Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Profa. Patrícia Corrêa Dias Curso de Farmácia - FACIS RESOLUÇÃO Nº 338, DE 06 DE MAIO DE 2004 Aprovar a Política Nacional de Assistência Farmacêutica é parte integrante da Política Nacional de Saúde. “A Assistência Farmacêutica deve ser compreendida como política pública norteadora para a formulação de políticas setoriais, entre as quais destacam-se as políticas de medicamentos, de ciência e tecnologia, de desenvolvimento industrial e de formação de recursos humanos, dentre outras, garantindo a intersetorialidade inerente ao sistema de saúde do país (SUS) e cuja implantação envolve tanto o setor público como privado de atenção à saúde”. Grande diretriz (“norma”), que serve de base para elaboração de outras “normas menores”, que tratam de questões específicas, nela estabelecidas, relacionados ao trabalho farmacêutico A Assistência Farmacêutica trata de um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. RESOLUÇÃO Nº 338, DE 06 DE MAIO DE 2004 Trabalho do farmacêutico, com desenvolvimento de suas diversas habilidades e competências, voltadas para a qualidade de vida da população Assistência Farmacêutica trata de um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população. “Existe uso racional quando os pacientes recebem os medicamentos apropriados à sua condição clínica, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período de tempo adequado e ao menor custo possível para eles e sua comunidade.” OMS, Conferência Mundial Sobre Uso Racional de Medicamentos, Nairobi, 1985. “Uso racional de medicamentos é o processo que compreende a prescrição apropriada; a disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a dispensação em condições adequadas; e o consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de qualidade.” Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Medicamentos. Brasília: ministério da Saúde, 2001. Pesquisa e desenvolvimento de fármacos e medicamentos (universidades, centros de pesquisas, hospitais, indústrias) Registros de produtos e processos regulatórios (indústrias, empresas especializadas) Produção, Garantia e Controle de Qualidade de Medicamentos, Cosméticos e Alimentos (indústrias, farmácias com manipulação) Seleção, padronização, aquisição e distribui~~ao (poder público e provido) Dispensação e Atenção Farmacêutica (farmácias, drogarias, hospitais) E OUTRAS IMPORTANTES ATUAÇÕES. QUAIS???? ONDE O PROFISSIONAL PRESTA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA? “as ações de Assistência Farmacêutica envolvem aquelas referentes à Atenção Farmacêutica, considerada como um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica e compreendendo atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde.” Assistência Farmacêutica X Atenção Farmacêutica ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Atenção Farmacêutica (“a profissão e o paciente”) (“a profissão em geral”) RESOLUÇÃO Nº 338, DE 06 DE MAIO DE 2004 I - a garantia de acesso e equidade às ações de saúde, inclui, necessariamente, a Assistência Farmacêutica; II - manutenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias gestoras do SUS; III - qualificação dos serviços de assistência farmacêutica existentes, em articulação com os gestores estaduais e municipais, nos diferentes níveis de atenção; IV - descentralização das ações, com definição das responsabilidades das diferentes instâncias gestoras, de forma pactuada e visando a superação da fragmentação em programas desarticulados; V - desenvolvimento, valorização, formação, fixação e capacitação de recursos humanos; RESOLUÇÃO Nº 338, DE 06 DE MAIO DE 2004 EIXOS ESTATRÉGICOS VI - modernização e ampliação da capacidade instalada e de produção dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais, visando o suprimento do SUS e o cumprimento de seu papel como referências de custo e qualidade da produção de medicamentos, incluindo-se a produção de fitoterápicos; VII - utilização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), atualizada periodicamente, como instrumento racionalizador das ações no âmbito da assistência farmacêutica; VIII - pactuação de ações intersetoriais que visem à internalização e o desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades de produtos e serviços do SUS, nos diferentes níveis de atenção; IX - implementação de forma intersetorial, e em particular, com o Ministério da Ciência e Tecnologia, de uma política pública de desenvolvimento científico e tecnológico, envolvendo os centros de pesquisa e as universidades brasileiras, com o objetivo do desenvolvimento de inovações tecnológicas que atendam os interesses nacionais e às necessidades e prioridades do SUS; RESOLUÇÃO Nº 338, DE 06 DE MAIO DE 2004 EIXOS ESTATRÉGICOS X -definição e pactuação de ações intersetoriais que visem à utilização das plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos no processo de