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Materia Toria Geral do Processo (5)

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Teoria Geral do Processo 
Doutrinador: Marcos Vinicius Rios Gonçalves 
Vol. I – Páginas 21 à 25 
Processo Civil se resume em: 
 
 
Ambos dependem um do outro. Só é possível exercer o direito de ação, através do processo, e 
para saber quem é o certo, é necessário a jurisdição. 
Introdução ao Direito do Processo Civil 
O ser humano é um ser conflitante, e durante toda evolução, tivemos os conflitos, assim 
sãonecessárias regras para ter uma boa convivência. 
Jurisdição 
Pesquisa - Jurisdição é o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, 
com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a 
autoridade da lei. Jurisdição vem do latim "juris" e "dicere", que significa “dizer direito”. 
Evolução da Jurisdição 
Talião (Olho por olho/Dente por dente) - Olho por olho, dente por dente, é uma expressão que 
significa vingança, e que o castigo deve ser dado na mesma proporção do dano causado. Olho por 
olho, dente por dente, é um dito popular que sugere uma punição do mesmo tamanho da ofensa. A 
expressão "Olho por olho, dente por dente", surgiu na antiguidade, onde a justiça era feita pelas 
mãos dos homens. 
O mais forte – Exercício do auto tutela. – Auto proteção 
Estado – Juiz 
Jurisdição - é a função de Dizer o Direito. Dizer quem tem razão. O poder que o estado (Juiz) tem, 
para dizer quem tem razão, de acordo com a lei. 
Conceito Livro – Teoria Geral do Processo – GRINOVER, Ada - Instrumento por meio do qual os órgãos 
jurisdicionais atuam para pacificar as pessoas conflitantes, eliminando os conflitos e fazendo cumprir 
o preceito jurídico pertinente a cada caso que lhe é apresentado em busca de uma solução. 
De acordo com Kiovenda – Jurisdição é também, uma função do estado. 
Jurisdição 
Processo 
Direito 
de Ação 
Jurisdicionado – é aquele que recebe a jurisdição. 
A jurisdição é utilizada, através de um instrumento denominado processo. 
Tem a função de pacificar, resolver os conflitos na sociedade. 
Conceitos doutrinários de Jurisdição 
Ada Pelegrini de Araújo Cunha – “É uma das funções do estado para buscar a pacificação dos 
conflitos com imparcialidade e justiça, utilizando-se do direito processual.” 
Humberto Theodoro Junior – “Um poder que toca ao Estado, entre as suas atividades soberanas, de 
formular, e fazer atuar praticamente a regra jurídica.” 
José Frederico Marques – “Uma função exercida pelo Estado, para compor processualmente conflitos 
litigiosos, dando a cada um o que é seu, segundo o direito objetivo.” 
Conceito Processo Civil 
O processo Civil é o ramo do Direito que contém as regras para o exercício da jurisdição (exercício do 
processo) 
Art. 1º do CPC. 
O Direito processual civil é o conjunto de regras para o exercício da jurisdição. 
Autonomia do Direito Processual 
O direito processual é um ramo autônomo do Direito. Haja vista que os doutrinadores enxergam o 
ramo do direito processual, como um ramo instrumental. É ele que vai esclarecer o seu direito 
material, sendo ele nas áreas civil, trabalhistas, etc... 
Norma Processual 
- No tempo e Espaço 
- Organização Judiciária 
Págs 27 à 42 
Dimensões da Norma Processual 
- A importância da aplicação/eficácia da norma Processual está no tempo no Tempo (Período) e 
Espaço (Território) 
Critérios da norma Processual no Estado 
Territorialidade (ordem política e pratica) – Ex:. Art. 1º do CPC – declara que “a jurisdição civil, 
contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo território nacional” 
Todos os processos que correm em território nacional devem-se respeitar as normas do CPC. O juiz 
apenas aplica ao processo a lei processual do local onde exerce a jurisdição. 
Obs:¹. A lei alienígena deve ser respeitada no Brasil. 
É aceita somente com relação às provas, seus meios e ônus de produção, é que prevalecerá a lei 
estrangeira, quando o negócio jurídico material tiver sido praticado em território alienígena, mesmo 
que a demanda seja ajuizada no Brasil. 
