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Teoria Geral do Processo Doutrinador: Marcos Vinicius Rios Gonçalves Vol. I – Páginas 21 à 25 Processo Civil se resume em: Ambos dependem um do outro. Só é possível exercer o direito de ação, através do processo, e para saber quem é o certo, é necessário a jurisdição. Introdução ao Direito do Processo Civil O ser humano é um ser conflitante, e durante toda evolução, tivemos os conflitos, assim sãonecessárias regras para ter uma boa convivência. Jurisdição Pesquisa - Jurisdição é o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei. Jurisdição vem do latim "juris" e "dicere", que significa “dizer direito”. Evolução da Jurisdição Talião (Olho por olho/Dente por dente) - Olho por olho, dente por dente, é uma expressão que significa vingança, e que o castigo deve ser dado na mesma proporção do dano causado. Olho por olho, dente por dente, é um dito popular que sugere uma punição do mesmo tamanho da ofensa. A expressão "Olho por olho, dente por dente", surgiu na antiguidade, onde a justiça era feita pelas mãos dos homens. O mais forte – Exercício do auto tutela. – Auto proteção Estado – Juiz Jurisdição - é a função de Dizer o Direito. Dizer quem tem razão. O poder que o estado (Juiz) tem, para dizer quem tem razão, de acordo com a lei. Conceito Livro – Teoria Geral do Processo – GRINOVER, Ada - Instrumento por meio do qual os órgãos jurisdicionais atuam para pacificar as pessoas conflitantes, eliminando os conflitos e fazendo cumprir o preceito jurídico pertinente a cada caso que lhe é apresentado em busca de uma solução. De acordo com Kiovenda – Jurisdição é também, uma função do estado. Jurisdição Processo Direito de Ação Jurisdicionado – é aquele que recebe a jurisdição. A jurisdição é utilizada, através de um instrumento denominado processo. Tem a função de pacificar, resolver os conflitos na sociedade. Conceitos doutrinários de Jurisdição Ada Pelegrini de Araújo Cunha – “É uma das funções do estado para buscar a pacificação dos conflitos com imparcialidade e justiça, utilizando-se do direito processual.” Humberto Theodoro Junior – “Um poder que toca ao Estado, entre as suas atividades soberanas, de formular, e fazer atuar praticamente a regra jurídica.” José Frederico Marques – “Uma função exercida pelo Estado, para compor processualmente conflitos litigiosos, dando a cada um o que é seu, segundo o direito objetivo.” Conceito Processo Civil O processo Civil é o ramo do Direito que contém as regras para o exercício da jurisdição (exercício do processo) Art. 1º do CPC. O Direito processual civil é o conjunto de regras para o exercício da jurisdição. Autonomia do Direito Processual O direito processual é um ramo autônomo do Direito. Haja vista que os doutrinadores enxergam o ramo do direito processual, como um ramo instrumental. É ele que vai esclarecer o seu direito material, sendo ele nas áreas civil, trabalhistas, etc... Norma Processual - No tempo e Espaço - Organização Judiciária Págs 27 à 42 Dimensões da Norma Processual - A importância da aplicação/eficácia da norma Processual está no tempo no Tempo (Período) e Espaço (Território) Critérios da norma Processual no Estado Territorialidade (ordem política e pratica) – Ex:. Art. 1º do CPC – declara que “a jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo território nacional” Todos os processos que correm em território nacional devem-se respeitar as normas do CPC. O juiz apenas aplica ao processo a lei processual do local onde exerce a jurisdição. Obs:¹. A lei alienígena deve ser respeitada no Brasil. É aceita somente com relação às provas, seus meios e ônus de produção, é que prevalecerá a lei estrangeira, quando o negócio jurídico material tiver sido praticado em território alienígena, mesmo que a demanda seja ajuizada no Brasil. Comentado [AG1]: Alienígena = Estrangeira Quando o país estrangeiro não aceita carta rogatória (Art. 231. CPC) Estrangeira = Alienígena. Obs²: Não se confundi aplicação da lei processual estrangeira/alienígena, à aplicação da norma material estrangeira referida na legislação processual nacional. (Art. 7º c/c 337 CPC.) O juiz Brasileiro não permite, provas que a lei brasileira desconheça. Critérios da norma processual no Tempo Art. 1º Parg. 3º e 4º da LINDB. Parágrafo 3º - Se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, o prazo deste art. E dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. O prazo de publicação da lei é de 45 dias conforme