atenção à saúde, com respeito aos conhecimentos tradicionais incorporados, com embasamento científico, com adoção de políticas de geração de emprego e renda, com qualificação e fixação de produtores, envolvimento dos trabalhadores em saúde no processo de incorporação desta opção terapêutica e baseado no incentivo à produção nacional, com a utilização da biodiversidade existente no País; XI - construção de uma Política de Vigilância Sanitária que garanta o acesso da população a serviços e produtos seguros, eficazes e com qualidade; XII - estabelecimento de mecanismos adequados para a regulação e monitoração do mercado de insumos e produtos estratégicos para a saúde, incluindo os medicamentos; XIII - promoção do uso racional de medicamentos, por intermédio de ações quedisciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo. RESOLUÇÃO Nº 338, DE 06 DE MAIO DE 2004 EIXOS ESTATRÉGICOS NOSSO TRABALHO PRÁTICO Discutindo a Assistência Farmacêutica . . . 1 – Escolha/defina uma situação de seu cotidiano profissional ou de seu cotidinao na pesquisa e extensão ou uma situação particular sua, como paciente 2 - Enquadre nestas situações, em algum dos eixos estratégicos mencionados na Política Nacional de Assistência Farmacêutica e explicite as ações realizadas ou que você considera que deveriam ter sido realizadas para que a Assistência Farmacêutica prestada cumprisse seu objetivo maior, de promover o uso racional de medicamentos. SCTIE CITEC DECIT DAF DECIIS CGG CGAFB CGAFE CGMEDEX Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos DAF - Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos Comissão de Incorporação de Tecnologias Depto. do Complexo Industrial e Inovação em Saúde Departamento de Ciência e Tecnologia Coord. Geral de AF Básica Coord. Geral de Medicamentos de Dispensação Especial Coord. Geral de AF de Medicamentos Estratégicos Coord. Geral de Gestão PORTARIA Nº 204/GM DE 29 DE JANEIRO DE 2007. (4º Bloco mencionado na Portaria) COMPONENTES DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Básico da AF (Portaria GM 2.982/2009) Estratégico da AF (Portarias específicas) Especializado da AF (Portaria GM 2.981/2009) Regulamenta o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde, na forma de blocos de financiamento, com o respectivo monitoramento e controle. COMPONENTE BÁSICO DA AF Medicamentos que se destinam a atender aos agravos prevalentes e prioritários do nível da atenção básica Medicamentos constantes na RENAME vigente; Medicamentos para atendimento dos agravos no âmbito da Atenção Básica, não financiados por programas específicos; Medicamentos para atendimento dos agravos no âmbito da média complexidade, com acompanhamento na atenção básica; Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, com acompanhamento na atenção básica; Composta pelo elenco dos medicamentos essenciais, ou seja, Aqueles considerados básicos e indispensáveis para atender a maioria dos Problemas de saúde da população. RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS (RENAME) Instrumento mestre para as ações de planejamento do Ciclo da Assistência Farmacêutica, de seleção de medicamentos e de organização da Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS Estados e Municípios devem formular suas relações de medicamentos essenciais baseados nas necessidades loco/regionais. 2006 330 fármacos 535 apresentações 2008 334 fármacos 556 apresentações 2010 343 fármacos 574 apresentações COMPONENTE ESTRATÉGICO DA AF Medicamentos utilizados para tratamento de doenças de perfil endêmico, cujo controle e tratamento tenha protocolos e normas estabelecidas e que tenham impacto sócio-econômico DST/AIDS Hanseníase Tuberculose Hemoderivados Combate ao tabagismo Alimentação e Nutrição Lupus, Mieloma múltiplo Endemias Focais: malária, cólera, leishmaniose, esquistossomose, doença de chagas e outras COMPONENTE ESPECIALIZADO DA AF Estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do Sistema Único de Saúde, onde sua principal característica é a busca da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, cujas linhas de cuidado estão definidas em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), publicados pelo Ministério da Saúde. CICLO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTRICA Sucessão de atividades que só se completam na medida em que a atividade anterior for adequadamente realizada. Cada atividade gera produtos próprios e, assim que se realiza, oportuniza a consecução da etapa seguinte. 