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Redes de Computadores 
Prof. M.Sc Fabiano Costa Teixeira 
U N I D A D E 2 
 2 Camada Física 
 2.1 Considerações Iniciais 
Conforme visto na unidade 1, a camada física é responsável pela transmissão do sinal que é 
utilizado para representar os dados enviados por uma rede de computadores. 
Nessa unidade de ensino serão apresentados alguns conceitos básicos sobre a camada física, 
meios e formas de transmissão e algumas tecnologias utilizadas atualmente. Nesse curso é realizada 
uma abordagem mais tecnológica sobre essa camada, pois um maior aprofundamento nas teorias de 
transmissão de sinais requer um estudo mais longo sobre algumas propriedades físicas. 
Partes dessa unidade foram retiradas do material gentilmente cedido pelo Prof. Dr. Iran 
Calixto Abrão. Muito obrigado! 
 2.2 Meios de Transmissão 
(Material cedido pelo Prof. Dr. Iran Calixto Abrão) 
A transmissão da informação através de sistemas de comunicação pressupõe a passagem de 
sinais através dos meios físicos de comunicação que compõem as redes. Esses sinais possuem 
propriedades físicas e apresentam uma série de questões tecnológicas que influenciam a construção 
e o projeto de redes de computadores. 
A forma de conexão física entre dois nós da rede teve início com o cabo serial e depois 
surgiram o cabo coaxial, o par trançado, a fibra ótica, o infravermelho, as ondas de rádio, a rede 
elétrica, etc. 
O processo de comunicação envolve a transmissão de informação de um ponto a outro através 
de uma sucessão de processos, a saber: 
1. A geração de uma idéia, padrão ou imagem na origem. 
2. A descrição dessa idéia, com uma certa medida de precisão, por um conjunto de símbolos. 
3. A codificação desses símbolos em uma forma propícia à transmissão em um meio físico 
disponível. 
4. A transmissão desses símbolos codificados ao destino. 
5. A decodificação e reprodução dos símbolos. 
6. A recriação da idéia transmitida – com uma possível degradação de qualidade – pelo 
destinatário. 
Os sinais transmitidos podem ser analógicos ou digitais. Os termos analógico e digital 
correspondem, de certa maneira, à variação contínua e discreta respectivamente. Esses termos são 
freqüentemente utilizados no contexto de comunicação de dados para qualificar tanto a natureza das 
informações quanto a característica dos sinais utilizados para a transmissão através de meios físicos. 
 
 Sinal Analógico Sinal Digital 
 
2.2.1 Banda Passante 
A Banda passante de um sinal é o intervalo de freqüências que compõem este sinal. A largura 
de banda desse sinal é o tamanho de sua banda passante, ou seja, a diferença entre a maior e a 
menor freqüência que compõem o sinal. Por exemplo, o sinal de voz transmitido em um telefone 
utiliza das freqüências entre 300 e 3400Hz, o que significa uma largura de banda de 3100Hz. 
Nenhum meio de transmissão é capaz de transmitir sinais sem que haja perdas de energia 
durante o processo. Perdas de energia significam reduções na amplitude de sinais componentes. A 
proporção da perda para cada freqüência do espectro é uma característica do meio. Desta forma, o 
meio de transmissão atua como um filtro sobre o sinal, que sofrerá uma perda em cada uma de suas 
componentes de acordo com a curva característica do ganho daquele meio físico, ocasionando 
distorções no sinal resultante. É chamada de banda passante do meio físico aquela faixa de 
freqüências que permanece praticamente preservada pelo meio. 
Sempre que a banda passante de um meio físico for maior ou igual à banda passante 
necessária para um sinal, podemos utilizar este meio para a transmissão do sinal. 
Na prática, a banda passante necessária para um sinal é, em geral, bem menor que a banda 
passante dos meios físicos disponíveis. 
 
