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Casos direito do trabalho 1 a16

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Caso 1 
O Sindicato dos Empregados de Bares e 
Restaurantes de Minas Gerais celebrou 
convenção coletiva de trabalho com o 
Sindicato Patronal de Bares e Restaurantes 
de Minas Gerais. A referida norma coletiva 
estabeleceu para os integrantes da categoria 
profissional representada pelo sindicato 
profissional, o pleno funcionamento dos bares 
e restaurantes aos domingos com o devido 
revezamento do repouso semanal dos 
empregados, sendo uma folga aos seus 
empregados aos domingos, a cada duas 
semanas inteiras trabalhadas. Finalmente, as 
partes estabeleceram um prazo de vigência 
de 1 (um) ano para a vigência da convenção 
coletiva. Analisando o caso concreto 
apresentado, esclareça se esta norma 
coletiva se caracteriza como fonte material ou 
formal do direito do trabalho? Esclareça 
ainda, a diferença entre fontes autônomas e 
heterônomas. 
R: A convenção coletiva de trabalho é 
fonte formal do direito do trabalho e não 
fonte material. Pois as fontes matérias são 
caracterizadas por provirem de um 
momento pré-jurídico. E a fonte material 
possui caráter normativo. 
Fontes heterônomas são as normas cuja a 
formação e produzida sem a participação 
dos destinatários 
Fontes autônomas são aquelas cuja 
formação se da pela imediata participação 
dos interessados se sem a intervenção do 
agente. 
CASO 2 
Ana Maria foi convidada pelo hospital para 
constituir uma pessoa jurídica e, nessa 
qualidade, prestar serviços médicos em 2 
plantões semanais de 24 horas, nos dias 
determinados pelo hospital percebendo valor 
de R$ 8.000,00 mensais por estes serviços. 
Ana aceitou o convite, e durante o contrato 
tinha seu trabalho dirigido pelo Diretor Médico 
do hospital e trabalhava com total 
subordinação. Sempre que necessitou fazer-
se substituir a médica pediu permissão ao 
hospital para fazê-lo, tendo o seu chefe 
imediato desautorizado, esclarecendo que 
sua prestação de serviços era pessoal. Em 
janeiro do corrente ano, o hospital resolveu, 
por iniciativa própria e sem qualquer motivo 
aparente, encerrar o contrato de prestação de 
serviços com a empresa de Ana Maria, 
oportunidade em que a mesma, insatisfeita 
com a situação, entrou com Reclamação 
Trabalhista na Justiça do Trabalho buscando 
ver reconhecida sua relação de emprego com 
o hospital. Ana Maria terá êxito em sua 
pretensão? Justifique a sua resposta. 
R - Neste caso, Ana maria tem razão. 
Embora haja uma realidade documentada 
a verdade real demonstra que o que se 
tentou fazer foi uma fraude a relação de 
emprego. 
Assim, havendo os requisitos de relação 
de emprego, pelo principio da primazia da 
realidade este vinculo será reconhecido. 
CASO 3 
Josenilda foi contratada para trabalhar como 
cozinheira na residência da família Silva em 
março de 2013. Ficou ajustado entre as 
partes que Josenilda trabalharia 
pessoalmente de segunda a sábado iniciando 
seu trabalho às 07:00 e terminando às 17:00 
com duas horas de almoço, recendo como 
contraprestação pelos serviços o valor de um 
salário mínimo. Passados dois anos, ou seja, 
em março de 2015, o empregador já não 
conseguia manter sozinho o sustento da casa 
e em face disso decidiu ampliar a renda 
familiar iniciando um negócio próprio de 
venda de doces e salgados na residência da 
família, a partir de abril. Como não tinha 
prática na cozinha, os serviços de Josenilda 
eram utilizados para preparação das 
encomendas. Tal situação perdurou até 
fevereiro do corrente ano, quando Josenilda 
foi demitida sem justa causa e recebeu os 
valores do extinto contrato de trabalho como 
se fosse empregada doméstica. Fundamente 
sua resposta. 
R- Não agiu corretamente o empregador, 
uma vez que josenilda deve ter suas 
verbas rescisórias pagas de forma 
separada. Deste sua admissão até março 
de 2015 devera receber como domestica e 
de abril de 2015 ate sua dispensa recebera 
como empregada urbana, uma vez que 
passou a gerar lucro a seu empregador. 