Comentado [AG1]: Alienígena = Estrangeira 
Quando o país estrangeiro não aceita carta rogatória (Art. 231. CPC) Estrangeira = Alienígena. 
Obs²: Não se confundi aplicação da lei processual estrangeira/alienígena, à aplicação da norma 
material estrangeira referida na legislação processual nacional. (Art. 7º c/c 337 CPC.) O juiz Brasileiro 
não permite, provas que a lei brasileira desconheça. 
Critérios da norma processual no Tempo 
Art. 1º Parg. 3º e 4º da LINDB. 
Parágrafo 3º - Se antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, o prazo deste 
art. E dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. 
O prazo de publicação da lei é de 45 dias conforme o Art. 1º LINDB. 
Parágrafo 4º - As correções a texto de lei, já em vigor consideram-se lei nova. 
Em situações idênticas, no caso de incidência de nova lei surge o problema de estabelecer qual das 
leis prevalece, se a posterior ou a anterior, assim a lei nova não pode modificar os atos processuais já 
realizados. Art. 5º da CF. - Direito adquirido. 
O direito processual também respeita o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. E 
mesmo que a lei nova atinge um processo em andamento, nenhum efeito tem sobre os atos 
ocorridos sob o império da lei revogada. 
Teorias sobre aplicação da lei nova em processo andamento*** Cai no exame da OAB*** 
a) Teoria da unidade processual – Essa teoria entende que apesar do processo ser uma série de atos, 
ele é único e por isso, só poderia ser regulado por uma única lei, a nova e a velha, de modo que, a lei 
velha, teria de se impor para que não ocorresse a retroação da lei nova, com prejuízo dos atos já 
praticados, até a sua vigência. 
b) Teoria das fases processuais – O processo se destina em fase diferentes: estrutória postulatória, 
ordinatória, decisória e recursal. 
 c) teoria do isolamento dos atos processuais – A lei nova não atinge atos processuais já praticados, 
nem seus efeitos, mas, se aplica aos atos processuais a praticar, sem limitações relativas as fases 
processuais. 
 
Fontes primarias 
Lei 9.099 Institui os juizados especiais. 
Lei de organização judiciaria. 
Formas de resolução de conflitos 
Auto composição – Resolução do conflito por ao de uma das partes ou pelas duas partes. 
Auto defesa ou auto tutela – Imposição de uma das partes de seu direito sobre outra. 
Defesa de terceiro, conciliação. Mediação ou processo – A resolução se dar por meio de terceiro, 
estranho à relação. 
Auto composição 
São três formas de auto composição (há uma abertura parcial dos Direitos): 
o Desistência (renuncia a pretensão) 
Comentado [AG2]: Cumulado, e, ou, mais 
 
o Submissão (renuncia a resistência oferecida a pretensão. 
o Transação (concessão recíprocos) 
Auto Tutela 
Primordialmente não existia a presença do estado na resolução dos conflitos, porque o estado não 
tinha força imperativa para conseguir impor uma vontade sobre o ímpemjnjm mnto das pessoas. 
Dessa forma, aquele que quisesse valer uma vontade sobre o ímpeto do outro pela força. 
Mediação ou Arbitragem 
A sociedade foi percebendo que a melhor forma de resolver os conflitos seria através de uma 
terceira pessoa. 
No início os sacerdotes eram os mais indicados, pois representavam a vontade de Deus, mas a 
medida que o Estado foi tomando as rédeas do poder de julgamento, submetiam-se ao Pretor. 
Nesse período passava a fase da arbitragem facultativa para a base obrigatória. Para evitar 
julgamentos arbitrários, surge a lei das XII tábuas (marco do direito) encerrando o período de 
transição entre justiça privada para a justiça pública. 
Depois disso, a resolução dos conflitos passa a ser exclusivamente decompetência do Estado, 
cabendo as partes somente provocar o Estado (juiz) para a resolução do conflito. 
Princípios processuais 
“Princípios são regras que norteiam uma ciência, um estilo de vida ou em outras palavras é aquilo 
que serve de embasamento” 
Princípio Constitucional Processual -> A norma está na constituição 
Conceito: Significa doutrina, base, que norteia qualquer ciência ou sistema. 
