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Cistos

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CISTOS
CISTO= Espaço patológico, cheio de líquido, recoberto por epitélio e rodeado por uma parede de tecido conjuntivo. O líquido no interior é secretado por células que atapetam a cavidade ou procedem do líquido tissular. É uma cavidade patológica contendo fluído ou semi-fluido a qual não é formada pelo acúmulo de pus, sendo frequentemente revestido por epitélio e suportado por tecido conjuntivo fibroso.
Odontogênico: Resulta da proliferação de remanescentes epiteliais associados à formação dos dentes. Esse epitélio compreende à Lâmina dentária, órgão do esmalte e a bainha de Hertwing. A maioria dos cistos maxilares (mandíbula/maxila) são limitados por epitélios que se origina do epitélio odontogênico. Pode ser de Desenvolvimento (não apresentam um fator definido que determina o desenvolvimento da lesão) como o cisto dentígero e o periodontal lateral ou inflamatório (tem como causa a inflamação) como o cisto periapical (radicular), residual e paradentário. 
Não odontogênico: Acometem estruturas associadas a boca como cisto do ducto nasopalatino, cisto nasolabial, dentre outros. 
	CISTO DO DUCTO NASOPALATINO/ CISTO DO CANAL INCISIVO
	DEFINIÇÃO
	Também chamado de cisto do canal incisivo. É o cisto não odontogênico mais comum da cavidade oral.
	ETIOLOGIA
	Acredita-se que ele se origine de remanescentes do ducto nasopalatino (liga a cavidade nasal e oral na região do canal incisivo). O canal incisivo é formado por trajetos que persistem na linha média entre o palato primário e o secundário. Os ductos nasopalatinos são estruturas epiteliais que também se formam por uma fusão e encontram-se dentro dos canais incisivos. Normalmente, tais ductos regridem nos humanos, mas podem deixar remanescentes epiteliais nos canais incisivos. Além dos ductos nasopalatinos, os canais incisivos contêm o nervo nasopalatino e os ramos da artéria palatina descendente e artéria esfenopalatina. Em alguns mamíferos, remanescentes dos ductos nasopalatinos permanecem visíveis e promovem a comunicação entre a cavidade nasal e oral. Esses ductos podem se comunicar com os órgãos de Jcobson (órgão vomeronasal é um órgão olfatória auxiliar de alguns animais) atuando como órgão olfatório acessório. Entretanto, esse órgão nos humanos regride na vida intrauterina e torna um órgão vestigial.
ETIOLOGIAS: poderia surgir do epitélio do órgão de Jacobson (pouco provável), trauma, infecção do ducto e retenção de muco das glândulas salivares menores adjacentes. Patogênese ainda desconhecida. Acredita-se que este cisto origina-se da proliferação dos remanescentes epiteliais do ducto nasopalatino. Representa uma degeneração cística espontânea de remanescentes do ducto nasopalatino.
	EPIDEMIOLOGIA
	Pode se desenvolver em qualquer idade, mas é mais comum na quarta a sexta década de vida. É raramente observado durante a primeira década de vida. Há maior preferência pelo gênero masculino. 
	CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
	SINAIS E SINTOMAS: tumefação da região anterior do palato, drenagem e dor. As vezes os pacientes relatam uma história longa desses sintomas por sua natureza intermitente. Podem também serem assintomáticos. Raramente pode produzir uma expansão completamente flutuante. Pode-se ter, em raras ocasiões um cisto que se desenvolve nos tecidos moles da papila incisiva sem envolvimento ósseo.
	CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
	O epitélio de revestimento é variável (escamoso estratificado – mais comum, colunar pseudoestratificado, colunar simples e cúbico simples – mais raros) e frequentemente mais de um tipo de epitélio é encontrado no mesmo cisto. Cistos que desenvolvem mais superior ao canal, próximos a cavidade nasal, tentem a apresentar epitélio respiratório enquanto aqueles localizados próximos à cavidade oral exibem epitélio escamoso. Em virtude de se originar do canal incisivo, nervos, artérias e veias são encontradas nas paredes do cisto. Uma resposta inflamatória é notada na parede cística e pode variar de suave à intensa. 
	CARACTERÍSTICAS DE IMAGENS COMPLEMENTARES
	As radiografias geralmente demonstram uma lesão radiolúcida bem circunscrita próxima ou na linha média da região anterior da maxila entre os ápices dos incisivos centrais. A reabsorção radicular é raramente notada. A lesão é geralmente oval ou redonda com uma margem esclerótica (margem radiopaca). Pode apresentar formato de pera invertida (resistência das raízes dos dentes) ou coração (sobreposição da espinha nasal). O diâmetro radiográfico varia de menores que 6mm a maiores que 6cm, mas a maioria dos cistos varia de 1 a 2,5cm com diâmetro médio de 1,5 a 1,7cm. (Importância da radiografia oclusal)
As tomografias geralmente apresentam imagem hipodensa, unilocular, de limites definidos e corticalizados, em região de linha média da maxila (setas), com rompimento da cortical palatal, mantendo contato com o assoalho da cavidade nasal.
	TRATAMENTO
	Tratados por enucleação cirúrgica. Biópsia é recomendada (não é diagnosticada por radiografias). A recidiva e transformação maligna são raras.
