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Resumo de Embriologia

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RESUMO DE EMBRIOLOGIA 
 
GAMETOGÊNESE 
 
É o processo de formação e desenvolvimento de células geradoras 
especializadas denominadas gametas ou células germinativas. Durante a 
gametogênese, o número de cromossomos é reduzido à metade, e a forma da 
célula é modificada. 
Essa redução se dá durante a meiose, um tipo de divisão celular que 
ocorre durante a gametogênese. Esse processo de maturação é chamado de 
espermatogênese, nos homens, e ovogênese nas mulheres. 
 
GAMETOGÊNESE MASCULINA (ESPERMATOGÊNESE) 
 
A espermatogênese compreende o processo pelo qual a espermatogônia 
é transformada em espermatozóide. Esse processo tem início com a puberdade. 
As espermatogônias tipo A se dividem também por mitose, mantendo 
assim a população de espermatogônias. As espermatogônias do tipo B se 
dividem por meiose originando os gametas. O processo da espermatogênese no 
homem é contínuo, não obedecendo a nenhum ciclo específico, e se continua 
até a velhice. 
 
Etapas da Espermatogênese: 
 
1. Espermatogônia cresce e sua cromatina se condensa transformando-se 
nos espermatócitos primários. 
 
2. Os espermatócitos primários sofrem então uma divisão reducional, a 
primeira divisão meiótica, gerando dois espermatócitos secundários. Células 
que têm aproximadamente a metade do tamanho dos espermatócitos 
primários. 
 
3. Os espermatócitos secundários passam pela segunda divisão meiótica 
originando quatro espermátides. 
 
4. Cada espermátide transforma-se gradualmente em quatro 
espermatozóides através de um processo denominado espermiogênese. 
 
 
Espermiogênese: é um processo pelo qual a espermátide perde a maior parte 
do seu citoplasma e organelas, transformando-se em uma célula contendo: 
núcleo (com metade do número de cromossomos), e uma organela especial 
denominada acrossomo. O acrossomo consiste em uma organela derivada do 
Aparelho de Golgi e que contém no seu interior enzimas que têm uma função 
importante para o processo de fertilização. Um proeminente flagelo surge da 
região centriolar. As mitocôndrias se arranjam circundando a parte inicial do 
flagelo denominada peça intermediária, e têm importante função no 
fornecimento de energia para a movimentação do flagelo e conseqüentemente 
condução do espermatozóide através do trato genital feminino. 
 
Gônada masculina (testículo): 
 O processo da gametogênese masculina ocorre na gônada masculina, 
denominada testículo. Este é constituído por túbulos seminíferos, entre 
os quais existe um tecido intersticial constituído por tecido conjuntivo 
frouxo. 
 É no interior dos túbulos seminíferos que ocorre o processo da 
espermatogênese. 
 Um dos principais componentes do túbulo seminífero é uma célula 
denominada Célula de Sertoli. 
 As células de Sertoli são as responsáveis pela estrutura do túbulo, além 
de servirem de proteção e fonte de nutrição para as células 
germinativas. 
 Constituem o principal elemento da chamada barreira Hemato-testicular, 
pois qualquer substância para chegar até as células germinativas passam 
primeiro pelas células de Sertoli. 
 Todo o material que é eliminado pelas células da linhagem germinativa 
durante o processo da espermatogênese é absorvido e digerido pelas 
células de Sertoli. 
 Dessa forma este material não atingirá a circulação sanguínea e não 
constituirá fonte contínua de antígenos. 
 As espermatogônias localizam-se na periferia do túbulo seminífero e à 
medida que o processo da gametogênese ocorre elas se localizam mais 
próximo à luz dos túbulos. 
 Durante o processo da espermiogênese, todo o material desprendido das 
espermátides é então absorvido e digerido pelas células de Sertoli. 
 Quando prontos, os espermatozóides são liberados e caem na luz dos 
túbulos seminíferos indo em direção ao epidídimo. Lá ficam armazenados 
por um tempo variável, amadurecem e ganham mobilidade até serem 
eliminados através das vias genitais masculinas durante a ejaculação. 
 Como conseqüência do processo de gametogênese masculina temos: a 
partir de uma espermatogônia que é uma célula 2n, ou seja com 46 
cromossomos, originam-se 4 células com 23 cromossomos, ou haplóides 
(n). 
 No tecido intersticial do testículo, um tipo especial de células, a célula de 
Leydig tem a função de produzir o hormônio masculino, ou testosterona. 
 
Controle hormonal da gametogênese masculina 
 
 As Gonadotrofinas hipofisárias, mais especificamente o LH, estimula as 
células de Leydig a produzirem a testosterona. 
 FSH estimula as células de Sertoli a produzirem uma proteína que se liga 
à testosterona e a transporta para o interior dos túbulos seminíferos 
estimulando o processo da gametogênese. 
 