Princípio da imparcialidade do juiz 
Não tem artigo expresso, traz a consequência no Art. 134 CPC. 
A isenção, em relação as partes e os fatos da causa, são a condição indeclinável do órgão da 
jurisdição para um julgamento justo. 
O juiz é subjetivamente capaz quando não tem sua parcialidade comprometida. 
É uma garantia de justiça para as partes. Por isso, têm elas o direito de exigir um juiz imparcial: e o 
Estado, que reservou para si o exercício da função jurisdicional, tem o correspondente dever de agir 
com imparcialidade na solução das causas que lhe são submetidas. 
Princípio da Juiz Natural 
Art. 5º, LIII, CF. 
Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. 
Objeto banir os tribunais de execução. 
Juiz natural é aquele designado pela Constituição federal. 
Garantias Constitucionais do Juiz – Art. 93 e 95 CF. 
De acordo com Marcus Vinicius, “A garantia do Juiz Natural impede que as partes possam escolher, a 
seu critério, o julgador que irá apreciar a sua pretensão. Se houvesse tal possibilidade, a parte 
poderia optar por propor a demanda onde melhor lhe conviesse, procurando encontrar um Juiz cujas 
convicções estivessem em consonância com suas postulações.” 
Princípio da Isonomia (Igualdade) 
Art. 5º Caput. CF 
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à Igualdade, à 
segurança, e à propriedade, nos termos seguintes: ... 
Com o Art. 125 da CPC – Assegura a parte igualdade de tratamento. 
As partes e os procuradores devem merecer tratamento igualitário, para que tenha as mesmas 
oportunidades de fazer valer em juízo as suas razões. 
Obs.: hipossuficiência da parte 
De acordo com Marcos Vinicius, “A Constituição, no art. 5º, caput e inciso I, estabelece que todos são 
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Sob o ponto de vista processual, a isonomia 
revela-se pela necessidade de dar às partes tratamento igualitário (art. 125, I, do CPC).” 
Princípio do contraditório e ampla defesa 
É o corolário de uma garantia fundamental de justiça. 
Também é conhecido como princípio da audiência bilateral “auditai et altera pars” “Inaldita altera 
pars” Sem aitiva da outra parte” 
Art. 5º, LV CF – Dos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e os acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 
De acordo com Marcus Vinicius, “Fica claro, à necessidade de obediência ao contraditório, tanto no 
processo civil quanto no administrativo.” 
“É preciso dar ciência ao réu da existência do processo, e às partes, dos atos que nele são praticados. 
As partes têm o direito de ser ouvidas e de expor ao julgador os argumentos que pretendem ver 
acolhidos.” 
Princípio da disponibilidade e indisponibilidade 
Este princípio é configurado pela disponibilidade do sujeito apresentar ou não a sua pretensão em 
juízo, da maneira que melhor lhe a prover e renunciar a ela ou acetas situações processuais. Esse 
poder de dispor das partes é quase que absoluto no processo civil, mercê da natureza do direito 
material que se visa proteger. As limitações a esse poder ocorrem quando o próprio direito material 
é indisponível, por prevalecer o interesse público sobre o privado. 
O inverso acontece no direito penal, em que prevalece o princípio da indisponibilidade (o da 
obrigatoriedade). O crime, é sempre considerado uma lesão irreparável ao interesse público e a pena 
é realmente reclamada, para reparação da ordem pública. Ex. Infrações penais de menor potencial 
ofensivo. (Art. 98, inciso I da CF) 
Princípio do impulso processual ou do impulso oficial 
Uma vez instaurada a relação processual, compete ao Juiz, mover o procedimento de fase em fase, 
até exaurir, a função jurisdicional. Trata-se sem dúvida de princípio intimamente ligado ao 
procedimento. 
Princípio da livre convicção ou da persuasão racional do Juiz 
Este princípio regula a apreciação das provas produzidas pelas partes, indicando que o Juiz, deve 
formar livremente, sua convicção. Situa-se entre o sistema da prova legal e do julgamento 
(“Secumdum Conscientiam”). 
