Buscar

Afecções em fêmeas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Afecções em fêmeas
Pseudociese canina: A pseudociese é uma condição apresentada por toda cadela não prenha, denominada pseudociese fisiológica. Quando acompanhada de sintomas e alterações físicas semelhantes aos que ocorrem em cadelas prenhes, é denominada pseudociese clínica ou manifesta.
Essa fase é caracterizada pelo predomínio de progesterona, produzida a partir do corpo lúteo. O desencadeamento da pseudociese manifesta é atribuído ao aumento nas concentrações e/ou Pseudociese canina. Sensibilidade individual à prolactina, associadas a um declínio mais rápido que o normal dos níveis séricos de progesterona. No entanto, não existe uma explicação clara da não ocorrência desta condição em todas cadelas não gestantes em diestro.
Etiologia: A pseudociese pode se desenvolver: a) após o término de um tratamento com progestágenos; b) durante um tratamento com progestágenos ou antiprogestágenos; c) após um tratamento com prostaglandina; d) três a quatro dias após a realização de uma ovariohisterectomia durante o diestro. Todas essas situações se caracterizam por exposição à progesterona e subseqüente queda desse hormônio.
Sinais clínicos: comportamentos pré, peri e pós-parto; comportamento de “ninho”; adoção de objetos inanimados ou de filhotes de outras fêmeas, com excessivo carinho, atenção, proteção e defesa; lambedura do abdômen; agressividade; distensão mamária; produção e secreção láctea; ganho de peso e ou anorexia. Os sinais menos comuns incluem êmese, distensão e contrações abdominais, diarreia, poliúria, polidipsia e polifagia (Gobello et al., 2001a).
Diagnóstico: O diagnóstico da pseudogestação baseia-se na história, nos sinais clínicos e comportamentais e na fase do ciclo estral em que essa fêmea se encontra. Deve-se atentar que esta condição pode coexistir com situações fisiológicas e outras doenças inerentes ao diestro.
Tratamento: 
colar elisabetano (evitar lambeduras e estímulo da secreção de leite)
estimulo de atividades físicas (evita comportamento materno compulsivo)
em animais agressivos, tranquilização, evitando drogas do grupo dos fenotiazínicos
cabergolina -. Uma dose de 5 µg/Kg/SID durante 5 a 7 dias
Contralac® (Virbac®), metergolina. Administração de 0,1 mg/kg, duas vezes ao dia, por via oral com o alimento durante 10 a 14 dias.
Tumor Venério Transmissível (TVT) ou tumor de Sticker ou linfossarcoma de Sticker: é uma neoplasia contagiosa maligna, que acomete principalmente a região genital dos cães. Todavia, pode atacar também, menos freqüentemente, cavidade oral, pavilhão auditivo, baço, rins, fígado, pulmões, globo ocular, região anal, pele, faringe, encéfalo e ovários; a ocorrência de metástase é rara.
Etiologia: O TVT ocorre igualmente em ambos os sexos, atacando preferencialmente animais jovens e que habitam regiões quentes.
O contágio normalmente ocorre durante o coito, mas pode ser transplantado por meio de arranhadura, lambedura ou pelo ato de cheira o animal infectado. Inicia-se como um nódulo sob a mucosa genital, rompendo-se progressivamente pela mucosa suprajacente.
Nas fêmeas, costuma acometer com maior freqüência a vagina (53%), vulva (33%) e região extra-genital (14%). A lesão inicial normalmente é observada na região dorsal da vagina, na junção com o vestíbulo, estendendo-se para o lúmen, podendo progredir pela vulva. 
Sinais clínicos: Microscopicamente, são observadas células ovais ou arredondadas, com bordas citoplasmáticas delimitadas, núcleo grande, oval ou redondo e normalmente excêntrico, cromatina granular e nucléolos proeminentes; coram fracamente. Outra característica citopatológica é o alto índice mitótico, com presença de necrose multifocal, infiltração de linfócitos, lise de células neoplásicas, diminuição da quantidade dessas células e aparente deposição de colágeno.
A principal manifestação clínica é a presença do tumor ulcerado na genitália do animal (com aspecto de couve-flor), juntamente com a presença de secreção serosanguinolenta na vagina ou pênis, o que leva a uma lambedura constante dessa região.