2.2.2 Modulação 
Em um sistema de telecomunicação a transmissão de dados por um meio físico é realizada 
por meio de uma onda portadora. No entanto, essa onda portadora necessita ser alterada de forma a 
representar os dados que estão sendo por ela transportados. Essa modificação da onda é denominada 
de modulação. A seguir são apresentadas três formas de modulação: 
• Modulação por Amplitude (Amplitude Modulation – AM): Nessa forma de modulação duas 
amplitudes de sinal podem ser utilizadas para representar 0 e 1. 
• Modulação por Freqüência (Frequency Modulation – FM): Para representar os dados 
transmitidos a freqüência do sinal é alterada. 
• Modulação por Fase (Phase Modulation – PM): Ocorre um deslocamento (em graus) da 
onda portadora. 
 
2.2.3 Modos de transmissão 
(Material cedido pelo Prof. Dr. Iran Calixto Abrão) 
Dependendo do meio e dos recursos eletrônicos aplicáveis, o fluxo dos dados entre dois nós 
pode ocorrer segundo alguns modos de operação: 
• Simplex: o canal lógico ou físico é unidirecional (semelhante a uma rua de sentido único). 
 
 
 
• Half-duplex: o fluxo de dados funciona nos dois sentidos, mas não de forma simultânea 
(semelhante a uma rua com sentido duplo que está em obras, pois a cada intervalo de tempo é 
N N
liberado o tráfego em um sentido) 
 
• Full-duplex: o fluxo de dados opera nos dois sentidos simultaneamente (semelhante a uma rua 
de sentido duplo onde os carros trafegam em ambos os sentidos ao mesmo tempo). Necessita de 
2 canais operando no modo simplex. 
 
 
2.2.4 Meios de transmissão de dados 
Os meios de transmissão são divididos como meios guiados e não guiados. A idéia é 
considerar a necessidade de um canal único de passagem da transmissão, como um cabo ou a 
difusão da transmissão, como na comunicação por infravermelho. A figura abaixo ilustra quais 
meios se enquadram como guiados e não guiados. 
 
Algumas observações sobre os meios de transmissão: 
• Na transmissão por sinais elétricos, dependendo do meio e dos recursos providos pelas 
interfaces, temos a transmissão de dados operando em modo FULL ou HALF-DUPLEX. 
• Na transmissão por sinais óticos, a transferência da informação também apresenta características 
N N
N N
em modo HALF-DUPLEX (mono canal) e FULL-DUPLEX (infravermelho e par de fibras com 
sentido exclusivo). 
• Na transmissão por sinais magnéticos são utilizadas normalmente ondas de rádio e elas cobrem 
grandes distâncias. Neste meio, a onda eletromagnética representa uma portadora da informação 
e opera em freqüências elevadas. 
Todos esses meios de transmissão seguem padrões de transmissão desenvolvidos pelas 
principais empresas envolvidas com pesquisas nessa área, tais como: 
• AT&T - Syntimax PDS - 1991 
• Digital - Open DECconnect - 1986 
• Hewlett-Packard 
• IBM - IBM Cabling System - 1985 
Outras entidades são responsáveis por certificarem os padrões, que a partir desse momento 
passam a serem adotados pelos fabricantes de equipamentos e cabos. São elas: 
• IEEE (Institute of Electrical and Eletronics Engineer) 
• EIA/TIA (Eletronic Industries Association) 
• UL (Underwriters Laboratories) 
• ANSI (American National Standards Institute) 
• FCC (Federal Communications Commission) 
• NEC (National Electric Code) 
2.2.5 Interferência na Transmissão 
Os meios de transmissão podem sofrer interferências de várias naturezas, mas as principais 
são: 
• Interferência Eletromagnética (EMI): campos magnéticos. 
• Interferência Radiofreqüência (RFI): transmissores de rádio, relês e comutadores, termostatos e 
lâmpadas fluorescentes. 
A tabela abaixo apresenta algumas fontes de interferências facilmente encontradas. 
 
