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Inconsciente Resumo

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INCONSCIENTE - RESUMO
O processo de repressão não consiste em eliminar, mas sim em impedir que a ideia se torne consciente. 
REPRESSÃO = NÃO CONSCIENTE
O reprimido é sempre uma parte do consciente, ou seja, o inconsciente é bem mais amplo. Isso significa que é possível que o representante psíquico (ideia) inconsciente também alcance a instância Consciente.
Como conhecemos o inconsciente?
Só é possível tomar conhecimento do inconsciente quando o representante psíquico experimenta o consciente por meio de uma transposição ou tradução. Esta transposição só é possível se o analisando superar as resistências, as mesmas que reprimiram quando o material era consciente.
PARTE I - Justificação do Inconsciente
 A veracidade do inconsciente é algo muito criticado, porém o autor afirma que a noção do inconsciente é NECESSÁRIA e LEGÍTIMA. 
NECESSÁRIA - por termos a experiência de vivenciar diversas lacunas que nos damos conta ao longo da vida e que não se conectam com as informações conscientes que temos. Dessa forma, percebemos que o consciente não dá conta de tudo e que para um ganho de sentido é necessário irmos ALÉM da experiência imediata.
As provas que o autor usa para comprovar a existência do inconsciente são: as lacunas do consciente, os sonhos (atos anímicos), lembranças latentes, etc.
LEGÍTIMA - por não ser algo que afasta nossa maneira de pensar a consciência.
O autor compara o inconsciente com a “consciência do outro a meu respeito”, que só se dá por ANALOGIA a partir dos meus comportamentos e MANIFESTAÇÕES. Ou seja, só é possível compreender o inconsciente por analogia e manifestações.
PARTE II - A pluralidade de sentidos do inconsciente e o ponto de vista topológico.
“Por um lado, o inconsciente abrange atos que são apenas latentes, temporariamente inconscientes, mas que de resto não se diferencia em nada dos conscientes, e, por outro lado, processos como os reprimidos que, caso se tornassem conscientes, contrastariam da maneira mais crua com os restantes conscientes.
Na figura acima: 
O primeiro esquema demonstra o ato psíquico sendo rejeitado pela censura e posteriormente sendo reprimido e permanecendo inconsciente.
O segundo esquema demonstra o ato psíquico sendo aceito pela censura e sendo capaz de consciencia. 
 
PARTE III - sentimentos inconscientes
Questão: Sabe-se que existem ideias conscientes e inconscientes, mas haveria também impulsos, sentimentos, percepções inconscientes?
A oposição de consciente e inconsciente não se aplica aos instintos, pois um instinto jamais pode se tornar objeto da consciência. O que se conhece é a ideia que o representa, mesmo embora no inconsciente ele só é representado pela ideia. Assim, podemos afirmar que nada saberíamos sobre o instinto se não fosse pela ideia ou se ele não aparecesse como um estado afetivo.
DIFERENÇA ENTRE A IDEIA E O SENTIMENTO/AFETO
As ideias são investimentos provenientes de traços mnemônicos enquanto os afetos e sentimentos correspondem a processos de descarga, em que sua expressão final é a sensação.
IDEIA: só podemos nos referir ao impulso cujo representante ideativo é INCONSCIENTE
Sobre o sentimento e a questão colocada se o mesmo pode ser inconsciente ou não, poderia ser fácil responder pensando que é da natureza do sentimento ser sentido, isto é, que ser conhecido da consciência. Mas na realidade psicanalítica isso vai além.
O sentimento, dito como impulso afetivo ou emocional é percebido na consciência de forma equivocada visto que ele é obrigado, DEVIDO A REPRESSÃO de sua verdadeira representação, unir-se a outra ideia para então ser representado na consciência. assim, a verdadeira representação está reprimida.
por causa da repressão o “afeto inconsciente” e “emoção inconsciente” se refere aos destino do impulso instintual
ESSES DESTINOS DO IMPULSO INSTINTUAL SÃO 
o afeto permanece como tal - no todo ou em parte
se transforma em outro afeto qualitativamente diferente (se transforma por exemplo em angústia).
é suprimido - tem o seu desenvolvimento interrompido - ESSE É O VERDADEIRO OBJETIVO DA REPRESSÃO/RECALQUE, se isso não ocorre o seu trabalho está incompleto. 
assim, por causa da repressão não é incoerente dizer que existe afeto inconsciente 
após essa repressão, então, o afeto que fica no sistema inconsciente é diferente da ideia que nele também está. A ideia continua existindo como formação real nessa sistema, o afeto inconsciente por sua vez corresponde apenas a uma possibilidade incipiente, que não pode ser desenvolvida. Ou seja, não existem afetos inconscientes tal como ideias inconscientes. Formações afetivas podem passar para o consciente. a ideia não.
