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OS MUSEUS E A CIDADE José Reginaldo Santos Gonçalves NARRATIVA Baseado em Walter Benjamin (1986) o autor associa a narrativa a nossa “faculdade de intercambiar experiências”, pois a “experiência que passa de pessoa a pessoa é a fonte a que recorrem todos os narradores”. (1986) É uma mentalidade de comunicação humana que retoma o passado no presente sob a forma de memória. Modelos de Narrador: o velho artesão, o marinheiro. Carece de qualquer explicação. A narrativa basta-se a si mesma. A audiência é livre para interpretar a seu modo. “Quanto mais o ouvinte se esquece de si mesmo, mais profundamente se grava nele o que é ouvido.” (Benjamin W., 1986) HOMEM MULTIDÃO (INFORMAÇÃO) FLANER (VIVER A VIDA) O FIM DA NARRATIVA E O ADVENTO DA INFORMAÇÃO As grandes metrópoles contribuem, para o fim das narrativas; Com o declínio das experiências. (Homem da Multidão) Com o desaparecimento do contexto das relações interpessoais. Com a impessoalidade e o anonimato crescentes. NARRATIVA X INFORMAÇÃO Narrativa: Compartilha experiências numa coletividade. Interliga laços afetivos. Apresenta histórias que vem de longe no tempo e no espaço. AGIR – AÇÃO HUMANA (VIVE COM A MEMORIA TRADUZIDA PELA EXPERIENCIA DE VIDA) Informação: Não deixa marcas pessoais, prende-se ao que é próximo e os acontecimentos já chegam com as interpretações. A PARTIR DA LEITURA DAS PÁGINAS 174-176 1)Escreva em texto (40-50 linhas) os pontos que caracterizam: a) O flaneur; b) O homem da multidão; c) Comentário analítico a respeito da tipologia acima. O TRABALHO NO MUSEU Coexistir com os dois tipos de Museu: Narrativa e Informação; Estabelecer uma relação sensível com os objetos; Compreender a relação bricoleur/engenheiro ou pensamento mágico/pensamento cientifico. BRICOLAGE/BRICOLEUR O campo em que atua é finito; Parte de um conjunto heteróclito de objetos; Trabalha com os fragmentos; Dialoga de maneira holística com os objetos: Tato, Audição, Visão, Olfato; É próprio do museu narrativa; Tem sua inspiração no antiquário; O objeto evoca. ENGENHEIRO/CIENTIFICO Seu campo é infinito; Não se submete a um conjunto de dados, objetos ou fragmentos; Produz os Materiais que necessita; Trabalha com estruturas conceituais; É próprio do museu da informação; Toma os textos como suporte; O objeto informa. NOVA MUSEOLOGIA - NARRATIVA Menor ênfase nas praticas de identificação e autenticação dos objetos; Estabelece uma conexão com o antiquariado com a antiga museologia; Reconhece e atua na tradição “dos dois corpos do Rei” Um é finito, contingente e perecível: objetos e materiais; Outro é abstrato e transcendente: valores, representações e ideais. NOVA MUSEOLOGIA – INFORMAÇÃO A valorização dos textos em detrimento dos objetos; Objetos são mais usados como suportes materiais de ideias abstratas; Objetos são menos apreciados em função de suas propriedades plásticas; Objetos e suas dimensões evocativas possuem menor destaque; Concorrência com outras mídias no processo de comunicação. FUNDAMENTOS ANTROPOLÓGICOS Manter uma relação sensível com o conhecimento; Agir e pensar em termos de uma “poética do espaço”; Estabelecer de modo permanente uma relação dialógica com os diferentes grupos; Manter a dimensão da bricolage e praticar uma “ciência do concreto”.
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