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Cartilha de Experiências Municipais na Política de Assistência Social 2016

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PRESIDENTE 
Evandro Eredes dos Navegantes
1º VICE-PRESIDENTE 
Nelson Gasperin Jr.
2º VICE-PRESIDENTE 
Roberto Agenor Scholze
DIRETOR GERAL 
Alexandre Alves 
COORDENAÇÃO DE FORMAÇÃO
Camile Martinelli Silveira
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO 
Victor Gote 
PRESIDENTE 
Sisi Blind
 
1º VICE-PRESIDENTE 
Luzia Lourdes Coppi Mathias
2º VICE-PRESIDENTE 
Aldomir Roskamp
3º VICE-PRESIDENTE 
Antônio João de Fáveri
DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS 
Celso Vedana 
ASSISTENTE SOCIAL 
Janice Merigo 
Fecam Egem
Gestão do SUAS 
Proteção Social Especial 
de Média Complexidade
06
05
30
18
Sumário
Proteção Social Básica 
Apresentação
04 Redação
ABERLARDO LUZ
Leonice Dedonatti - Coordenadora
Bruna Cristina Souza - Advogada
Izadora Lunardi - Psicologa
Fernanda Sonaglio - Assistente Social 
Consultoria: Dr. Andre Viana Custodio 
ASCURRA
Angela Claudino Junckes 
Laís Daniel 
Sandra Maria Vansuita Pasqualini
CHAPECÓ 
Cristiane Dameda - Psicóloga
Vania Maria Bellei Marchese - Pedagoga, 
Jaqueline Schoeller Basei - Assistente Social 
 
FLORIANÓPOLIS
Maria Cláudia Goulart da Silva - Psicóloga
Thais Coan Garcia - Assistente Social
JARAGÚA DO SUL
Eli Antunes - Pedagogia 
Euci Cristofolini - Serviço Social 
Juliana Laise Hilário - Serviço Social
 
IBIRAMA 
Jésita Maria Eyng - Coordenadora do CRAS 
Nádia Mohr da Cruz - Técnica de Referência
Priscila dos Santos Patrocínio - Educadora Social 
LUZERNA 
Michele Tedesco - Assistente Social 
Silvia Miazzi Pereira - Psicologa 
Ana Maria Cozza - Gestora Cadúnico
PETROLÃNDIA 
Secretaria Municipais de Assistencia Social 
Saúde 
Educação 
Conselho Tutelar
SÃO MIGUEL DO OESTE 
Graciele Thiel 
Marcelo Bonadeo 
Cleusa Klaggenberg
Cartilha de Experiências Municipais na Política de Assistência Social. Organização [de] 
Janice Merigo. Florianópolis: Federação Catarinense de Municípios - FECAM, 2016.
Redação
A Federação Catarinense de Municípios – FECAM, desde 2010 realiza o Seminário Estadual 
de Gestores e Trabalhadores da Política de Assistência Social. Em 2016 realizamos a VII edição, 
novamente no Município de Piratuba/SC, contemplando todas as regiões do nosso Estado. 
Esse sucesso se deve a participação efetiva dos Municípios, que reconhecem neste evento, um 
momento importante de formação técnica e aproximação com os demais Municípios. 
O evento proporciona discussões importantes referentes a Assistência Social, como: 
financiamento, gestão do trabalho, articulação entre serviços e benefícios, trabalho social com 
famílias na proteção social, sendo que a cada ano inovamos com palestrantes de referência no 
Brasil. Contamos com apoiadores institucionais, como COEGEMAS, CRP e CEAS. Neste ano 
contamos com a participação especial do Fórum Estadual da Política de Assistência Social – 
FEPAS e da Secretaria de Estado do Rio Grande do Sul, que vem compartilhar a construção da 
política naquele Estado. 
Destacamos que a cada ano, o momento do relato das experiências municipais é um dos 
momentos mais esperados. O Sistema Único de Assistência Social – SUAS, está em processo 
de construção e este espaço possibilita a troca de experiências, a apresentação dos avanços e 
os desafios ainda a serem superados. Percebe-se a cada ano o esforço que os Municípios vêm 
fazendo para a qualificação da oferta dos serviços socioassistenciais. 