Princípio da motivação das decisões judiciais 
Art. 93, inciso IX da CF. Art. 381, inciso III do CPP. Art. 131, 165, 458 inciso IIX. 
Complementando o princípio da livre convicção (convencimento) racional do Juiz, surge a 
necessidade na motivação das decisões judiciais. É uma garantia das partes com vista a possibilidade 
de sua impugnação para efeito de reforma. Salienta-se a função política desse princípio cujos 
destinatários das decisões não são apenas as partes, mas quaisquer do povo, com a finalidade de 
aferir-se em concreto a imparcialidade do juiz e a legalidade da justiça das decisões. 
Princípio da publicidade 
Constitui uma preciosa garantia do indivíduo do sujeito no exercício da jurisdição. A presença do 
público nas audiências e a possibilidade dos exames dos autos (coleção de documentos juntados no 
processo) por qualquer pessoa representam o mais seguro de instrumento de fiscalização popular, 
sobre a obra dos magistrados, dos promotores e advogados. A exceção ocorre nos processos de 
segredo público ou de família. 
Princípio da lealdade processual 
Art. 14 ao 40 do CPC. *** IMPORTANTE *** 
Significa que as partes devem agir com lealdade e boa-fé, o que lhes impõe deveres de moralidade e 
probidade a todos que atuam no processo. (Partes, juiz, auxiliares, advogados). 
O desrespeito ao dever de lealdade processual constitui-se em ilícito processual, a qual corresponde 
sanções processuais. 
Compete ao juiz se serventuário se excedeu os prazos que o CPC estabelece. 
Princípio da economia e da instrumentalidade das formas ou princípio do 
aproveitamento dos atos processuais. 
Significa a obtenção do máximo resultado na atuação no direito com o mínimo possível de dispêndio 
(custo benefício) 
Art. 105 do CPC – Reunião de processos em casos de conexidade ou continência; 
Art. 250 e parag. Único do CPC – Aproveitamento dos atos processuais. 
Aplica-se também, em ação declaratória incidente, litisconsórcio etc. 
Princípio do duplo grau de Jurisdição 
Art. 5, LV. 
Prevê a possibilidade de revisão, por via do recurso, das causas já julgadas pelo juiz de 1º grau, que 
corresponde a denominada jurisdição inferior, garantindo assim, um novo julgamento por parte dos 
órgãos da jurisdição superior ou de segundo grau. 
Jurisdição 
A Jurisdição é o poder que o Estado detém para o Direito a um determinado caso, com o objetivo de 
solucionar conflitos de interesses e, com isso, resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei. 
No sentindo coloquial, significa o território (estado, município, país) sobre o qual esse poder e 
exercício por determinada autoridade ou juízo. 
A jurisdição ressalta ser a garantia de existência do estado Democrático de direito, a permanência e 
manutenção da ordem jurídica e o respeito à CF, no que concerne à obediência aos seus princípios e 
valores. 
A jurisdição atua por meio de juízes de direito, e tribunais regularmente investidos (é a atividade do 
juiz de aplicar o direito, em processo regular, mediante a provocação de alguém que exerce o direito 
de ação. 
Conceitosdoutrinários = Poder, função, Atividade 
Elementos caracterizadores da jurisdição 
1. Atividade substitutiva – Tem o caráter de substituir a vontade do sujeito. (por meio do juiz, 
conforme a lei) 
2. Atividade Instrumental – é para instrumentalizar o direito material, que se dá através do 
processo.Dar atuação pratica às regras do direito, a jurisdição é um instrumento de que o próprio 
direito dispõe para impor-se à obediência dos cidadãos. 
3. Atividade declarativa ou executiva – A jurisdição vai declarar um direito ou executar um direito 
líquido e certo, segundo as regras do direito material. 
4. Atividade desinteressada e provocada – que a jurisdição é inerte (desinteressada) e Imparcial 
(provocada). 
