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Planejamento de Custos Industrial

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PLANEJAMENTO DE CUSTO INDUSTRIAL CAPÍTULO 4 
 
Qualquer dispêndio de recursos financeiros seja ele direto ou indireto, para transformação de riquezas 
naturais denominadas de matéria prima e insumos, gastos com mão de obra, investimentos em capital, 
pagamento de taxas e tributos e despesas com manutenção, dentre outros, é denominado custo de 
produção. 
As empresas separam seus diversos custos em dois grandes grupos denominados Custos Fixos e 
Custos Variáveis para efeito de planejamento de custos. 
 
4. 1 - CUSTOS FIXOS OU IRREVERSÍVEIS (overhead costs) 
 
São os custos que não variam com o volume de produção e são funções dos investimentos. Exemplos: 
 
- Juros sobre o capital investido, 
- Depreciação de equipamentos (ver nota 1), 
- Seguros sobre os equipamentos e edificações, 
- Custo do espaço ocupado (aluguéis), 
- Despesas gerais de administração, 
- Despesas gerais de manutenção (quando rateada), 
- Amortizações de patentes, licenças de fabricação, pesquisas e instalações, 
- Impostos e taxas fixos (IPTU, IR, etc). 
 
4. 2 - CUSTOS VARIÁVEIS 
 
São os custos que variam com o volume de produção e são funções dos custos operacionais. Exemplos: 
 
- Custos com matéria-prima, 
- Custos com mão de obra direta, inclusive encargos sociais, 
- Custos com energia e combustíveis, 
- Despesas com lubrificantes, 
- Custos com mão de obra direta de manutenção, 
- Custos com suprimentos diversos, 
- Custos com “Royalties” (variáveis), 
- Impostos e taxas variáveis (ICMS, IPI, etc). 
 
4. 3 – CUSTO TOTAL 
 
É a somatória de todos os custos com produção, isto é dos custos fixos e dos custos variáveis. 
 
 Custo Total = Custos Fixos + Custos Variáveis CT = CF + CV (2) 
 
 Graficamente os custos de uma empresa podem ser representados como na Figura 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
$ 
CUSTO
Produção no período QNT
Custo Total - CT
Custo Variável – CV 
Custo Fixo – CF 
Receita ou 
Faturamento
Ponto de 
Equilíbrio 
Custo no 
PE
Quantidade no PE 
Figura 13 – Representação gráfica dos custos 
 
 Receita de Vendas ou Faturamento é o produto da quantidade de bens vendida (n) pelo valor do preço 
unitário de venda. 
 
 RV = n • Pu (3) 
 
 Pu = CTu + Lu (4) 
 
onde: 
 
Pu = preço unitário de produção ou de fabricação 
CTu = Custo Total Unitário de produção ou de fabricação. 
Lu = Lucro unitário por bem produzido ou fabricado. 
n = quantidade de bens produzidos ou fabricados. 
 
 
 Preço = Custo Total + Lucro P = CT + L P = ( CF + Cv ) + L (5) 
 
 
 Alguns custos podem receber denominações diferenciadas, mesmo que enquadrados em variáveis ou 
fixos. Os mais comuns são: 
 
 Custos Sociais (Cs) – usados para distinguir as taxas, tributos e contribuições sociais recolhidos pela 
empresa. 
 
 Custo Marginal (CMa) – representa o custo suplementar com a produção de mais uma unidade 
adicional de produção. Dependendo do tipo de empresa esse custo pode ser muito grande ou muito 
pequeno em relação ao custo normal da unidade econômica de produção. 
 
 Custos Médios, Custos Máximos e Custos Mínimos – denominações complementares usadas para 
estabelecer faixas de tolerância dos custos, como por exemplo: custo fixo médio, custo variável mínimo, 
custo total máximo. 
 
 Custos Invisíveis – representam os gastos empresariais muitas vezes sem efetivo controle e 
desnecessários, tais como o custo de reuniões improdutivas, vendas excessivas de publicidades, consumo 
elevado de energia, despesas de viagens desnecessárias, perdas de materiais de consumo, etc. 
 