	SEMELHANTE À
	Forame incisivo grande => Considera-se que 6mm é o limite máximo para o tamanho de um forame incisivo normal. Existem lesões malignas e benignas semelhantes. 
	CISTO NASOLABIAL
	DEFINIÇÃO
	O cisto nasolabial é um cisto de desenvolvimento raro, não odontogênico, que acomete a região do lábio superior, logo abaixo da asa do nariz lateral à linha média. Outros nomes, como cisto nasoalveolar, cisto do vestíbulo nasal, cisto mucoide do nariz e cisto de klestadt são descritos, sendo que o termo cisto nasolabial, criado por Rao em 1955, é atualmente o mais utilizado.
	ETIOLOGIA
	Apesar de a sua patogênese ser obscura, existem duas teorias principais para a origem do cisto nasolabial. De acordo com a primeira, o cisto é originado das células epiteliais retidas ao longo da linha de fusão dos processos nasal lateral, nasal mediano e maxilar, enquanto a segunda teoria sugere que os cistos se desenvolvem do epitélio do ducto nasolacrimal.
	EPIDEMIOLOGIA
	São observados com maior frequência em adultos, com pico de prevalência na quarta e quinta década de vida. Existe predileção significativa pelo gênero feminino. Aproximadamente 10% dos casos são bilaterais.
	CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
	Clinicamente, caracteriza-se por um aumento de volume, crescimento lento e assintomático. Apresenta-se como nódulo ou tumefação lisa, móvel, apenas de tecido mole, entre o lábio superior e a abertura nasal. Em função do seu tamanho, pode causar elevação da asa do nariz, protrusão do lábio superior, abaulamento do sulco nasolabial, assimetria facial, além de obstrução nasal. A infeção associada ao cisto nasolabial está presente em 50% dos casos, podendo ocorrer sintomatologia dolorosa, aumento de volume rápido, além de drenagem do conteúdo cístico tanto por via nasal quanto intraoral. A dor é rara, exceto quando a lesão está infectada secundariamente. O cisto pode se romper espontaneamente e drenar para a cavidade oral ou nasal. 
	CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
	É caracteristicamente revestido por epitélio colunar pseudoestratificado exibindo muitas vezes células caliciformes e ciliadas. Áreas de epitélio cúbico e metaplasia escamosa não são raras. A parede do cisto é composta de tecido conjuntivo fibroso com tecido muscular esquelético adjacente. A inflamação. Microscopicamente, o cisto nasolabial possui uma grande variedade quanto ao seu tipo de epitélio, podendo ser escamoso simples, cuboide simples ou pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células mucosecretoras (caliciformes) (epitélio do tipo respiratório), sendo este o mais comum. O cisto consiste de um epitélio respiratório (pseudoestratificado ou estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes - goblet cells), porém pode ocorrer metaplasia escamosa nos cistos infectados. O fluido contido nos cistos é produzido pelas goblet cells. 
	CARACTERÍSTICAS DE IMAGENS COMPLEMENTARES
	Tomografia revela imagem hipodensa extra-óssea bem circunscrita naregião de asa do nariz. Em alguns casos foi observada remodelação óssea devido à compressão do cisto. Devido ser lesão de partes moles, não é detectada na radiografia simples, a não ser que cause erosão óssea importante no osso maxilar. Meios de diagnóstico mais sofisticados como a TC e a RM podem mostrar com maior nitidez e confiabilidade a natureza cística da lesão e sua relação com a asa nasal e o osso maxilar assim como o acometimento ósseo e facilitar a obtenção da uma hipótese de diagnóstico baseando-se na observação destas imagens. (Inversão do assoalho nasal = inversão de Damante)
	TRATAMENTO
	O tratamento do cisto nasolabial, na maioria das vezes, consiste na enucleação cística por acesso intraoral, sendo o acesso realizado por incisão no sulco gengivolabial e dissecação romba da lesão (Acesso de Denker). Também é preconizada por alguns autores a marsupialização por acesso transnasal.
	SEMELHANTE À
	No diagnóstico diferencial incluem-se lesões inflamatórias periapicais, furúnculo nasal, cisto do ducto nasopalatino, cisto dermoide, epidermoide e ainda tumores de glândulas salivares, sendo o teste de vitalidade pulpar útil para descartar a possibilidade de lesões periapicais. O cisto nasolabial é uma lesão encontrada exclusivamente na região anterior da maxila, em tecido mole, adjacente à asa do nariz. Outras lesões como granuloma, cistos periapicais e abcessos podem causar aumento de volume na mesma região; todavia são lesões que perfuram ou promovem abaulamento da cortical óssea.
	CISTO ÓSSEO SIMPLES
	DEFINIÇÃO
	Também chamado de cisto ósseo traumático/hemorrágico/solitário ou cavidade óssea idiopática. É uma cavidade benigna vazia (pseudocisto) ou contendo fluido (sangue) no osso e que é livre de revestimento epitelial. É mais comum nos ossos gnáticos.
	ETIOLOGIA
	A causa e a patogênese são incertas e controversas. Têm sido propostos várias teorias, mas nenhuma delas explica todas as características clínicas e patológicas dessa doença: -Teoria de trauma-hemorragia: trauma que não causa fratura, mas resulta em uma hemorragia intraósseo que não sofre organização e reparo e se liquefaz. Outras teorias etiológicas incluem incapacidade do fluido intersicial em deixar o osso por causa da drenagem venosa inadequada, distúrbio local no crescimento ósseo, necrose isquêmica da medula e alteração localizada no metabolismo ósseo resultando em osteólise. 