5. Atividade conflituosa (litigiosa) salvo quando for voluntaria (graciosa) – “processo” 
6. Atividade que traz a ideia de definitividade da decisão prolatada (coisa julgada da sentença). 
Princípios da Jurisdição 
- Princípio da Investidura ou do Juiz natural 
O juiz só poderá exercer a atividade uma vez investido devidamente de tal poder. Ele é chamado de 
estado – Juiz, porque é justamente o sujeito responsável por representar o Estado na busca de uma 
solução para um caso concreto. Existem diversas maneiras de obtenção da investidura. No Brasil são 
duas as formas admitidas, sendo elas: (a) Concurso público (art. 93, I da CF); (b) indicação pelo poder 
executivo por meio do quinto constitucional (art. 94 CF) 
Lei do JEC. 
- Principio da territorialidade 
Conhecido também como aderência ao território. Esse princípio diz respeito a uma formula de 
limitação do exercício legitimo da jurisdição. O juiz, devidamente investido de jurisdição, só pode 
exerce-la dentro do território nacional, como consequência da limitação da soberania do estado 
brasileiro ao seu próprio território. 
- Princípio da Indelegabilidade 
Somente o poder judiciário tem o poder de julgar tudo recebido da CF essa função jurisdicional, não 
podendo delegar a outros poderes, ou outros órgãos. 
Quando ocorre extremamente essa indelegabilidade, isto é, outro poder que não seja do judiciário a 
julgar cria-se a chamada função atípica, exemplo: Art. 102, I, CF. 
- Princípio da inevitabilidade 
Diz respeito a vinculação obrigatória dos sujeitos ao processo judicial. Ainda que se reconheça que 
ninguém será obrigado a ingressar na demanda contra sua vontade e que existem formas de se 
tornar partes dependentes da vontade do sujeito, o certo é que uma vez integrado à relação jurídica 
processual, ninguém poderá por sua própria vontade se negar a esses chamados jurisdicional. 
Atividades 
1. Relacione o princípio da ação (ou demanda), com a característica da substitutividade da 
jurisdição e o princípio da demanda. 
No princípio da ação o indivíduo tem o direito de agir, de acionar a justiça a procura de seus direitos, 
partindo deste princípio temos a substitutividade, onde a vontade das partes é substituída pela 
vontade do Estado, através dos indivíduos entre o princípio da inércia que o Estado não poderá agir 
sem ser provocado. 
2. A soberania de um Estado é um limite da jurisdição. Assim sendo, explique o princípio da 
jurisdição denominado aderência ao território. 
O princípio da aderência da jurisdição ao território significa que a jurisdição ao território significa que 
a jurisdição pressupõe um território em que é exercida. Assim, por exemplo, o supremo tribunal de 
justiça de cada estado- membro sobre o território deste. 
Classificação da Jurisdição 
a) Quanto ao objeto - a jurisdição se dá conforme o direito material a ser tutelado. Ex: conflitos com 
aposentadoria = Jurisdição previdenciária, Conflitos com tributos = Jurisdição tributaria, Conflitos 
com família= jurisdição civil. 
b) Quanto dos organismos (órgãos) judiciários – são os órgãos, sendo os tribunais, Juízes. 
c) Quanto à posição hierárquica dos órgãos judiciais – se divide internamente de acordo com os 
órgãos, podendo esses órgãos serem superiores/inferiores. 
d) Quanto a fonte do direito com base na qual é proferido o direito–jurisdição, equidade, costumes 
= analogia 
e) Quanto a atividade: contenciosa e voluntaria 
 
Jurisdição Voluntária ou Graciosa 
A jurisdição voluntária é a exceção à regra de jurisdição (conflituosa/litigiosa). 
É considerada por parte da doutrina, como ato de administração e ou administrativo do 
judiciário. 
Substituição do ato de uma parte, pelo ato de um Juiz. Ex: 4 herdeiros, 1 quer vender, logo, 
precisa da assinatura dos outros 3, ocorre que 2 se negam a assinar, então, vai até o juiz, para 
tentar suprir a assinatura dos 2. 
Art. 1103 até o 1111 do CPC. 
Características: 
1) Obrigatoriedade – exige-se da parte, a intervenção do Poder Judiciário, para que obtenha a 
pretendido. É uma questão política legislativa (interesse do cartório), criação da lei 
11.441/2007, que autoriza a realização de procedimentos via administrativa (cartório), desde 
que cumprido os requisitos legais (estar de acordo, etc.) 