Em 2015 elaboramos a 1ª edição da cartilha e em 2016 estamos editando a 2ª edição. Essa 
publicação, além de apresentar as experiências, revela o comprometimento dos gestores e 
trabalhadores em implementar o SUAS em Santa Catarina à luz das orientações e normativas 
técnicas. Os protagonistas deste processo são os gestores e trabalhadores, que buscam 
incessantemente “acertar”, para atender cada dia com mais qualidade à população usuária, 
mesmo diante das adversidades de cofinanciamento e oferta de serviços regionalizados. 
As experiências aqui apresentadas são frutos do processo de construção dos trabalhadores 
do SUAS. Desejamos que as experiências sirvam para reflexões e qualificação da oferta dos 
serviços socioassistenciais. 
Apresentação
Sisi Blind
Presidente da FECAM
No início do ano de 2014 através da ação de busca ativa aos beneficiários do Programa 
Bolsa Família, deu-se início a um processo de acompanhamento familiar em grupo. Este 
Relato foi idealizado a partir desta experiência profissional interdisciplinar no Centro de 
Referência de Assistência Social (CRAS) - Centro, no município de Florianópolis – SC. Para 
tanto, a proposta possibilitou a formação de um grupo territorializado, que trabalha com a 
coletivização das demandas, articulação da rede socioassistencial e intersetorial, e ao mesmo 
tempo permite a construção de um caráter político e de fortalecimento do grupo.
1. APRESENTAÇÃO
A experiência relata sobre uma ação pioneira e inovadora– acompanhamento familiar em 
grupo. O Acompanhamento Familiar em grupo iniciado em março de 2014, formado por 
mulheres moradoras da “Mariquinha”, , tem como objetivo fortalecer os vínculos familiares 
e comunitários, contribuindo para uma melhoria da qualidade de vida neste território; Há 
a potencialização do protagonismo e autonomia das famílias e da comunidade, buscando a 
superação gradativa das vulnerabilidades vivenciadas. 
2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO
 Beneficiárias do Programa Bolsa Família e Benefícios Eventuais
3.RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS
 Psicóloga e Assistente Social da Equipe PAIF
4. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO
 São várias as ações desenvolvidas pela Equipe PAIF, entre elas, a busca ativa, o acolhimento 
individual ou coletivo, e especialmente, o acompanhamento familiar, que pode ser realizado 
de forma particularizada ou em grupo. No início de 2014, a equipe PAIF realizou-se 
estratégias de Busca Ativa, de forma territorializada, através de contatos telefônicos ou 
Acompanhamento Familiar 
em Grupo No PAIF:
Proteção Social Básica
Município: Florianópolis
6
visitas domiciliares, de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) e Benefícios 
Eventuais. Em data e horários pré-estabelecidos, foram realizados Acolhimentos Coletivos 
nas dependências do CRAS, que tem como objetivo, oferecer um espaço para escuta 
qualificada das demandas trazidas pelos usuários. Neste primeiro contato com os usuários, a 
equipe PAIF tem como proposta, apresentar com uma roda de conversa, a Política Nacional 
de Assistência Social, o Sistema Único de Assistência Social, os serviços e benefícios da rede 
socioassistencial do município. Este se transforma no contato inicial com o PAIF, onde 
este é cuidadosamente planejado, para que as famílias sintam-se respeitadas e apoiadas, 
reconhecendo o Serviço como um direito. A partir disto, identifica-se possibilidades 
de encaminhamentos que podem se transformar em atendimentos particularizados ou 
coletivização das demandas e por consequência, a criação de Grupos de Acompanhamento 
Familiar. Em março de 2014, após a realização de busca ativa territorializada, realizou-se o 
Acolhimento Coletivo que culminou na criação do Grupo de Acompanhamento Familiar do 
Morro da Mariquinha. Neste primeiro encontro, havia 16 (dezesseis) responsáveis familiares 
do Programa Bolsa Família, mulheres e mães. Ao final deste encontro, abordou-se sobre 
as possibilidades de acompanhamento familiar no âmbito do PAIF, sendo manifestado, 
o interesse no acompanhamento familiar em grupo, com frequência mensal, em data e 
horário acordados. A partir disto, iniciamos o Acompanhamento Familiar em Grupo, 
realizado através de Reuniões de aproximadamente uma hora e meia, que iniciam com o 
resgate dos objetivos do grupo e memória do encontro anterior. Em seguida, trabalhamos 
o tema do encontro através de dinâmicas de grupo e outras estratégias, como rodas de 
conversa e ao final, avalia-se o encontro e define-seo tema da próxima reunião. Questões 
particularizadas das famílias são encaminhadas para atendimento individualizado e visitas 
domiciliares; e são trabalhadas através de acolhimento, orientação e encaminhamentos à 
rede, quando necessários.
