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* CAP. V – CAPTAÇÃO DE ÁGUAS DE SUPERFÍCIE Saneamento Básico Profª. Giovana Carla E. Fleury Rio Douro, Portugal * 5.1 – Considerações Iniciais Captação: - É o conjunto de estruturas e dispositivos construídos ou montados junto ao manancial, para tomada de água para o abastecimento. - Deve assegurar em qualquer época do ano condições de fácil entrada de água. - São estruturas construídas dentro da água por isso sua ampliação é muito trabalhosa. * 5.1 – Considerações Iniciais Captação: - Normalmente localizam-se em pontos baixo em relação a cidade → conjunto de bombas elevatórias. De um modo geral as captações são feitas: - Cursos de água; - Represa. * Manancial Superficial Manancial é a fonte para o suprimento de água, sendo que os mananciais superficiais são geralmente constituídos pelos córregos, rios, lagos e represas. O Manancial dever preencher os requisitos mínimos de: - Qualidade (aspectos físicos, químicos, biológicos e bacteriológicos); - Quantidade; * Manancial Superficial Os principais fatores que alteram a qualidade da água dos mananciais são: Urbanização; Erosão e assoreamento; Recreação e lazer; Indústrias e minerações; Resíduos Sólidos; Águas pluviais; Resíduos Agrícolas; Esgotos Domésticos * Erosão * Manancial Superficial Medidas de Controle dos Mananciais : - De caráter Corretivo; - De caráter Preventivo. Medidas de Caráter Corretivo (Mota, 1995): Implantações de Estações de Tratamen-to de Esgoto nas fontes poluidoras; O Brasil possui a maior disponibilidade hídrica do planeta (13,8%). Grandes Bacias: Amazonas, Paraná e São Francisco. * Manancial Superficial Principais medidas aplicadas ao próprio manancial: Eliminação de microrganismos patogê-nicos e remoção de algas; Remoção de lodos do fundo; Aeração da água; * Manancial Superficial Medidas de Caráter Corretivo (Mota, 1995) (Continuação): Instalação de ETAs, dotadas de tecnologia compatível com a qualidade da água. * Manancial Superficial Medidas de Caráter Preventivo (Mota, 1995): Implantação do Sistema de coleta e tratamento de esgotos domésticos, industriais e outros; Planejamento do uso e da ocupação do solo (zoneamento e áreas especiais de proteção); Controle da erosão, do escoamento superficial da água e da vegetação; Avaliação prévia dos impactos ambientais. * Manancial Superficial Devido a degradação cada vez maior dos mananciais localizados próximo as áreas urbanas é necessário estabelecer programas e ações voltadas para a proteção dos mananciais. Uso prioritário uso para abastecimento humano. * Padrão de Potabilidade da Água – Portaria do MS nº 2.914 de 12/12/2011 Água potável a água para o uso humano deve atender a critérios rigorosos de qualidade, e para isso, não deve conter elementos nocivos a saúde e nem possuir sabor, odor, ou aparência desagradável. Os padrões de potabilidade da água são definidos pela Portaria nº 2.914 de 12/12/11. A Portaria nº 518 de 25/03/2004 foi substituída pela Portaria nº 2.914 de 12/12/11. O padrão de potabilidade define o limite máximo para cada elemento ou substância química. * Escolha do Manancial Na seleção do manancial considerar: Vazão suficiente para atender a demanda prevista para o alcance do plano: Garantia de Qualidade ; Proximidade do consumo; Locais favoráveis a construção da captação; Transporte de sedimentos pelo curso de água. * Escolha do Manancial Estudos Hidrológicos: É necessário conhecer o regime de vazões (vazão mínima e máxima) e a variação da cota do nível de água. Na falta de estudos hidrológicos deve se fazer medições e investigações (pessoas conhecedoras da região). * 5.2 Captação de Água em Cursos de Água Tipos de Captação: Captação a Fio da Água: quando a vazão a ser retirada é menor que a vazão mínima do manancial (Qd < Qmín). Reservatório de Regularização: quando a vazão a ser retirada é maior que vazão mínima do rio em alguns períodos do ano. Nesse caso a vazão média do rio deve ser maior do que a vazão de retirada (Qd > Qmín e Qd < Qm). * 5.2.1 – Escolha do Local de Captação Escolha do local da Captação devem ser investigados: - Possíveis focos de contaminação; - Geologia ou natureza do solo: - Caracterização da água; - Levantamento topográficos; - Batimetria do curso de água; - Sondagens geotécnicas. * 