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Antimanual do mau historiador

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AGUIRRE Rojas, Carlos Antonio. Antimanual do mau historiador: ou como se fazer uma história crítica? Tradução de Jurandir Malerba - Londrina: EDUEL, 2007.
PREFÁCIO
 É dito que o antimanual possui duas virtudes: 
1° Se interessa pela tarefa de repensar a história, o fazer histórico e a historiografia de modo diferente daquele até hoje dominante nos círculos acadêmicos e de formação profissional. 
2° Expressa essa preocupação buscando promover no leitor uma atitude não apenas de reflexão, mas também de aprendizagem. 
INTRODUÇÃO
3,4 - Por isso, é preciso levar a cabo uma dupla tarefa de transformação dos estudos históricos atuais: em primeiro lugar, um trabalho sistemático de crítica permanente dessa história oficial, positivista e tradicional, trabalho que, enquanto denuncia e demonstra as inconsistências e a pobreza dos resultados historiográficos desta história limitada que foi dominante no México até os dias atuais, torna evidente também a função conservadora do status quo sempre desempenhada por esse tipo de história preguiçosa e complacente com os setores dominantes da sociedade. [...]
4 - Deste modo, promover e impulsionar uma história nova, atualizada, científica e crítica não significa outra coisa que encarar, dentro do próprio ofício do historiador, as consequências importantes da situação histórica também nova em que vivemos. Mas não para meramente "renovar" e "reciclar" mais uma vez, vestindo com novas roupagens a vestuta e sempre bem vista história oficial, complacente com o poder e disposta eternamente a legitimá-lo e a servi-lo. [...] 
Ou seja, renovar a história para resgatar sua profunda dimensão crítica, vinculada aos movimentos sociais e às principais urgências e demandas do tempo presente, ao mesmo tempo disposta a contribuir, na medida do possível, na construção de um futuro diferente, quando a exploração econômica, o despotismo político e a desigualdade e a discriminação sociais sejam abolidos, para que o futuro não seja visto, como acontece hoje, com apreensão e temor, mas com otimismo e esperança. [...] 
CAPÍTULO I
SOBRE ANTIMANUAIS E ANTIDEFINIÇÕES DA HISTÓRIA
5 - O que queremos não é tornar simples idéias complexas, mas sim combater e criticar velhas idéias simples, rotineiras e já superadas sobre o que é e sobre o que deveria ser a história, [...] 
* Antidefinição do tempo: O autor aborda também sobre o problema do tempo que circula na dualidade entre "presente e passado", questionando essas barreiras e anulando a história como "ciência do passado", transportando-a na realidade para uma "obra dos homens no tempo" (Marc Bloch). Ao se definir a história como mera ciência que estuda o passado, isso aboliria o compromisso social do historiador com seu próprio presente, e confundiria o nosso ofício com o de antiquários. 
10,11 - Quando se trata de compreender e depois explicar um fato ou processo histórico determinado, o historiador inteligente está autorizado a recorrer a qualquer elemento ou indício à mão para resolver o problema específico que aborda. Isso explica o fato de que, na atualidade, faz se história tanto com base na fotografia ou no cinema quanto recorrendo se sistematicamente aos testemunhos orais, interpretando se uma pintura ou monumento, construindo se uma série econômica, demográfica ou cultural, [...].
* Antidefinição do espaço: Nesse momento o autor fala sobre o problema das histórias locais, nacionais ou regionais que se limitam a suas próprias "fronteiras".
13 - Antidefinições de uma boa história crítica devem incluir também, necessariamente, a idéia de que esta história científica e rigorosa não poderá ser elaborada com seriedade, se todas as dimensões fundamentais que são a filosofia, a teoria, a metodologia e a historiografia não foram igualmente elevadas a um primeiro plano de importância. Pois é necessário reconhecer que, no tipo de história hoje praticada predominantemente em nossas escolas e divisões de pós-graduações, reina uma visão terrivelmente empirista e até antiteórica da história. 
CAPITULO II
OS SETE (E OUTROS) PECADOS CAPITAIS DO MAU HISTORIADOR
	19 - A má história é mil vezes mais fácil de fazer e ensinar do que a boa história, a história crítica.

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