	EPIDEMIOLOGIA
	São relatados em quase qualquer osso do corpo, mas a grande maioria envolve os ossos longos. Cistos ósseos simples nos ossos gnáticos são comuns e mais frequentemente encontrados em pacientes entre 10 e 20 anos de idade. É rara em crianças mais novas do que 5 anos e pouco frequentemente em pacientes depois dos 35 anos. Os cistos ósseos simples dos ossos gnáticos são, essencialmente, restritos à mandíbula, embora existam relatos de lesão na maxila. São mais comuns nas áreas de molares e pré-molares. Aproximadamente 60% dos casos ocorrem em homens.
	CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
	Não produz sintomas e é descoberto apenas quando as radiografias são feitas por qualquer outra razão. Podem ser relatadas dor e parestesia em alguns casos. Os dentes que parecem estar envolvidos na lesão (visto radiograficamente) são geralmente vitais e não demonstram reabsorção radicular. É necessária exploração cirúrgica para estabelecer o diagnóstico.
	CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
	As paredes do defeito podem ser forradas por uma camada fina de tecido conjuntivo fibroso vascular ou demonstrar uma proliferação fibromixomatosa espessada que frequentemente está entremeada por trabéculas de osso reativo celular. São notadas calcificações distróficas ocasionais em forma de laço. Nunca há qualquer evidência de revestimento epitelial. A superfície óssea próxima à cavidade frequentemente mostra áreas de reabsorção indicativas de atividade osteoclástica. 
	CARACTERÍSTICAS DE IMAGENS COMPLEMENTARES
	Radiograficamente, a lesão aparece como um defeito radiolúcido bem delimitado. Em algumas áreas, as margens do defeito são precisamente definidas e em outras são mal definidas. Pode variar de 1 a 10cm de diâmetro. Quando vários dentes estão envolvidos, o defeito radiolúcido frequentemente mostra projeções em forma de cúpula que se dirigem para cima entre as raízes dos dentes. Pode ser notado também contorno em forma de cone (lesões grandes), margens ovais, irregulares ou arredondadas. Pode aparecer como juma radioluscência multilocular associada com expansão cortical e aumento lento. Quando a expansão está presente, uma radiografia oclusal demonstra tipicamente uma fina cortical óssea que não exibe alteração reativas adicionais. 
	TRATAMENTO
	A exploração cirúrgica simples para estabelecer o diagnóstico constitui geralmente terapia suficiente. Deve ser feito a curetagem das paredes ósseas e análise histológica. A recidiva ou persistência da lesão é muito incomum. Deve ser feito exames radiográficos periódicos até que tenha sido confirmada a resolução completa, mas o prognóstico é excelente. Em geral, regride expontaneamente. Tratamento ortodôntico ajuda no reparo. 
	SEMELHANTE À
	Grande variedade de lesões odontogênicas e não odontogênicas radiolúcidas dos ossos gnáticos. Tumor odontogênico queratocisto.
	DEFEITO DE STAFNE
	DEFINIÇÃO
	Também chamado de depressão mandibular lingual da glângula salivar; cisto ósseo latente. O Defeito Ósseo de Stafne consiste de uma condição anatômica, assintomática, de etiologia incerta e raro acometimento, que é descoberta em exames de rotina odontológica, como o caso da radiografia panorâmica. O defeito ósseo de Stafne é uma cavidade óssea na mandíbula situada entre o canal mandibular e a borda inferior da mandíbula. O defeito ósseo de Stafne é uma concavidade focal do osso cortical na superfície lingual da mandíbula. 
	ETIOLOGIA
	A etiopatogenia não é totalmente clara, mas acredita-se que esse defeito ósseo se forme lenta e gradativamente, devido a um processo osteoclástico consequente à pressão exercida pela glândula submandibular sobre a superfície lingual da mandíbula.
	EPIDEMIOLOGIA
	
	CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
	Quase sempre o defeito ósseo de Stafne é unilateral, mas já foram relatados casos bilaterais. É assintomático e descoberto em exames radiográficos de rotina, aparecendo em 0,3% de todas as radiografias panorâmicas. Algumas vezes o defeito pode interromper a continuidade da margem inferior da mandíbula, criando uma depressão clinicamente palpável.
	CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
	Devido ao aspecto radiográfico característico, a biópsia geralmente não é necessária para o diagnóstico dos defeitos de Stafne na região posterior da mandíbula. Quando é realizada a biópsia revela tecido de glândula salivar histologicamente normal. O tecido da glândula salivar submandibular tem sido o achado histológico mais comum e, em poucos casos, músculos, vasos sanguíneos, gordura, tecido fibroso ou tecido linfoide têm sido relatados.
	CARACTERÍSTICAS DE IMAGENS COMPLEMENTARES
	Na radiografia Área radiolúcida unilocular, bem circunscrita e com margem esclerótica, geralmente localizada abaixo do canal da mandíbula, na região posterior da mandíbula, entre os molares e o ângulo da mandíbula. Os defeitos linguais anteriores, associados à glândula sublingual, podem se sobrepor radiograficamente aos ápices dos dentes anteriores. As margens desta depressão são bem definidas por uma linha radiopaca, geralmente mais espessa na região superior, resultado da passagem do feixe de raios X tangencial a parede mais espessa da depressão.