GAMETOGÊNESE FEMININA 
 
A ovogênese refere-se a toda seqüência de eventos pela qual as ovogônias 
transformam-se em óvulos maduros. Esse processo de maturação começa 
antes do nascimento, mas só é completada na puberdade. Os ovócitos 
primários permanecem em prófase suspensa, por vários anos até que a 
maturidade sexual seja alcançada na puberdade e comecem os ciclos 
reprodutivos . Diferentemente do sexo masculino, a maturação do gameta 
feminino inicia-se ainda no período pré-natal e termina depois do fim da 
maturação sexual (puberdade). 
 
 
 
 
 
Maturação pré-natal 
 A ovogônia tem origem também a partir das células germinativas 
primórdias que migram da parede posterior do saco vitelino e, quando a 
gônada se diferencia em ovário, as células germinativas primordiais se 
diferenciam em ovogônias. 
 No início da vida fetal, as ovogônias proliferam por divisão mitótica e ao 
nascer, todas crescem formando os ovócitos primários e iniciam a 
primeira divisão meiótica. Esta, porém não vai se concluir neste período. 
As células permanecem em prófase suspensa da primeira divisão 
meiótica até o início dos períodos reprodutivos na puberdade. 
 
 
Maturação pós-natal 
 Na puberdade, a cada período reprodutivo, vários ovócitos reiniciam a 
divisão meiótica, porém apenas um vai ser eliminado a cada mês na 
ovulação. 
 O ovócito primário aumenta de tamanho e termina a primeira divisão 
meiótica pouco antes da ovulação (48 a 72 horas antes), porém a divisão 
gera duas células de tamanhos desiguais: o ovócito secundário fica com 
quase todo o citoplasma e a maioria das organelas, a outra célula, bem 
menor, é chamada de corpúsculo polar e logo degenera. 
 Durante o processo de ovulação (eliminação do ovócito do ovário), o 
ovócito inicia a segunda divisão meiótica, porém esta é novamente 
suspensa, desta vez na metáfase, e só será completada no momento da 
fecundação com a entrada do espermatozóide no interior da célula. 
 Ocorrendo a fecundação, antes da fusão dos dois pró-núcleos, o 
masculino e o feminino, o ovócito secundário termina a segunda divisão 
meiótica, novamente eliminando outro corpúsculo polar. 
 
Formação do folículo ovariano 
 Folículo ovariano é a estrutura no interior do ovário, localizada no córtex 
da gônada e é constituída pela célula germinativa, o ovócito, envolta 
pelas células foliculares, que são células derivadas do estroma do ovário. 
 No momento em que é formado o ovócito primário a partir da ovogônia, 
ele é envolvido por uma camada de células foliculares, que têm forma 
achatada. O folículo é denominado folículo primordial. 
 Na puberdade, quando o ovócito primário cresce, as células epiteliais 
tornam-se cubóides e depois colunares, tendo o seu núcleo forma 
esférica, constituindo assim o folículo primário. Nessa fase, ovócito é 
envolvido por uma camada de material amorfo, acelular, chamada de 
zona pelúcida, constituída por glicoproteínas e glicosamininoglicanos. 
 As células foliculares proliferam e constituem várias camadas envolvendo 
o ovócito. Nessa fase o folículo é chamado folículo em crescimento. 
Essa proliferação das célulasfoliculares é estimulada pelas 
Gonadotrofinas hipofisárias, principalmente o FSH. 
 O folículo aumenta de tamanho e, devido ao crescimento desigual das 
células foliculares, assume uma forma oval surgindo em um dos pólos 
uma cavidade entre as células foliculares, cheia de líquido, denominada 
antro folicular. O ovócito rodeado por um grupo de células fica localizado 
em um dos pólos da estrutura, o cumulus oophorus. 
 
 
 Com o desenvolvimento do folículo, uma nova camada de células 
derivada do estroma ovariano passa a envolver o folículo e logo se 
organiza em duas camadas: Teca externa, responsável pelo envoltório 
do folículo e teca interna, responsável pela produção dos hormônios 
femininos, estrógeno e progesterona. 
 Aproximadamente, na metade do ciclo ovariano, o folículo encontra-se 
pronto para eliminar o ovócito, e é chamado de folículo maduro ou 
folículo de Graaf. 
 
Ovulação 
 Durante o processo de ovulação, determinado pelas produção hormonal 
(pico de LH), é eliminado do ovário através de uma região ligeiramente 
protusa, o estigma, o ovócito secundário, circundado pela zona 
pelúcida e rodeado por uma ou mais camadas de células foliculares que 
se dispõem radialmente formando a coroa radiata, além do líquido 
folicular, sendo então captado pelas tubas uterinas. 
 A parede do folículo ovariano que permanece no ovário se diferencia em 
uma estrutura conhecida como corpo lúteo e que produz hormônios, 
principalmente progesterona que mantêm o endométrio preparado para 
receber o embrião. 
 