Portanto, a repressão pode impedir que o impulso instintual se transforme em exteriorização de afeto e isso constata que o CS governa a afetividade e da motilidade, mas também realça a importância da repressão que pode impedir o desenvolvimento do afeto e o desencadeamento da atividade motora.
Diferentemente do domínio sobre a motilidade que é mais estável, a consciência tem o controle menos firme do desenvolvimento dos afetos. Há uma disputa entre CS e ICS pela primazia sobre a afetividade
no sistema consciente o afeto não surge enquanto não é conseguida uma nova representação desse impulso instintual, mas também como foi dito pode ocorrer do desenvolvimento do afeto proceder diretamente do sistema inconsciente e nesse caso, tem sempre o caráter de angústia pela qual são trocados todos os afetos “reprimidos”.
PARTE IV - TOPOLOGIA E DINÂMICA DA REPRESSÃO
Repressão: se verifica entre a fronteira do inconsciente e pré-consciente. 
Na tentativa de descrever mais detalhadamente esse processo Freud diz que: deve se tratar de uma retirada de investimento, mas pergunta-se em qual sistema pertence o investimento retirado. 
Ele diz então que a ideia reprimida permanece capaz de ação no inconsciente, portanto teve seu investimento conservado. 
Do pré consciente ou até mesmo do consciente é retirada a ideia de investimento pré consciente que pertence ao sistema pré consciente. 
Logo, quando há repressão há: 
Manutenção de um investimento pré consciente por inconsciente 
Substituição de um investimento pré consciente por inconsciente. 
	A passagem do inconsciente para o pré consciente não ocorre por um novo registro mas por uma mudança de estado, uma modificação do investimento. 
	Não está claro por que a ideia que permaneceu investida ou foi dotada de investimento a partir do inconsciente não deveria renovar a tentativa de, por força desse investimento, penetrar no sistema pré consciente. 
Contra investimento 
	Através dele o sistema pré consciente se protege do assalto da ideia inconsciente. 
	Investimento pelo ego, de novos pensamentos (representações ou sistema de representações), novas atitudes (mentiras, justificativas, negações de sentimentos, idealizações, atuações e etc), suscetíveis de criarem obstáculos para que o retorno do recalcado tenha acesso a consciência. 
Repressão nas neuroses de transferencia 
Histeria de angústia 
Surgimento da angústia sem que se perceba o que a desperta
Inconsciente ---------------------------------> Pré consciente 
 Impulso de amor 
Ao tentar fazer esse movimento o investimento vindo do inconsciente recolheu-se como numa tentativa de fuga e esse investimento é descarregado como angústia. 
A repetição do processo gera a evolução da angústia. 
O investimento em fuga volta-se para uma ideia substituta que, ao mesmo tempo: 
Ligava-se associativamente à ideia rejeitada. 
Escapa à repressão. 
Após a formação substitutiva tem a segunda fase da histeria de angústia. Agora tem-se outro objetivo: inibir o desenvolvimento da angústia a partir do substituto. 
A ideia substituta demonstra uma grande sensibilidade a excitação. Uma excitação gera um pequeno desenvolvimento da angústia que é utilizado como sinal para inibir uma nova fuga do investimento uma vez que uma nova fuga levará a uma angústia ainda maior. 
A cada aumento daexcitação instintual a fortaleza de proteção em torno da ideia substituta tem que ser colocado um pouco adiante. 
Toda essa construção, que de modo análogo é produzida em outras neuroses, leva o nome de fobia. 
Boa parte do que encontramos na histeria de angústia vale também para as duas outras neuroses, de maneira que podemos limitar a discussão às diferenças e ao papel da contratransferência. 
OBS: As informações sobre as próximas neuroses de transferência foram copiadas diretamente do texto. 
2) Histeria de conversão 
Na histeria de conversão o investimento instintual da ideia reprimida é transformado em inervação do sintoma.Até onde e em que condições a ideia inconsciente é drenada por essa descarga à inervação, de modo a poder abandonar o assédio ao sistema Cs, é uma questão que, juntamente com outras semelhantes, será melhor reservar para uma investigação especial da histeria. O papel do contrainvestimento que parte do sistema Cs (Pcs) é nítido na histeria de conversão e vem à luz na formação de sintomas. É o contrainvestimento que escolhe em qual parte do representante instintual* pode se concentrar todo o investimento dela. Essa porção eleita para sintoma preenche a condição de exprimir tanto a meta de desejo** do impulso instintual como o esforço de defesa ou castigo do sistema Cs; então ela é superinvestida e sustentada por ambos os lados, como a ideia substituta na histeria de angústia. Dessa situação podemos inferir que o dispêndio em repressão do sistema Cs não precisa ser tão grande como a energia de investimento do sintoma, pois a intensidade da repressão é medida pelo contrainvestimento aplicado, e o sintoma não se apoia apenas no contrainvestimento, mas também no investimento instintual nele condensado, vindo do sistema Ics.
