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trabalho Constitucional 3

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1. Os direitos fundamentais de primeira dimensão são aqueles que outorgam ao 
indivíduo direitos a prestações sociais estatais, caracterizando-se, na maioria das vezes, 
como normas constitucionais programáticas. 
Falsa. São os direitos de segunda geração que consistem em prestações sociais 
do Estado e, na maioria das vezes, caracterizam-se por ser normas programáticas, 
os direitos de primeira dimensão correspondem aos direitos e liberdades individuais. 
2. A retirada de um dos sócios de determinada empresa, quando motivada pela vontade 
dos demais, deve ser precedida de ampla defesa, pois os direitos fundamentais não são 
aplicáveis apenas no âmbito das relações entre o indivíduo e o Estado, mas também nas 
relações privadas. Essa qualidade é denominada eficácia horizontal dos direitos 
fundamentais. 
Verdadeira. Os direitos fundamentais aplicam-se também às relações privadas. 
Trata-se da aplicação dos princípios constitucionais que protegem a pessoa humana nas 
relações entre particulares. Seu fundamento está no art. 5º, § 1º, da Constituição Federal 
de 1988, segundo o qual as normas que definem direitos fundamentais têm aplicação 
imediata. 
3. As normas que prevêm direitos fundamentais de abstenção do Estado são, em sua 
maioria, normas não autoaplicáveis, dependendo de desenvolvimento legislativo para 
produzirem todos os seus efeitos. 
 Falso. As normas consagradoras de direitos fundamentais são, de regra, normas 
auto-aplicáveis, conforme dispõe o art. 5º, § 1º, da CF; entretanto, cabe lembrar que, 
segundo o STF, nem todos os direitos fundamentais têm aplicabilidade imediata. 
4. O fenômeno da colisão dos direitos fundamentais não é admitido como possível no 
ordenamento jurídico brasileiro, já que a Constituição não pode abrigar normas que 
conduzam a soluções contraditórias na sua aplicação prática. 
 Falso. Podem sim colidir, nesse caso se utilizará o principio da concordância ou 
harmonização para definir qual ira preponderar, não há contradição entre direitos 
fundamentais, pois não se excluem, apenas colidem num caso concreto. 
 
5. Apesar de o art. 5°, caput, da Constituição Federal de 1988 fazer menção apenas aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes, pode-se afirmar que os estrangeiros não 
residentes também podem invocar a proteção de direitos fundamentais. 
 Verdadeiro. A partir do momento em que o constituinte positivou o princípio da 
dignidade da pessoa humana (art. 1º, inc. III), pretendeu-se atribuir direitos 
fundamentais a todos os seres humanos, independentemente de nacionalidade. Assim, 
mesmo os estrangeiros (ou estrangeiras) que estejam no país apenas de passagem – 
fazendo turismo, por exemplo – podem ser titulares dos direitos fundamentais previstos 
na Constituição. Naturalmente, eles também podem fazer uso de todos os instrumentos 
processuais de proteção a esses direitos, salvo naqueles casos em que a própria 
Constituição limitou o exercício. 
 
6. O direito fundamental à vida, por ser mais importante que os outros direitos 
fundamentais, tem caráter absoluto, não se admitindo qualquer restrição. 
 Errada. Os direitos e garantias individuais não tem caráter absoluto, toda norma 
de direito fundamental é relativa, passível de limitação. 
 
7. As violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações 
entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e 
jurídicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentais assegurados pela 
Constituição vinculam diretamente não apenas os poderes públicos, estando 
direcionados também à proteção dos particulares em face dos poderes privados. 
 Errada. A ordem jurídico-constitucional brasileira não conferiu a qualquer 
associação civil a possibilidade de agir à revelia dos princípios inscritos nas leis e, em 
especial, dos postulados que têm por fundamento direto o próprio texto da Constituição 
da República, notadamente em tema de proteção às liberdades e garantias fundamentais. 
O espaço de autonomia privada garantido pela Constituição às associações não está 
imune à incidência dos princípios constitucionais que asseguram o respeito aos direitos 
fundamentais de seus associados. A autonomia privada, que encontra claras limitações 
de ordem jurídica, não pode ser exercida em detrimento ou com desrespeito aos direitos 
e garantias de terceiros, especialmente aqueles positivados em sede constitucional, pois 
a autonomia da vontade não confere aos particulares, no domínio de sua incidência e 
atuação, o poder de transgredir ou de ignorar as restrições postas e definidas pela 
própria Constituição, cuja eficácia e força normativa também se impõem, aos 
particulares, no âmbito de suas relações privadas, em tema de liberdades fundamentais. 
 
