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Lei Penal no ESPAÇO

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Lei Penal no ESPAÇO
NO BRASIL, VIGORA O PRINCIPIO DA TERRITORIALIDADE, OU SEJA, A REGRA GERAL É A DE QUE DEVE SER APLICADA A LEI BRASILEIRA PARA CRIMES COMETIDOS DENTRO DO TERRITORIO BRASILEIRO.
IMPORTANTE:
POR TERRITÓRIO, DEVEMOS ENTENDER COMO TODO O SOLO BRASILEIRO, O ESPAÇO AEREO E O MAR, NA FAIXA DE 12 MILHAS DO LITORAL
TERRITORIALIDADE
AINDA COMO TERRITÓRIO BRASILEIRO, SÃO CONSIDERADOS:
1 - AS EMBARCAÇÕES E AERONAVES PERTENCENTES AO ESTADO BRASILEIRO (MUNICIPIO, ESTADO E UNIÃO), EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO ONDE SE ENCONTREM.
Ex.: Um crime de homicídio praticado dentro de um navio de guerra brasileiro, ancorado na Inglaterra, deve ser aplicada a lei brasileira.
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2 – AERONAVES E EMBARCAÇÕES PRIVADAS BRASILEIRAS QUE SE ACHEM EM ÁGUAS INTERNACIONAS E NO ESPAÇO AEREO CORRESPONDENTE
Ex. Se ocorrer um homicídio dentro de um navio particular brasileiro, e este estiver em águas internacionais, deve ser aplicada a lei brasileira.
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Mas uma vez, como toda a regra tem exceção, com princípio da territorialidade não poderia ser diferente:
Existe duas exceções a regra geral da territorialidade, em que a Lei brasileira vai ser aplicada mesmo em crimes cometidos fora do território nacional:
Extraterritorialidade Incondicionada - são as hipóteses previstas no inciso I do art. 7º.Diz-se incondicionada porque não se subordina a qualquer condição para atingir um crime cometido fora do território nacional. 
Extraterritorialidade Condicionada - são as hipóteses do inciso II e do § 3º. Nesses casos, a lei nacional só se aplica ao crime cometido no estrangeiro se satisfeitas as condições indicadas no § 2º e nas alíneas a e b do § 3º. 
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a) Nacionalidade ou personalidade ativa: aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por brasileiro fora do Brasil (CP, art. 7º, II, b). Não importa se o sujeito passivo é brasileiro ou se o bem jurídico afeta interesse nacional, pois o único critério levado em conta é o da nacionalidade do sujeito ativo.
b) Nacionalidade ou personalidade passiva: aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (CP, art. 7º, § 3º). Nesta hipótese, o que interessa é a nacionalidade da vítima. Sendo brasileira, aplica-se a lei de nosso país, mesmo que o crime tenha sido realizado no exterior.
c) Real, da defesa ou proteção: aplica-se a lei brasileira ao crime cometido fora do Brasil, que afete interesse nacional (CP, art. 7º, I, a, b e c). É o caso de infração cometida contra o Presidente da República, contra o patrimônio de qualquer das entidades da administração direta, indireta ou fundacional etc. Se o interesse nacional foi afetado de algum modo, justifica-se a incidência da legislação pátria.
Princípios para aplicação da extraterritorialidade
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d) Justiça universal (CP, art. 7º, I, d, e II, a): (Também conhecido como princípio da universalidade, da justiça cosmopolita, da jurisdição universal, da jurisdição mundial, da repressão universal ou da universalidade do direito de punir.) Todo Estado tem o direito de punir qualquer crime, seja qual for a nacionalidade do delinquente e da vítima ou o local de sua prática, desde que o criminoso esteja dentro de seu território. É como se o planeta se constituísse em um só território para efeitos de repressão criminal.
e) Princípio da representação (CP, art. 7º, II, c): a lei penal brasileira também é aplicável aos delitos cometidos em aeronaves e embarcações privadas quando realizados no estrangeiro e aí não venham a ser julgados.
Princípios para aplicação da extraterritorialidade
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Extraterritorialidade Incondicionada
No caso de extraterritorialidade Incondicionada, será aplicada a lei penal brasileira, mesmo que o crime seja praticado no estrangeiro:
Contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 	
Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do DF, de Estado, Território, Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
Contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
De genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
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Extraterritorialidade Condicionada
	Para estes tipos de crime praticado no estrangeiro, só será aplicada a Lei Brasileira, se preenchidos determinadas condições (por isto condicionada):
 Que por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
Praticados por brasileiro no exterior; 
Praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados; 
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CONDIÇÕES:
Entrar o agente em território nacional; 
Ser o fato punível também no país em que foi praticado;
Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro, ou não ter aí cumprido a pena.
Não ter sido o agente absolvido perdoado no estrangeiro ou por outro motivo não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
	Em qualquer destes casos, a pena cumprida no estrangeiro é descontada da pena que o criminoso irar cumprir no Brasil.
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Eficácia da Sentença Estrangeira
No Brasil, uma sentença criminal só terá validade no Brasil se observados certos requisitos:
1 – For homologada pelo STF, que determina ou não o seu cumprimento.
2 – Só quando determinar a reparar um dano, a restituir alguma coisa ou qualquer outro efeito civil.
3 – Ou quando determinar uma medida de segurança.
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Assim, a decisão de um juiz estrangeiro só pode ser cumprida no Brasil se for para determinar uma reparação ou restituição ou quando estipular uma medida de segurança.
Medida de Segurança não é uma pena, é uma medida aplicada a pessoas inimputáveis, ou seja, pessoas que não podem receber penas, seja por uma doença mental (internamento), seja pela menoridade.
Eficácia da Sentença Estrangeira
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 Artigo 10 CP: o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, meses e anos pelo calendário comum.
Um dia acaba à meia-noite, começando a partir daí o outro dia.
Um mês começa a ser contado de determinado dia e vai até a meia-noite do dia anterior no mês seguinte. Por exemplo, se a contagem iniciou-se no dia 14 de novembro, considerar-se-á um mês completo no dia 13 de dezembro.
Um ano começa a correr a partir de determinado dia e se completa no dia anterior do mesmo mês correspondente ao ano seguinte.
Pouco importa saber se trata-se de mês com 29, 30 ou 31 dias.
Igualmente, despreza-se a circunstância de ser ano bissexto.
O objetivo da regra do artigo 10 CP foi o de trazer clareza e facilidade à contagem dos prazos do Direito Penal.
CONTAGEM DE PRAZOS NO DIREITO PENAL

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