4. 4- PONTO DE EQUILÍBRIO DE PRODUÇÃO (PE) 
 
 Ponto de Equilíbrio de produção é o ponto em que a Receita de Vendas é igual ao Custo Total de 
Produção, correspondendo a uma quantidade de unidades produzidas (A), mostrado na Figura 14, que 
corresponde ao volume de produção vendido cuja receita (Rv) cobre exatamente todos os custos de sua 
produção e comercialização. Operando neste volume de produção a empresa não obtém nem lucro e nem 
sofre prejuízo. Também é chamado de “Ponto de Paridade” ou “Ponto de Ruptura” (Break Even Point) 
 
 
 
PE
Área de 
Lucros 
Receita de 
vendas 
$ 
Custos ou 
Receitas 
AO 
S 
Custos Totais 
Área de 
Prejuízos 
Unidades Produzidas 
 
 
 
 
 
 Rv 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14 – Representação gráfica do Ponto de Equilíbrio de produção. 
 
 
 
 
4. 4.1 – Determinação do Ponto de Equilíbrio 
 
 
 O ponto de equilíbrio se traduz por uma função dada por: 
 
 
 PE = f (Rv, QA, CF, CV, L, A, VUND, …); (6) 
 
onde: RV = Receita de vendas no período 
 QA = Quantidade “A” produzida no Período 
 CF = Custos Fixos 
 CV = Custos Variáveis 
 L = Lucro no período 
 A = Quantidade produzida no Ponto de Equilíbrio 
 VUND = Valor de venda de uma unidade, VUND = VRV/QA 
 
 
Preço ou 
Custo Total + Lucro 
Custo Total 
-5% 
-10% 
Receita de Venda 
+5% +10%
$ 
CUSTOS 
UNIDADES 
PRODUZIDAS 
 
 
 
Receita ≥ Despesas 
L = 0 (no ponto de equilíbrio) 
 
4. 4.2. Variação dos Preços de Venda e sua influência no PE 
 
 A variação do preço de venda quando influenciado por descontos promocionais ou por 
superfaturamento faz com que o Ponto de Equilíbrio se desloque para a direita (b) ou para a esquerda (a), 
respectivamente, conforme mostrado na Figura 15. O deslocamento do PE deve ser acompanhado com 
especial atenção, dependendo da distância que o separa o novo ponto de equilíbrio do PE normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a 
bb
Qa Qb QPE 
PE
 
Figura 15 – Deslocamento do Ponto de Equilíbrio em função da variação do preço de vendas. 
 
 
 O deslocamento do PE para a direita (desconto ou promoção) implica em redução do lucro e o 
deslocamento para a esquerda (superfaturamento) em aumento do lucro 
 
 
 
 
 
4. 4.3 - Limitantes do Ponto de Equilíbrio – Lucro Máximo / Demanda Elástica 
 
 A medida que vendas oferece descontroladamente descontos e promoções a clientes, a curva da 
Receita se desprende de sua posição primitiva ou planejada (ponto de ruptura e redução dos lucros) e inicia 
uma curva descendente que poderá cruzar novamente com a linha de Custo Total, Figura 16. Nessas 
condições, embora a produção continue crescente, a tendência é o surgimento de outro ponto de equilíbrio, 
PE2 , a partir do qual a empresa terá prejuízos. Para evitar essa tendência, são necessários cuidados com a 
elasticidade da demanda do mercado e com a prática de concessão descontrolada de descontos e 
promoções. 
 É o momento de reinvestir em novas tecnologias de produção, lançamentos de novos modelos e 
tomadas de outras medidas visando redução de custos para atender a demanda crescente do mercado. 
 
 
 
$ 
Custos 
 
Produção no 
períodoPonto de ruptura e redução dos lucros 
 
 
 
 
 
 
 
 
Receita de Vendas 
 
 
 
 
Figura 16 - Determinação do lucro máximo com redução de preços e demanda elástica 
 
 
4. 4.4 – O Ponto de Equilíbrio e a Capacidade Ampliada de Produção na Hipótese de Expansão 
 
 
 + 
 
 
 
 
 
 
 + 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 
 
 
 
 
 
Figura 17 - Deslocamento do Ponto de Equilíbrio no caso de expansão da empresa. 
 