Principais diferenças entre os processos da gametogênese masculina 
e feminina. 
1. A espermatogênese é um processo contínuo, enquanto a ovogênese está 
relacionada ao ciclo reprodutivo da mulher 
2. Na espermatogênese, cada espermatogônia produz 4 espermatozóides. 
Na ovogênese, cada ovogônia dá origem a apenas um ovócito e células 
inviáveis denominadas corpúsculos polares. 
3. A produção de gametas masculinos é um processo que se continua até a 
velhice, enquanto que a produção de gametas femininos cessa com a 
menopausa. 
4. O espermatozóide é uma célula pequena e móvel, enquanto que o 
ovócito é uma célula grande e sem mobilidade. 
5. Quanto à constituição cromossômica, existem dois tipos de 
espermatozóides: 23,X ou 23, Y. A mulher só produz um tipo de gameta 
quanto à constituição cromossômica: 23 X. 
 
 
Fecundação 
 Espermatozóides recém ejaculados são incapazes de fecundar ovócitos 
secundários. 
 Eles precisam passar por um processo de ativação, um período de sete 
horas de condicionamento conhecido como capacitação. 
 Durante esse processo, as glicoproteínas são removidas as superfícies do 
acrossomo. 
 Após a capacitação, os espermatozóides não exibem mudança 
morfológica, mas mostram-se mais ativados e capazes de penetrar na 
Corona Radiata e zona pelúcida que envolvem o ovócito secundário. 
 Em geral, os espermatozóides são capacitados no útero e nas tubas 
uterinas, por substâncias contidas nas secreções destas partes do trato 
genital feminino. 
 Quando os espermatozóides capacitados entram em contato com a 
Corona Radiata, envolvem o ovócito secundário. Este sofre mudanças 
que resultam no desenvolvimento de perfurações nos seus acrossomos. 
Essas mudanças conhecidas como reações acrossômicas, estão 
associadas à liberação de enzimas. 
 A fertilização numa seqüência de eventos que começam com o contato 
de um espermatozóide e um ovócito secundário, terminando com a 
fusão dos núcleos do espermatozóide e do óvulo e a conseqüente 
mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira 
divisão mitótica do zigoto. 
 
 
Fases da Fertilização 
 O espermatozóide passa pela corona radiata formada pelas células 
foliculares. A dispersão destas células resulta principalmente da ação de 
enzimas, em especial a hialuronidase, liberadas do acrossoma do 
espermatozóide; 
 O espermatozóide penetra na zona pelúcida seguindo o caminho 
formado por outras enzimas liberadas do acrossoma; 
 A cabeça do espermatozóide entra em contato com a superfície do 
ovócito e as membranas plasmáticas de ambas as células se fundem. As 
membranas rompem-se na área de fusão, criando um defeito através do 
qual o espermatozóide pode penetrar no ovócito; 
 O ovócito reage ao contato com o espermatozóide de duas maneiras: 
1. a zona pelúcida e a membrana plasmática do ovócito se alteram 
de modo a impedir a entrada a outros espermatozóides; 
2. o ovócito completa a segunda divisão meiótica liberando o 
segundo corpo polar; 
Os pronúcleos masculinos e femininos aproximam-se um do outro, 
perdem suas membranas nucleares e se fundem formando uma nova célula 
diplóide, o zigoto. 
 