8. Os direitos humanos são direitos ligados à liberdade, igualdade e dignidade, 
consagrados no plano internacional, enquanto os direitos fundamentais são consagrados 
no plano constitucional. 
 Verdadeira. Pode-se dizer que os direitos humanos, também chamados de 
direitos do homem pelos autores anglo-americanos e latinos estão consagrados em um 
plano internacional, fazendo parte de tratados e convenções. Já os direitos fundamentais 
são os direitos humanos consagrados na Constituição de cada país. 
 
9. Os direitos fundamentais não têm caráter patrimonial e, portanto são indisponíveis, 
inegociáveis e intransferíveis. 
 Verdadeira. São direitos que não podem ser desertados, no entanto existe a 
possibilidade da sua não atuação, onde pode se optar por sua execução, conforme 
capacidade de exercício. 
 
10. Por maior que seja o período de não exercício do direito fundamental, a pessoa 
nunca irá perdê-lo, sendo a prescrição um instituto jurídico que somente atinge a 
exigibilidade dos direitos de caráter patrimonial. 
 Verdadeira. Os direitos fundamentais não estão sujeitos à prescrição, ou seja, 
não se perdem com o decorrer do tempo. Entretanto, há direitos que podem ser 
prescritos, como é o caso da propriedade que poderá ser atingida pela usucapião quando 
não exercida. Por não estarem sujeitos à prescrição, os direitos fundamentais podem ser 
agregados a outros direitos, sem que isso os afete de qualquer forma, não permitindo 
que os direitos já adquiridos sejam prejudicados ou eliminados. 
11. O STF considera que a naturalização expressa ordinária gera efeito público 
subjetivo, sendo o ato do chefe do poder executivo da União considerado vinculado, ou 
seja, o presidente da república não pode negar a naturalização. 
 Falso. é importante observar que, nas hipóteses elencadas na alínea [a] 
naturalização ordinária), ainda que preenchidos os requisitos legais e 
constitucionais estabelecidos, não existe obrigatoriedade na concessão da 
naturalização por parte do Presidente da República. Trata-se, pois, de um ato 
discricionário do Chefe do Executivo, em razão de representar um ato de soberania do 
mesmo. Sendo decretada a naturalização por parte do Presidente da República, a 
formalização se dará pela Justiça Federal da região respectiva. Ao final, o indivíduo 
receberá seu certificado de naturalização que produzirá seus efeitos a partir do dia de 
sua entrega (ex nunc). 
 
 
 
12. Os direitos e garantias fundamentais estão previstos de forma taxativa na 
Constituição Federal. 
 Errado. São previstos de forma exemplificativa. Conforme o art. 5º 
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais 
em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
13. Os direitos fundamentais se estendem aos estrangeiros, porém, alguns direitos não 
se aplicam a toda e qualquerpessoa, pois existem para satisfazer o homem conforme 
sua específica posição social, admitindo-se um tratamento desigual para alcançar a ética 
discursiva. 
 Certa. Legislação é clara ao dizer que os estrangeiros terão os mesmos 
direitos dos brasileiros, com exceção das previsões constitucionais e legais, dispostas na 
CF e no Estatuto do Estrangeiro. 
14. Considerando a nacionalidade originária, o Brasil adotou o critério misto, pois 
admite tanto o critério territorial quanto o critério sanguíneo. 
 Verdadeiro. O Brasil admite como condição para se adquirir nacionalidade o 
critério "jus solis" e o "criterio jus consanguini". ART 12, inciso I, II, III. 
15. Os direitos individuais têm um caráter negativo, pois exigem do Estado uma 
abstenção e não uma atuação positiva. 
 Verdadeiro. Os direitos de primeira dimensão assumem essa forma,os direitos de 
primeira dimensão seriam, na classificação de Jellinek, os direitos de defesa do 
indivíduo em face do Estado. Direitos que têm um caráter negativo. Que vão exigir uma 
abstenção por parte do Estado. São os chamados direitos de liberdade, essencialmente 
individuais. Afirmação correta. 
16. (0,5 ponto) Disserte sobre a Teoria da Eficácia Horizontal dos Direitos 
Fundamentais e explique como o ordenamento jurídico brasileiro recepcionou o tema. 
Trata-se da aplicação dos princípios constitucionais que protegem a pessoa humana nas 
relações entre particulares. Seu fundamento está no art. 5º, § 1º, da Constituição Federal 
de 1988, segundo o qual as normas que definem direitos fundamentais têm aplicação 
imediata. No Brasil é ampla a aceitação pela brasileira da teoria da eficácia direta dos 
direitos fundamentais aplicado nas relações privadas, sendo que tal reconhecimento 
também foi evidenciado pela jurisprudência pátria, uma vez que o Supremo Tribunal 
Federal, bem como o Tribunal Superior do Trabalho já colacionaram no bojo de seus 
acórdãos a aplicação imediata dos direitos fundamentais nas relações privadas.

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