CASO 4 
A empresa Veronick S/A, em processo 
falimentar, teve seus bens alienados a 
empresa Belonig S/A. No entanto a Veronick 
S/A, antes da alienação de seus ativos, 
figurava no polo passivo de inúmeras ações 
trabalhistas em todo território nacional. Há 
uma dúvida acerca da responsabilidade da 
sucessora Belonig S/A nos passivos da 
empresa Veronick S/A. Analisando a situação 
concreta apresentada em função do instituto 
da sucessão trabalhista e com base na 
legislação vigente, esclareça se há ou não a 
sucessão trabalhista? 
R – A sucessão trabalhista não se 
caracteriza quando ocorre a venda de bens 
da empresa falida, vez que a lei falência 
proíbe esta possibilidade. 
CASO 5 
Em 2010, Platão foi contratado pelo Município 
do Belo Horizonte para prestar serviços 
internos ligados à administração pública. Em 
meados de 2016, por meio de uma ação civil 
pública intentada pelo Ministério Público, a 
administração pública teve que romper com 
os serviços prestados por todos aqueles que 
não ingressaram em seus quadros por 
concurso público. Platão, indignado, procurou 
um advogado e entrou com uma Reclamação 
Trabalhista, pleiteando o reconhecimento do 
vínculo com o Município de Belo Horizonte e 
o consequente pagamento das verbas 
decorrente deste vínculo. Diante do caso 
apresentado, responda justificadamente: 
a) Platão terá êxito na Reclamação 
Trabalhista no que concerne ao 
reconhecimento do vínculo empregatício? 
Justifique indicando a posição jurisprudencial 
sobre a matéria. 
R – Não e possível reconhecer o vinculo 
de emprego de platão com a administração 
publica, uma vez que é necessário e 
obrigatório concurso publico, ( art 37, II, 
cf). 
b) Platão faz jus ao pagamento de alguma 
parcela em decorrência da prestação de 
serviços acima referida? 
R- Embora não seja possível o 
reconhecimento do vinculo, platão faz juz 
a saldo de salários e o FGTS do período. 
CASO 6 
Antônio foi contratado por experiência pelo 
prazo de 30 (trinta) dias. Findo o prazo o 
empregador resolveu extinguir o contrato de 
trabalho, mas Sr. Arthur colega de Antonio 
pediu mais uma chance para que ele pudesse 
mostrar seu trabalho. O empregador então 
prorrogou por mais 30 (trinta) dias o contrato 
de trabalho. Extinta a primeira prorrogação, 
Antonio foi comunicado que seu contrato 
estava extinto e ele não continuaria na 
empresa. Desesperado, pediu ao empregador 
uma nova oportunidade e informou que 
estava com sua mãe muito doente e o 
dinheiro do salário seria utilizado para custear 
os medicamentos. Ponderou que o prazo 
máximo de experiência é de 90 (noventa) dias 
e com isso conseguiu uma nova prorrogação 
pelo prazo de 30 (trinta) dias. Após 90 
(noventa) dias de prestação de serviços, o 
empregador extinguiu o contrato de trabalho e 
efetuou o pagamento das verbas trabalhistas 
considerando a extinção contratual a termo. 
Pergunta-se: Agiu corretamente o 
empregador, ao efetuar a extinção como 
contrato a termo? Fundamente. 
R – Neste caso o empregador não agiu 
corretamente, tendo em vista que o 
contrato de experiência só admite uma 
prorrogação. Desta forma, após a segunda 
prorrogação o contrato se transformou em 
contrato por prazo indeterminado. 
CASO 7 
(FGV 2011 ADAPTADO) Paulo, empregado 
da empresa Alegria Ltda., trabalha para a 
empresa Boa Sorte Ltda., em decorrência de 
contrato de prestação de serviços celebrado 
entre as respectivas empresas. As atribuições 
por ele exercidas inserem-se na atividade 
meio da tomadora, a qual efetua o controle de 
sua jornada de trabalhoe dirige a prestação 
pessoal dos serviços, emitindo ordens diretas 
ao trabalhador no desempenho de suas 
tarefas. Diante dessa situação hipotética 
apresentada e com base no entendimento 
Sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho 
esclareça se esta terceirização é lícita ou 
ilícita e consequentemente se existe a 
possibilidade de Paulo ter o vínculo de 
emprego reconhecido com a empresa Boa 
Sorte Ltda.? 
R- No caso em tela, embora Paulo trabalha 
na atividade meio não pode a empresa 
tomadora efetuar controle de sua jornada. 
CASO CONCRETO 8 
1- Luciano, chefe de departamento de uma 
grande rede de supermercados, após quatro 
anos e meio de vínculo de emprego, foi 
promovido ao posto de gerente, sendo 
designado para atuar em outra filial da 
empresa, instalada na periferia da mesma 
cidade onde possui domicílio, com plenos 
poderes de gestão e representação. Com a 
promoção, ele passou a perceber gratificação 
adicional de função, equivalente a 80% de 
sua anterior remuneração. 