Clivagem do Zigoto 
 Consiste em repetidas divisões do zigoto. A divisão mitótica do zigoto em 
duas células-filhas chamadas blastômeros começa poucos dias depois da 
fertilização. 
 Por volta do terceiro dia, uma bola sólida de dezesseis ou mais 
blastômeros está constituída a mórula. A mórula cai no útero; entre suas 
células penetra um líquido proveniente da cavidade uterina. Com o 
aumento do líquido há a separação das células em duas partes: 
1. camada externa: trofoblasto 
Grupo de células centrais: massa celular interna 
2. camada interna - embrioblasto. 
 No quarto dia os espaços repletos de líquidos fundem-se para formar um 
único e grande espaço conhecido como cavidade blastocística, o que 
converte a mórula em um blastocisto. 
 No quinto dia a zona pelúcida degenera e desaparece, o blastocisto 
prende ao epitélio do endométrio em torno do sexto dia, geralmente 
pelo pólo embrionário. Com o progresso da invasão do trofoblasto este 
forma duas camadas: 
1. Um citotrofoblasto interno (trofoblasto celular); 
2. Sinciciotrofoblasto externo - produzem substâncias que invadem o 
tecido materno, permitindo que blastocisto penetre no 
endométrio. 
 Ao final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente 
implantado na camada compacta do endométrio, nutrindo-se do sangue 
materno e dos tecidos endometriais erudidos. 
 No oitavo dia, células migram do hipoblasto e formam uma fina 
membrana exoceloma que envolve a cavidade exocelômica, formando o 
saco vitelino primário. 
 Nono dia: espaços isolados ou lacunas aparecem no sinciciotrofoblasto, 
que logo é preenchido por uma mistura de sangue dos capilares 
maternos rompidos e secreções das glândulas endometriais erodidas. 
Algumas células, provavelmente provenientes do hipoblasto, dão origem ao 
mesoderma extra-embrionário, uma camada de tecido mesenquimal frouxo em 
torno do âmnio e do saco vitelínico primário. 
 No décimo dia, o blastocisto implanta-se lentamente no endométrio. 
Por volta do décimo dia são visíveis espaços isolados no interior do mesoderma 
extra-embrionário, estes espaços fundem-se rapidamente para formar grandes 
cavidades isoladas de celoma extra-embrionário. 
 Pelo décimo primeiro dia as lacunas sinciciotrofoblásticas adjacentes se 
fundiram para formar redes lacunares intercomunicantes. Com a 
formação do celoma extra-embrionário, o saco vitelino primitivo diminui 
de tamanho resultando num saco vitelino secundário menor. 
 No décimo segundo dia o sangue materno infiltra-se nas redes lacunares 
e logo começa a fluir através do sistema lacunar, estabelecendo uma 
circulação útero-placentário primitiva. 
Enquanto a cavidade amniótica aumenta, forma-se a partir de amnioblastos 
que se diferencia de células citotrofoblásticas, uma membrana fina, o âmnio. 
 No décimo terceiro dia a superfície endometrial se degenera e recobre o 
coágulo. Ocorre a implantação intersticial. 
Enquanto a cavidade amniótica vai sendo formada, acontece na massa celular 
interna mudanças internas que vão resultar na formação de um disco 
embrionário achatado e essencialmente circular, compostopor duas camadas: o 
epiblasto formado por células colunares altas voltadas para a cavidade 
amniótica, e hipoblasto, formado por pequenas células cubóides voltadas para a 
cavidade blastocística. 
 No décimo quarto dia forma-se o mesoderma somático extra-
embrionário e as duas camadas de trofoblasto que constituem o córion. 
Forma-se as vilosidades coriônicas primárias. 
Surge um espessamento no hipoblasto chamado placa pré-cordal (futura região 
cranial do embrião e boca, ou seja, organizador da cabeça). 
 
O período pré-natal pode ser dividido em três etapas: 
(1) Implantação do blastocisto: o que corresponde às três primeiras 
semanas do desenvolvimento, quando ficam diferenciados os epitélios 
germinativos e esboçadas as membranas extra-embrionárias; 
(2) Fase embrionária (da quarta à oitava semana): quando os processos de 
diferenciação e crescimento são muito rápidos e se constituem os principais 
sistemas de órgãos; 
(3) Fase fetal (do terceiro ao nono mês de gestação), quando há uma 
complementação parcial do crescimento e alterações na forma externa. 
 
 O ovo humano, fecundado na trompa de Falópio, é transportado para o 
útero, onde se implanta. O embrião implantado é formado pelo 
blastocisto, que contém uma massa de células chamada de 
embrioblasto. 
 Num blastocisto com menos de duas semanas de idade, destaca a bolsa 
amniótica (saco que rodeia o embrião), o cório (membrana que envolve 
o embrião e que está contíguo à parede uterina), o saco vitelino e 
diferentes camadas embrionárias. 
 Na terceira semana, aparece uma estrutura tubular fechada na qual se 
desenvolverão o cérebro e a medula espinhal. Outro tubo se diferencia 
dando origem ao coração. Neste estado, aproximadamente, uma porção 
da bolsa amniótica fica incluída no interior do corpo do embrião, para 
formar uma parte de seu tubo digestivo. 
 No começo da quarta semana, observam-se traços dos olhos e dos 
ouvidos no embrião. 
 No princípio do segundo mês, aparecem os traços dos braços e das 
pernas. 
 Por volta da sexta semana, ossos e músculos começam a formar-se. 
 No terceiro mês, o embrião tem um rosto definido, com boca, orifícios 
nasais e um ouvido externo que ainda está se formando. 
 Na décima primeira e décima segunda semana, os órgãos genitais 
externos tornam-se visíveis. 
 Por volta do quarto mês, o embrião pode ser reconhecido claramente 
como um ser humano. 
 
Implantação do blastocisto: 
 Numa ejaculação normal, são lançados sêmen, que contêm 
espermatozóides. Depois de liberados dos túbulos seminíferos, os 
espermatozóides tornam-se ativos e, depositados na vagina, espalham-
se por todo o útero e trompas, chegando ao infundíbulo. Se tiver 
ocorrido ovulação, o óvulo cai no infundíbulo, onde é fecundado. Graças 
aos movimentos conjugados dos cílios existentes na camada epitelial e 
às contrações rítmicas da trompa, o ovo é deslocado para o útero. 
 No sexto dia depois da fecundação, o blastocisto "se fixa" no 
endométrio do útero, iniciando a fase de implantação. Nessa fase, o 
embrião vive à custa do material difusível através do endométrio, uma 
vez que suas reservas nutritivas (vitelo) são mínimas. 
 Não é raro, porém, o blastocisto implantar-se em locais anormais, fora 
do corpo do útero. Em geral isso leva à morte do embrião, e a mãe 
sofre severa hemorragia durante o primeiro ou segundo mês de 
gestação. 
 