 Foram realizados 10 (dez) encontros durante todo o ano de 2014, com encerramento em 
dezembro. No ano de 2015, o grupo retomou as atividades em março permanecendo ativo 
até dezembro do mesmo ano. 
Sobre o número de participantes, o grupo contava até 2015, com a participação média de 10 
(dez) mulheres em Acompanhamento Familiar. 
A respeito das temáticas, trabalham-se questões e temas de interesses comuns, como direitos 
trabalhistas, direito à educação, demandas de vaga em Centros de Educação Infantil, acesso 
à rede sócio assistencial e intersetorial, além de conversas sobre a realidade local, bem como 
dinâmicas de interação grupal e interpessoal. 
Após a coletivização da demanda, se discute com os participantes as possibilidades de 
encaminhamento, e conforme desejo do grupo, são realizadas atividades como dinâmicas 
de grupo, visitas à rede intersetorial e conversas com convidados para discutir temas 
específicos. 
Esta metodologia de grupo tem facilitado os processos de reflexão, seja pessoal interpessoal 
7
e de participação, integrando o grupo e estabelecendo vínculos de afetividade e respeito 
mútuo. Além de valorizar os conhecimentos, vivências e significados dos participantes, 
envolve-os na discussão, pela identificação e busca de soluções para problemas que emergem 
em suas vidas cotidianas.
5. RESULTADOS ALCANÇADOS
Percebe-se que o acompanhamento familiar em grupo contribui para o alcance de 
melhores resultados, pois, ao mobilizar um grupo de mulheres de um mesmo território 
com demandas em comum, o espaço proporciona a troca de vivências que tornam esse 
acompanhamento uma experiência de empoderamento das famílias e, por consequência, 
do território, promovendo o aumento da capacidade das famílias de verbalizar suas 
demandas; a identificação e consolidação de redes de apoio social, produzindo processos de 
protagonismo, autonomia da população e de responsabilização do poder público por uma 
rede de proteção social e garantia de direitos.
CRAS Centro, 2014 e 2015
8
Fortalecendo Autonomia aos 
Beneficiários do BPC
1. APRESENTAÇÃO
Em decorrências das transformações do SUAS, visando o que se apresentana Tipificação 
dos Serviços Socioassistenciais,na garantia de um trabalho preventivo, é que o Centro de 
Referência de Assistência Social – CRAS de Luzerna, iniciou desde a sua implantação no 
ano de 2012, o PAIF – Serviço de Proteção e Atenção Integral à Família com Beneficiários 
do BPC – Benefício de Prestação Continuada com Idosos e Pessoas com Deficiência e 
Familiares.
A presente prática visa desenvolver ações e acompanhamento aos beneficiários do BPC e 
suas famílias, promovendo melhoria de qualidade de vida e fortalecimento dos vínculos 
familiares e comunitários aos mesmos.
2. PÚBLICO ALVO ATENDIDO:
Beneficiários do BPC - Benefício de Prestação Continuada, sendo dois grupos:
Idosos e Pessoas com Deficiência e Familiares, atendidos desde o ano de 2012 até o momento 
presente, totalizando atualmente 27 beneficiários do BPC Idosos e 25 beneficiários BPC 
pessoas com deficiência.