Na pele, o TVT apresenta-se como nódulos isolados ou múltiplos. Essas ulcerações são de coloração esbranquiçada, acinzentadas ou rosadas e avermelhadas podendo estar associada à miíase e aos exsudatos purulentos.
Na região nasal, o tumor friável e sanguinolento pode resultar em dispnéia, respiração com a boca aberta, corrimento nasal, epistaxe, espirros e edema local. Depois de instalado na região nasal, pode alcançar a mucosa oral.
Diagnóstico: O diagnóstico é feito por meio dos achados clínicos, confirmado através de exames histopatológicos. As técnicas que podem ser utilizadas são o “imprint” (impressão sobre lâmina), citologia de aspiração por agulha fina e biópsia incisional.
Tratamento: O tratamento pode ser feito por meio da remoção cirúrgica do tumor, porém este método não é efetivo em todos os animais. A quimioterapia é o tratamento de eleição quando há tumores múltiplos ou metastáticos, além de também poder ser usada como tratamento de primeira linha para tumores locais isolados. Uma terapia comumente utilizada é a associação de fármacos quimioterápicos como vincristina, ciclofosfamida e metotrexano.
Cistos foliculares: Cistos foliculares são folículos que não ovularam e continuam seu crescimento, atingindo um diâmetro mínimo de 20 mm, persistindo por pelo menos 10 dias e com ausência de corpo lúteo. Podem ocorrer casos isolados ou múltiplos em um mesmo ovário ou no nos dois.
Etiologia: O estradiol não consegue estimular a liberação de GnRH pelo hipotálamo e por isso não ocorre o pico de LH (e a ovulação). Estudos apontam que níveis alterados de progesterona e cortisol afetam o estímulo fisiológico.
Sinais clínicos: A manifestação clínica é resultante dos hormônios esteroides predominantemente produzidos pelo cisto, que pode produzir vários tipos de esteroides sexuais:
Anestro – predomínio de progesterona
Ninfomania/hiperestrogenismo – predomínio de estrógeno
Virilismo – predomínio de andrógenos
Diagnóstico:
Histórico reprodutivo do animal. Anestro, estro constante, intervalo entre estros irregulares (curtos ou longos) são comuns em vacas com cisto folicular.
O diagnóstico diferencial, dos diferentes tipos de cistos ovarianos pode ser facilmente realizado com o auxílio do ultrassom.
Tratamento: O tratamento dos cistos ovarianos normalmente é baseado na administração de GnRH, que elimina a capacidade funcional do cisto.
Hiperplasia mamária, Hipertrofia mamária benigna, Fibroadenomatose mamária ou Hipertrofia mamária fibroglandular: condição benigna em que há aumento exagerado de uma ou mais glândulas mamárias e surge com alguma frequência nas gatas, não confundir com neoplasia mamária!
Etiologia: A progesterona é a hormona predominante durante o diestro e durante a gravidez. É produzida nos ovários e nas gatas gestantes, também na placenta. A sua concentração sanguínea aumenta e diminui gradualmente em função da fase do ciclo éstrico em que a fêmea se encontra. A diminuição brusca da concentração da progesterona induz a produção de prolactina, que por sua vez estimula o crescimento do tecido mamário originando a Hiperplasia mamária.
Sinais clínicos: Surge como um aumento difuso ou localizado de uma ou mais glândulas mamárias. As mamas ficam como grandes massas firmes e indolores. Ocasionalmente, podem desenvolver-se úlceras cutâneas (feridas) nas áreas mais proeminentes das massas, criando uma porta de entrada para bactérias e ocorrência de infeções graves.
Diagnóstico: histórico, o exame físico e sinais característicos confirmam o diagnóstico. 
Tratamento: Nas gatas inteiras não destinadas à reprodução deverá optar-se pela castração. Nestas, depois da castração a Hiperplasia mamária poderá demorar 5 a 7 meses a regredir definitivamente. Se a castração não for opção, ou nos raros casos em que após a castração a Hiperplasia mamária persiste, a opção médica é a prescrição de fármacos inibidores da produção de prolactina. Como medida extrema, no caso da Hiperplasia mamária não ser resolúvel de nenhumaoutra forma, a mastectomia (remoção cirúrgica da mamas afetadas) será a solução definitiva.