	TRATAMENTO
	Por ser um defeito ósseo benigno não requer tratamento, e sim um acompanhamento através de radiografias e tomografias e caso atrapalhe de algum modo a função realizar remoção cirúrgica.
	SEMELHANTE À
	O diagnóstico diferencial inclui cisto periapical, cisto dentígero, cisto odontogênico, cisto ósseo traumático, ameloblastoma e tumores de células gigantes
	CISTO PERIAPICALDEFINIÇÃO
	É o cisto inflamatório mais comum. Também é chamado de cisto radicular ou cisto periodontal apical. Refere-se a um epitélio na região do ápice de um dente desvitalizado que pode ser estimulado por uma inflamação para formar o verdadeiro cisto revestido por epitélio (cisto periapical). São caracterizados por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso revestida por um epitélio com lúmen contendo líquido e restos celulares. À medida que o epitélio se descama para o interior do lúmen, aumenta o conteúdo proteico. Ocorre a entrada de fluido no lúmen na tentativa de equilibrar a pressão osmótica, promovendo um crescimento lento. A maioria desses cistos crescem lentamente e não atinge um tamanho grande. 
	ETIOLOGIA
	Infecção pulpar que se estende à região apical. A resposta inflamatória parece aumentar a produção do fator de crescimento de ceratinócitos pelo etroma das células periodontais, levando ao aumento da proliferação de epitélio normalmente quiescente na região. A fonte epitelial é formada pelos restos epiteliais de Malassez, mas também pode estar relacionada ao epitélio crevicular, ao revestimento sinusal ou ao revestimento epitelial dos tratos fistulosos. 
	EPIDEMIOLOGIA
	O desenvolvimento cístico é comum; a frequência relatada varia de 7% a 54% das imagens radiolúcidas periapicais. 
	CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
	Em geral, é assintomático a menos que exista uma exacerbação inflamatória aguda. Se atingir um tamanho grande, podem ser observadas tumefação e sensibilidade leve. Com o crescimento do cisto, podem ocorrer mobilidade e deslocamento dos dentes adjacentes. O dente de origem não responde ao teste pulpar térmico e elétrico.
Duas variações de cistos periapicais foram descritas quando ocorre a total remoção do cisto e da raiz. Os cistos periapicais baía têm como característica um revestimento epitelial incompleto devido à extensão da porção apical do dente para o interior do lúmen do cisto. Os cistos periapicais verdadeiros formam uma estrutura semelhante a um saco, com revestimento epitelial completo, que se localiza adjacente ao ápice do dente, mas está separado deste. Acredita-se que o diagnóstico deste cisto só pode ser realizado apenas após a lesão ter sido examinada por completo, em exames seriados ou de secção dos espécimes. 
	CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
	As características histopatológicas de todos os três tipos de cistos inflamatórios são semelhantes. O cisto é revestido por epitélio escamoso estratificado, o qual pode apresentar exocitose, espongiose ou hiperplasia. Como observado em cistos dentígeros, células mucosas dispersas ou áreas de epitélio colunar pseudoestratificado ciliado podem ser observados nos cistos periapicais. A habilidade do epitélio odontogênico demonstrar diferenciação especializada representa um exemplo de prosoplasia (metaplasia avançada) e enfatiza o potencial diverso do epitélio odontogênico. O líquido do cisto pode ser preenchido por fluido e restos celulares. Algumas vezes o revestimento epitelial pode apresentar calcificações lineares. Hemácias e áreas de pigmentação também podem estar presentes. A cápsula do cisto consiste em tecido conjuntivo fibroso denso, muitas vezes com infiltrado inflamatório. O material eosinófilo pode ser uniforme ou conter uma variável de mistura de exsudato inflamatório que sofrem fibrose e ocasionalmente calcificação distrófica. Os corpos hialinos podem ser encontrados em qualquer área de inflamação intraóssea. Também pode ser vistos cristais de colesterol. 
	CARACTERÍSTICAS DE IMAGENS COMPLEMENTARES
	O padrão radiográfico é idêntico ao granuloma periapical. Os cistos podem desenvolver-se mesmo com imagens radiolúcidas periapicais pequenas, e o tamanho radiográfico da lesão não pode ser utilizado para o diagnóstico definitivo. Observa-se perda da lâmina dura ao longo da raiz adjacente e uma imagem radiolúcida arredondada circunda o ápice do dente acometido. A reabsorção radicular é comum. Com o crescimento, a imagem radiolúcida muitas vezes se torna achatada conforme a lesão se aproxima dos dentes adjacentes. É possível que ocorra um crescimento significativo e podem ser observadas lesões ocupando todo um quadrante. Ainda que os cistos atinjam com mais frequência tamanhos maiores do que granulomas periapicais. Também são conhecidos por envolverem dentes decíduos mais associados aos molares e aparecem como uma zona radiolúcida circundante às raízes e que preenche o espaço interradicular na região de furca. Mesmo na ausência de sintomas, o tratamento é necessário para todas as alterações intraósseas cujo exame histopatológico não tenha fornecido um diagnóstico definitivo. 