3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS:
Diretamente: Coordenadora e Assistente Social do CRAS e Psicóloga do CRAS.
Indiretamente: Serviços Gerais, Gestora e entrevistadora do CADÚNICO.
4. PARCEIROS:
Profissionais das demais políticas públicas, saúde, educação, vigilância sanitária, INSS...
5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DE TRABALHO:
O acompanhamento aos Beneficiários ocorre por meio de visitas domiciliares 
Município: Luzerna
Proteção Social Básica
9
e encontros realizados no CRAS, por meio de troca de vivências, palestras, dinâmicas 
integrativas, slides, vídeos e participação ativa de cada participante, sendo oferecido um 
singelo lanche em cada encontro. Os encontros aconteciam uma vez por mês, com temas 
específicos e inerentes à demanda de cada grupo (BPC Idosos e BPC Idosos e Pessoas 
com Deficiência). No ano de 2015 os encontros passaram a acontecer a cada dois meses, 
pelo fato de muitos beneficiários não conseguirem vir até o CRAS, por estarem acamados 
e incapacitados de chegarem até o local, no entanto com o espaçamento dos encontros 
aumentou-se o acompanhamento aos beneficiários por meio das visitas domiciliares.
Os usuários contribuem através de opiniões e sugestões referentes às atividades realizadas, 
sendo que a cada semestre realizamos uma pesquisa de satisfação, a fim de identificar a 
eficácia das atividades e abrir espaço para sugestões e contribuições dos participantes, sendo 
levadas em conta no decorrer das próximas ações.
A cada início de ano é entregue aos beneficiários o cronograma das atividades, sendo que 
antes de cada encontro, o CRAS convida novamente os beneficiários para a realização das 
atividades em grupo e ressalta sobre a importância da participação.
Como forma de divulgação dos serviços e incentivo às atividades,são entregues necesseries 
e canetas com a logo da CRAS e camisetas do PAIF aos beneficiários e participantes, durante 
as atividade e visitas domiciliares realizadas.
6. RESULTADOS ALCANÇADOS:
Identificou-se por meio da pesquisa de satisfação realizada semestralmente, e também por 
meio da postura e dos relatos dos participantes, que os objetivos propostos estão sendo 
atingidos, ou seja, a grande maioria relata satisfação, pela maneira como ocorre àsatividades 
e acompanhamento, mencionando consequências positivas para a própria vida e família.A 
participação dos usuários é levada em consideração tanto no planejamento das atividades, 
por meio da pesquisa de satisfação, bem como nas ações realizadas por meio dos encontros 
grupais e visitas domiciliares.
Resultados alcançados:
*Acesso aos direitos, possibilidades deaprendizagem e socialização;
*Convivência e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários;
*Sentimento de pertença e valorização;
*Experiências de diálogo e troca de vivencias;
*Produção coletiva;
*Fortalecimento da autonomia, autoestima e protagonismo individual e familiar;
10
No ano de 2014 foi elaborado um vídeo com os beneficiários do BPC Idoso e Pessoas 
com Deficiência, que abordaram vivências e relatos de histórias de vida, cada um dos 
participantes fez o seu relato auxiliando na elaboração do vídeo.
Atividades Coletivas 
BPC Idoso
Visita Domiciliar 
aos Beneficiarios
11
1. APRESENTAÇÃO
O município de Ibirama possui aproximadamente 18097 habitantes, sendo 
considerado município de pequeno porte I. O município conta com apenas um Centro 
de Referência de Assistência Social – CRAS, localizado no centro da cidade onde são 
desenvolvidos os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFVs.
Os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos passaram a ser implantados 
a partir da criação do Plano Municipal de Assistência Social – 2014-2017, tendo em 
vista o cumprimento das metas estipuladas. Estes serviços foram reestruturados a 
partir de uma formação ministrada a equipe do CRAS, objetivando atingir o que de 
fato estipula a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais.
São atendidas cerca de 60 crianças e adolescentes e 20 idosos, divididos em grupos de 
acordo com a faixa etária. 