2) Princípio Inquisitivo/Dispositivo–Que mesma na Jurisdição Voluntaria o juiz não pode se 
eximir de, apreciar a provas, julgar com equidade, agir de oficio, mesmo sem propositura da 
demanda, ou seja, cumprir com suas obrigações e deveres e ainda julgar contra a vontade da 
parte. 
3) Juízo de Equidade – Art. 1.109 – Segunda parte do CPC. É a possibilidade do juiz decidir em 
cada caso concreto a solução que reputar mais conveniente ou oportuna no caso concreto. 
4) Participação do Ministério Público– Art. 1105 do CPC. 
Art. 82 do CPC – 
Limites da Jurisdição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Supremo Tribunal Federal – STF 
Superior trabalho 
de justiça – STJ 
Trabalho Superior 
Eleitoral 
Trabalho Superior 
do Trabalho 
Superior Trabalho 
Militar 
Conselho Nacional de Justiça - CNJ 
Trab. Regional 
Eleitoral 
Trab. Regional 
do trabalho 
Tribunais de 
Justiça 
Tribunais 
Regionais Federais 
Tribunal de 
Justiça Militar 
Juízes 
Eleitorais 
Juntas de 
conciliação e 
julgamento 
Varas 
Colégio 
Recursal do 
JEC 
Juízes 
Singulares 
Auditorias 
Militares 
 
 
 
 
 
 
Direito de Ação 
É um direito subjetivo contra o estado. 
Definição 
É o direito ao pronunciamento estatal que solucione o litigio, fazendo desaparecer a incerteza ou 
insegurança gerada pelo conflito de interesses não importando qual seja a solução do conflito, a 
ser dada pelo juiz. 
Teorias 
Teoria civilista ou Imanentista – Para os defensores dessa teoria a açãoé imanente(aderida). Ao 
direito material controvertido de forma que a jurisdição só pode ser acionada se houver o direito 
postulado. Em outras palavras à ação seria o próprio direito material violado, em estado de 
reação assim, tem-se 3 ideias: 1) Não há ação sem direito material; 2) Não há direito sem ação; 3) 
A ação segue a natureza do direito material. Art. 75 CC/1916 . 
“a todo direito, corresponde uma que o assegura” 
Foi defendida por Friedrich, Carl, Von Ravigny. 
Crítica – Não consegue explicar a ação com sentença de improcedência. 
**Todo direito correspondea uma ação que o assegura, e segundo só podia ser procurado, 
quando manifestado através de ações. 
Teoria do Direito Autônomo 
Se subdivide em direito concreto e direito abstrato. 
Defensores – Thedor Muther e Bernad Windscheid 
Ficou assentado que a direito disputado pelas partes e o direito de ação são realidades distintas. 
Assim, independente do direito que se diz lesado, da ação nascem dois direitos: a) o ofendido 
pedir a tutela do Estado (direito público subjetivo); b) o direito do Estado de compor o litigio. A 
partir disso surgir as 2 novas teorias do direito autônomo. (1.356) 
Teoria do Direito Concreto 
A ação é autônoma, mas só existe quando a sentença é favorável, ou seja, só existe direito de 
ação, quando existir direito material. 
Defendida por; Wach, Bulow, Chiovenda. 
Diziam que era potestativa (ordem) pois sujeitava o adversário. Só pode ter ação, se o autor, tiver 
do direito. Por essa teoria, toda ação compreendia o estado que o tutelava, e o réu, que era 
obrigado a ataca-lo. Três aspectos acompanhavam essa teoria, sendo eles: 1) Existência do direito 
violado; 2) Legitimidade; 3) Possibilidade jurídica do pedido. 
Críticas a essa teoria: Não conseguiram explicar como se encacharia à ação improcedente. 
Teoria do Direito Abstrato 
Dizia esta que o direito de ação deveria atingir a todos, independentemente de possuir ou não 
algum direito material. 