	TRATAMENTO
	É tratado da mesma maneira que o granuloma periapical. A extração ou o tratamento endodôntico (primeira coisa a se fazer) conservador não cirúrgico deve ser realizado. A cirurgia periapical é indicada para lesões que excedem 2cm e para aquelas associadas a dentes nos quais não é viável o tratamento endodôntico convencional. A biópsia é indicada. O tecido inflamatório periapical que não foi curetado no momento da extração do dente pode dar origem a um cisto inflamatório chamado de cisto periapical residual. Com o tempo, muitos desses cistos exibem uma redução no tamanho e pode ocorrer uma resolução espontânea devido a ausência do estímulo inflamatório contínuo. 
	SEMELHANTE À
	Semelhante ao granuloma periapical epitelializado, cisto radicular lateral (radiograficamente, esses cistos imitam o desenvolvimento de cistos periodontais laterais, mas histologicamente esses cistos são compatíveis com cistos de origem inflamatória). 
	CISTO PARADENTÁRIO
	DEFINIÇÃO
	O cisto paradentário é um cisto odontogênico inflamatório. O cisto paradentário é um cisto odontogênico inflamatório incomum localizado aderido à junção amelo-cementária, possivelmente originado de remanescentes do epitélio reduzido do órgão do esmalte ou de restos epiteliais no periodonto. Localiza-se preferencialmente na região de trígono retromolar associado a terceiros molares semi-inclusos com história de pericoronarite prévia. Não há alteração pulpar. 
	ETIOLOGIA
	Provavelmente originado de remanescentes do epitélio reduzido do órgão do esmalte ou de restos epiteliais de Malassez no periodonto.
	EPIDEMIOLOGIA
	
	CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
	Pericoronarite recorrente em dentes semi-inclusos no cisto paradentário. Geralmente há tecido mole recobrindo parte do dente e com tumefação.
	CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
	Microscopicamente, observa-se uma cavidade revestida por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado e um tecido conjuntivo fibroso subjacente contendo um intenso infiltrado inflamatório predominantemente crônico. Também podem ser encontrados no tecido conjuntivo focos de hemossiderina e fendas de colesterol, consistentes com sua origem inflama. Microscopicamente, os cortes histológicos revelaram fragmento de cápsula cística revestida parcialmente por epitélio pavimentoso estratificado de poucas camadas, apresentando áreas focais de exocitose. A cápsula cística é constituída por tecido conjuntivo fibroso denso apresentando vasos sanguíneos de calibre variado e infiltrado. A presença de exsudato fibrino hemorrágico termina por completar o quadro histológico examinado, dando como diagnóstico histológico compatível com cisto residual .
	CARACTERÍSTICAS DE IMAGENS COMPLEMENTARES
	Radiograficamente, o cisto paradentário pode apresentar variações na sua imagem, dependendo da superposição das estruturas anatômicas, presença de infecção, tamanho e localização da lesão, mas usualmente apresenta-se como uma área radiolúcida bem delimitada normalmente localizada lateralmente (mais comum a distal) a um elemento dentário, mimetizando outras lesões, especialmente o cisto radicular inflamatório lateral, o cisto dentígero colateral inflamado, e os tumores odontogênicos queratocísticos colaterais.
	TRATAMENTO
	O tratamento inclui a remoção cirúrgica conservadora, quase sempre associada a remoção dosdentes associados. No cisto residual a enucleação cística foi feita com a parte posterior das curetas; devido o epitélio cístico ser delgado, houve rompimento da cápsula cística que foi removida com curetagem vigorosa para que nenhum fragmento de epitélio cístico permanecesse no interior da cavidade.
	SEMELHANTE À
	Seu diagnóstico diferencial inclui o cisto radicular inflamatório lateral a raiz e o cisto dentígero inflamado.
	CISTO RESIDUAL
	DEFINIÇÃO
	O cisto radicular residual é uma lesão resultante do estímulo à proliferação dos restos epiteliais de Malassez em decorrência de um processo inflamatório de necrose pulpar em que o elemento dentário já fora removido. Esse cisto tende a regredir quando não existe fonte de estímulo.
	ETIOLOGIA
	Cisto radicular que continua seu crescimento por não ter sido completamente removido. 
	EPIDEMIOLOGIA
	
	CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
	No cisto residual a lesão é geralmente assintomática e, apenas em alguns casos, assume dimensões suficientes para produzir destruição da cortical óssea e dor.
	CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
	Idem ao cisto paradentário.
	CARACTERÍSTICAS DE IMAGENS COMPLEMENTARES
	Radiograficamente, o cisto residual apresenta-se como uma lesão radiolúcida, redonda ou oval, assintomático e circunscrita por uma linha radiopaca bem definida.
	TRATAMENTO
	O tratamento inclui a remoção cirúrgica conservadora, quase sempre associada a remoção dos dentes associados.
	SEMELHANTE À
	Seu diagnóstico diferencial inclui o cisto radicular inflamatório lateral a raiz e o cisto dentígero inflamado.
	CISTO DENTÍGERO
	DEFINIÇÃO
	É também chamado de cisto folicular e é definido como um cisto que se origina pela separação do folículo que fica ao redor da coroa de um dente incluso. É o tipo mais comum de cisto odontogênico do desenvolvimento, sendo responsável por cerca de 20% de todos os cistos revestidos por epitélio nos ossos gnáticos. Envolve a coroa de um dente impactado e se conecta ao dente pela junção amelocementária. 