Fase Embrionária: 
 Durante o segundo mês de gestação, ou seja, da terceira à oitava 
semana do desenvolvimento. 
 As partes da cabeça e do tronco podem facilmente ser reconhecidas. 
 Dobrado sobre si mesmo, o embrião mantém a parte superior da cabeça 
voltada para baixo, em direção à cauda. 
 Aparecem os rudimentos dos membros (quarta a quinta semana). 
 
Fases do Desenvolvimento 
Segmentação: aumento do número de células (blastômeros); 
Mórula: grupo de células agregadas. Lembra uma amora; 
Blástula: esfera oca onde a camada de células denominada blastoderma 
envolve a blastocela (cavidade); 
Gástrula: forma o endoderma, a mesoderme e o ectoderme; 
Nêurula: forma o tubo neural, ocorrendo no final da anterior; 
Organogênese: formação dos órgãos. 
 
Anexos Embrionários: 
 
 
 Saco vitelínico: todos os vertebrados. Formado pela esplancnopleura. 
Função de armazenamento de vitelo (nutrição) e formação das primeiras 
células sangüíneas nos mamíferos. 
 Âmnio: em répteis, aves e mamíferos. Formado pela esplancnopleura. 
Função de excreção e respiração. Em mamíferos, orienta a formação dos 
vasos umbilicais. 
 Alantóide: em répteis, aves e mamíferos. Formado pela esplancnopleura. 
Função de excreção e respiração. Em mamíferos, orienta a formação dos 
vasos umbilicais. 
 Placenta: em mamíferos eutérios. Formado pelas vilosidades 
coriônicas.Realiza as trocas com o embrião através do cordão umbilical, 
dotado de uma veia e duas artérias. 
 
 
Ectoderme 
epiderme e seus anexos 
encéfalo e medula 
espinhal 
 
 
MESODERME 
notocorda (posteriormente é substibuída 
por vértebras) 
Epímero 
dermátono - derme 
miótomo - musculatura 
estriada 
esclerótomo - esqueleto axial 
(coluna) 
Mesômero - aparelho urogenital 
Hipômero 
sistema circulatório 
musculatura lisa 
peritônio e mesentérios 
esqueleto apendicular 
(membros) 
 
 
 
 
 
 
Endoderme 
aparelho respiratório 
tubo digestivo e glândulas 
anexas 
 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
 
A ativação do óvulo pela fecundação inicia divisões mitóticas, 
denominadas clivagem. A quantidade e a distribuição do vitelo, que impede a 
clivagem, afetam bastante o tipo de clivagem. A clivagem frequentemente 
conduz a um estágio multicelular conhecido como blástula, contendo uma 
cavidade interior, a blastocele. A massa total da blástula é menor do que a do 
ovo. 
 
A gastrulação converte a blástula em um embrião bilateral (gástrula). 
que possui o plano básico do adulto. A conversão ocorre através de 
movimentos morfogenéticos das células embrionárias. Como na clivagem, o 
modelo da gastrulação é muito afetado pela quantidade e distribuição do vitelo. 
Os folhetos germinativos _ ectoderma, mesoderma e endoderma tornaram-se 
evidentes durante a gastrulação. 
 
 
Seguindo-se á gastrulação, os rudimentos de órgãos derivados de um ou 
mais folhetos germinativos são logo estabelecidos. Em todos os animais, o 
sistema nervoso, a camada epidérmica da pele e as regiões bucal e anal é 
derivada do ectoderma; o revestimento do intestino e as diversas regiões 
associadas ao intestino, tais como o fígado e o pâncreas, são derivados do 
endoderma as camadas musculares, os vasos sanguíneos e o tecido conjuntivo 
são derivados do mesoderma. 
 
PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO 
 O desenvolvimento humano tem início com a fertilização, mas uma série 
de eventos deve ocorrer antes que esse processo possa se iniciar 
(gametogênese). 
 Os ovócitos são produzidos pelo ovário (ovogênese), e são dali expelidos 
durante a ovulação. O ovócito é varrido para a trompa uterina, onde 
pode ser fertilizado. 
 Os espermatozóides são produzidos nos túbulos seminíferos dos 
testículos (espermatogênese), e armazenados no epidídimo. 
 Quando um ovócito secundário entra em contato com um 
espermatozóide, ele completa a segunda divisão meiótica. Em 
conseqüência, são formados um óvulo maduro e um segundo corpo 
polar. O núcleo do óvulo maduro constitui o pronúcleo feminino. 
 Após a penetração do espermatozóide no citoplasma do óvulo, sua 
cabeça se separa da cauda, aumenta de tamanho e torna-se o pronúcleo 
masculino. A fertilização completa-se quando os cromossomos paternos 
e maternos se misturam durante a metáfase da primeira divisão mitótica 
do zigoto, a célula que dá origem ao ser humano. 
 Enquanto percorre a tuba uterina, o zigoto sofre uma clivagem(uma 
série de divisões mitóticas), em certo número de células pequenas 
chamadas blastômeros. 
 Cerca de três dias depois da fertilização, uma esfera de 12 a 16 
blastômeros, chamada mórula, penetra no útero. 
 Logo se forma uma cavidade na mórula, convertendo-a em um 
blastocisto que consiste em (1) uma massa celular interna, ou 
embrioblasto, que vai originar o embrião, (2) uma cavidade blastocística 
e (3) uma camada externa de células, o trofoblasto, que envolve a 
massa celular interna e a cavidade blastocística, e forma depois a parte 
embrionária da placenta. 
 De quatro a cinco dias após a fertilização, a zona pelúcida desaparece, e 
o blastocisto prende-se ao epitélio endometrial. As células do 
sinciciotrofoblasto invadem, então, o epitélio endometrial e o seu 
estroma subjacente. Simultaneamente, o hipoblasto começa a formar-se 
na superfície profunda da massa celular interna. Ao final da primeira 
semana, o blastocisto está superficialmente implantado no endométrio. 
 
