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FACULDADES OPET CURSO DE DIREITO JOSÉ DAS DORES COMO ACERTAR SEM ERRO! CURITIBA 2017 JOSÉ DAS DORES COMO ACERTAR SEM ERRO! Resenha apresentada à disciplina de Metodologia do Trabalho Científico do 1 Período do Curso de Direito sob a orientação do Professor: Dr. Uipirangi Câmara CURITIBA 2017 BUSSAB, V. S. R.; OTTA, E. Vai encarar? Lidando com a agressividade. São Paulo: Editora Moderna, 1988. Como lidar com manifestações de agressividade, raiva e ao mesmo tempo com as transformações que ocorrem na adolescência? De que maneira é possível construir uma percepção e visão do cotidiano que inclua a compreensão do outro, da cultura e da forma como reagimos às suas influências? Para apresentar possíveis respostas e encaminhamentos á essas questões, principalmente a jovens e adolescentes é que as professoras Emma Otta, professora titular da USP, atuando principalmente com comunicação não- verbal, estratégias reprodutivas e cuidado parental, brincadeira e desenvolvimento e Vera Silvia Raad Bussab, professora titular da USP, atuando principalmente com ontogênese de padrões instintivos, plasticidade e estereotipia, apresentam a obra: “Vai encarar? Lidando com a agressividade”. Vai encarar? Lidando com a agressividade faz parte de uma coleção intitulada “Qual é o grilo?” Idealizada a partir de redações feitas com jovens do ensino fundamental e médio, mais especificamente a partir de seus “grilos”. Cabe a Emma Otta e Vera Bussab tematizar a agressividade levando em conta também, experiências e opiniões de adolescentes com as questões da agressividade e violência. O texto é dividido em sete capítulos enfocando adolescência, identidade, família, agressividade, conceituações, caminhos e descaminhos. Sob o tema de começo de conversa, o primeiro capítulo é um convite à imersão dos adolescentes num novo olhar sobre os seus grilos (p.11). O capítulo dois, “Tempo de mudanças: as transformações da adolescência”, aborda o tema da agressão tendo como referencial os adolescentes, o cotidiano e as situações que o preocupam. O realce do capítulo aponta o adolescente como um ser em um processo de transformação, física e psicológica (p.13). Uma das mudanças importantes tem a ver com a busca por identidade e autonomia e nessa busca conflitos internos e externos são inevitáveis (p.18,19). O capítulo três, “Cada um à sua maneira: as diferenças individuais”, vai apontar as diferenças individuais ou de personalidade (p.32) e propor, através de um questionário sobre estilo pessoal, uma possibilidade para que o adolescente reflita sobre áreas de sua vida: grau de irritabilidade, desconfianças, ressentimento, negativismo, hostilidade verbal, hostilidade indireta e confronto físico (p.39-41). Para as autoras é importante que os adolescentes saibam que suas expectativas podem não apenas influenciar o seu próprio comportamento, como também, influenciar a percepção que terão do comportamento do outro (p.43, 44). Em “Situações em que a agressividade se manifesta”(capítulo quatro) o destaque é a compreensão de que as regras, as expectativas e os papéis, que variam em função do contexto em que a gente se encontra, são determinantes muito importantes do comportamento do adolescente(p.46). O encaminhamento do capítulo dá-se a partir de relatos dos adolescentes sobre situações próprias em que os sentimentos de ira e raiva se manifestaram. É a partir desse “expôr-se” que temas como privacidade, autonomia, identidade, conflitos e questionamentos são entendidos sob um novo prisma (p.48). O próximo capítulo tenta apontar a causas que originam os sentimentos de frustração nos adolescentes, quais as conseqüências, como se relacionam com a violência e quais os caminhos alternativos que têm diante de si (p.83). O capítulo 6, “À cata de emoções”, propõe uma reflexão sobre o fato de que nem sempre saber os motivos que podem levar à agressividade são suficientes para evitá-la. Por que não se consegue então evitar a agressividade?(p.99). O capítulo 7, “Agressividade humana em perspectiva”, propõe o tema de como nos relacionamos e relacionamos a nossa natureza e a cultura com a qual estamos envolvidos (p.119). O texto contém informações importantíssimas, revela o esforço que as autoras tiveram em reunir uma série de informações complexas sob um mesmo tema e para um público leigo. No entanto, por esse mesmo motivo, as autoras tiveram dificuldades para escolher num amontoado de informações quais as mais importantes para o seu objetivo primeiro: falar a adolescentes. A organização dos temas e capítulos é confusa. A linguagem utilizada, não deixa muito claro que tipo de público realmente elas pretendiam atingir, em alguns momentos é densa e permeada de termos técnicos desnecessários. Portanto uma revisão da linguagem, bem como, da diagramação e organização temática do livro precisaria ser revista. 2 Apesar dessas observações, recomenda-se a leitura do livro, principalmente por educadores e profissionais que trabalham e lidam com adolescentes no cotidiano. O Livro foi publicado pela Editora Moderna. A edição (1ª. edição) usada para essa resenha foi publicada em 1995. 3
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