Os SCFVs complementam o trabalho social com famílias visando à prevenção de 
situações de risco social. Por meio de suas atividades estimulam e orientam os usuários 
na construção e reconstrução de suas vivências na família e no território, buscando 
desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e 
a convivência comunitária.
O trabalho vem sendo aprimorado com o decorrer do tempo e das experiências vividas 
nos serviços.2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO 
Crianças e adolescentes: cujas famílias são beneficiárias de programas de 
transferência de renda, encaminhados pelos serviços da Proteção Social 
Município: Ibirama
Serviços de Convivência e Fortalecimento 
de Vínculos
Proteção Social Básica
12
Especial, em situação de risco pessoal e social e adolescentes egressos de medida 
socioeducativa de internação ou em cumprimento de outras medidas em meio 
aberto.
Idosos: beneficiários do Benefício de Prestação Continuada; membros de famílias 
beneficiárias de programas de transferência de renda; com vivências de isolamento 
por ausência de acesso a serviços e oportunidades de convívio familiar e 
comunitário e cujas necessidades, interesses e disponibilidade indiquem a inclusão 
no serviço; outros em situação de risco pessoal e social.
3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS 
A equipe é composta por 01 assistente social que é técnica de referência do serviço, 01 
psicóloga que também é coordenadora do CRAS e 02 educadoras sociais.
4. PARCEIROS 
Conforme o tema, o SCFV busca parceiros para complementar as ações desenvolvidas 
como a Secretaria de Saúde, Poder Judiciário, Serviço Social do Comércio – SESC de 
Rio do Sul, Associação Corpo de Bombeiros Voluntários de Ibirama, Sistema Nacional 
de Emprego – SINE, entre outros.
5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO
Inicialmente as educadoras sociais juntamente com a Equipe Técnica de Referência 
elaboraram um Plano de Ação de cada faixa etária do serviço, norteando todo o 
trabalho a ser desenvolvido. Os serviços ocorrem com periodicidade semanal com 
duração de até duas horas cada encontro e são divididos da seguinte forma:
• Faixa etária de 11 a 13 anos – as atividades propostas abordam questões 
relevantes sobre a criança e o adolescente, contribuindo para a construção de novos 
conhecimentos e formação de atitudes e valores que reflitam no desenvolvimento 
integral destes. Esta faixa etária é desenvolvida nos períodos matutino e vespertino;
• Faixa etária de 14 a 17 anos – as ações trabalhadas abordam questões 
relevantes sobre a adolescência, e visam estimular a convivência social, a participação 
cidadã e uma formação geral para o mundo do trabalho. Ocorre no período matutino 
e vespertino;
Idosos - são realizadas diversas atividades que estimulem vivências, práticas e experiências 
13
que possibilitem o desenvolvimento de potencialidades e ampliação do universo informacional 
e cultural levando-se em consideração orientações do Ministério do Desenvolvimento Social e 
Combate à Fome (MDS). Este serviço é realizado no período matutino.
As ações são pautadas nos eixos norteadores descritos na cartilha Perguntas Frequentes – 
SCFV, sendo: convivência social, direito de ser e participação, onde são trabalhados temas 
vivenciados no cotidiano dos participantes. 
O CRAS oferta transporte e lanche a todos os participantes dos serviços.
Todos os encontros são registrados com fotos, lista de presença e preenchimento de um 
relatório padrão. E ainda são divulgadas notícias para dar publicidade ao serviço. 
Semanalmente ocorrem reuniões entre a equipe técnica e as orientadoras sociais do SCFV.
Estes serviços são custeados com recursos provenientes do Estado e do Município.
6. RESULTADOS ALCANÇADOS 
Analisando a experiência proporcionada pelo Serviço de Convivência e 
Fortalecimento de Vínculos, pudemos identificar que:
• Reflexão dos participantes sobre si mesmos e a comunidade em que vivem;
• Aumento significativo da frequência dos usuários em todos os grupos;
• Desenvolvimento do protagonismo e autonomia;
• Estabelecimento de afetividade e respeito entre os usuários na troca de saberes;
• Demonstração de interesse e participação nas atividades propostas;
• Criação de vínculo entre usuários e as orientadoras sociais;
• Iniciativa dos usuários em motivar a participação de outras pessoas no serviço.