o Art. 1º LINDB. Parágrafo 4º - As correções a texto de lei, já em vigor consideram-se lei nova. Em situações idênticas, no caso de incidência de nova lei surge o problema de estabelecer qual das leis prevalece, se a posterior ou a anterior, assim a lei nova não pode modificar os atos processuais já realizados. Art. 5º da CF. - Direito adquirido. O direito processual também respeita o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. E mesmo que a lei nova atinge um processo em andamento, nenhum efeito tem sobre os atos ocorridos sob o império da lei revogada. Teorias sobre aplicação da lei nova em processo andamento*** Cai no exame da OAB*** a) Teoria da unidade processual – Essa teoria entende que apesar do processo ser uma série de atos, ele é único e por isso, só poderia ser regulado por uma única lei, a nova e a velha, de modo que, a lei velha, teria de se impor para que não ocorresse a retroação da lei nova, com prejuízo dos atos já praticados, até a sua vigência. b) Teoria das fases processuais – O processo se destina em fase diferentes: estrutória postulatória, ordinatória, decisória e recursal. c) teoria do isolamento dos atos processuais – A lei nova não atinge atos processuais já praticados, nem seus efeitos, mas, se aplica aos atos processuais a praticar, sem limitações relativas as fases processuais. Fontes primarias Lei 9.099 Institui os juizados especiais. Lei de organização judiciaria. Formas de resolução de conflitos Auto composição – Resolução do conflito por ao de uma das partes ou pelas duas partes. Auto defesa ou auto tutela – Imposição de uma das partes de seu direito sobre outra. Defesa de terceiro, conciliação. Mediação ou processo – A resolução se dar por meio de terceiro, estranho à relação. Auto composição São três formas de auto composição (há uma abertura parcial dos Direitos): o Desistência (renuncia a pretensão) Comentado [AG2]: Cumulado, e, ou, mais o Submissão (renuncia a resistência oferecida a pretensão. o Transação (concessão recíprocos) Auto Tutela Primordialmente não existia a presença do estado na resolução dos conflitos, porque o estado não tinha força imperativa para conseguir impor uma vontade sobre o ímpemjnjm mnto das pessoas. Dessa forma, aquele que quisesse valer uma vontade sobre o ímpeto do outro pela força. Mediação ou Arbitragem A sociedade foi percebendo que a melhor forma de resolver os conflitos seria através de uma terceira pessoa. No início os sacerdotes eram os mais indicados, pois representavam a vontade de Deus, mas a medida que o Estado foi tomando as rédeas do poder de julgamento, submetiam-se ao Pretor. Nesse período passava a fase da arbitragem facultativa para a base obrigatória. Para evitar julgamentos arbitrários, surge a lei das XII tábuas (marco do direito) encerrando o período de transição entre justiça privada para a justiça pública. Depois disso, a resolução dos conflitos passa a ser exclusivamente decompetência do Estado, cabendo as partes somente provocar o Estado (juiz) para a resolução do conflito. Princípios processuais “Princípios são regras que norteiam uma ciência, um estilo de vida ou em outras palavras é aquilo que serve de embasamento” Princípio Constitucional Processual -> A norma está na constituição Conceito: Significa doutrina, base, que norteia qualquer ciência ou sistema. Princípio da imparcialidade do juiz Não tem artigo expresso, traz a consequência no Art. 134 CPC. A isenção, em relação as partes e os fatos da causa, são a condição indeclinável do órgão da jurisdição para um julgamento justo. O juiz é subjetivamente capaz quando não tem sua parcialidade comprometida. É uma garantia de justiça para as partes. Por isso, têm elas o direito de exigir um juiz imparcial: e o Estado, que reservou para si o exercício da função jurisdicional, tem o correspondente dever de agir com imparcialidade na solução das causas que lhe são submetidas. Princípio da Juiz Natural Art. 5º, LIII, CF. Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. Objeto banir os tribunais de execução. Juiz natural é aquele designado pela Constituição federal. Garantias Constitucionais do Juiz – Art. 93 e 95 CF. De acordo com Marcus Vinicius, “A garantia do Juiz Natural impede que as partes possam escolher, a seu critério, o julgador que irá apreciar a sua pretensão. Se houvesse tal possibilidade, a parte poderia optar por propor a demanda onde melhor lhe conviesse, procurando encontrar um Juiz cujas convicções estivessem em consonância com suas postulações.” Princípio da Isonomia (Igualdade) Art. 5º Caput. CF Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à Igualdade, à segurança, e à propriedade, nos termos seguintes: ... Com o Art. 125 da CPC – Assegura a parte igualdade de tratamento. As partes e os procuradores devem merecer tratamento igualitário, para que tenha as mesmas oportunidades de fazer valer em juízo as suas razões. Obs.: hipossuficiência da parte De acordo com Marcos Vinicius, “A Constituição, no art. 5º, caput e inciso I, estabelece que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Sob o ponto de vista processual, a isonomia revela-se pela necessidade de dar às partes tratamento igualitário (art. 125, I, do CPC).” Princípio do contraditório e ampla defesa É o corolário de uma garantia fundamental de justiça. Também é conhecido como princípio da audiência bilateral “auditai et altera pars” “Inaldita altera pars” Sem aitiva da outra parte” Art. 5º, LV CF – Dos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e os acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. De acordo com Marcus Vinicius, “Fica claro, à necessidade de obediência ao contraditório, tanto no processo civil quanto no administrativo.” “É preciso dar ciência ao réu da existência do processo, e às partes, dos atos que nele são praticados. As partes têm o direito de ser ouvidas e de expor ao julgador os argumentos que pretendem ver acolhidos.” Princípio da disponibilidade e indisponibilidade Este princípio é configurado pela disponibilidade do sujeito apresentar ou não a sua pretensão em juízo, da maneira que melhor lhe a prover e renunciar a ela ou acetas situações processuais. Esse poder de dispor das partes é quase que absoluto no processo civil, mercê da natureza do direito material que se visa proteger. As limitações a esse poder ocorrem quando o próprio direito material é indisponível, por prevalecer o interesse público sobre o privado. O inverso acontece no direito penal, em que prevalece o princípio da indisponibilidade (o da obrigatoriedade). O crime, é sempre considerado uma lesão irreparável ao interesse público e a pena é realmente reclamada, para reparação da ordem pública. Ex. Infrações penais de menor potencial ofensivo. (Art. 98, inciso I da CF) Princípio do impulso processual ou do impulso oficial Uma vez instaurada a relação processual, compete ao Juiz, mover o procedimento de fase em fase, até exaurir, a função jurisdicional. Trata-se sem dúvida de princípio intimamente ligado ao procedimento. Princípio da livre convicção ou da persuasão racional do Juiz Este princípio regula a apreciação das provas produzidas pelas partes, indicando que o Juiz, deve formar livremente, sua convicção. Situa-se entre o sistema da prova legal e do julgamento (“Secumdum Conscientiam”). Princípio da motivação das decisões judiciais Art. 93, inciso IX da CF. Art. 381, inciso III do CPP. Art. 131, 165, 458 inciso IIX. Complementando o princípio da livre convicção (convencimento) racional do Juiz, surge a necessidade na motivação das decisões judiciais. É uma garantia das partes com vista a possibilidade de sua impugnação para efeito de reforma. Salienta-se a função política desse princípio cujos destinatários das decisões não são apenas as partes, mas quaisquer do povo, com a finalidade de aferir-se em concreto a imparcialidade do juiz e a legalidade da justiça das decisões. Princípio da publicidade Constitui uma preciosa garantia do indivíduo do sujeito no exercício da jurisdição. A presença do público nas audiências e a possibilidade dos exames dos autos (coleção de documentos juntados no processo) por qualquer pessoa representam o mais seguro de instrumento de fiscalização popular, sobre a obra dos magistrados, dos promotores e advogados. A exceção ocorre nos processos de segredo público ou de família. Princípio da lealdade processual Art. 14 ao 40 do CPC. *** IMPORTANTE *** Significa que as partes devem agir com lealdade e boa-fé, o que lhes impõe deveres de moralidade e probidade a todos que atuam no processo. (Partes, juiz, auxiliares, advogados). O desrespeito ao dever de lealdade processual constitui-se em ilícito processual, a qual corresponde sanções processuais. Compete ao juiz se serventuário se excedeu os prazos que o CPC estabelece. Princípio da economia e da instrumentalidade das formas ou princípio do aproveitamento dos atos processuais. Significa a obtenção do máximo resultado na atuação no direito