	ETIOLOGIA
	A patogênese desse cisto é incerta, mas aparentemente ele se desenvolve pelo acúmulo de fluido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa do dente. Apesar de a maioria dos cistos dentígeros ser considerado de desenvolvimento em suas origens, há alguns exemplos que parecem apresentar patogênese inflamatória. (Pode se desenvolver ao redor da coroa de um dente permanente incluso como consequência da inflamação periapical de um dente decíduo sobrejacente).
	EPIDEMIOLOGIA
	Pode ocorrer em associação com qualquer dente impactado, e envolve mais frequentemente, terceiros molares inferiores. Outros sítios frequentes envolvem os caninos e terceiros molares superiores e os segundos pré-molares inferiores. Raramente envolvem dentes decíduos inclusos. Ocasionalmente podem estar associados a dentes supranumerários ou a odontomas. São descobertos mais frequentemente em pacientes entre 10 e 30 anos. Há uma leve predileção pelo sexo masculino e maior prevalência em brancos do que em negros.
	CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
	Cistos pequenos são completamente assintomáticos e são descobertos somente em exames radiográficos de rotina ou quando são feitas radiografias para determinar o motivo pelo qual um dente não erupcionar. Os grandes cistos podem estar associados à expansão indolor do osso na área envolvida. Lesões extensivas podem resultar em assimetria facial. Podem se tornar infectados e associados a dor e edema. Estes cistos podem deslocar o dente envolvido, alcançando distâncias consideráveis. Pode ocorrer a reabsorção radicular de um dente adjacente erupcionado. 
	CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
	Suas características histológicas se assemelham à um folículo dentário. Variam dependendo se o cisto está inflamado ou não. No não inflamado observa-se: cápsula de tecido conjuntivo fibroso arranjada frouxamente e contém considerável substância fundamental amorfa. Pequenas ilhas e cordões de restos epiteliais odontogênicos de aspecto inativo podem estar presentes na cápsula fibrosa (semelhança com ameloblastoma). O revestimento epitelial é extremamente fino, consiste em duas a quatro camadas de células achatadas não ceratinizadas, e a interface entre o epitélio e o tecido conjuntivo é plana. No cisto inflamado, a cápsula fibrosa é mais colagenizada, com um infiltrado inflamatório crônico variável. O revestimento epitelial pode mostrar quantidades variáveis de hiperplasia com o desenvolvimento de cristais epiteliais e características escamosas mais definidas. Uma superfície queratinizada pode ser observada em algumas ocasiões (semelhança com ceratocisto odontogênico). Pequenos ninhos de células sebáceas podem ser notadas raramente dentro da parede cística. O exame macroscópico da parede de um cisto dentígero pode revelar uma ou muitas áreas de espessamento na superfície do lúmem. Essas áreas devem ser examinadas microscopicamente para excluir a presença de alteração neoplásica precoce. 
	CARACTERÍSTICAS DE IMAGENS COMPLEMENTARES
	Radiograficamente, o cisto dentígeno mostra tipicamente uma área radiolúcida unilocular que está associada à coroa de um dente incluso. A lesão rediolúcida geralmente apresenta uma margem bem definida e frequentemente esclerótica, mas um cisto infectado pode mostrar margens pouco definidas. A relação cisto-coroa mostra diversas variações radiográficas. 
-Variante central: mais comum, o cisto envolve a coroa do dente e ela se projeta no cisto. 
-Variante lateral: associada a terceiros molares inferiores impactados com angulação mesioangular e que estão parcialmente erupcionados. O cisto cresce lateralmente ao longo da superfície radicular e envolve parcialmente a coroa. 
-Variante circunferencial: cisto circunda a coroa e se estende por alguma distância ao longo da raiz , de forma que uma porção significativa da raiz parece estar dentro do cisto. 
	TRATAMENTO
	 Deve ser feita uma cuidadosa enucleação do cisto juntamente com a remoção do dente não erupcionado. Se a erupção do dente envolvido for considerada possível, então o dente pode ser deixado em seu local após a remoção parcial da cápsula cística. Pode ser necessário um tratamento ortodôntico para auxiliar na erupção. Grandes cistos também podem ser tratados por meio de marsuapialização. O prognóstico para a maioria dos cistos é excelente e raramente nota-se recidiva após a remoção completa do cisto. Mas várias complicações podem surgir: transformação neoplásica para um ameloblastoma, surgimento de um carcinoma de células escamosas ou carcinomas mucoepidermoides intraósseos.
	SEMELHANTE À
	Pequenos cistos assemelham-se a um folículo coronário aumentado que está sobre a coroa de um dente incluso. => Para ser considerado um cisto o espaço radiolúcido que envolve a coroa do dente deve ser de aproximadamente 3 a 4mm de diâmetro. 
Características radiográficas assemelham-se ou são idênticas a: ceratocistos odontogênicos, ameloblastomas uniloculares e outros tumores odontogênicos e não odontogênicos. => Radiografia não é o diagnóstico para os cistos dentígeros. 
Como uma delgada camada de epitélio reduzido do esmalte normalmente reveste o folículo dentário que envolve a coroa de um dente não erupcionado, pode ser confundido com um folículo dentário normal => Distinção somente em aspectos microscópicos. 