Para minimizar os problemas de interferência, os meios de transmissão utilizam algumas 
técnicas, tais como: 
• Técnica de blindagem, exemplo: aumento do diâmetro x custo. 
• Técnica de cancelamento, exemplo: campos opostos e trancamento de cabos. 
 2.3 Cabos e Conectores 
(Material cedido pelo Prof. Dr.Iran Calixto Abrão) 
Para conectarmos dois nós da rede é preciso utilizar o cabo e os conectores corretos para o 
meio físico escolhido. Quando for necessário comunicar dois meios distintos é necessário utilizar 
um equipamento específico (conversor). Alguns padrões: 
• UTP (par trançado): 
o Full (RX+,RX-,TX+,TX-,CD+,CD-,Link+,Link-). 
o Half (RX+,RX-,TX+,TX-). 
• AUI: Mesmos sinais do UTP + alimentação (12V, GND, +/-5V). 
• BNC: malha (externo)+alma (interno). 
• FL: conectores idênticos aos de som. 
 
 
Para o cabeamento utilizamos a codificação: wBASEx 
onde: w - velocidade de comunicação 
 x - meio (2 - cabo coaxial fino, 5 - cabo coaxial, T - par trançado, FL fibra ótica, etc.) 
Exemplos: 10Base2, 10Base-T, 10Base-FL 
2.3.1 Cabo UTP 
O cabo de par trançado pode ser: 
• UTP ( Unshielded Twisted Pair) 
• STP ( Shielded Twisted Pair) 
• 2 ou 4 pares 
• Topologia de ligação: ponto a ponto 
• Distância máxima: 100m 
 
Há atualmente sete categorias UTP de acordo com as suas especificações: 
• Categoria 1: Suporta os requisitos para transmissão de voz ( POTS – plain old telephone 
service) velocidade de transmissão de até 19.2000bps. 
• Categoria 2: Suporta os requisitos de uma rede Token Ring 4Mbps.Correspondente a 
categoria 3, definido pela IBM. 
• Categoria 3: Suporta os requisitos de uma rede Ethernet (10Mbps) em par traçado.Usa uma 
banda de 10Mhz. 
• Categoria 4: Usa uma banda passante de 200Mhz e suporta a velocidade de 16Mbps para 
rede Token Ring e 20Mbps para ARCNet. 
• Categoria 5: Utiliza uma banda passante de 100Mhz e suporta taxas de até 100Mbps desde 
que o cabo não tenha mais que 100 metros. 
• Categoria 6: Usa banda passante de até 250 MHz e pode ser usado em redes gigabit 
ethernet a velocidade de 1.000 Mbps. Esta categoria é recomendada pela norma EIA/TIA-
568-B). 
• Categoria 7: Permite a criação de rede 10 gigabit Ethernet de 100m usando fio de cobre. 
 
 
Existem duas formas de se montar um cabo UTP: normal e crossover (invertido). O cabo 
normal é montado ligando em cada ponta os conectores da mesma maneira, ou seja, TX com TX e 
RX com RX. Isto ocorre devido ao fato dos equipamentos de rede (hub, switch, roteador, etc.) 
fazem a troca dos sinais TX e RX. Quando vamos ligar dos computadores direto, utilizamos a 
ligação invertida, ou seja, crossover. A figura abaixo ilustra este problema. 
 
 
Já os cabos de pares trançados blindados (STP) combinam as técnicas de blindagem e 
cancelamento para proteger o cabo contra a degradação do sinal. São de dois tipos: 
• STP de 100 ohms: Utilizado em Redes Ethernet, aumenta a resistência contra interferência 
eletromagnética/interferência de radiofreqüência do fio de par trançado. A blindagem não 
faz parte do circuito de dados, por isso tem que ser aterrada, pois se não for a blindagem irá 
se transformar em uma antena e os seus problemas se multiplicarão. 
• STP de 150 ohms: Usa a técnica de blindagem redundante, uma vez que o cabo é blindado, 
para reduzir a interferência eletromagnética e a interferência radiofreqüência, como cada par 
de fios trançados é separado um do outro por uma blindagem, o que faz diminuir a diafonia. 
Além do mais, cada par é trançado para que os efeitos do cancelamento sejam aproveitados. 
 