3) Neurose obsessiva
Quanto à neurose obsessiva, acrescentaríamos às observações do ensaio anterior [“A repressão”] que nela aparece em primeiro plano, do modo mais palpável, o contrainvestimento do sistema Cs. É ele que se ocupa da primeira repressão, organizado como formação reativa, e é nele que mais tarde sucede a irrupção da ideia reprimida. Pode-se conjecturar que é devido à preponderância do contrainvestimento e à ausência de descarga que a obra da repressão parece muito menos bem-sucedida na histeria de angústia e na neurose obsessiva que na histeria de conversão.
PARTE V - AS CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS DO SISTEMA ICS
O sistema inconsciente é diferente do sistema consciente 
o âmago do ICS consiste de representantes instintuais que querendo descarregar seu investimento. assim, o inconsciente consiste em investimentos de impulsos, desejos que querem ser descarregados. Tais impulsos são coordenados entre si, coexistem sem interferência, não se contradizem. Quando dois impulsos de desejo são ativados ao mesmo tempo eles não se subtraem ou se eliminam, mas concorrem para a formação de um objetivo intermediário, um compromisso.
No ICS existem apenas conteúdos mais ou menos fortemente investidos. Não há negação, nem dúvida, nem graus de certeza. E esse conteúdo é mediado pela censura entre o ICS e PCS
existe uma grande mobilidade das intensidades dos investimentos. Pelo processo de deslocamento uma ideia cede a outra o montante de todo seu investimento. Pelo de condensação pode acolher todo o investimento de várias outras.
Indícios do processo psíquico primário: processo de deslocamento e condensação
PCS: processo secundário. quando o primário ocorra em alguns elementos do secundário isso se mostra “cômico”
Outras características importantes do sistema ICS: ele é atemporal. Não são alterados pela passagem do tempo. Não levam em consideração a realidade. São sujeitos ao princípio do prazer. De acordo com sua intensidade cumpre ou não as exigências da regulação prazer-desprazer
processos do inconsciente se tornam cognoscíveis em condição de sonho e neurose através da regressão.
a descarga do sistema inconsciente passa para a inervação somática, levando ao desenvolvimento do afeto, que ora é contestada pelo PCS
Os processos do sistema PCS mostram que há uma inibição da tendência das ideias investidas à descarga. Pois quando passa de uma a outra, a primeira retém parte do seu investimento e só uma pequena parcela sofre deslocamento. Constatando que deslocamentos e condensações são muito limitados.
Isso fez Breuer supor dois diferentes estados de energia de investimento na psique
- um tônico, vinculado
- móvel, tendente à descarga
essa distinção representa a mais profunda percepção da natureza da energia nervosa
o sistema PCS estabelece uma comunicação entre os conteúdos das ideias influenciando outros, a sua temporalidade, a censura, a prova da realidade e o princípio de realidade
a memória consciente também depende desse sistema pré consciente. Vale ressaltar que esta deve ser completamente diferenciada dos traços mnemônicos que é a memória do sistema inconsciente 
No fim, ele afirma que é não devemos generalizar as distribuições psíquicas aqui mencionadas dos dois sistemas. O desenvolvimento individual tem influência nessa formação além das condições patológicas, que podem trocar entre si seus conteúdos e suas características.
PARTE VI - Comunicação entre os sistemas
	Não se pode dizer que o inconsciente permanece em repouso enquanto o pré-consciente trabalha. Nem que a única comunicação entre eles se resume ao ato de repressão. Entre várias relações entre esses sistemas há, inclusive, a cooperação.
	Entre os impulsos derivados do inconsciente, há alguns com características opostas: por um lado são altamente organizados e utilizam todas as aquisições do consciente e, por outro, são inconscientes e incapazes de se tornarem conscientes. 
	Daí que vem as fantasias dos normais e dos neuróticos, que reconhecemos como estágios preliminares da formação dos sonhos e dos sintomas e que, apesar de sua alta organização, permanecem reprimidas e, como tais, não podem se tornar conscientes. 
	Para a consciência, a inteira soma dos processos psíquicos aparece como o reino do pré-consciente. O pré-consciente se divide em duas partes:
Uma parte se origina do inconsciente, e essa parte se submete a uma censura antes de poder tornar-se consciente. 
A outra parte é capaz de chegar à consciência sem nenhuma censura. 
Aqui têm-se uma contradição com uma hipótese anterior. Na abordagem da repressão, situava a censura entre o inconsciente e o pré-consciente. Agora, eles apontam uma censura entre o pré e o consciente. Porém, não se deve ver isso como uma complicação. Deve-se apenas ver a passagem de um sistema para o outro como uma nova censura. 
	A consciência não tem relação simples nem com os sistemas nem com a repressão.