Evidente, assim, que o direito de ação, por não estar ligado a nenhum direito subjetivo material, 
seria abstrato. É visto o direito de ação, como direito de petição, assegurado constitucionalmente, 
tratando assim, o direito de ação, como uma pronunciação de sentença de mérito 
Defensores – Giussep chiovenda, Degenkolb, plósz 
Teoria Eclética – Adotada no direito processual hoje. 
Elementos da Ação 
1- Das partes - Autor, - Réu, - Juiz 
Indispensável à qualquer juiz. Esses são os sujeitos processuais 
Autor – aquele que pede em juízo proteção para o Direito. 
Réu – aquele em face de quem está proteção é pedida. 
Juiz – Como órgão jurisdicional do Estado, é denominado sujeito imparcial (quer dizer ñ parte). O 
seu interesse é apenas um interesse secundário, ou seja, na justa composição da lide, mediante 
processo válido e eficaz. 
Parte pode ser definida como aquele que pede em seu próprio nome, ou em cujo nome é pedida 
uma providencia jurisdicional, é aquele em face de quem essa atuação é pedida. (Chiovenda) 
As partes devem ser legitimadas, isto é, devem ser capazes de assumirem sua posição no 
processo. 
Capacidade Processual 
Consiste na aptidão de participar da relação processual, em nome próprio ou alheio. Pode ser que 
embora sendo sujeito de direito e possuindo capacidade de ser parte, a pessoa não possua 
capacidade para estar em juízo. A capacidade do exercício civil corresponde no Direito Civil a 
capacidade de exercício. Art. 3º -> Absolutamente incapazes, Art. 4º -> Relativamente incapaz 
Do pedido 
A análise do pedido pode ser feita por duas óticas: 
1ª Sob a ótica processual, representando a providencia jurisdicional, seria o aspecto imediato. 
Seria a prestação jurisdicional. A sentença, que pode ser condenatória, homologatória etc. 
2º Sob a ótica material, representando o bem da vida perseguido ou protegido (que 
você almeja), isto é, condenação. É o resultado prático que você quer da pratica 
jurisdicional. Seria o aspecto mediato. Ex. Próprio direito material (carro, dinheiro, 
etc.) 
Características do pedido 
Os pedidos devem ser: 
 Líquidos e certos (determinado)- art. 286 CPC 
O pedido imediato, deve ser a ação certa. O pedido deve ser certo, ou seja, 
determinado. 
O pedido mediado, diz respeito a liquidez. “Quantum debeatur” 
Á exceção, e está nos incisos I, II e III do Art. 286 CPC. 
 Expresso 
Seria o pedido do autor 
Ultra petit – Aquém (de acordo) do que foi pedido 
Extra petit - Fora do que foi pedido 
Caso pratico 
Flávio, brasileiro, casado, engenheiro civil, residente e domiciliado em Campinas-SP, 
adquiriu um veiculo 0 km em maio de 2014. 
Exatos 12 meses após a aquisição do referido automóvel quando viajava com sua 
família para Natal – RN, o motor do carro explodiu, o que gerou um grave acidente, 
com sérias consequências para Flávio, sua esposa e seus 2 filhos menores, bem como 
para dois pedestres maiores de idade que estavam no acostamento da rodovia. 
Apesar de ter seguido a risca o plano de revisão segundo a montadora, com sede em 
SP, um exame perecial no carro constatou um sério defeito de fabricação, que 
provocou o desgaste de determinadas peças e a consequente exploração. 
Procuradas por Flávio, tanto a montadora, quanto a concessionaria afirmaram que não 
possuem qualquer obrigação de indenizar Flávio, seus familiares, ou os pedestres. 
 
Com base nesse caso, responda: 
1) Quem poderia figurar como parte em uma eventual ação judicial? Porque? 
Diferencie neste contexto, legitimidade de capacidade? 
2) Encontram-se presentes todas as condições da ação? Porque? 
3) Qual seria a ação a ser organizada e sua respectiva causa de pedir. 
4) Quais seriam os pedidos mediatos e mediatos, formulados pela parte autora¿ 
5) Se houvesse a celebração de um acordo entre autor e réu, no bojo da ação judicial 
proposta, estariam diante de jurisdição voluntária ou litigiosa? Explique?

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