, etc. Atualmente também são utilizadas soluções comercializadas que já vêm prontas para uso e já com aplicador. Tipos de lavagem intestinal (Clister) Antisséptico: combate a infecção; Adstringente: contrair os tecidos intestinais; Carminativo: eliminar as flatulências; Sedativo: aliviar a dor (C.A.); Anti-helmíntico: destruir vermes; Emolientes: amolecer as fezes; Água gelada: diminuir a febre; Enema salena: eliminar as fezes; Enema irritativo: irrita o intestino provocando eliminação das fezes (feita com sulfato de magnésio). 90 LAVAGEM INTESTINAL CONTRA INDICAÇÕES Crianças menores de dois anos; Cirurgias anorretais recentes; Apendicite; Obstrução intestinal; Cirurgia prostática recente. 91 LAVAGEM INTESTINAL PROCEDIMENTO Higienizar as mãos e reunir o material; Explicar o procedimento ao paciente; Preparar a solução para lavagem intestinal: adaptar a sonda retal à extensão de borracha, proteger a sonda com o seu invólucro, adaptar a extensão de borracha ao irrigador e pinçá-la, preparar a solução prescrita e colocar no irrigador, retirar o ar do sistema (utilizando a pinça); Isolar o leito com biombo; Proteger o leito com impermeável; Pendurar o irrigador no suporte próximo ao leito do paciente; Colocar o paciente em posição de Sims esquerda (para facilitar a inserção da sonda e a progressão da solução dentro do intestino); POSIÇÃO DE SIMS IRRIGADOR NO SUPORTE SONDAGEM NASOGÁSTRICA 94 LAVAGEM INTESTINAL PROCEDIMENTO Lubrificar a ponta da sonda retal (+ ou – 10cm) com o lubrificante e gazes (a lubrificação facilita a inserção da sonda e previne a irritação da mucosa retal); Envolver a sonda retal com gaze marcando o comprimento da sonda a ser introduzida (10 cm no adulto, 5 a 7cm em crianças); Levantar a nádega direita do paciente e introduzir a sonda; Enquanto introduz a sonda pedir ao paciente que respire lenta e profundamente (para relaxar o esfíncter anal e facilitar a inserção); Abrir a pinça e deixar escoar a solução; Se o paciente já no momento da introdução do líquido sentir vontade de evacuar, interromper por alguns instantes a introdução da solução e pedir para o paciente respirar profundamente; 95 LAVAGEM INTESTINAL PROCEDIMENTO Retirar a sonda realizando um clampeamento da extremidade (para evitar escoamento), descartar a sonda retal no saco do lixo, recolher o material; Orientar o paciente a permanecer na mesma posição (protegido com lençol), e reter a solução por mais ou menos quinze minutos ou o tempo que suportar; Colocar o paciente na comadre ou ajudá-lo a ir ao banheiro; Retirar as luvas e higienizar as mãos; Realizar as anotações no prontuário ( horário, efeito da lavagem, solução utilizada, aspecto e consistência das fezes). 96 LAVAGEM INTESTINAL OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Não forçar a introdução da sonda retal. Retirá-la e verificar a causa: dobra da sonda, contração retal, etc; Esse procedimento também pode ser realizado na posição genupeitoral, em alguns casos o efeito é até melhor; É importante orientar o paciente a não dar descarga no vaso sanitário ou desprezar as fezes da aparadeira antes do efeito da lavagem intestinal ser verificado; 97 LAVAGEM INTESTINAL OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Quando a solução de lavagem vier acondicionada em frasco próprio a sonda pode ser conectada diretamente ao frasco; Atentar para ocorrência de lipotimia em pacientes que realizam várias lavagens intestinais seguidamente (ocorre a perda de potássio e de outros eletrólitos, além da possibilidade da ocorrência de hipotensão); Nos casos de colostomia lembrar de usar sondas de calibre menor (no20), colocar o paciente em decúbito dorsal, introduzir a sonda sem forçar e no sentido do intestino. REFERÊNCIAS ATKINSON, L. et.al. Fundamentos de Enfermagem. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1989. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Ed Elsevier, 2009. VOLPATO, A.C.B.; PASSOS, V.C.S. Técnicas Básicas de Enfermagem. 2 ed. São Paulo: Martinari, 2007.
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