Piometra: A piometra é um distúrbio uterino de cães e gatos, mediado pela hormônio reprodutivo progestrona. A piometra pode surgir de duas formas, a aberta, em que o animal apresenta uma descarga vaginal de pús ou fluido uterino geralmente com mau cheiro, ou a fechada em que não existe descarga vaginal, porque o cérvix está “fechado”. Geralmente a piometra fechada é mais preocupante porque o animal pode adoecer gravemente antes que o dono se aperceba que existe um problema.
Etiologia: A progesterona provoca uma diminuição das defesas naturais do útero, fazendo com que este fique mais susceptível a infecções de bactérias que habitam normalmente a vagina e que “sobem” através do cérvix para o útero infectando-o. Dentro destas bactérias, a E. coli é a bactéria que mais vezes causa piometra.
Animais que tenham sofrido administração de medicamentos abortivos baseados em estrógenos (injeções abortivas) ou anticoncepcionais baseados em progesterona (pílulas) são muito mais predispostos a piómetra. 
A piometra pode levar à ruptura do útero pondo em risco a vida do seu animal, tal como a ruptura do apêndice nas pessoas. Embora sendo raro, pode existir piometra num corno uterino e gravidez no outro.
Sintomas: Os sintomas de piometra podem ser variados passando por aumento do consumo de água e da produção de urina, febre, depressão, falta de apetite, perda de peso, vómitos e diarreia.
Diagnóstico: As análises de sangue podem revelar afecção de outros órgãos (fígado, rim, etc) lesados pela progressão da doença. A radiografia e ecografia abdominal geralmente confirmam o diagnóstico.
Tratamento: O tratamento passa irremediavelmente pelo internamento e administração intravenosa de soro e antibióticos para estabilizar o seu animal até que seja possível a resolução cirúrgica através de uma esterilização de urgência (ovariohisterectomia).
Existem outros métodos de combater a doença, como a administração de prostaglandinas F2 alfa e antibióticos, embora estas não possam ser usadas em animais muito doentes, para além disso e devido ao risco de vida em que a doença coloca o seu animal, a cirurgia é o método de eleição para o tratamento.
Cio seco ou silencioso: É um termo utilizado para descrever uma condição onde as cadelas apresentam ciclos que endocrinologicamente são normais, porém falham em exibir qualquer manifestação externa de cio.
Etiologia: Em alguns casos essa falha em demonstrar cio têm sido relacionada a níveis inadequados de 17ß-estradiol, LH e progesterona ou uma resposta pobre a esses hormônios. Essa condição também tem sido reportada em cadelas criadas afastadas desde cedo de outros cães, causando uma lacuna de estimulação psicológica. (Drazner, FH, 1987)
Diagnóstico: Avaliação laboratorial, realizar mensuração da progesterona sérica; Citologia vaginal para confirmação do estro.
Tratamento: O tratamento não é necessário, mas fêmeas afetadas provavelmente não aceitem o macho, portanto se houver interesse em cruzamento deve se realizar inseminação artificial, monitorada pela citologia vaginal ou análises hormonais, (Nelson, RW e Couto, CG) considerando que o melhor dia para o cruzamento ou inseminação para tamanho máximo de ninhada é dois dias após ovulação.
Cio entrecortado (Split cio ou Slip heats): Uma cadela que apresente split heats demonstra sinais de proestro, como sangramento vaginal , intumescimento de vulva, e atrai machos, entretanto não mantém o cio entrando em aparente diestro seguido por novo proestro 2-10 semanas depois. Isso pode repetir-se por muitas vezes.
Acredita-se que cada proestro esteja acompanhado de desenvolvimento folicular e secreção de estrógeno, contudo a ovulação não ocorre e os folículos tornam-se atrésicos. Então, um novo grupo de folículos se desenvolve, aumentam os níveis de estrógeno, expondo novamente a cadela aos sinais de proestro. ( Perkins,NR e Thomas, PGA, 1993)
Podem ser confundidos com proestro e estro persistentes ou com intervalos interestros diminuídos.