5.2.1 – Escolha do Local de Captação De um modo geral as obras de captação deverão ser implantadas: - Preferencialmente em trechos retilíneos do curso de água ou quando for curva, na margem côncava, onde a velocidade da água é maior. - Considerar a necessidade de acesso ao local de captação em qualquer época do ano; - Local a salvo de inundações; - As estradas de acesso devem propiciar livre trânsito em qualquer época do ano. * 5.2.1 – Escolha do Local de Captação Trecho retílineo Trecho em curva * 5.2.2 – Partes Constituintes de uma Captação Na maior parte dos casos, as partes constituintes das captações são: Barragem; Tomada de água; Gradeamento; Desarenador; Dispositivos de controle; Canais e tubulações. * 5.2.2 – Partes Constituintes de uma Captação a) Barragem de Regularização Geralmente é construída quando as vazões médias do curso de água são superiores as necessidades de consumo, entretanto, as vazões mínimas são inferiores. Portanto a água será acumulada durante os períodos chuvosos para atender os períodos de estiagens. * 5.2.2 – Partes Constituintes de uma Captação a) Barragem de Nível É uma obra executada em curso de água para elevar o nível do manancial a uma cota pré-determinada. Geralmente, essa cota é para manter uma submergência adequada na tomada de água. * 5.2.2 – Partes constituintes de uma captação Tomada de Água Dispositivos destinados a conduzir a água do manancial para as demais partes da captação. Tipos de Tomada de Água: a) Tomada de água com barragem de nível, gradeamento, caixa de areia, e estação elevatória. * 5.2.2 – Partes constituintes de uma captação * 5.2.2 – Partes constituintes de uma captação Tomada de Água b) Tomada de água através de tubulação. * 5.2.2 – Partes constituintes de uma captação * 5.2.2 – Partes constituintes de uma captação C) Tomada de água direto por bomba: * 5.2.2 – Partes constituintes de uma captação * * 5.2.2 – Partes constituintes de uma captação Gradeamento As grades e as telas são dispositivos que devem ser utilizados em captações superficiais de água. As grades são constituídas de barras paralelas destinadas a impedir a passagem de materiais grosseiros, flutuantes ou em suspensão. Grade grosseira: espaçamento de 7,5 a 15 cm Grade fina: 2 a 4 cm. * 5.2.2 – Partes constituintes de uma captação Gradeamento As grades podem ser de limpeza mecânica ou manual. Mas para vazões maiores que 500 L/s sugere-se empregar limpeza mecânica. Desarenador - Dispositivos por onde a água passa com velocidade reduzida, havendo um processo de sedimentação. * 5.2.2 – Partes constituintes de uma captação Desarenador Velocidade crítica de sedimentação das partículas igual ou inferior a 0,021 m/s; Velocidade de escoamento longitudinal igual ou inferior a 0,3 m/s; Comprimento do desarenador dever ser multiplicado por 1,5 (coeficiente de segurança) para não haver turbulência na entrada e saída. * 5.4 – Partes constituintes de uma captação Dispositivos para controlar a entrada de água Destinam-se a regular a entrada de água para o sistema para manutenção. Comportas: dispositivos de vedação constituídos de uma placa movediça que desliza em sulcos ou canaletas verticais. São instaladas normalmente em canais. * 5.4 – Partes constituintesde uma captação Válvulas ou registro: são dispositivos que regulam ou interrompem o fluxo de água. Adufas: são peças semelhantes a comporta e são ligadas a um segmento de tubo. * 5.4 – Partes constituintes de uma captação Canais e tubulações de interligação A ligação entre o manancial e o desarenador ou ao poço de sucção das bombas é feita por meio de canais abertos ou de tubulações fechadas. A ligação por meio de tubos é mais comum no meio do manancial ou quando as margens são elevadas em relação ao nível de água. * 5.4 – Partes constituintes de uma captação Poço de sucção Os poços de sucção destinam-se a receber as tubulações e peças que compõem a sucção das bombas e a conter água para suprir as bombas que efetuam o recalque da água. O projeto deve prever condições que evitem a formação de vórtex ou de remoinhos no interior do poço de sucção. Quando houver várias tubulações de sucção é conveniente que o poço tenha vários compartimentos. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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