Passados onze anos de vigência dessa 
situação, resolveu a empresa destituir 
Luciano do posto gerencial, revertendo-o ao 
seu cargo efetivo sem justo motivo e 
suprimindo a gratificação de função. Em 
seguida, após cinco meses de trabalho, 
Luciano é dispensado sem justa causa, 
percebendo as verbas resultantes da rescisão 
do contrato de trabalho. Com base na 
situação hipotética apresentada e à luz do 
direito vigente, responda 
fundamentadamente: 
a) Luciano faz jus ao pagamento do adicional 
de transferência previsto no §3º do art.469 da 
CLT? Por quê? 
R- LUCIANO NÃO FAZ JUS AO ADICIONAL 
DE TRANSFERÊNCIA UMA VEZ QUE AO 
ASSUMIR A GERÊNCIA NÃO FOI PRECISO 
MUDAR DE DOMICÍLIO, NÃO SE 
CARACTERIZANDO ASSIM A 
TRANSFERÊNCIA 
b) Deveria ser mantido o pagamento da 
gratificação de função ao Luciano, referente 
aos últimos 5 meses do pacto laboral, após a 
sua destituição do posto de gerente? 
Justifique, apontando o entendimento do 
Tribunal Superior do Trabalho sobre o tema. 
R- LUCIANO DEVE TER INCORPORADA 
AO SEU SALÁRIO A GRATIFICAÇÃO DE 
GERENTE, UMA VEZ QUE RECEBEU POR 
MAIS DE 10 ANOS O QUE LHE GARANTE 
A PERMANECIA DESTA VERBA MESMO 
DESTITUÍDO DO CARGO. CONFORME 
SÚMULA 372, I, TST 
Caso Concreto 10 
 A empresa Loja Veste Bem comercializa 
confecções no varejo e criou um cartão de 
crédito próprio para propiciar aos seus 
clientes o pagamento parcelado das compras 
efetuadas exclusivamente nas suas lojas, 
mediante parcelamento. Aos empregados da 
empresa é oferecido este cartão de crédito, 
para pagamento parcelado nas mesmas 
condições oferecidas aos clientes em geral. 
No contrato individual de trabalho, consta 
cláusula específica, autorizando a empresa a 
descontar o valor das compras efetuadas com 
o cartão VESTE BEM nos salários dos 
empregados, sem limite de desconto. 
Considerando a legislação em vigor e o 
entendimento pacífico do TST, esclareça se o 
procedimento da empresa é correto quanto ao 
desconto? 
R – NESTE CASO O PROCEDIMENTO DA 
EMPRESA NÃO PODE EFETUAR 
DESCONTOS NO SALÁRIO DO 
EMPREGADO SÓ PODEM VERSAR SOBRE 
DESCONTOS LEGAIS (IMPOSTO DE 
RENDA, INSS, E PENSÃO ALIMENTÍCIA), 
BEM COMO DÉBITOS RELATIVOS A 
PLANOS DE SAÚDE, ODONTOLÓGICOS, 
SEGUROS E PREVIDÊNCIA PRIVADA, 
CONFORME ARTIGO 462C/C SÚMULA 342 
TST 
CASO CONCRETO 11 
1 - (FCC - ADAPTADA) - Magali, Kátia e 
Cíntia são empregadas da empresa 
"Dourada". Todas as empregadas realizam 
viagens de trabalho. Magali recebe diária de 
viagem que excede em 52% o valor de seu 
salário. Kátia recebe diária de viagem que 
excede em 33% o valor de seu salário e 
Cíntia recebe diária de viagem que excede 
em 61% o valor de seu salário. Sabendo-se 
que as diárias não são comprovadas com o 
seu empregador e com base nos dados 
apresentados, esclareça com base na 
legislação em vigor e no entendimento 
sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho, 
quais as empregadas que terão as diárias de 
viagem integradas em seu salário? 
R – NESTE CASO SOMENTE MAGALI E 
CÍNTIA TERÃO AS DIÁRIAS 
INCORPORADAS NO SEU SALÁRIO, UMA 
VEZ QUE OS VALORES SUPERAM EM 50% 
DO SEU SALÁRIO. JÁ KÁTIA NÃO 
SUPERA OS 50%. 
