ANTECIPAÇÃO DA TUTELA NO PROCESSO DE CONHECIMENTO

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ANTECIPAÇÃO DA TUTELA NO PROCESSO DE CONHECIMENTO
 Partindo do conceito, a tutela antecipada reside na possibilidade do juiz conceder ao autor, ou ao réu um provimento liminar de natureza satisfativa, que provisoriamente lhe assegure a solução definitiva esperada no processo principal que tem por observância resguarda a longa demora da sentença final. O surgimento da Tutela antecipada no ordenamento jurídico Brasileiro ocorreu com o advento da Lei 8.952/94, que deu nova redação ao art. 273 do CPC.
Faz necessário não confundir tutela antecipada das medidas cautelares, esta tem como escopo de ação separada que pode ser ajuizada antes da ação principal, ou no seu curso, mas sempre dependendo da principal (estruturalmente autônoma), as medidas cautelares são de caráter consertativo, enquanto àquela não existe esta autonomia tem caráter satisfativo provisório, por expressa autorização da lei. Tanto a medida cautelar como a medida antecipatória representam providências de natureza emergência. Constitui como objeto da antecipação à própria tutela pretendida pelo autor, para que se conceda tulela faz necessária a constatação do bem da vida e o do perigo da morosidade da decisão pode ser de natureza parcial ou total. 
A antecipação da tutela tem característica interlocutória por ocorrer antes prolação sentença, antes do julgamento final, nesta decisão interlocutória o regimento recurso é do agravo. No desenvolver do iter processual, tanto a decisão concessiva da medida, como a denegatória poderá ser modificada ou revogada sempre que houver mudança no fato e no objeto da lide. 
Para deferimento do juiz a antecipação da tutela dependerá de alguns requisitos como: Requerimento da parte; Produção de prova inequívoca dos fatos arrolados na inicial; Convencimento do juiz em torno da verossimilhança da alegação da parte; Fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou caracterização de abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu e possibilidade de reverter a medida antecipada, caso o resultado da ação venha a ser contrário à pretensão da parte que requereu a antecipação satisfativa.