SEGUNDA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 
 A rápida proliferação e diferenciação do trofoblasto são características 
importantes da segunda semana do desenvolvimento. 
 Estes processos ocorrem durante a implantação do blastocisto. 
 Ao mesmo tempo, forma-se o saco vitelino primário, e o mesoderma 
extra-embrionário cresce a partir do citotrofoblasto. 
 O celoma extra-embrionário se forma a partir dos espaços que se 
desenvolvem no mesoderma extra-embrionário. Esse celoma torna-se a 
cavidade coriônica. O saco vitelino primário vai diminuindo 
gradativamente, enquanto o saco vitelino secundário cresce. 
 Enquanto essas mudanças extra-embrionárias ocorrem, os seguintes 
desenvolvimentos são reconhecíveis: 
(1) Aparece a cavidade amniótica como um espaço entre o citotrofoblasto e a 
massa celular interna; 
(2) A massa celular interna diferencia-se num disco embrionário bilaminar, 
consistindo no epiblasto, relacionado com a cavidade amniótica, e no 
hipoblasto, adjacente à cavidade blastocística; 
(3) A placa pré-cordial desenvolve-se como um espessamento localizado do 
hipoblasto, indicando a futura região cranial do embrião e o futuro sítio da 
boca. 
 
TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 
 Grandes mudanças ocorrem no embrião com a sua passagem do 
disco embrionário bilaminar para um disco embrionário trilaminar, 
composto de três camadas germinativas. 
 Este processo de formação de camadas germinativas é denominado 
gastrulação. 
 
Linha Primitiva 
 Aparece no início da terceira semana como um espessamento na linha 
média do epiblasto embrionário na extremidade caudal do disco 
embrionário. 
 Ela dá origem a células mesenquimais que migram entre o epiblasto e o 
hipoblasto. 
 Tão logo a linha primitiva começa a produzir células mesenquimais, a 
camada epiblástica passa a chamar-se ectoderma embrionário, e o 
hipoblasto, endoderma embrionário. 
 As células mesenquimais produzidas pela linha primitiva logo se 
organizam numa terceira camada germinativa, o mesoderma intra-
embrionário. 
 As células migram da linha primitiva para as bordas do disco 
embrionário, onde se juntam ao mesoderma extra-embrionário que 
recobre o âmnio e o saco vitelino. Ao final da terceira semana, existe 
mesoderma entre o ectoderma e o endoderma em toda a extensão, 
exceto na membrana orofaríngea, na linha média ocupada pela 
notocorda (derivada do processo notocordal) e da membrana cloacal. 
 
 
Formação da Notocorda 
 Ainda no começo da terceira semana, o nó primitivo produz células 
mesenquimais que formam o processo notocordal. 
 Este se estende cefalicamente, a partir do nó- primitivo, como um bastão 
de células entre o ectoderma e o endoderma. 
 A fosseta primitiva penetra no processo notocordal para formar o canal 
notocordal. 
 Quando totalmente formado, o processo notocordal vai do nó primitivo à 
placa procordal. 
 Surgem aberturas no soalho do canal notocordal que logo coalescem, 
deixando uma placa notocordal. 
 A placa notocordal dobra-se para formar a notocorda. 
 A notocorda forma o eixo primitivo do embrião em torno do qual se 
constituirá o esqueleto axial. 
 
Formação do Tubo Neural 
 A placa neural aparece como um espessamento na linha média do 
ectoderma embrionário, em posição cefálica ao nó primitivo. 
 A placa neural é induzida a formar-se pelo desenvolvimento da 
notocorda e do mesênquima que lhe é adjacente. 
 Um sulco neural, longitudinal forma-se na placa neural; o sulco neural é 
lateralizado pelas pregas neurais, que se juntam e se fundem para 
originarem o tubo neural. 
 O desenvolvimento da placa neural e o seu dobramento para formar o 
tubo neural é chamado neurulação. 
 