CASO CONCRETO13 
1- João Cuiabano é empregado de uma 
empresa que presta serviços de informática e 
tecnologia para uma rede de supermercados 
que funciona 24 horas, todos os dias. Por 
essa razão, a empresa onde João Trabalha 
faz uma escala de plantões. A escala de 
trabalho de João Cuiabano é de 12X36, 
conforme previsto em norma coletiva da 
categoria. O empregado foi questionar junto 
ao empregador sobre o recebimento dos 
feriados trabalhados, em dobro, bem como o 
adicional de 50% (cinquenta por cento) sobre 
as horas excedentes a oitava diária. O 
empregador esclareceu que nada era devido, 
tendo em vista que João Cuiabano trabalhava 
em regime de 12X36. Analisando o caso 
concreto e com base no entendimento 
sumulado pelo TST sobre a matéria, informe 
se o empregado tem direito ou não a sua 
pretensão? 
R- NESTE CASO JOÃO CUIABANO FARÁ 
JUS APENAS AOS FERIADOS EM DOBRO, 
UMA VEZ QUE A JORNADA DE 12X36 NÃO 
PERMITE O PAGAMENTO DE HORAS 
EXTRAS CONFORME SÚMULA 444 TST 
CASO CONCRETO 14 
1- Paulo José foi admitido para trabalhar na 
Empresa XYZ Ltda. na função de atendente 
no período de 01/03/2014 até 04/04/2016. 
Seu horário de trabalho era das 8:00h às 
17:00h de segunda à sexta-feira e das 8:00h 
às 12:00h nos sábados. De segunda-feira até 
sexta-feira, Paulo José usufruía de intervalo 
para refeição e descanso de apenas 20 
(vinte) minutos diariamente. Após o término 
do contrato de trabalho, Paulo José, 
ingressou com ação trabalhista, objetivando o 
pagamento do intervalo intrajornada em sua 
integralidade. Pergunta-se: com base no 
entendimento sumulado pelo TST, Paulo José 
terá êxito em sua pretensão? 
R- NESTE CASO PAULO JOSÉ FARÁ JUS 
AO PAGAMENTO DO INTERVALO NA 
INTEGRALIDADE ACRESCIDO AINDA DE 
UMA MULTA 50% CONFORME SÚMULA 
437 TST 
CASO CONCRETO 15 
1-Juliana é enfermeira chefe de um hospital 
em Recife e trabalha em plantão noturno das 
18:00h às 06:00h. Considerando a sua 
jornada de trabalho responda justificando sua 
resposta: 
a) A empregada tem direito a receber 
adicional noturno em que percentual? 
R- JULIANA RECEBERÁ ADICIONAL DE 
20% VEZ QUE TRATA-SE DE UMA 
EMPREGADA URBANA 
b) Pode o empregador transferi-la para o 
turno diurno? 
R – O EMPREGADOR PODERÁ 
TRANSFERIR JULIANA PARA O HORÁRIO 
DIURNO EIS QUE É MAIS BENÉFICO PARA 
A SAÚDE DELA. 
c) Se for possível, ela deixará de receber o 
adicional? 
R- NO ENTANTO ELA PERDERÁ O 
ADICIONAL CONFORME SÚMULA 265 TST 
CASO CONCRETO 16 
1- Júlio Cesar foi admitido para trabalhar 
como garçom no Restaurante Paraíso da 
Comida Ltda. e foi pactuado que receberia 
somente gorjetas. Em média, Júlio Cesar, 
recebia o valor de R$ 1.500,00 (hum mil e 
quinhentos reais). Ocorre, todavia, que o Júlio 
Cesar soube por um colega que o salário de 
sua categoria profissional é R$ 700,00 
(setecentos) reais e que tem direito a receber 
mensalmente o pagamento salarial, além das 
gorjetas recebidas. O empregado foi 
conversar com seu empregador que afirmou 
que nada lhe era devido, posto que recebia 
um valor superior ao mínimo previsto em sua 
categoria profissional. Analise o caso 
concreto e fundamente com base na Lei, se 
Júlio Cesar tem direito ou não a sua 
pretensão? 
R- DE ACORDO COM ARTIGO 457 § 3º 
CLT A REMUNERAÇÃO DE UM 
EMPREGADO É A SOMA DO SEU 
SALÁRIO COM AS GORJETASQUE ELE 
RECEBE. ASSIM NÃO É POSSÍVEL UM 
EMPREGADO RECEBER APENAS 
GORJETAS, VEZ QUE FERE O PRINCÍPIO 
DA ONEROSIDADE CONTRATUAL. ASSIM 
JÚLIO CÉSAR DEVERÁ RECEBER O SEU 
SALÁRIO PROFISSIONAL (700,00), MAIS 
SUAS GORJETAS (1.500,00)

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