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Aula 5 Filosofia Moderna Parte I

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Filosofia da Educação / Aula 5: Filosofia Moderna - Parte I
Introdução
Nessa aula, você fará uma viagem sobre as origens do pensamento moderno e a ideia de modernidade. Conhecerá as condições em que se deram essas mudanças inovadoras que revolucionaram o mundo, contrapondo às concepções anteriores predominantemente teológicas da Idade Média e ao espírito autoritário delas decorrentes.
O termo “moderno” já era usado na Filosofia Medieval, mas o conceito de modernidade  veio de duas noções fundamentais relacionadas – a ideia de progresso e a valorização do indivíduo, que são decorrentes de fatores históricos como:
O Humanismo Renascentista (século XV);
A Revolução Científica (século XVII);
A Reforma Protestante (século XVI).
A seguir, você conhecerá cada um desses fatores históricos.
HUMANISMO RENASCENTISTA
O primeiro fator histórico que você conhecerá é o Humanismo Renascentista do século XV.
O conceito de Renascimento abrange os séculos: XV e XVI, que foi o período histórico intermediário entre o medieval e o moderno. Podemos dizer que o traço mais característico desse período foi o humanismo. Um dos principais pontos de partida do humanismo foi o grande Concílio Ecumênico de Florença, em 1431.
O humanismo teve também uma grande importância na política. As partes centrais do ideário humanista tratam da rejeição da tradição escolástica em favor de uma recuperação da natureza humana individual, ponto de partida de uma nova ordem. O principal pensador político mais original desse período foi sem dúvida Nicolau Maquiavel (autor de O Príncipe, publicado em 1532).
REFORMA PROTESTANTE DO SÉCULO XVI
O retrato de Lutero foi pintado por Lucas Cranach, em 1528.
Em uma visita a Roma (1510), Lutero ficou chocado com a corrupção da sede da Igreja e começou a defender a necessidade de uma reforma.
Portanto, o marco do início da Reforma Protestante foi a pregação por Lutero das suas 95 teses contra os teólogos católicos da universidade e contra o papa Leão X (1517). O envolvimento dos papas nas questões políticas da época foi um fator gerador de conflitos. A igreja necessitava de grandes recursos financeiros e procurava obtê-los através da venda de indulgências.
A ideia de reforma foi bastante comum no desenvolvimento do cristianismo. O próprio cristianismo foi uma espécie de movimento de reforma do judaísmo. Foram comuns os pregadores em vários países da Europa, defendendo a volta de um cristianismo mais simples e mais espiritual, mantendo a necessidade da pobreza do clero e criticando a hierarquia eclesiástica.
O protestantismo, o movimento de oposição a Roma, difundiu-se por outros países, a exemplo de Calvino na Suíça, em Genebra.
Com isso, a Igreja Católica inicia uma ofensiva contra o protestantismo. O Concílio de Trento estabeleceu as bases doutrinárias e litúrgicas. A Inquisição ganhou nova força e, assim, surgiram novas ordens religiosas como a Companhia de Jesus, de caráter militante.
No século seguinte, a Guerra dos Trinta Anos opõe católicos e protestantes por toda Europa.
A ética protestante, principalmente calvinista, proporcionou grande desenvolvimento econômico da Europa, permitindo a acumulação do capital.
Lutero combateu a escolástica
A ruptura provocada pela Reforma é um dos fatores propulsores da modernidade, embora Lutero se aproxime mais da filosofia medieval agostiniana.
Sua concepção teológica é uma interpretação da doutrina de santo Agostinho sobre a luz natural que todo o indivíduo tem em si e que permite entender e aceitar a revelação, não necessitando da intermediação da igreja, dos teólogos, da doutrina dos concílios. A fé é suficiente.
Se a discussão em torno da “regra da fé” abre caminho acerca do livre arbítrio e da salvação, essa discussão levanta questões de natureza moral.
Para Lutero, a salvação só é possível pela graça divina, dom de Deus que independe do saber adquirido, ou da obediência da autoridade eclesiástica, assim rejeita a doutrina ética da escolástica tomista e o esforço humano não desempenha nenhum papel na salvação.
REVOLUÇÃO CIENTÍFICA
Além do Humanismo Renascentista e da Reforma Protestante, a Revolução Científica também contribuiu para o conceito de modernidade.
A Revolução Cientifica moderna teve seu ponto de partida na obra de Nicolau Copérnico, através de cálculos dos movimentos por meio dos corpos celestes.
Leia algumas considerações sobre filósofos que inspiraram e/ou contribuíram para a Revolução científica:
Copérnico
A obra de Nicolau Copérnico rompeu com o sistema geocêntrico, em que a Terra se encontra imóvel no lugar central do universo, indo contra uma teoria estabelecida a praticamente vinte séculos.
Copérnico sacudiu a visão de mundo medieval estática imaginando a Terra girando em torno do sol, desenvolvendo sua pesquisa propondo a hipótese heliocêntrica. Ele conserva uma concepção de um cosmo fechado, tendo como limite a esfera das estrelas fixas, típica da visão antiga. A ideia de um universo infinito foi incorporada progressivamente à ciência moderna.
Platão
A revolução científica moderna inspirou-se em Platão, que já havia antecipado o modelo heliocêntrico.
Kepler
Em 1609, o astrônomo alemão Johannes Kepler defendeu a ideia de que o universo é regido por leis matemáticas.
Galileu
Porém, é na verdade Galileu quem diz “a natureza é um livro escrito em linguagem geométrica”. Esse é o ponto de partida do mecanicismo que vê a natureza como um mecanismo, como as engrenagens de um relógio impulsionado por uma força externa. Galileu ainda postulava a ideia de órbitas circulares. Podemos considerá-lo como ponto de chegada de um processo da antiga visão de mundo e de ciência.
Leonardo da Vinci
Em Leonardo da Vinci, podemos encontrar um ótimo exemplo de modernidade.
São duas as grandes transformações científicas:
Do ponto de vista da cosmologia – o modelo empreendido por Galileu – universo infinito e movimento dos corpos celestes, principalmente da Terra.
Do ponto de vista da ideia de ciência – a valorização da observação do método experimental que se opõe à ciência contemplativa dos antigos.

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