com o mínimo possível de dispêndio (custo benefício) Art. 105 do CPC – Reunião de processos em casos de conexidade ou continência; Art. 250 e parag. Único do CPC – Aproveitamento dos atos processuais. Aplica-se também, em ação declaratória incidente, litisconsórcio etc. Princípio do duplo grau de Jurisdição Art. 5, LV. Prevê a possibilidade de revisão, por via do recurso, das causas já julgadas pelo juiz de 1º grau, que corresponde a denominada jurisdição inferior, garantindo assim, um novo julgamento por parte dos órgãos da jurisdição superior ou de segundo grau. Jurisdição A Jurisdição é o poder que o Estado detém para o Direito a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e, com isso, resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei. No sentindo coloquial, significa o território (estado, município, país) sobre o qual esse poder e exercício por determinada autoridade ou juízo. A jurisdição ressalta ser a garantia de existência do estado Democrático de direito, a permanência e manutenção da ordem jurídica e o respeito à CF, no que concerne à obediência aos seus princípios e valores. A jurisdição atua por meio de juízes de direito, e tribunais regularmente investidos (é a atividade do juiz de aplicar o direito, em processo regular, mediante a provocação de alguém que exerce o direito de ação. Conceitosdoutrinários = Poder, função, Atividade Elementos caracterizadores da jurisdição 1. Atividade substitutiva – Tem o caráter de substituir a vontade do sujeito. (por meio do juiz, conforme a lei) 2. Atividade Instrumental – é para instrumentalizar o direito material, que se dá através do processo.Dar atuação pratica às regras do direito, a jurisdição é um instrumento de que o próprio direito dispõe para impor-se à obediência dos cidadãos. 3. Atividade declarativa ou executiva – A jurisdição vai declarar um direito ou executar um direito líquido e certo, segundo as regras do direito material. 4. Atividade desinteressada e provocada – que a jurisdição é inerte (desinteressada) e Imparcial (provocada). 5. Atividade conflituosa (litigiosa) salvo quando for voluntaria (graciosa) – “processo” 6. Atividade que traz a ideia de definitividade da decisão prolatada (coisa julgada da sentença). Princípios da Jurisdição - Princípio da Investidura ou do Juiz natural O juiz só poderá exercer a atividade uma vez investido devidamente de tal poder. Ele é chamado de estado – Juiz, porque é justamente o sujeito responsável por representar o Estado na busca de uma solução para um caso concreto. Existem diversas maneiras de obtenção da investidura. No Brasil são duas as formas admitidas, sendo elas: (a) Concurso público (art. 93, I da CF); (b) indicação pelo poder executivo por meio do quinto constitucional (art. 94 CF) Lei do JEC. - Principio da territorialidade Conhecido também como aderência ao território. Esse princípio diz respeito a uma formula de limitação do exercício legitimo da jurisdição. O juiz, devidamente investido de jurisdição, só pode exerce-la dentro do território nacional, como consequência da limitação da soberania do estado brasileiro ao seu próprio território. - Princípio da Indelegabilidade Somente o poder judiciário tem o poder de julgar tudo recebido da CF essa função jurisdicional, não podendo delegar a outros poderes, ou outros órgãos. Quando ocorre extremamente essa indelegabilidade, isto é, outro poder que não seja do judiciário a julgar cria-se a chamada função atípica, exemplo: Art. 102, I, CF. - Princípio da inevitabilidade Diz respeito a vinculação obrigatória dos sujeitos ao processo judicial. Ainda que se reconheça que ninguém será obrigado a ingressar na demanda contra sua vontade e que existem formas de se tornar partes dependentes da vontade do sujeito, o certo é que uma vez integrado à relação jurídica processual, ninguém poderá por sua própria vontade se negar a esses chamados jurisdicional. Atividades 1. Relacione o princípio da ação (ou demanda), com a característica da substitutividade da jurisdição e o princípio da demanda. No princípio da ação o indivíduo tem o direito de agir, de acionar a justiça a procura de seus direitos, partindo deste princípio temos a substitutividade, onde a vontade das partes é substituída pela vontade do Estado, através dos indivíduos entre o princípio da inércia que o Estado não poderá agir sem ser provocado. 