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CLASSES DE PALAVRAS Quase sempre a gramática engloba numa mesma relação palavras que pertencem a grupos diferentes: Substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. • O elemento que as diferencia são os diversos significados que lhes são próprios. Amor – quando empregado como substantivo – amante (quando empregado como adjetivo) – amar (quando empregado como verbo), amavelmente (quando advérbio) • Adjetivo - Folha verde / Substantivo - o verde da folha • Substantivo e verbo: amo REGRA BÁSICA: PRONOME Uma das classes gramaticais mais recorrentes em questões de concursos. - pode apresentar inúmeros sentidos, a depender do contexto: posse, indefinição, generalização, questionamento, apontamento, aproximação, afetividade, ironia, depreciação etc. - normalmente é variável em gênero e número e se refere a elementos dentro e fora do discurso. - É um determinante quando acompanha o substantivo (neste caso, é chamado de pronome adjetivo, pois tem valor de adjetivo). Ex.: Os vossos amores não mais vivem para vós. - Quando substitui o substantivo, é chamado de pronome substantivo, pois tem valor de substantivo. Ex.: Estes documentos são nossos, não teus. - quando acompanha é um adjunto adnominal e quando substitui tem função substantiva. Muito importante é dizer que o pronome serve para indicar as pessoas do discurso: 1ª (falante), 2 ª pessoa (ouvinte) e 3 ª (assunto): Exemplo: “Eu não te falei que ele era boa gente?” PRONOMES: 6 CLASSIFICAÇÕES Pessoais, possessivos, indefinidos, interrogativos, demonstrativos e relativos. 1 - CLASSIFICAÇÃO, EMPREGO E COLOCAÇÃO DE PRONOME PESSOAL - São aqueles que designam as três pessoas do discurso, no singular e no plural. - são sempre pronomes substantivos e se dividem em dois tipos: * RETOS: exercem função de sujeito *OBLÍQUOS: exercem função de complemento nominal ou verbal. ATENÇÃO: Ainda há os de tratamento, que são considerados como pessoais por fazerem alusão às pessoas do discurso de maneira cerimoniosa, normalmente. A) PRONOMES RETOS (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles/elas) Esses pronomes normalmente conjugam verbos, por isso exercem função de sujeito, mas também podem exercer função de predicativo do sujeito, vocativo e aposto. - Raul Seixas já dizias: “Eu sou a mosca que pousou em tua sopa”. (sujeito) - Que rei sou eu? (sujeito) - Eu sou mais eu. (predicativo do sujeito) - O Fernando Pessoa, eu mesmo, é uma pessoa muito inquieta. (aposto) ATENÇÃO: Se os pronome retos estiverem acompanhados de todo (a/s), só (adjetivo), apenas ou numeral, permite-se que sejam postos em posição de objeto direto, segundo muitos gramáticos, como: Bechara, Sacconi, Celso Cunha e Faraco e Moura. Ex.: O que vi da vida até agora? Vi toda ela se esvaindo dos meus olhos. (objeto direto) Finalmente os juízes classificaram eles dois para a última etapa do campeonato. (objeto direto) B) PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS (ME, TE, SE, LHE, LHES, O, A, OS, AS) Vejamos o emprego dos pronomes que nos interessam no momento! Normalmente eles exercem a função de objeto direto ou indireto. NOS Dentro do discurso, pode cumprir os seguintes papeis: - designar um sujeito coletivo que se responsabiliza pelo que foi dito: Nós já nos demos conta de nossos erros e corrigi-los-emos tão logo. - Incluir enunciador e leitor, para aproximá-los: O Brasil ainda pode deixar de ser conhecido como um país corrupto se nos unirmos e usarmos bem nossa arma democrática mais preciosa: o voto. - Evitar a 1ª pessoa do singular como estratégia de polidez ou modéstia: Nós só conseguimos realizar tal feito, pois nos empenhamos com muito vigor nesse projeto. - Marcar um sujeito institucional: Nós, o BNDES, nos colocamos à disposição daqueles que querem investir em soluções realmente eficazes. - Indicar um enunciador coletivo (de modo vago): Não é verdade que sempre nos tacharam de coniventes com a postura política de nosso país? Lhe/lhes O pronome oblíquo lhe normalmente pode ser substituído por “a ele (a/s), para ele (a/s), nele (a/s), ou por qualquer pronome de tratamento após as preposições “a, para, em”. - Agradecemos-lhes a ajuda sincera. (Agradecemos a eles...) - A mãe lhe comprou uma boneca? (... comprou uma boneca para você?) O, A, OS, AS (3ª pessoa) Se estiverem ligados a verbos terminados em –r, -s, e – z, viram –lo(s), -la(s). Se estiverem ligados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), viram –no (s), -na(s): - Comprei uma casa. = Comprei-a. - Vou resolver uma questão. = Vou resolvê-la. - Apagaram nossos arquivos. Apagaram-nos - Fiz o concurso porque quis o emprego de funcionário público. = Fi-lo porque qui-lo. (ou ... porque o quis.) - Você compõe músicas lindas. Tu compõe-nas. Tu compões músicas lindas. Tu compõe-las. COLOCAÇÃO PRONOMINAL PRÓCLISE: É a colocação pronominal antes do verbo. É usada nestes casos, mas sem sinal de pontuação: - Palavra de sentindo negativo: Não se esqueça de mim. - Advérbio: Agora se negam a depor. - conjunções: Soube que me negariam. - pronomes relativos, indefinidos ou interrogativos: Identificamos duas pessoas que se encontravam desaparecidas. Quem te fez a encomenda? - entre a preposição em e o verbo no gerúndio: - Em se