 
2.3.2 Cabos Ópticos 
O sistema de transmissão ótico tem três componentes: 
• O meio de transmissão: fibra ultra fina de vidro ou sílica fundida. 
• O emissor de luz: um led ou laser emite luz quando uma corrente elétrica é aplicada. 
• O detector: um fotodiodo gera um pulso elétrico quando recebe luz. 
 
Quando a luz passa de um meio para o outro, ela sofre uma reflexão total interna, voltando 
para o meio anterior. Assim, a luz se propaga pela fibra através de múltiplas reflexões internas. 
 2.4 Equipamentos 
(Material cedido pelo Prof. Dr. Iran Calixto Abrão) 
Vários equipamentos podem ser utilizados numa rede. Alguns com finalidade de atuarem 
somente nos meios físicos e nas camadas de hardware do modelo OSI, outros com possibilidade de 
atuarem também nas camadas de software. Historicamente os equipamentos surgem e com o tempo 
passam a fazer parte de equipamentos mais complexos e completos, como é o caso dos repetidores. 
A seguir são apresentados alguns equipamentos e suas características. Os switches e bridges serão 
abordados na próxima unidade, pois precisam do conhecimento sobre a camada de enlace para que 
seu funcionamento seja compreendido. 
2.4.1 Placa de Rede 
A placa de rede serve para a preparação dos quadros (frames) para que possam ser enviados 
pelos cabos. A placa de rede gera os bits de um quadro no sentido de enviá-lo para o meio físico, 
quando eles passam do computador para o cabo; e converte os bits de um quadro quando eles 
chegam do meio físico para a máquina. 
Em uma placa de rede Ethernet, padrão mais utilizado atualmente, cada placa de rede tem seu 
próprio e único endereço MAC (Media Access Control), endereço físico, que ela fornece quando os 
quadros são postos na rede. Uma placa de rede atua até a camada dois do modelo OSI. 
2.4.2 Modens 
O Modem (Modulador e Demodulador) é o equipamento responsável por converter seriais 
digitais em sinais analógicos a serem transmitidos na rede pública e vice-versa. Este equipamento 
atua no nível de hardware, ou seja, no máximo até a camada dois do modelo OSI. Existem vários 
tipos de modems e que atendem aos mais diversos padrões e aplicações. 
A figura abaixo ilustra o primeiro Modem, um modem com conexão via fibra, uma placa de 
modem tradicional e um modem moderno. 
 
2.4.3 Hub 
O termo Hub é um termo genérico usado para definir qualquer tipo de dispositivo 
concentrador. Ele atua somente na camada um do modelo OSI e tem as seguintes características: 
• Todo Hub é um repetidor, mas nem todo repetidor é um Hub. 
• Replica em todas as suas portas as mensagens recebidas das máquinas da rede. Se uma 
máquina envia um quadro de dados para outra, todas as demais máquinas recebem 
esse quadro ao mesmo tempo. 
• Redes Ethernet ligadas em estrela não possuem qualquer diferença em termos de 
funcionamento de uma rede Ethernet ligada em barramento, do ponto de vista do tráfego de 
dados. Um Hub não possui a capacidade de aumentar o desempenho da rede, como ocorre 
com o switches. 
• Facilidade de se identificar um defeito, pois isola os problemas que ocorrem nos 
equipamentos ou cabos de uma rede local. 
• Concentradores de cabos que não possuem qualquer tipo de alimentação elétrica são 
chamados hubs passivos. Exemplo: Path Panels. Já os Hubs ativos regeneram os sinais que 
recebem de suas portas, antes de enviá-lo para todas as portas. 
 
É recomendado que seja vista a animação “Funcionamento do Hub”. 
2.4.4 Conversores de meio físico 
Os conversores de meio físico atuam na camada física. São dispositivos de muita utilidade, 
pois permitem adaptar as interfaces para outro padrão de cabeamento. Vários dispositivos como 
Hubs e Switches incorporam conversores dentre suas portas. 
 