Contudo, muitas generalizações são contrariadas por exceções. Existem derivados do inconsciente que tornam-se conscientes como sintomas, por exemplo, e muitas formações pré-conscientes que, de acordo com sua natureza, poderiam tornar-se conscientes, permanecem inconscientes, provavelmente porque permaneça a atração mais forte do inconsciente. 
Na fronteira do pré-consciente, o inconsciente é afastado pela censura, mas uma parte dele consegue escapar. Quando essa parte finalmente consegue se aproximar da consciência, são reconhecidos como derivados do inconsciente e reprimidos a uma nova fronteira de censura. A primeira censura funciona para o próprio inconsciente, e a segunda apenas para seus derivados.
No tratamento psicanalítico, chega-se a prova da existência da segunda censura, entre pré e consciente. Solicita-se ao paciente que produza numerosos derivados de inconsciente, obrigando-o a superar as objeções da censura, para que essas formações pré-conscientes se tornem conscientes. Com essa vitória sobre a censura, abre-se caminho para a quebra dessa repressão. No tratamento, o que caracteriza a doença é uma total discordância das tendências, uma desintegração dos dois sistemas. Uma definição clara e definitiva no conteúdo dos dois sistemas só se estabelece no momento da puberdade.
Sobre a comunicação do inconscientecom os outros sistemas, uma parte dos processos estimulados passa pelo inconsciente como se fosse um estágio preparatório e alcança o mais alto nível de desenvolvimento psíquico no consciente, enquanto a outra parte é retida como inconsciente. 
PARTE VII - IDENTIFICAÇÃO DO INCONSCIENTE
Na análise de psiconeuroses narcísicas podemos trazer concepções que nos aproximam do Inconsciente;
Nas neuroses de transferências não existe oposição ao Eu-objeto mas sim um investimento objetal e a neurose resulta na renúncia do objeto real. O investimento objetal no inconsciente continua a existir por causa da repressão que atua sobre o objeto, impossibilitando a entrada no consciente.
 Se “diminuirmos” o objeto real da libido, resultará no objeto fantasiado que será reprimido.
Na esquizofrenia, depois do processo de repressão, a libido retorna para o Eu e não busca um novo objeto, pois esse Eu se encontra no estado primitivo narcisista. Por conta disto, esse paciente (esquizofrênico) se torna incapaz de realizar a transferência por recusar o mundo externo.
A esquizofrenia expressa muito mais as coisas do consciente, e as neuroses de transferência expressam mais coisas do inconsciente (pois elas permitem realizar a transferência,ou seja, o acesso ao inconsciente).
Na primeira fase da esquizofrenia o modo de expressão é a principal área afetada, possuindo falas atrapalhadas. Além disso, possui uma intensa relação com algum órgão do corpo que assume o primeiro plano no conteúdo das manifestações (Exemplo garota que briga com o namorado da página 102). Isso é chamado de linguagem hipocondríaca ou linguagem do órgão, ou seja, q forma que a pessoa se manifesta através do órgão.
Na esquizofrenia as palavras são formadas da mesma forma que as imagens oníricas, ou seja, a partir dos pensamentos oníricos latentes definidos como processo psíquico primário. Nesse processo ocorre o deslocamento, que são as palavras condensadas que transferem umas para as outras seus investimentos por completo. Esse processo pode ser tão complexo que uma palavra só pode ter várias relações assumindo a representação de uma cadeia de pensamentos.
A esquizofrenia estaria situada num autoerotismo, fase anterior à formação do Ego.
A formação da esquizofrenia se diferencia das neuroses de transferencia quando a palavra e a coisa dita não coincidem. Logo, na esquizofrenia os investimentos nos objetos são abandonados e os investimentos nas representações verbais são mantidos. Sendo assim:
representação consciente do objetivo (esquizofrenico) = representação da palavra + representação da coisa (investimento dos traços mnemônicos que são derivados das coisas).
Representação consciente (esquizofrenico) ≠ Representação insconsciente (neurose de transferencia)
Inconsciente: primeiros investimentos de coisas dos objetos;
Pré-consciente: surge quando essa representação da coisa é sobreinvestida ligando com as representações verbais que correspondem. São esses subinvestimentos que levam a uma alta organização psiquica podendo substituit o processo primário pelo secundário dominante no pré-consciente 
As representações verbais são resultado da percepção dos sentidos, assim como as representações das coisas.
As representações verbais não são necessariamente conscientes, mas estão totalmente ligadas ao pré-consciente - a representação verbal é a parte do pré-consciente que suporta o primeiro impacto da repressão
A repressão das neuroses de transferencia recusa a representação rejeitada, logo a tradução das palavras que devem permanecer ligadas ao objeto, assim ela permanece no inconsciente, como algo reprimido se não for colocada em palavras ou ato psiquico.

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