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Adaptação à Vida Extrauterina PROF.ª DOUTORANDA MÍRIAM GEISA Meio aquático Obscuro Aquecido Característica física de contenção frio ruídos toque luminosidade stress Adaptações imediatas... Esse evento é acompanhado de notáveis modificações respiratórias e circulatórias. Luta para alcançar a Homeostase Transição principal nas primeiras 6 a 10 hs de vida, porém várias adaptações podem levar semanas para alcançar maturidade plena. A primeira respiração da criança normal, a termo, ocorre nos primeiros segundos após o nascimento. Diversos estímulos enviam mensagens ao centro respiratório cerebral da criança. Estímulos sensoriais frio, o toque, o movimento, a luz e o som. SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO Quando o cordão umbilical é pinçado, os pulmões assumem a função de inspirar O2 e remover CO2. ADAPTAÇÃO DOS PULMÕES CHEIOS DE LÍQUIDOS PARA PULMÕES CHEIOS DE AR •Parto vaginal compressão torácica • drenagem do líquido dos pulmões. •A criança nascida por cesariana não sofre a compressão torácica seguida pela expansão, tendo um maior risco de sofrimento respiratório. SISTEMA RESPIRATÓRIO •É um fosfolipídio, produzido pelos pulmões; •Evita o colabamento pulmonar na expiração após o nascimento; •Reduz a tensão superficial dos pulmões exigindo um menor esforço para prosseguir e manter a respiração; SISTEMA RESPIRATÓRIO SURFACTANTE SISTEMA CIRCULATÓRIO FECHAMENTO DAS ESTRUTURAS CIRCULATÓRIAS FETAIS Fechamento do ducto venoso: ligação entre artéria umbilical e veia cava inferior Fechamento funcional do forame oval: ligação entre átrio direito e átrio esquerdo. Fechamento canal arterial: ligação entre artéria pulmonar e aorta descendente SISTEMA CIRCULATÓRIO Aumento do fluxo sanguíneo dilata os vasos pulmonares; Diminuição da resistência vascular pulmonar Aumento da resistência sistêmica OBS: A medida que os pulmões recebem sangue, a pressão no átrio direito, ventrículo direito e nas artérias pulmonares diminui. Volemia: 80 a 85 mL/kg do peso do RN a termo – devido o clampeamento do cordão podemos ter redução desse valor, além disso, pode ocorrer anemia fisiológica. SISTEMA HEMATOPOIÉTICO • Anemia • Desintegração das hemácias • Eritropoiese lenta até 6ª/8ª semana • Hemorragia • Defeitos da coagulação Deficiência transitória entre o 2º e o 5º dia Diminui a síntese intestinal da vitamina K Administrar 1 mg de vitamina K por via IM, para prevenir o aparecimento da doença hemorrágica do RN SISTEMA HEMATOLÓGICO Nos primeiros dias de vidas, há excesso de liquido. Velocidade do metabolismo do RN é duas vezes maior em relação ao peso corporal EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO • Deficiência de lipase pancreática (limita a absorção de lipídios - ex: leite de vaca). • Fígado imaturo: enzima glicuronil transferase, o fígado fica impedido de converter a bilirrubina. SISTEMA GASTROINTESTINAL • Deficiência na gliconeogênese: não totalmente apto a regular a glicose sanguínea. • O peristaltismo é aumentado na porção inferior do intestino, causando evacuações frequentes. SISTEMA GASTROINTESTINAL • Refluxo gastro-esofágico (RGE) – imaturidade esfincteriana, a redução da pressão do esfíncter esofágico e esvaziamento gástrico tardio – regurgitamento. SISTEMA GASTROINTESTINAL • MECÔNIO: líquido amniótico, secreções intestinais, células mucosas descamativas e possivelmente sangue. 24 a 48h, porém pode durar até 7 dias. • FEZES DE TRANSIÇÃO: Marrom- esverdeadas ou marrom-amareladas, finas e menos viscosas; podem conter coágulos de leite. SISTEMA GASTROINTESTINAL • FEZES LACTEAS: Leite materno (fezes amareladas, douradas, pastosas, odor de leite azedo) • FEZES LACTEAS: Leite fórmula (fezes amarelo-pálido a marrom claro, consistência firme e odor mais forte) SISTEMA GASTROINTESTINAL Rins imaturos não conseguem concentrar a urina para conservar a água corporal. RN e lactente mais propenso aos problemas de desidratação, acidose, e uma possível hiperidratação. SISTEMA RENAL • Volume urinário em 24h: 200 a 300ml (primeira semana). • Bexiga esvazia voluntariamente com 15ml – resultando em 20 micções diárias. • Urina: incolor e inodora, densidade de 1020. SISTEMA RENAL SISTEMA TEGUMENTAR Ao nascimento, todas as estruturas no interior da pele estão presentes, mas muitas das funções são imaturas. Epiderme e derme são muitos finas. SISTEMA TEGUMENTAR Cristas interpapilares ainda não desenvolvidas. Quantidade de melanina baixa ao nascimento. SISTEMA TEGUMENTAR Glândulas sebáceas: muito ativas devido níveis elevados de androgênios maternos. Locais: couro cabeludo, face e genitais – produzem o vérnix . A obstrução das glândulas causa a milia (pápulas). SISTEMA TEGUMENTAR Glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas O pH ácido da superfície cutânea em adultos e adolescentes é menor que 5 – efeito protetor contra microrganismos. O pH de RN tende ao neutro – diminuição da defesa contra microrganismos. SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO Sistema esquelético X sistema muscular SISTEMA IMUNOLÓGICO O RN não são capazes de produzir sua própria imunoglobulina (IG), mas recebe de forma passiva . Possui barreira de proteção contra infecção: pele, membranas da mucosas e intestino SISTEMA ENDÓCRINO Desenvolvido porém imaturo- hormonônio antidiurético. Hormônios sexuais- pseudomestruação. FUNÇÕES SENSORIAIS Visão Audição Olfato Paladar Tato TERMORREGULAÇÃO O corpo do RN passa de uma temperatura de 36ºC (ventre materno), para uma temperatura inferior; Fina camada de gordura subcutânea do RN não fornece isolamento térmico para conservação de calor. TERMORREGULAÇÃO Produção de calor no RN: Gordura marron Termogênese Termogênese : metabolismo e consumo de oxigênio aumentados= tecido adiposo marron Mecanismos de transferência de Calor CONDUÇÃO: Transfere o calor de um para o outro, ocorre quando a criança tem contato direto com objetos frios. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 1. Aquecer estetoscópio 2. Aquecer as mãos ou lavar as mãos com água aquecida 3. Proteger placas de raio X INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 1. Forrar balança antes de pesar RN 2. Quando retirar RN incubadora ou berço de calor irradiante manter pré-aquecidos. MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR CONVECÇÃO: Ocorre por um fluxo de ar. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Evitar a abertura das portinholas das incubadoras. Utilizar manga de íris na portinhola da incubadora para reduzir perda calor. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Administração oxigênio e ar via capacete aquecidos (temperatura 32ºC a 36ºC) e ventiladores (35º C a 36º C) INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM RN em berço aquecido com , <1500 g ou temperatura instável usar tenda de material plástico transparente. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Utilizar lâmpadas de aquecimento quando for necessário para realizar procedimento. MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR EVAPORAÇÃO: perda de calor quando o líquido vira vapor INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Após parto, secar RN e mantê-lo em superfície aquecida. Trocar fraldas quando necessário. Banho RN fazer por partes, secando em seguida e menores de < 1500g dentro incubadora. MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR RADIAÇÃO: perda de calor para uma superfície fria próxima sem contato direto (janela, ar condicionado). INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Manter as incubadoras e os berços aquecidos afastados de paredes,janelas e correntes de ar condicionado. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Manter RN em incubadora aquecida, os RN com peso < 1500g colocar em incubadoras de parede dupla para manter a temperatura corporal nos níveis normais. REFERÊNCIAS 1. WONG. Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. Rio de Janeiro- Elsevier, 2011. 2. Raquel Tamez. Enfermagem na Uti neonatal. Rio de Janeiro- Guanabara, 2011.
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