2. A soberania de um Estado é um limite da jurisdição. Assim sendo, explique o princípio da jurisdição denominado aderência ao território. O princípio da aderência da jurisdição ao território significa que a jurisdição ao território significa que a jurisdição pressupõe um território em que é exercida. Assim, por exemplo, o supremo tribunal de justiça de cada estado- membro sobre o território deste. Classificação da Jurisdição a) Quanto ao objeto - a jurisdição se dá conforme o direito material a ser tutelado. Ex: conflitos com aposentadoria = Jurisdição previdenciária, Conflitos com tributos = Jurisdição tributaria, Conflitos com família= jurisdição civil. b) Quanto dos organismos (órgãos) judiciários – são os órgãos, sendo os tribunais, Juízes. c) Quanto à posição hierárquica dos órgãos judiciais – se divide internamente de acordo com os órgãos, podendo esses órgãos serem superiores/inferiores. d) Quanto a fonte do direito com base na qual é proferido o direito–jurisdição, equidade, costumes = analogia e) Quanto a atividade: contenciosa e voluntaria Jurisdição Voluntária ou Graciosa A jurisdição voluntária é a exceção à regra de jurisdição (conflituosa/litigiosa). É considerada por parte da doutrina, como ato de administração e ou administrativo do judiciário. Substituição do ato de uma parte, pelo ato de um Juiz. Ex: 4 herdeiros, 1 quer vender, logo, precisa da assinatura dos outros 3, ocorre que 2 se negam a assinar, então, vai até o juiz, para tentar suprir a assinatura dos 2. Art. 1103 até o 1111 do CPC. Características: 1) Obrigatoriedade – exige-se da parte, a intervenção do Poder Judiciário, para que obtenha a pretendido. É uma questão política legislativa (interesse do cartório), criação da lei 11.441/2007, que autoriza a realização de procedimentos via administrativa (cartório), desde que cumprido os requisitos legais (estar de acordo, etc.) 2) Princípio Inquisitivo/Dispositivo–Que mesma na Jurisdição Voluntaria o juiz não pode se eximir de, apreciar a provas, julgar com equidade, agir de oficio, mesmo sem propositura da demanda, ou seja, cumprir com suas obrigações e deveres e ainda julgar contra a vontade da parte. 3) Juízo de Equidade – Art. 1.109 – Segunda parte do CPC. É a possibilidade do juiz decidir em cada caso concreto a solução que reputar mais conveniente ou oportuna no caso concreto. 4) Participação do Ministério Público– Art. 1105 do CPC. Art. 82 do CPC – Limites da Jurisdição Supremo Tribunal Federal – STF Superior trabalho de justiça – STJ Trabalho Superior Eleitoral Trabalho Superior do Trabalho Superior Trabalho Militar Conselho Nacional de Justiça - CNJ Trab. Regional Eleitoral Trab. Regional do trabalho Tribunais de Justiça Tribunais Regionais Federais Tribunal de Justiça Militar Juízes Eleitorais Juntas de conciliação e julgamento Varas Colégio Recursal do JEC Juízes Singulares Auditorias Militares Direito de Ação É um direito subjetivo contra o estado. Definição É o direito ao pronunciamento estatal que solucione o litigio, fazendo desaparecer a incerteza ou insegurança gerada pelo conflito de interesses não importando qual seja a solução do conflito, a ser dada pelo juiz. Teorias Teoria civilista ou Imanentista – Para os defensores dessa teoria a açãoé imanente(aderida). Ao direito material controvertido de forma que a jurisdição só pode ser acionada se houver o direito postulado. Em outras palavras à ação seria o próprio direito material violado, em estado de reação assim, tem-se 3 ideias: 1) Não há ação sem direito material; 2) Não há direito sem ação; 3) A ação segue a natureza do direito material. Art. 75 CC/1916 . “a todo direito, corresponde uma que o assegura” Foi defendida por Friedrich, Carl, Von Ravigny. Crítica – Não consegue explicar a ação com sentença de improcedência. **Todo direito correspondea uma ação que o assegura, e segundo só podia ser procurado, quando manifestado através de ações. Teoria do Direito Autônomo Se subdivide em direito concreto e direito abstrato. Defensores – Thedor Muther e Bernad Windscheid Ficou assentado que a direito disputado pelas partes e o direito de ação são realidades distintas. Assim, independente do direito que se diz lesado, da ação nascem dois direitos: a) o ofendido pedir a tutela do Estado (direito público subjetivo); b) o direito do Estado de compor o litigio. A partir disso surgir as 2 novas teorias do direito autônomo. (1.356) Teoria do Direito Concreto A ação é autônoma, mas só existe quando a sentença é favorável, ou seja, só existe direito de ação, quando existir direito material. Defendida por; Wach, Bulow, Chiovenda. Diziam