2.4.5 Repetidor 
Atua no nível físico para amplificar o sinal elétrico (restaurar o sinal atenuado) e estender o 
alcance do barramento da rede. Com o advento do cabeamento com par trançado e principalmente 
das fibras, esse tipo de equipamento deixou de ser utilizado, já que os hubs são capazes de realizar 
essa função. 
 2.5 DSL 
Conforme visto na subseção 2.2.1 um sinal é constituído por um conjunto de freqüências e um 
determinado material tem as as freqüências que ele consegue transmitir. 
POTS (Plain Old Telephone Service) é o serviço de telefonia que vem sendo utilizado por 
residências e empresas. Para representar um sinal de voz são utilizadas as freqüências localizadas na 
faixa entre 300 e 3400Hz, o que afere uma largura de banda de 3100Hz. Ascentrais telefônicas 
conseguem operar com uma largura de banda bem maior que essa: cerca de 1100KHz . Dessa 
forma, há uma faixa de freqüência suportada pelo meio físico que não é utilizada. 
Quando uma conexão discada (Dial-up) é utilizada faz-se uso da faixa de freqüências 
disponibilizada para o POTS, por isso tem-se uma velocidade limitada que com o passar do tempo 
foi sendo melhorada por meio de novas técnicas de modulação do sinal. 
O serviço DSL (Data Subscriber Line) é também baseado na utilização da linha de um 
assinante do serviço telefônico. No entanto, é feito uso da faixa de freqüência aceita pelo meio 
físico que não é utilizada pelo POTS. Se uma análise rápida for feita percebe-se que a largura de 
banda sobressalente é bastante maior que aquela utilizada para transmitir os sinais de voz pelo 
método convencional de telefonia. Por isso, pode-se dizer que o DSL é um serviço de Banda 
Larga. 
Uma vez que o DSL utiliza uma faixa de freqüência diferente daquela utilizada pelo POTS, é 
UI 
UI 
J45 
NC 
possível que ao mesmo tempo que os dados são trafegados o serviço de telefone convencional 
também possa ser utilizado. Para garantir que não exista interferência entre esses sinais uma faixa 
de aproximadamente 17KHz entre as duas bandas não é utilizada. 
Na central telefônica existe um spliter (divisor) que tem a função de receber os sinais de voz e 
dados e enviá-los para o encaminhamento e tratamento específicos de cada um. 
A distância percorrida em uma transmissão faz com que exista perda de potência no sinal 
transmitido e, por conseqüência, operação em menores velocidades. Usuário que estejam 
localizados a uma grande distância das centrais telefônicas precisam ter seus sinais amplificados e 
muitas vezes esse amplificador filtra as freqüência permitindo a passagem apenas da faixa 
específica para POTS, o que determina que em alguns pontos da cidade usuários não possam ter 
acesso ao serviço. 
Quando uma operadora de serviços telefônicos oferta um serviço DSL a uma determinada 
velocidade ela pode calcular até qual distância da central as perdas de potência permitem que o 
usuário final consiga um acesso a essa velocidade. Por isso, ela pode estipular que esse serviço é 
ofertado para usuários com distância máxima de x metros da central. 
2.5.1 ADSL 
O ADSL é um produto da família DSL. A letra “A” da sigla resume perfeitamente sua 
característica básica: Assimetria! 
Nesse tipo de serviço a faixa de freqüência utilizada para download de dados (dados 
trafegados no sentido da central para o usuário) é maior que aquela disponibilizada para upload (no 
sentido do usuário para a central). Dessa forma, esse tipo de serviço é bastante interessante para o 
usuário doméstico, pois na maior parte do tempo ele está recebendo dados da internet. Se pensar em 
um servidor de dados onde na maior parte do tempo os dados são enviados para a internet esse 
serviço talvez não seja o mais interessante. 
 2.6 Topologias de Redes 
As redes são organizadas fisicamente conforme critérios de aplicação, financeiro e 
tecnológico. Esta organização deveria sempre ser bem planejada desde o projeto inicial da rede, 
pois muitos problemas que ocorrerem com uma rede de computadores é fruto da topologia adotada. 
O termo topologia de rede faz referência a um arranjo topológico interligando os vários 
módulos processadores através de enlaces físicos (meios de transmissão) e de um conjunto de 
regras com o fim de organizar a comunicação (protocolos). 
A topologia de uma rede de comunicação refere-se à forma com que os enlaces físicos e os 
nós de comutação estão organizados, determinando os caminhos físicos existentes e utilizáveis entre 
quaisquer pares de estações conectadas a essa rede. 
Se for pensado na ligação mais simples possível, tem-se a ligação de dois computadores. Esta 
ligação é chamada ponto-a-ponto. A desvantagem desta “rede” é o fato dela não poder ser ampliada. 
 