1 1 SELEÇÃO Decisão crítica e fundamantada clinicamente sobre os medicamentos disponibilizados aos usuários (perfil de usuários, eficácia, segurança, comodidade posológica, custo, entre outros) Eixo do ciclo (todas as outras atividades são centradas no elenco de medicamentos) Atividade multiprofissional: envolvimento e compromisso de todos os atores do processo 2 PROGRAMAÇÃO: Quantificação das compras a partir da demanda (prioridades, orçamentos, instalações físicas, etc) 2 3 1 3 AQUISIÇÃO: Compra com qualidade e garantia de suprir as necessidades da população (fornecedores, entrega, pagamento, etc) 4 4 ARMAZENAMENTO: Recebimento, guarda, armazenamento com segurança e condições físicas adeuadas à estabilidade fisico química e microbiológica e gestão dos estoques 5 5 DISTRIBUIÇÃO: Envio dos medicamentos de depósitos centrais (CAF – Central de Abastecimento Farmacêutico) para farmácia s satélites ou enfermarias) “atividades mais relacionadas à gestão” Interação do Prescritor, Farmacêutico e Paciente (Farmácias e Drogarias) Interação do Prescritor, Farmacêutico, Profissionais de Enfermagem e Paciente (Hospitais) 6 Dispensação, Atenção Farmacêutica e Intervenção Encerradas as “atividades mais relacionadas à gestão”, iniciam-se as “atividades de cunho clínico” 6 Conjunto de ações que visam assegurar que o medicamento prescrito chegue de forma correta ao paciente, distinto do simples ato de entregar/comercializar medicamentos. Requer o gornecimento ao paciente de informações, ao paciente, sobre a doença, sobre o medicamento e seu uso racional e sobre a relação entre ambos, com o objetivo de alcançar o “sucesso” terap~eutico pretendido. Para a dispensação correta, é necessário o controle correto da seleção, aquisição, armazenamento e conservação dos produtos, reforçando o conceito de “CICLO” da Assistência Farmacêutica DISPENSAÇÃO PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP) Documento descritivo, contendo o conjunto de procedimentos utilizados na drogaria, com objetivo de padronizar as ações, garantindo a preservação da qualidade dos produtos, a uniformidade dos serviços e a segurança dos profissionais e usuários. Apresentação da forma farmacêutica, posologia, apresentação, método de administração e duração do tratamento; Apresentação da data, assinatura, carimbo e número de inscrição do profissional prescritor no respectivo Conselho Regional, de forma a facilitar sua identificação A PRESCRIÇÃO Substâncias e/ou Medicamentos Sujeitos a Controle Especial Portaria SVS/MS 344/98 = ESTUDAR E TRAZER PARA PRÓXIMA AULA Denominação Comum Brasileira (DCB) Denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovada pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária. Denominação Comum Internacional (DCI) Denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo recomendada pela Organização Mundial de Saúde. DEFINIÇÕES IMPORTANTES Especialidade Farmacêutica produto industrializado com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e disponível no mercado. Medicamento Magistral Fórmula definida pelo profissional prescritor (médico ou dentista), de acordo com necessidades especiais do paciente, para ser encaminhada à uma farmácia com manipulação, para produção e dispensação. MEDICAMENTOS CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A LEI 9.787 / 99 Genérico Medicamento similar a um produto de referência ou inovador, quese pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI; Similar Terapêutico Contém o(s) mesmo(s) princípio(s) ativo(s), apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência, registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. Referência Produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro; DEFINIÇÕES IMPORTANTES INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS (incluindo os da Portaria SVS/MS 344/98) A intercambialidade pode ser feita com medicamento de controle especial ou não. A Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, que entre outras providências estabelece o medicamento genérico no país, em seu art. 3º, item XXIII, define produto farmacêutico intercambiável como “equivalente terapêutico de um medicamento de referência, comprovados, essencialmente, os mesmos efeitos de eficácia e segurança”. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/genericos/lista/display0110.pdf Os farmacêuticos responsáveis técnicos das farmácias e drogarias devem: Esclarecer o usuário sobre a existência do medicamento genérico, substituindo, se for o caso, o medicamento prescrito exclusivamente pelo medicamento genérico correspondente, salvo restrições expressas de próprio punho consignadas no documento pelo profissional prescritor; O farmacêutico não deverá indicar ou dispensar medicamentos similares em substituição à prescrição dos medicamentos genéricos, registrados e comercializados, mesmo que não possua genéricos no estoque. Se o paciente deseja a substituição do medicamento de marca prescrito por um similar, o farmacêutico deverá entrar em contato com o prescritor sobre a viabilidade da substituição, informando-o sobre o volume ou a quantidade do similar, seus dados de biodisponibilidade, indicando no verso da receita o procedimento e a autorização do prescritor. INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS (incluindo os da Portaria SVS/MS 344/98)
Compartilhar