plantando tudo dá. - Orações exclamativas, optativas ou com o numeral ambos: Ambos te abraçaram com cuidado. ÊNCLISE: É o nome que se dá à colocação pronominal depois do verbo; ela é basicamente usada quando não há fator de próclise. • Vou-me embora. • Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo. MESÓCLISE: É o nome que se dá à colocação pronominal no meio do verbo; ela é usada nos seguintes casos: - Verbo Futuro do presente ou do pretérito: • Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz. • Não fosse o meu compromisso, acompanhá-la-ia nesta viagem. PRONOMES OBLÍQUOS TÔNICOS (mim, comigo – ti, contigo – si, consigo – nós, conosco – vós, convosco – ele/a/s) São sempre precedidos de preposição: Convidou-me e a ela também. OD preposicionado Ela não só aludiu a mim como a vós também. OI É muito bom quando a Argentina é derrotada por nós. Agente da passiva A casa deles é enorme. Adjunto Adnominal Para mim, ele não presta. Dativo de opinião (AOCP – BRDE- Assistente Administrativo – 2012) Em “Ora, para mim isso configura um crime.”, a expressão destacada funciona como a) Introdutor de conformidade; b) OI c) AA d) Complemento nominal e) Dativo de opinião. EMPREGO DOS PRONOMES RELATIVOS QUE (substituível pelo variável o qual) É invariável Refere-se a pessoas ou coisas. É chamado de relativo universal, pois pode – geralmente – ser utilizado em substituição de todos os outros relativos. Exemplos: • As mulheres, que (= as quais) são geniosas por natureza, permanecem ótimas. • Para rimar, o Mengão, que (=o qual) sempre será meu time de coração, é pentacampeão. • Minha sogra, a que (=à qual) tenho grande aversão, está viva ainda. • O flamengo é o (= aquilo) que preocupa os vascaínos. • Os dois, que (=os quais) você ajudou, já estão recuperados. • Há uma boa variedade de atividades de que (=das quais) o professor também é um observador. QUEM É invariável Refere-se a pessoas ou algo personificado A preposição a precederá o relativo quem normalmente, exceto se o verboou um nome de oração subordinada adjetiva exigir outra preposição. De qualquer forma, vem sempre preposicionado. Exemplos: • A justiça a quem devo obediência é meu guia. • Eis o homem a quem mais admiro. • Conheci uma musa, por quem me apaixonei. • Deus, perante quem me ajoelho, é importantíssimo. CUJO É um pronome adjetivo que vem, geralmente, entre dois nomes substantivos explícitos, entre o ser possuidor (antecedente) e o ser possuído (consequente). É variável, logo concorda em gênero e número com o nome consequente, o qual geralmente difere antecedente. Nunca vem precedido ou seguido de artigo, é por isso que não há crase antes dele. Geralmente exprime valor semântico de posse. Equivale à preposição de + antecedente, se invertida a ordem dos termos. Exemplos: • O Grêmio, cujo passado é glorioso, continua alegrando. (O passado do Grêmio...) • Esta é uma doença contra cujos males os médicos lutam. (... contra os males da doença) • Vi o filme a cujas cenas você se referiu. (... às cenas do filmes) • O telefone, cuja invenção ajudou a sociedade, é útil. (A invenção do telefone...) QUANTO É variável Aparece sempre após os pronomes “tudo, todos ( e variações) e tanto (e variações)” seguidos ou não de substantivo ou pronome. Exemplo: Ele encontrou tudo quanto procurava. Bebia toda a cerveja quanta lhe ofereciam. ONDE É variável Aparece com antecedente locativo real ou virtual Substituível por em que, na qual (variações). Pode ser antecedido, principalmente, pelas preposições a, de, por e para. Aglutina-se com a preposição a tornando-se aonde, e com a preposição de tornando-se donde. EXEMPLO A cidade onde (em que/na qual) moro é linda. Meu coração, onde tu habitas é teu e demais ninguém. O sítio para onde voltei evocava várias lembrança. As praias aonde fui eram simplesmente fantásticas. O lugar donde retornei não era tão bom quanto aqui. A casa por onde passamos ontem era minha. COMO É invariável Precedido pelas palavras modo, maneira, forma e jeito Equivale a “pelo qual”, normalmente. EXEMPLO Acertei o jeito como fazer as coisas. Encontraram o modo como resolver a questão. A maneira como você se comportou é elogiável. Gosto da forma como aqueles atores contracenam. QUANDO É invariável Retoma o antecedente que exprime valor temporal Equivale a “em que”. EXEMPLO Ele era do tempo quando se amarrava cachorro pelo rabo. É chegada a hora quando (em que) todos devem se destacar. ATIVIDADE: (FCC- Contador- 2011) Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: a. A obsolescência e o anacronismo, atributos nos quais os americanos manifestam todo o seu desprezo, passaram a se enfeixar com a expressão dez de setembro. b. O estado de psicose, ao qual imergiram tantos americanos, levou à adoção de medidas de segurança em cuja radicalidade muitos recriminam. c. A sensação de que o 11/9 foi um prólogo ao qual ninguém se arriscar a pronunciar é um indício do pasmo no qual foram tomados tantos americanos. d. Não é à descrença, sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma tragédia, é na esperança que queremos nos apegar. e. Fatos como os de 11/9, com que ninguém espera se deparar, são também lições terríveis, de cujo significado não se deve esquecer.
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