Etiologia: A causa ainda é discutida mas acredita-se que pode ser devido à dor resultante da monta, intimidação durante o início do estro ou atresia idiopática dos folículos. ( Nelson, RW e Couto, CG, 1992)
É frequentemente observado em cadelas jovens, que posteriormente apresentam ciclos normais.( Perkins, NR e Thomas, PGA, 1993). Raramente ocorre repetidamente em uma mesma cadela. ( Nelson, RW e Couto, CG, 1992)
Tratamento: Normalmente é uma anormalidade temporária e não requer tratamento.
Vaginite: A vaginite é uma afecção rara em cadelas adultas. É uma causa importante de subfertilidade ou infertilidade, quando secundária à anomalias do trato reprodutivo.
Etiologia: Normalmente, são causadas por enterobactérias ou pela microbiota do sistema urogenital inferior, tais como Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Escherichia coli, Proteus spp, Pseudomonas aeruginosa, Pasteurella, entre outras. Em alguns casos, pode ser primária como infecções por Brucella canis, a qual é uma zoonose ou herpesvírus canino, importante causa de falhas reprodutivas. A afecção acomete fêmeas de qualquer idade, raça ou condição ovariana. 
Sinais clínicos: Os sinais clínicos envolvem mucosa vaginal hiperêmica, corrimento vulvar, polaquiúria, lambedura vulvar, e atração de machos independente da fase do ciclo estral.
Diagnóstico: Pode ser diagnosticada por citologia vaginal, vaginoscopia e cultura da secreção. 
Tratamento: A enfermidade, muitas vezes, é autolimitante e o tratamento, quando necessário, é realizado com infusão vaginal de antissépticos ou antibióticos e, eventualmente, correção cirúrgica de anormalidades predisponentes. 
Hiperplasia vaginal: A hiperplasia vaginal é uma condição observada em algumas cadelas jovens por ação do estrogênio (PURSWELL, 1997), refletindo uma resposta exagerada do piso vaginal caudal à concentração destes hormônios circulantes (ENGLAND, 2001).
Etiologia: Esta afecção é detectada durante o proestro, em um dos 90 três primeiros cios (BOJRAB, 1996), ao fim do diestro ou ao parto (QUINTANILHA, 1992). FOSSUM (1997) comentou que a alteração ocorre além do proestro, também durante a fase de estro Nestas condições a mucosa vestibular e a vaginal tornam-se tumefeitas, espessadas e túrgidas, e, a prega redundante faz protrusão entre os lábios da vulva como uma massa lisa, carnosa e vermelha
Sinais clínicos: disúria, lambedura excessiva da vulva, acasalamento doloroso e períneo evaginado. 
Diagnóstico: execução do exame clínico com auxílio ou não da vaginoscopia, além da citologia e histopatologia. 
Em alguns casos se fazem necessárias a diferenciação de neoplasias (como pólipos, lipomas, carcinomas de células escamosas e tumor venéreos transmissíveis) através das técnicas de biópsia aspirativa e citologia do tecido vaginal. No caso de neoplasias, além destas apresentarem diferente consistência, as lesões neoplásicas e seus sintomas não possuem ligação com a fase do ciclo estral. 
Tratamento: O tratamento deste distúrbio pode ser medicamentoso ou cirúrgico. 
O tratamento medicamentoso é de natureza paliativa, pois os sintomas tendem a desaparecer na fase progesterônica do ciclo estral, no caso de hiperplasias de 1º e 2º grau. 
No tratamento cirúrgico será feita a exérese do tecido protuso e/ou ovário-histerectomia, o que é recomendável visto que a característica recidivante da patologia. Desta forma, com a OSH retira-se o estímulo hormonal e, com cerca de sete dias após a cirurgia, ocorre normalização da mucosa vaginal. 
Prolapso vaginal: O prolapso vaginal ocorre quando a parede da vagina projeta-se para o exterior através da rima vulvar, sendo menos comum que a hiperplasia vaginal em cadelas. Os prolapsos podem ser classificados em tipo I (parcial), tipo II (completo) ou tipo III (parafuso; WYKES e OLSON, 2007).
