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FUNDAMENTOS DE DIREITO EMPRESARIAL Aula 8 – A Empresa e as obrigações decorrentes do Direito Cambiário Professora Eveline Lima O ASSUNTO DESTA AULA FOI ABORDADO NO MATERIAL DIDÁTICO DA ESTÁCIO, COM O SEGUINTE TÍTULO: Cap. 16 – TEORIA GERAL DO DIREITO CAMBIÁRIO 1. Conceito de título de crédito 2. Princípios gerais do direito cambiário 3. Classificação dos títulos de crédito TÍTULOS DE CRÉDITO CONCEITO: são documentos representativos de obrigações pecuniárias. DEFINIÇÃO LEGAL: títulos executivos extrajudiciais (art. 585, I, CPC). CÓDIGO CIVIL: o título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei (art. 887). ATRIBUTOS a) Negociabilidade: facilidade de circulação do crédito. b) Executividade: maior eficiência na cobrança judicial. PRINCÍPIOS a) Cartularidade: documento necessário ao exercício do direito nele contido e deve estar em posse do efetivo credor. b) Literalidade: o que não está consignado no título não produz efeito. c) Autonomia: as obrigações nele representadas são independentes, portanto, se uma obrigação for nula, não comprometerá a validade das demais obrigações constantes no mesmo título. Este princípio se subdivide em dois sub-princípios: � Abstração: os direitos representados no título são abstratos, não tendo vínculo com a causa concreta motivadora do seu nascimento, ou seja, torna-se desnecessária a verificação do negócio jurídico que originou o título, exceto em relação à duplicata, que não possui esta característica, pois fica vinculada ao negócio mercantil que lhe deu origem. � Inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé: a pessoa obrigada por um título de crédito não pode se recusar em pagar ao portador do título, alegando qualquer relação pessoal, pois o terceiro de boa-fé nada tem a ver com a relação de base que ensejou a emissão do título. CLASSIFICAÇÃO a) Quanto ao modelo: modelo livre (letra de câmbio e nota promissória), que não possui padrão normativamente estabelecido pela lei e modelo vinculado (cheque e duplicata mercantil), em relação aos quais o Direito definiu um padrão para o preenchimentos dos requisitos específicos de cada um. b) Quanto à estrutura: ordem de pagamento (o saque cambial dá origem a três situações distintas: sacador ou emitente, que dá a ordem para que outra pessoa pague; sacado, que recebe a ordem e deve cumpri- la; beneficiário, que recebe o valor descrito no título. V.g., letra de câmbio, cheque e duplicata mercantil) e promessa de pagamento (envolve apenas duas situações jurídicas: a do promitente, que promete pagar, e do beneficiário da promessa, que receberá a dívida do promitente. V.g., nota promissória). c) Quanto às hipóteses de emissão: causais (a lei elege um fato como causa possível para sua emissão. V.g., duplicata mercantil – representa obrigação decorrente de compra e venda mercantil) e não-causais ou abstratos (criado por qualquer causa, para representar obrigação de qualquer no momento do saque. V.g., cheque, letra de câmbio e nota promissória). d) Quanto à circulação (ato jurídico que opera a transferência da titularidade do crédito representado pela cártula): ao portador (não identifica o credor, sendo transmissíveis por mera tradição) e nominativos (identificam o credor e, portanto, a transferência pressupõe a prática de outro ato jurídico, além da tradição). � Nominativos à ordem: circulam mediante tradição acompanhada de endosso. � Nominativos não à ordem: circulam com a tradição acompanhada de cessão civil de crédito. CHEQUE NOTA PROMISSÓRIA LETRA DE CÂMBIO DUPLICATA MERCANTIL
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