	CISTO PERIODONTAL LATERAL
	DEFINIÇÃO
	É um tipo incomum de cisto odontogênico de desenvolvimento que acontece na superfície lateral de um dente.
	ETIOLOGIA
	Acredita-se que surja dos restos da lâmina dentária e represente a contraparte intraóssea do cisto gengival do adulto. Algumas lesões apresentaram um aspecto policístico e foram denominados de cistos odontogênicos botrioides, elas são possivelmente o resultado de uma degeneração cística com subsequente fusão de focos adjacentes de restos da lâmina dentária.
	EPIDEMIOLOGIA
	É responsável por menos de 2% de todos os cistos dos ossos gnáticos revestidos porepitélio. Ocorre com mais frequência em pacientes da quinta à sétima década de vida, raramente ocorrendo em pessoas com menos de 30 anos de idade. Cerca de 75% a 80% dos casos ocorre na região de pré-molares, canino e incisivo lateral inferior. A maioria dos cistos possui menos de 1cm em seu maior diâmetro.
	CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
	Mais frequentemente é uma lesão assintomática que é detectada através de exames complementares como a radiografia.
	CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
	Apresenta uma cápsula fibrosa delgada, geralmente sem inflamação, com um revestimento epitelial que possui, em sua maior parte, apenas uma a três camadas de espessura. Esse epitélio geralmente consiste em células pavimentosas achatadas, mas algumas vezes as células apresentam formato cuboidal. Focos de células claras ricas em glicogênio podem estar espalhados entre as células do revestimento epitelial. Alguns cistos apresentam espessamentos nodulares focais do epitélio de revestimento, que são compostos principalmente por células claras. Restos epiteliais dessas células algumas vezes podem ser observados dentro da parede fibrosa.
	CARACTERÍSTICAS DE IMAGENS COMPLEMENTARES
	Exames radiográficos, apresentando-se como uma área radiolúcida bem circunscrita, localizada lateralmente à raiz de um dente vital. A variante botrioide demonstra um aspecto radiográfico multilocular, mas também pode-se mostrar unilocular.
	TRATAMENTO
	Enucleação conservadora do cisto, na maioria das vezes não afeta dentes adjacentes. Recidiva não é comum.
	SEMELHANTE À
	Cistos radiculares laterais e queratocisto
	TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO 
	DEFINIÇÃO
	É uma forma diferente de cisto odontogênico do desenvolvimento que merece consideração especial devido às suas características histológicas e comportamentos clínicos específicos. Diversos autores sugerem que os ceratocisto odontogênico sejam considerados como uma neoplasia cística benigna. Têm comportamento neoplásico e muito recidivante. 
	ETIOLOGIA
	Há uma concordância geral de que o ceratocisto odontogênico surge a partir dos restos celulares da lâmina dental. Seu crescimento pode estar relacionado a fatores desconhecidos, inerentes ao próprio epitélio ou à atividade enzimática na parede cística.
	EPIDEMIOLOGIA
	Apesar de haver grandes variações na frequência descrita para os ceratocistos odontogênicos, quando comparada a outros tipos de cistos odontogênicos, diversos estudos que incluem grandes séries de cistos indicam que este cisto é responsável por 3% a 11% de todos os cistos odontogênicos. Podem ser encontrados em pacientes com idade variável, desde a infância até a velhice, mas cerca de 60% dos casos são diagnosticados em pessoas entre 10 e 40 anos. Há um leve preferência por homens. A mandíbula é acometida em 60% a 80% dos casos, com uma marcante tendência para o envolvimento do corpo posterior e do ramo da mandíbula. 
	CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
	Pequenos TOC geralmente são assintomáticos e descobertos somente durante o curso de um exame radiográfico. Já os de grandes dimensões podem estar associados a dor, edema ou drenagem. Alguns cistos extremamente grandes podem ser assintomáticos. Estes cistos tendem a crescer em direção ântero-posterior dentro da cavidade medular do osso, sem causar expansão óssea óbvia. Múltiplos ceratocistos podem estar presentes e tais pacientes devem ser avaliados em busca de outras manifestações da síndrome do carcinoma nevoide basocelular (gorlin). O diagnóstico baseia-se nas características histopatológicas. 
	CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
	Exibe tipicamente uma cápsula delgada, friável, que muitas vezes provoca dificuldades em ser enucleada do osso em um único pedaço. O lúmen cístico pode conter um líquido claro semelhante a transudato seroso ou pode ser preenchido por um material caseoso que, ao exame microscópico, consiste em restos de ceratinócitos. A delgada parede fibrosa é essencialmente desprovida de qualquer infiltrado inflamatório. O revestimento epitelial é composto por uma grande camada uniforme de epitélio escamoso estratificado, geralmente com seis a oito células de espessura. Destacamento de porções do revestimento epitelial da cápsula fibrosa do cisto pode ser comumente observado. A superfície luminal exibe células epiteliais paraceratóticas achatadas, que exibem um aspecto ondulado ou corrugado. Na presença de alterações inflamatórias, as características típicas podem exibir alterações. Quando essas alterações envolvem a maioria do revestimento cístico, o diagnóstico de ceratocisto odontogênico não pode ser confirmado. Uma das principais características histológicas desses cistos é a presença de uma camada basal hipercromática e em paliçada.