Período crítico de Expansão 
$ 
CUSTO
QNT. PRODUZIDA 
CUSTOS VARIÁVEIS 
CUSTO 
TOTAL 
PE1
CUSTOS FIXOS 
PE2
INÍCIO DA EXPANSÃO
RECEIT
FAT
A 
URAMENTO
NOVA ZONA DE PREJUIZO 
QE1 
QE2
Custo total
Lucro 
PE2 
PE1 
Prejuízo Receita 
no PE1 
QE1 QE2 
4.5- CUSTOS MÉDIOS 
 
 Na prática, os custos são calculados por faixas de variação, sendo classificados em custos 
máximos, médios e mínimos. 
 
Tabela 01- Custos Médios e Custo Marginal 
 
Custos Médios e Custo Marginal de Produção 
Custo Total Médio CTM = CT / Q 
Custo Fixo Médio CFM = CF / Q 
Custo Variável Médio CVM = CV / Q 
Custo Marginal CMg = ∆CT / ∆Q 
 Q = quantidade produzida; CT = custo total; CF = custo fixo; CV = custo variável; CMg = custo marginal; 
 ∆CT = variação no custo total; ∆Q = variação na quantidade produzida 
 
 
 
 
 
 
Nota 1 – De acordo com as Instruções Normativas 162/98 e 130/99 da Secretaria da Receita Federal, a taxa anual de depreciação é 
fixada em função do prazo durante o qual se possa esperar a utilização econômica do bem pelo contribuinte, na produção de seus 
rendimentos. A Secretaria da Receita Federal publica periodicamente o prazo de vida útil admissível, em condições normais ou 
médias, para cada espécie de bem, ficando assegurado ao contribuinte o direito de computar a quota efetivamente adequada às 
condições de depreciação de seus bens, desde que faça a prova dessa adequação, quando adotar taxa diferente. As taxas de 
depreciação consideram um turno de 8 horas diárias de operação. Se tais horas forem 16 (dois turnos) ou 24 (três turnos), a 
depreciação poderá ser considerada acelerada, adequando-se as taxas aos valores resultantes da utilização dos coeficientes redutores 
1,5 e 2,0 respectivamente. A seguir, eis alguns exemplos de taxas máximas de depreciação anuais aceitas pelo Fisco Federal: 
 
Exemplos de Taxas de Depreciação (cópia parcial da Tabela 4-IV do IRPJ/2000) 
 
Bens 
 
Tx. de deprec. 
anual 
 
 Anos de 
depreciação 
 
Bens 
 
Tx. de deprec. 
anual 
 
 Anos de 
depreciação 
Alicates 20% 5 Turbina a vapor 10% 10 
Britadores 17% 5,8 Caldeiras de 
Vapor 
 10 10 
Correias de 
transmissão 
 50% 2 Ap. de Ar 
Condicionado 
 
 10% 
 
10 
Escavadeiras 20% 5 Fornos 
Laboratório 
 10% 10 
Fornos para 
queima 
 10% 10 Refrigeradores 10% 10 
Lanchas 5% 20 Embarcações 5% 20 
Louças e talheres 10% 10 Tratores 25% 4 
Martelos 33% 2 Contêineres 10% 10 
Motores Pistão 10% 10 Aeronaves 10% 10 
Rebocadores 5% 20 Ap. p/ Análise 10% 10 
Rouparias de 
hotéis 
 20% 5 Móveis 
mobiliários 
 10% 10 
Tornos 20% 5 Motores 
Geradores 
 10% 10 
Vagonetas 20% 5 Bambas 
Hidráulicas 
 10% 10 
 
 
 
 
 
 
 
• 
• • 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	 
	 
	Bens
	 
	 Anos de depreciação
	 
	Bens
	 
	 Anos de depreciação

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