 
 
2.6.1 Topologia Barramento 
Se os computadores estão conectados em uma fila ao longo de um único cabo (segmento), a 
topologia é denominada como um barramento. Lembre-se que os computadores ligados a um hub 
também formam uma rede em barramento! 
 
 
Os computadores em uma rede de barramento comunicam-se endereçando os dados a um 
computador em particular e inserindo estes dados no cabo sob a forma de sinais eletrônicos. 
Algumas considerações: 
• Envio do sinal: os dados são enviados para todos os computadores na rede. As informações são 
aceitas apenas pelo computador para qual é endereçado. 
• Repercussão do sinal: os dados viajam de uma extremidade a outra do cabo. 
• Terminador: para impedir que o sinal repercuta, um componente chamado terminador é 
colocado em cada extremidade do cabo. 
As vantagens na adoção da topologia barramento: 
• Uso de cabos com economia. 
• Mídia barata e fácil de trabalhar. 
• Simples, confiável. 
• Fácil de ampliar. 
As desvantagens ao utilizar uma rede em barramento: 
• Rede pode ficar lenta com tráfego intenso. 
• Problemas difíceis de serem isolados. 
• Rompimento dos cabos pode afetar muitos usuários. 
Quando o tamanho do barramento não é suficiente para alcançar todos os equipamentos, é 
necessário utilizar repetidores para interligarmos dois barramentos. 
Neste tipo de rede não existe hierarquia, no que se diz a respeito à ordem de transmissão dos 
dados, cada estação de trabalho que deseja transmitir pode fazê-lo sem que tenha que esperar por 
algum tipo de permissão, podendo com isso vir a ocasionar o que se chama de “colisão de dados” 
(mistura de duas ou mais mensagens no transcorrer da transmissão), impedido que estes sejam 
reconhecidos pela estação destinatário. Um outro ponto ruim desta concorrência pelo meio é o fato 
de placas de rede mais novas ou de melhor qualidade terem o processo de verificação de acesso ao 
meio mais rápido do que outras, o que faz com que alguns usuários reclamem que o acesso a rede 
está mais lento no computador dele. 
2.6.2 Topologia Anel 
A topologia anel conecta os computadores em um único círculo de cabos. Não há 
extremidades terminadas. Os sinais viajam pela volta em uma direção e passam através de cada 
computador. Cada computador atua como um repetidor para amplificar o sinal e enviá-lo para o 
seguinte. Como o sinal passa através de todos os computadores, a falha em um computador pode ter 
impacto sobre toda a rede. 
Os computadores numa rede em anel são capazes de trocar dados em qualquer direção, mas as 
configurações mais usadas são unidirecionais, de forma a tornar menos sofisticados os protocolos 
de comunicação que asseguram a entrega da mensagem corretamente e em seqüência ao 
destinatário. 
Quando a mensagem é enviada, esta entra no anel e circula até ser retirada pelo nó do 
destinatário, ou então até voltar ao nó fonte, dependo do protocolo utilizado. Este último 
procedimento é mais desejável porque permite o envio simultâneo de um pacote para múltiplas 
estações e além do mais permite que determinadas estações recebam pacotes enviados por qualquer 
outra estação de rede, independente de qual seja o nó destinatário. 
Esta topologia é também chamada de Ring, cuja principal solução é chamada de Token Ring, 
ou passagem de token. Desta forma, o computador que está de posse do Token podem enviar seus 
pacotes. Quando o seu tempo termina, ele passa o token para o próximo computador que repete o 
processo. 
 