que era potestativa (ordem) pois sujeitava o adversário. Só pode ter ação, se o autor, tiver do direito. Por essa teoria, toda ação compreendia o estado que o tutelava, e o réu, que era obrigado a ataca-lo. Três aspectos acompanhavam essa teoria, sendo eles: 1) Existência do direito violado; 2) Legitimidade; 3) Possibilidade jurídica do pedido. Críticas a essa teoria: Não conseguiram explicar como se encacharia à ação improcedente. Teoria do Direito Abstrato Dizia esta que o direito de ação deveria atingir a todos, independentemente de possuir ou não algum direito material. Evidente, assim, que o direito de ação, por não estar ligado a nenhum direito subjetivo material, seria abstrato. É visto o direito de ação, como direito de petição, assegurado constitucionalmente, tratando assim, o direito de ação, como uma pronunciação de sentença de mérito Defensores – Giussep chiovenda, Degenkolb, plósz Teoria Eclética – Adotada no direito processual hoje. Elementos da Ação 1- Das partes - Autor, - Réu, - Juiz Indispensável à qualquer juiz. Esses são os sujeitos processuais Autor – aquele que pede em juízo proteção para o Direito. Réu – aquele em face de quem está proteção é pedida. Juiz – Como órgão jurisdicional do Estado, é denominado sujeito imparcial (quer dizer ñ parte). O seu interesse é apenas um interesse secundário, ou seja, na justa composição da lide, mediante processo válido e eficaz. Parte pode ser definida como aquele que pede em seu próprio nome, ou em cujo nome é pedida uma providencia jurisdicional, é aquele em face de quem essa atuação é pedida. (Chiovenda) As partes devem ser legitimadas, isto é, devem ser capazes de assumirem sua posição no processo. Capacidade Processual Consiste na aptidão de participar da relação processual, em nome próprio ou alheio. Pode ser que embora sendo sujeito de direito e possuindo capacidade de ser parte, a pessoa não possua capacidade para estar em juízo. A capacidade do exercício civil corresponde no Direito Civil a capacidade de exercício. Art. 3º -> Absolutamente incapazes, Art. 4º -> Relativamente incapaz Do pedido A análise do pedido pode ser feita por duas óticas: 1ª Sob a ótica processual, representando a providencia jurisdicional, seria o aspecto imediato. Seria a prestação jurisdicional. A sentença, que pode ser condenatória, homologatória etc. 2º Sob a ótica material, representando o bem da vida perseguido ou protegido (que você almeja), isto é, condenação. É o resultado prático que você quer da pratica jurisdicional. Seria o aspecto mediato. Ex. Próprio direito material (carro, dinheiro, etc.) Características do pedido Os pedidos devem ser: Líquidos e certos (determinado)- art. 286 CPC O pedido imediato, deve ser a ação certa. O pedido deve ser certo, ou seja, determinado. O pedido mediado, diz respeito a liquidez. “Quantum debeatur” Á exceção, e está nos incisos I, II e III do Art. 286 CPC. Expresso Seria o pedido do autor Ultra petit – Aquém (de acordo) do que foi pedido Extra petit - Fora do que foi pedido Caso pratico Flávio, brasileiro, casado, engenheiro civil, residente e domiciliado em Campinas-SP, adquiriu um veiculo 0 km em maio de 2014. Exatos 12 meses após a aquisição do referido automóvel quando viajava com sua família para Natal – RN, o motor do carro explodiu, o que gerou um grave acidente, com sérias consequências para Flávio, sua esposa e seus 2 filhos menores, bem como para dois pedestres maiores de idade que estavam no acostamento da rodovia. Apesar de ter seguido a risca o plano de revisão segundo a montadora, com sede em SP, um exame perecial no carro constatou um sério defeito de fabricação, que provocou o desgaste de determinadas peças e a consequente exploração. Procuradas por Flávio, tanto a montadora, quanto a concessionaria afirmaram que não possuem qualquer obrigação de indenizar Flávio, seus familiares, ou os pedestres. Com base nesse caso, responda: 1) Quem poderia figurar como parte em uma eventual ação judicial? Porque? Diferencie neste contexto, legitimidade de capacidade? 2) Encontram-se presentes todas as condições da ação? Porque? 3) Qual seria a ação a ser organizada e sua respectiva causa de pedir. 4) Quais seriam os pedidos mediatos e mediatos, formulados pela parte autora¿ 5) Se houvesse a celebração de um acordo entre autor e réu, no bojo da ação judicial proposta, estariam diante de jurisdição voluntária ou litigiosa? Explique?
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