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A FILOSOFIA NA MODERNIDADE A Filosofia Moderna inicia-se com o período chamado de o Grande Racionalismo Clássico, a partir do trabalho do filósofo René Descartes (França). O Grande Racionalismo Clássico é caracterizado por três grandes linhas de pensamento: Três Principais Linhas de Pensamento da Modernidade 1. Surgimento do Sujeito do Conhecimento: surge a concepção moderna de que o homem é o sujeito do conhecimento e que tem grande capacidade para conhecer, para investigar, para buscar o conhecimento. 2. Conhecimento Demonstrado Afirma que todo conhecimento pode ser transformado em conceitos demonstráveis desde que sejam consideradas representações, conceitos e idéias elaboradas pelo sujeito do conhecimento. Assim, a Natureza, a vida social e política, a realidade externa, tudo pode ser conhecido, investigado, pesquisado. 3. A Realidade vista como um conjunto racional Os modernos viam a realidade como um sistema racional de elementos físicos, mecânicos e matemáticos que pode ser compreendida e captada pela RAZÃO, pelas idéias, pelos conceitos. Assim, a Natureza tem elementos que podem ser compreendidos e analisados pelo homem, pela RAZÃO. A SUPREMACIA DA RAZÃO A Filosofia Moderna afirmava assim a supremacia da razão, superando a mentalidade medieval, superando o período das grandes sínteses do pensamento medieval. A razão passa a ser o critério maior para a verificação de tudo, de todas as formas do conhecimento. René Descartes (1596 / 1650) França Foi assim que pensou e trabalhou René Descartes, filósofo francês do Século XVII. Descartes é considerado o pai do racionalismo moderno. Segundo Descartes, não devemos considerar nada verdadeiro se não tivermos absoluta certeza de sua veracidade, pela RAZÃO. Pensamento Cartesiano Para termos certeza de determinado conhecimento, devemos submetê-lo à análise rigorosa da razão, percorrendo todos os caminhos, decompondo o problema em partes, fazendo a verificação de todos os passos dados para termos plena segurança de sua exatidão. Pensamento Cartesiano Aplicação do método dedutivo matemático à filosofia: para Descartes, devemos decompor um problema em tantas partes quantas forem necessárias, até chegarmos à sua elucidação plena. Depois, devemos fazer a verificação de todos os passos dados. Método Cartesiano Dedutivo Matemático Podemos começar pelos pensamentos mais simples, "pesando e medindo" tudo, transformando tudo em mensurável, demonstrável. Descartes acreditava que o filósofo, para construir um novo conhecimento, devia partir dos aspectos mais simples, para chegar aos mais complicados. Finalmente, o filósofo deveria realizar vários cálculos para se assegurar que nada havia escapado ao domínio da razão. Método Dedutivo Matemático Portanto, podemos concluir que Descartes aplicava o "método matemático" à reflexão filosófica. Seu objetivo era provar as verdades filosóficas do mesmo modo como se prova e se demonstra um princípio matemático, empregando somente a RAZÃO. Para o método cartesiano, a RAZÃO é a única capaz de nos levar a um conhecimento seguro, pois não podemos confiar nos nossos sentidos . Conseqüências da Filosofia Moderna e Cartesiana 1. A realidade é um sistema de causalidades racionais que podem ser conhecidas e transformadas pelo homem. 2. O homem pode dominar tecnicamente a Natureza e a Sociedade. Conseqüências da Filosofia Moderna 3. Predomina assim a idéia da conquista científica e técnica de toda a realidade, a partir da explicação mecânica e matemática do Universo, a partir da invenção das máquinas, a partir das experiências físicas e químicas. Conseqüências da Filosofia Moderna 4. Surge a convicção de que a razão humana pode conhecer a origem, as causas e os efeitos das paixões e das emoções e, por meio da vontade - orientada pelo intelecto - o homem pode governá-las e dominá-las. Assim, a vida ética e moral podem ser plenamente racionais. Conseqüências da Filosofia Moderna 5. Essa mesma convicção orienta o racionalismo político, ou seja, a razão é capaz de definir qual é a melhor forma de organização política para cada sociedade e capaz de mantê-la racionalmente. Grande Racionalismo Clássico É considerado o período de maior confiança na capacidade e nos poderes da RAZÃO, não existindo na história da Filosofia nenhum outro período que o supere nesse sentido. Os principais pensadores desse período foram: Francis Bacon, René Descartes, Galileu Galilei, Blaise Pascal, Thomas Hobbes, Baruck Spinoza, Leibniz, Malebranche, John Locke, Berkeley, Newton e Gassendi.
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