 
 
 
São 
 
 
 
 
 
São vantagens de topologia: 
• Acesso idêntico para todos os computadores. 
• Desempenho uniforme, a despeito de muitos usuários. 
São desvantagens da topologia anel: 
• Falha de um computador pode afetar o restante da rede . 
• Problemas difíceis de serem isolados. 
• Equipamentos caros. 
• Reconfiguração da rede interrompe o funcionamento.1.3 Topologia Estrela 
É a topologia mais utilizada nos dias atuais, pois os switches, aqui chamados de elementos 
centrais, caíram muito de preço e possibilitaram a adoção desta topologia em detrimento da 
topologia barramento, mais utilizada anteriormente. Sendo assim, quando dois computadores 
estiverem trocando informações, outros dois computadores poderão estar fazendo a mesma 
operação. 
Na topologia de estrela, os computadores são conectados por segmentos de cabo a um 
componente centralizado. Os sinais são transmitidos a partir do computador que está enviando 
através desse elemento até todos os computadores na rede a quem a informação se destina. 
A ligação entre um computador e o elemento central é a ponto-a-ponto. Se o ponto central 
falhar a rede inteira cai. Se um computador falhar, ele não poderá receber dados, mas o restante 
continua. Estas condições são importantes para o sucesso deste tipo de topologia. 
 
 
São vantagens da topologia estrela: 
• Fácil de modificar e acrescentar novos computadores. 
• Monitoração e gerenciamento centralizados. 
• Falha em um dos computadores não afeta o restante da rede. 
A principal desvantagem desta topologia é o fato de que se o ponto de centralização falhar, a 
rede falha. 
 
 
 
2.6.3 Comparação 
Na tabela abaixo temos um quadro comparativo com os principais pontos de cada topologia. 
Tipos de Topologias Ponto Positivos Pontos Negativos 
Topologia Estrela • É mais tolerante a falhas 
• Fácil de instalar usuários 
• Monitoramento centralizado 
• Custo de Instalação maior porque 
recebe mais cabos 
Topologia Anel 
(Token Ring) 
• Razoavelmente fácil de instalar 
• Requer menos cabos 
• Desempenho uniforme 
• Se uma estação para todas param 
• Os problemas são difíceis de isolar. 
Topologia Barramento • Simples e fácil de instalar 
• Requer menos cabos 
• Fácil de entender 
• A rede fica mais lenta em períodos 
de uso intenso. 
• Os problemas são difíceis de isolar. 
 
2.6.4 Crescimento da Rede 
A expansão da rede normalmente está limitada a aspectos financeiros, físicos e produtivos de 
uma empresa. Pensando no lado tecnológico, a expansão da rede é condicionada a quantidade de 
portas disponíveis no elemento responsável pela integração da rede, classicamente um switch ou 
hub. Quando o número de portas não pode ser ampliado, a solução é expandir a rede interligando-a 
a outra rede, normalmente de mesma topologia. As figuras abaixo ilustram essas situações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outro exemplo, redes ainda separadas: 
 
Redes integradas: 
 
 
Desta forma, as redes podem se expandir ou integrar-se a outras redes. É importante lembrar 
que ao expandir uma rede, muitas vezes perpetuamos suas vantagens, mas fazemos suas 
desvantagens se aflorarem. Já a integração de redes de topologia distinta envolve o uso de 
equipamentos bem configurados e robustos para dar suporte a esta integração. 
 2.7 Considerações Finais 
Essa unidade de ensino apresentou algumas características básicas da camada física. Muitos 
outros assuntos poderiam ser abordados nessa camada, no entanto estaria fora do contexto 
estipulado para esse curso, pois requer uma maior concentração em teorias matemáticas e físicas. 
Na próxima unidade de ensino será abordada a camada de enlace. Essa camada é bastante 
interessante pois será utilizada como base a tecnologia Ethernet que é aquela que a grande maioria 
dos usuários de redes de computadores estão habituados a utilizar.

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