Formação da Crista Neural 
 Com a fusão das pregas neurais para formar o tubo neural, células 
neuroectodérmicas migram para constituírem a crista neural, entre o 
ectoderma superficial e o tubo neural. 
 A crista neural logo se divide em duas massas que dão origem aos 
gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais. 
 As células da crista neural dão origem a várias outras estruturas. 
 
Formação dos Somitos 
 O mesoderma de cada lado da notocorda se espessa para formar as 
colunas longitudinais do mesoderma paraxial. 
 A divisão dessas colunas mesodérmicas paraxiais em pares de somitos 
começa cefalicamente, no final da terceira semana. 
 Os somitos são agregados compactos de células mesenquimais, de onde 
migram células que darão origem às vértebras, costelas e musculatura 
axial. 
Formação do Celoma 
 O celoma intra-embrionário surge como espaços isolados no mesoderma 
lateral e no mesoderma cardiogénico. 
 Estes espaços celômicos coalescem em seguida para formarem uma 
cavidade única em forma de ferradura, que, no final, dará origem às 
cavidades corporais (cavidade peritoneal). 
 Formação do sangue e vasos sanguíneos. Os vasos sanguíneos 
aparecem primeiro no saco vitelino em torno da alantóide e no cório. 
Desenvolvem-se no embrião pouco depois. 
 Aparecem espaços no interior de agregados do mesênquima (ilhotas 
sanguíneas), que logo ficam forradas por endotélio derivado das células 
mesenquimais. Estes vasos primitivos unem-se a outros para 
constituírem um sistema cardiovascular primitivo. 
Ao final da terceira semana, o coração está representado por um par de tubos 
endocárdicos ligados aos vasos sanguíneos do embrião e das membranas extra-
embrionárias (saco vitelino, cordão umbilical e saco coriônico). 
 
 As células do sangue primitivas derivam, sobretudo das células 
endoteliais dos vasos sanguíneos das paredes do saco vitelino e da 
alantóide. 
 Formação das vilosidades coriônicas . 
 As vilosidades coriônicas primárias tornam-se vilosidades coriônicas 
secundárias, ao adquirirem um eixo central do mesênquima. Antes do 
fim da terceira semana, ocorre a formação de capilares nas vilosidades, 
transformando-as em vilosidades coriônicas terciárias. Prolongamentos 
citotrofoblasto que saem das vilosidades juntam-se para formarem um 
revestimento citotrofoblástico externo que ancora as vilosidades 
pendunculares e o saco coriônico ao endométrio. O rápido 
desenvolvimento das vilosidades coriônicas durante a terceira semana 
aumenta muito a área da superfície do cório disponível para a troca de 
nutrientes e outras substâncias entre as circulações materna e 
embrionária. 
 
QUARTA A OITAVA SEMANAS 
 Estas cinco semanas são chamadas com freqüência de período 
embrionário, porque é um tempo de desenvolvimento rápido do embrião. 
Todos os principais órgãos e sistemas do corpo são formados durante 
este período. 
 No começo da quarta semana, as dobras nos planos mediano e 
horizontal convertem o disco embrionário achatado em um embrião 
cilíndrico em forma de "C". 
 A formação da cabeça, dacauda e as dobras laterais é uma seqüência 
contínua de eventos que resulta numa constrição entre o embrião e o 
saco vitelino. 
 Durante a flexão, a parte dorsal do saco vitelino é incorporada ao 
embrião, e dá origem ao intestino primitivo. 
 Com a flexão ventral da região cefálica, a cabeça embrionária em 
desenvolvimento incorpora parte do saco vitelino como intestino 
anterior. 
 A flexão da região cefálica também resulta na membrana oro faríngea e 
no posicionamento ventral do coração, além de colocar o encéfalo em 
formação na parte mais cefálica do embrião. 
 Enquanto a região caudal "flete" ou dobra-se ventralmente, uma parte 
do saco vitelino é incorporada à extremidade caudal do embrião, 
formando o intestino posterior. 
 A porção terminal do intestino posterior expande-se para constituir a 
cloaca. O dobramento da região caudal também resulta na membrana 
cloaca, na alantóide e na mudança do pedículo do embrião para a 
superfície ventral deste. 
 O dobramento do embrião no plano horizontal incorpora parte do saco 
vitelino como intestino médio. O saco vitelino permanece ligado ao 
intestino médio por um estreito ducto vitelino. Durante o dobramento no 
plano horizontal, são formadas as paredes laterais e ventral do corpo. 
 Ao se expandir, o âmnio envolve o pedículo do embrião, o saco vitelino e 
a alantóide, formando então um revestimento epitelial para a nova 
estrutura chamada cordão umbilical. 
 As três camadas germinativas, derivadas da massa celular interna 
durante a terceira semana, diferenciam-se nos vários tecidos e órgãos, 
de modo que, ao final do período embrionário, os primórdios de todos os 
principais sistemas de órgãos já foram estabelecidos. 
 O aspecto externo do embrião é muito afetado pela formação do 
encéfalo, coração, fígado, somitos, membros, ouvidos, nariz e olhos. 
 Como os primórdios de todas as estruturas internas e externas essenciais 
são formados durante o período embrionário, a fase compreendida entre 
a quarta e a oitava semanas constitui o período mais crítico do 
desenvolvimento. Distúrbios do desenvolvimento neste período podem 
originar grandes malformações congênitas do embrião. 
 