SCFV de 11 a 13 anos
14
Um novo olhar sobre o Serviço 
de Convivência e Fortalecimento 
de Vínculos
1. APRESENTAÇÃO 
A Assistência Social caminha num projeto maior de reordenamento,aperfeiçoando 
sua atuação no atendimento a população, seguindo a tipificação dos serviços que 
busca padronizar e qualificar suas atividades enquanto espaço de garantia de direitos.
No ano de 2007 foram implantados em Jaraguá do Sul quatro equipamentos de CRAS, 
dois destes já existentes anteriormente com outra modalidade de atendimento, sendo 
este exclusivo a crianças e adolescentes, pouco atuantes na família como um todo.
Jaraguá do Sul, buscou efetivar as adequações necessárias conforme preconiza 
a política de assistência social. Através de uma caminhada de estudos técnicos, 
embasados nas normas e resoluções estipuladas pelo MDS, capacitações e adequações 
na práxis, reestruturou sua maneira de intervenção transformando as oficinas inócuas 
em grupos organizados por etapas do desenvolvimento dos indivíduos, inserindo na 
execução destes grupos os eixos orientadores do SCFV.
2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO
Famílias usuárias do CRAS e inscritas no Serviço de Convivência e Fortalecimento de 
Vínculos especialmente aqueles em situação prioritária segundo as normas do CNAS 
e CIT.
3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS 
Técnicos do PAIF e do SCFV
Município: Jaraguá do Sul
Proteção Social Básica
15
4. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO
O município de Jaraguá do Sul possui atualmente cinco CRAS em funcionamento e mais duas 
unidades em processo de construção e implantação. Nos CRAS em funcionamento existe 
equipe técnica composta de Assistente Social, Psicólogo, Pedagogo e Educadores Sociais.
 Até meados de 2014, não havia a definição de quais profissionais atuariam em quais serviços, 
havia uma dúvida em relação à atuação prática dentro do PAIF e SCFV, o que dificulta a ação 
e a elaboração dos planos de ação e aplicação. Desta forma o PAIF e SCFV se confundiam 
entre si, e a dinâmica utilizada para atendimento das famílias no SCFV era a de oficinas 
desvinculadas a qualquer outro tipo de intervenção ou contextualização, tais oficinas, 
aconteciam como aulas de artesanato, jogos e educação física, principalmente em contra 
turno escolar sem vislumbrar outro tipo intervenção. Hoje entendemos que essa forma 
de atuação não é adequada para as pretensões e necessidades deste serviço, conforme os 
cadernos de orientação recebidos do MDS.
No presente momento o SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos), é 
desenvolvido tendo como base metodológica a Tipificação e as orientações técnicas do MDS 
que descreve o SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos), na proposta de 
grupos dos três eixos temáticos: convivência social, direito de ser e participação.
A forma de trabalho se dá de quatro maneiras: Encontros Regulares – Onde são realizadas 
atividades reflexivas e vivenciais com periodicidade semanal de até 2h ; Encontros Mensais – 
Dentro dos encontros há momentos comemorativos, que servem para realizar o fechamento 
de uma atividade; Atividades de convívio – consistem em atividades livres, recreativas, 
culturais e de lazer, que visam a interação social das pessoas e destas com a comunidade e; 
Encontros.
– utilizados para aprofundar de maneira prática, preferencialmente, os temas transversais 
previstos dentro dos eixos estruturantes.
O grupo deve estimular vivências, práticas e experiências relativas ao universo informacional, 
cultural e social. As atividades são organizadas em diferentes dimensões, aproveitando a 
experiência e a cultura local, formação específica do orientador social e do facilitador de 
grupos, sempre com a preocupação de garantir diversidade, qualidade e criatividade.