	CARACTERÍSTICAS DE IMAGENS COMPLEMENTARES
	Exibem uma área radiolúcida, com margens escleróticas frequentemente bem definidas. Lesões granes, particularmente no corpo posterior da mandíbula, põem se apresentar multiloculadas. Um dente não erupcionado está envolvido na lesão em 25% a 40% dos casos; em tais instâncias, as características radiográficas sugerem diagnóstico de um cisto dentígero. A reabsorção das raízes dos dentes erupcionados adjacente é menos comum que nos cistos dentígeros e radicular. 
	TRATAMENTO
	A maioria é tratada de forma similar a outros cistos odontogênicos, ou seja, atrazés da enucleação e curetagem. A remoção completa de um cisto em uma única peça frequentemente é difícil devido à natureza delgada e friável de sua parede cística. Estes cistos, diferentemente de outros, tende a recorrer após tratamento (mais encontrada na mandúbula- corpo posterior e ramo da mandíbula. Múltiplas recidivas não são incomuns. O acompanhamento clínico e radiográfico a longo prazo é necessário. Após a biópsia e cistectomia pode-se fazer uma drenagem para permitir a descompensação (marsuapialização) e a subsequente redução do tamanho da cavidade cística. Exceto a tendência para recidivas, o prognóstico geral para a maioria dos caratocistos odontogênicos é bom. Os pacientes com ceratocistos odotnogênicos devem ser avaliados para manifestações da síndrome do carcinoma nevoide basocelular, particularmente se o paciente estiver na primeira ou segunda década de vida ou se múltiplos certocistos forem identificados. Quando feito a punção é observado queratina. 
	SEMELHANTE À
	Cistos dentígeros e radiculares de tamanho comparável => Esses estão associados à expansão óssea enquanto o TOQ não. Radiograficamente não se pode diferenciar os TOQ dos cistos dentígeros e nem dos cistos radiculares. Os ceratocistos odontogênicos da região de linha média anterior da maxila podem mimetizar cistos do ducto nasopalatino. 
	SÍNDROME DOS CARCINOMAS NEVÓIDES BASOCELULARES
	DEFINIÇÃO
	É também chamado de Síndrome de Gorlin. É uma condição autossômica dominante que exibe alta penetrânia e expressividade variável. Pode ser formado pela presença de múltiplos tumores odontogênicos queratinócitos. 
	ETIOLOGIA
	A síndrome é causada por mutações no gene Patched (PTCH), um gene supressor de tumor que foi mapeado no cromossomo 9q22.3-q31.
	EPIDEMIOLOGIA
	A prevalência da síndrome de Gorlin é estimada em cerca de 1 para 60.000. Geralmente começam a aparecer na puberdade ou na segunda a terceira décadas de vida, apesar de poderem se desenvolver em crianças jovens.
	CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
	Uma das características clínicas mais comuns é o desenvolvimento do queratocisto, que pode conduzir a um diagnóstico precoce. Há uma variabilidade na expressividade. As características mais comuns estão relacionadas na imagem abaixo. O paciente apresenta uma face característica, com presença de bossa frontal e temporoparietal, o que resulta em um aumento da circunferência craniana. Os olhos podem se apresentar separados, e muitos pacientes possuem verdadeiro hipertelorismo ocular leve. Prognatismo mandibular leve também costuma estar presente. As lesões pode ir desde pápulas vermelhas até placas ulceradas.
Depressões na palma da mão e planta doé estão presentes em cerca de 65% a 80% dos pacientes. Fibroma no ovário foram descritos em 15% A 25% das mulheres com essa síndrome. As anomalias esqueléticas estão presentes em 60% a 75% dos pacientes com essa síndrome. A anomalia mais comum é a costela bífida ou chanfrada (pode envolver várias costelas e pode ser bilateral). Os cistos frequentemente são múltiplos: alguns pacientes apresentam até 10 cistos isolados. 
 
	CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
	Os queratocistos em pacientes com essa síndrome tendem a ter mais cistos satélites, ilhas sólidas de proliferação epitelial e restos epiteliais odontogênicos dentro da cápsula fibrosa do que nos queratocistos isolados. Focos de calcificação também parecem ser mais comum. Foi mostrado que os queratocistos associados a essa síndrome demonstram expressão aumentada das oncoproteínas p53 e ciclina D1, quando comparados aos queratocistos não sindrômicos. Epitélio bem espesso; característica festonada ao redor das raízes; presença de queratina no interior.
	CARACTERÍSTICAS DE IMAGENS COMPLEMENTARES
	Radiograficamente os cistos em pacientes com essa síndrome não difere dos queratocistos isolados. Estão com frequencia associados a coroas de dentes não erupcionados, podendo mimetizar, nas radiografias, cistos dentígeros.
	TRATAMENTO
	Acompanhamento das lesões, aconselhamento genético. Marsuapilização. 
	SEMELHANTE À
	Radiograficamente os cistos em pacientes com a síndrome do carcinoma nevoide basocelular não diferem significativamente dos ceratocistos isolados. Os cistos em pacientes com essa síndrome estão frequentemente associados a coroas dos dentes não irrompidos, podendo mimetizar, nas radiografias, cistos dentígeros (principalmente na região de 3° molares).

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