Placenta e Membranas Fetais 
Anexos Embrionários 
 
Vesícula Vitelínica 
 Anexo presente em embriões. 
 Corresponde a uma estrutura em forma de saco ligada a região ventral 
do embrião. 
 Sua principal função é armazenar reservas nutritivas. Nos mamíferos 
placentários é reduzida, visto que a nutrição ocorre via placentária. 
Nesses, é responsável pela produção das hemácias. 
 
Âmnio 
 É uma fina membrana que delimita uma bolsa repleta de líquido - o 
líquido amniótico que tem a responsabilidade de evitar o ressecamento 
do embrião e proteger contra choques mecânicos. 
 
Alantóide 
 Surge de uma evaginação da parte posterior do intestino do embrião. 
 Associa-se ao córion para formar a placenta e o cordão umbilical. 
 
Córion 
 Película delgada que envolve os outros anexos embrionários. 
 Nos mamíferos vai formar as vilosidades coriônicas, que formará mucosa 
uterina, participando junto com o alantóide para a formação da placenta. 
 
Placenta 
 É uma estrutura de origem mista, exclusiva dos mamíferos. 
 Permite a troca de substâncias entre o organismo materno e o fetal. 
 Nos primeiros meses de gestação, a placenta trabalha produzindo 
hormônios, além de substâncias de defesa, nutrição, respiração e 
excreção. 
 Na espécie humana é eliminada durante o parto. 
 
 
Além do embrião, as membranas fetais e a maior parte da placenta 
originam-se do zigoto. 
A placenta consiste em duas partes. As duas partes são mantidas juntas 
pelas vilosidades de ancoragem e pelo revestimento citotrofoblástico. 
 
A circulação fetal é separada da circulação materna por uma fina camada de 
tecidos conhecidos como membrana placentária (barreira placentária). Trata-se 
de uma membrana permeável que permite que a água, o oxigênio, substâncias 
nutritivas, hormônios e agentes nocivos passem da mãe para o embrião ou 
feto. Produtos de excreção passam pela membrana placentária do embrião ou 
feto para a mãe. 
 
As principais atividades da placenta são: 
 (1) Metabolismo 
 (2) Transferência 
 (3) Secreção endócrina. 
 
O saco vitelino e a alantóide são estruturas vestigiais, mas sua presença 
é essencial ao desenvolvimento normal do embrião. Ambos são sítios precoces 
de formação do sangue, e a parte dorsal do saco vitelino é incorporada ao 
embrião na forma de intestino primitivo. Células germinativas primordiais 
também se originam no saco vitelino. 
O âmnio forma um saco que contém o líquido amniótico e fornece o 
revestimento do cordão umbilical. 
 
O líquido amniótico possui três funções principais: 
(1) Anteparo protetor para o embrião ou feto 
(2) Espaço para os movimentos fetais 
(3) Contribui para a manutenção da temperatura corporal do feto. 
 
OS MEMBROS 
 
Estágios iniciais do desenvolvimento dos membros: 
 Formação da estrutura 
 O desenvolvimento dessas estruturas se da próximo – distal 
 
Como ocorre? 
Crista ectodérmica apical: 
 Essa região impede que as estruturas acabem seus processos de 
formação e entre em diferenciação 
 Mesoderma lateral: Folheto parietal 
 Folheto visceral 
 Vísceras e estruturas de parede 
 
 
Crista ectodérmica apical, região onde esta excrescência. 
garante a proliferação ( membro crescendo), sem sofrer processo de 
diferenciação 
 
As induções estão ocorrendo de fora para dentro 
 
As mãos surgem antes do braço e antibraço 
 
O mesoderma lateral vai sofrendo um achatamento distal: 
- placa das mãos 
- após 30h, placa dos pés 
 
Após a formação de placas, a crista ectodérmica se divide em 5 porções 
(raios digitais). 
 
Polodactilia – 6 porções de raios digitais 
 
Os raios digitais se desenvolveram de tal forma que o ectoderma ao crescer, 
rompe a membrana que recobre as mãos e os pés, formando os espaços 
entre os dedos. 
 
Sindactilia – quando não o rompimento da membrana que recobre os dedos, 
não formando os espaços entre eles. 
 
Nos pés o ectoderma ainda esta superficial 
 
Os raios digitais dos pés estão se desenvolvendo, apos a formação do 
membro superior. 
 
Patologias 
 Amelia – ausência de membros 
 Meromelia: formação parcial de parte dos membros 
 Ciromelia: a não separação dos brotos dos membros superiores 
 Sindactilia: quando não há ruptura da membrana que recobre os 
dedos, não formando os espaços entre eles. 
 Amelia Unilateral: ausência do membro em um dos lados do coração

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