5. RESULTADOS ALCANÇADOS
O SCFV possui caráter preventivo e proativo, e sua área de abrangência perpassa pela 
16
Grupo SCFV Adolescentes SCFV Grupo Mulheres
família e comunidade,sendo assim, é condição sine qua non que as ações neste serviço 
considerem as potencialidades dos sujeitos e contribuam para o enfrentamento das 
vulnerabilidades sociais.
Famílias atendidas pelos CRAS perceberam a alteração na forma de atuação dos serviços, 
quando os grupos que participavam passaram a dinamizar situações onde podem se colocar 
enquanto sujeito, suas necessidades e anseios são levados em consideração nas atividades e 
assuntos discutidos nos grupos. As famílias passaram a ser atendidas na totalidade de seus 
membros, e mais ainda quando perceberam que as trocas de vivências entre os membros do 
grupo contribui amplamente para reflexões e fortalecimento dos indivíduos e das famílias.
Muitas famílias atendidas hoje pelos CRAS possuem um histórico de dependência da 
assistência social, principalmente em relação ao acesso de benefícios. Essas famílias 
compareciam quase mensalmente aos CRAS, contavam suas histórias, buscavam acessar 
direitos, porém nenhum trabalho efetivo e modificador era efetuado com tais famílias. Por 
gerações famílias foram acessando a assistência social, sem que houvesse a promoção de uma 
mudança de perspectiva da família em relação a sua autonomia.
Hoje podemos perceber que com o pouco tempo nesta nova aplicação da atuação do SCFV 
algumas famílias já demonstram novas perspectivas em relação a sua atuação comunitária e 
convivência familiar. Alguns usuários relataram terem redescoberto a capacidade de sonhar e 
planejar a vida. Muitas famílias em trocas de vivencias durante os grupos, conseguiram sanar 
dificuldades e perceber situações que antes pareciam impossíveis de serem ultrapassadas. O 
que nos leva a acreditar que estamos no caminho certo, que a nova abordagem do SCFV 
contribui efetivamente para alcançar os objetivos propostos nas Normas e Resoluções 
do MDS e CNAS, mas principalmente contribui para que a população vulnerável, tenha 
oportunidades ampliadas de se sentir participante e protagonista de sua própria história.
17
1. APRESENTAÇÃO 
A infância e a adolescência passaram por inúmeras transformações através do tempo e 
dos períodos históricos. Inicialmente as crianças e adolescentes não eram vistos como 
sujeitos com direitos fundamentais, a partir da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 
1988), do advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), e mais 
recentemente do SINASE(BRASIL, 2012) e do Plano Municipal de Atendimento 
Socioeducativo (CHAPECÓ, 2015), depreende-se não ser mais possível dissociar essas 
garantias e pressupostos de um trabalho pautado na socioeducação.
O Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida 
Socioeducativa Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviços à Comunidade 
(PSC) está para “*...+ contribuir para o acesso a direitos e para a ressignificação de 
valores na vida pessoal e social dos (as) adolescentes e jovens.” (BRASIL, 2011, p.36). 
Tendo em vista estas prerrogativas, pensar numa atuação profissional articulada com 
equipamentos culturais é um grande passo para estabelecer conexões com outros 
mundos, diferentes dos quais tais adolescentes estão acostumados a vivenciar. É 
possibilitar o encontro com culturas, com práticas diferenciadas, e mais do que isso, é 
pensar na inclusão social desse adolescente que está vivendo submarginalizado.
Dessa maneira, o grafite, emergido dos movimentos sociais, tornou-se uma maneira 
de expressão de sentimentos, percepções e da criatividade.
A arte, o esporte e a tecnologia podem oferecer ao jovem morador de comunidade, 
subsídios para compreender seu papel de cidadão responsável, capaz de enfrentar, 
com criatividade e flexibilidade, as mudanças impostas pelo cotidiano, exercendo sua 
Oficina de Grafite: Um Relato de 
Experiência com Adoelscentes em 
Situação de Ato Infracional
Proteção Social Especial 
de Média Complexidade
Município: Chapecó
18
condição de protagonista no contexto social. (DUPRET, 2008, p. 419).