O prolapso vaginal parcial (tipo I) é uma eversão, em formato de rosca, de toda a circunferência vaginal. A mucosa projeta-se pelos lábios vulvares, sendo possívelidentificar somente pela palpação. O prolapso de tipo II caracteriza-se por exteriorização e visualização da cérvix. Já o prolapso do tipo III tem aparência de parafuso, por acometer não só o piso e as paredes laterais da vagina, mas também a porção dorsal da mucosa vaginal (WYKES e OLSON, 2007).
	Etiologia: São múltiplas as causas de prolapso, dentre elas estão a predisposição hereditária racial (em raças como Boxer, Bulldog, Fila Brasileiro e Doberman), flacidez do diafragma pélvico, período de gestação, idade da fêmea (idosas), decúbito (aumentando a pressão intraabdominal), esforço excessivo durante o parto, separação forçada no momento da cópula.
Diagnóstico: O diagnóstico clínico deve ser baseado nos sinais, idade, fase do ciclo estral e confirmado pelo exame clínico e citologia vaginal. Deve ser feito diagnóstico diferencial de neoplasias (pólipos, fibromas, leiomiomas). No caso de neoplasias vaginais, não há relação entre o aparecimento dos sinais clínicos e o estro, sendo as lesões também diferentes, de consistência mais firme. O tumor venéreo transmissível tem características friáveis e pendulares. 
Tratamento: A ovariohisterectomia é o método de tratamento mais eficiente para o prolapso vaginal parcial ou total, seja de origem hereditária ou hormonal. Isto porque, além de ser um tratamento imediato eficaz, também atua profilaticamente impedindo recidivas e transferência aos descendentes.
Estrogenismo (porcas): Doença causada pela ingestão de rações contaminadas com a micotoxina zearalenona, que se caracteriza por um quadro de vulvo vaginite e transtornos reprodutivos.
Etiologia: As intoxicações alimentares causadas por substâncias tóxicas produzidas em grãos mofados ocorrem com frequência em nosso meio. Entre outros fungos, o Fusarium roseum ou Graminearum tem se evidenciado como um dos causadores destas intoxicações, principalmente pelo milho contaminado. 
Sinais clínicos: diminuição de apetite e atraso no desenvolvimento dos leitões; tumefação vulvar e mamária, agravados em alguns casos por prolapsos vaginais e retais; Na literatura descreve-se ainda o problema nas porcas gestantes provocando o nascimento de leitegadas pequenas, compostas de natimortos, leitões fracos e com membros abertos (splay leg).
Tratamento: A única solução quando da ocorrência dessas intoxicações é a troca de ração com milho mofado por outra contendo milho sadio. Os sintomas desaparecem em poucos dias e o animal tende a voltar ao desenvolvimento normal.
SMMA – Síndrome da Mamite, Metrite e Agalaxia: Em geral, a mamite (inflamação nos tetos) vem acompanhada da metrite (infecção do útero)e, consequentemente da agalaxia (redução na produção de leite). 
Etiologia: 
Matrizes que estão no quarto parto correm maiores riscos;
Maternidades com celas parideiras sem o manejo sanitário correto;
Matrizes estressadas por falta de bem-estar e conforto animal;
Parto anormal – leitões grandes ou mal posicionados;
Constipação nas fêmeas – dificuldade ao expelir as fezes;
Problemas na adaptação da cela parideira;
Alteração repentina na dieta das fêmeas.
Sinais clínicos:
Inapetência e perda de peso;
Fêmeas sem interesse na cria;
Matrizes com temperatura acima de 39,8°C;
Porcas deitadas sobre as tetas para evitar a amamentação;
Úbere inchado, quente, dolorido e com consistência carnosa;
Corrimento vaginal amarelado, purulento e fétido (metrite);
Redução na produção de leite (agalaxia).
Diagnóstico: exame clínico, dados epidemiológicos e nas lesões observadas na necropsia de leitões afetados.
Tratamento: a maioria das marrãs se recuperam dentro de 24 a 48 horas se tratadas com uma combinação de antibiótico, antitérmico, ocitocina e corticosteróide.

Outros materiais