Oportunizar que adolescentes em medida socioeducativa de LA e PSC vivenciem 
novas formas de expressão da singularidade é estabelecer um elo com demais 
possibilidades de vida, de valores, tecendo outros modos de reconhecimento que não 
pelo ato praticado.
Este resumo refere-se a um relato de experiência com uma oficina de Grafite 
proporcionada pela Secretaria de Assistência Social de Chapecó (SC) no Serviço de 
Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de LA e 
de PSC no Centro Referência Especializado de Assistência Social - CREAS II, como 
uma prática significativa e nessa área.
2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO 
Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de LA e PSC.
3.RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS 
Profissional especializado na Arte, psicólogo, pedagogo e assistente social da Equipe 
de Medidas Socioeducativas em meio aberto.
4. PARCEIROS 
Uma escola da rede municipal de educação que cedeu o espaço para a grafitagem.
5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO 
Considerando o grafite como uma das maneiras de expressar a subjetividade, trabalhar com 
esta arte foi uma solicitação emergida pelos adolescentes em medida socioeducativa de LA 
e PSC cuja sugestão foi acolhida pelas Equipes de Medidas Socioeducativas e pela gestão da 
Secretaria de Assistência Social do Munícipio.
Com contratação do profissional especializado na Arte, a oficina foi realizada em dois Centros 
do Município: CREAS I e II; este último referente a experiência aqui descrita. A oficina ocorreu 
em dois períodos distintos. Primeiramente o profissional realizou uma exposição teórica 
apresentando o histórico e a evolução do Grafite - que atualmente se configura como uma 
profissão emergente e; como uma forma de instiga-los e envolvê-los, o profissional trouxe 
materiais concretos de seu acervo, como: revistas, desenhos, moldes, gibis, fotos, cadernos 
de anotações, reportagens, vivências de outros profissionais da área e curiosidades, os quais 
19
foram disponibilizados para manipulação e observação pelos adolescentes e posteriormente 
a criação individual de um desenho.
Em um segundo momento os adolescentes retornaram com os desenhos concluídos e foram 
dirigidos a uma escola municipal próxima ao CREAS II que se definiu parceira do Serviço de 
Medidas, fornecendo o espaço para a grafitagem. Orientados sobre o correto manuseio dos 
equipamentos, como tintas, luvas e máscaras, muitos tiveram a primeira experiência com o 
uso do spray, aprendendo os movimentos corretos de acordo com o traço desejado.
No total participaram 16 adolescentes, que ao finalizar a oficina confraternizaram e receberam 
uma declaração, comprovando a participação de oito horas de atividades.
 6. RESULTADOS ALCANÇADOS 
Notou-se um empenho dos adolescentes na execução de suas “obras de arte” com 
concentração, comprometimento e também uma dose de descontração, possibilitando a 
aproximação entre eles e a Equipe.
Ainda, tal prática foi avaliada posteriormente pelos adolescentes, os quais solicitaram por nova 
edição da oficina, sendo que essa experiência frequentemente é comentada nos encontros 
entre eles. Visualizou-se como uma atividade marcante e de reconhecimento de potenciais, 
uma vez que houve um processo de identificação e permitiu a efetivação de uma prática 
socioeducativa. Uma atividade de cunho prático-concreto que permitiu aos adolescentes se 
expressarem, se sentirem valorizados, bem como serem observados de maneira informal na 
interação e convivência com seus pares.
Salienta-se que houve uma identificação com a pessoa do oficineiro pelas experiências por ele 
contadas, pela maneira de se reportar aos adolescentes, sendo que o mesmo fez um trabalho 
de orientação expondo aos adolescentes que podem expressar a arte, a sua subjetividade, 
contudo, de forma correta e em local adequado. Ainda, mostrou o grafite como uma 
possibilidade de profissão,demonstrando seus trabalhos nacionais e internacionais, mostrou 
a exemplaridade e despertou o interesse de muitos, um deles em especial, que na semana 
seguinte foi incluído como bolsista na escola de Artes do Município no curso de desenho.
Pode-se dizer que esta experiência propiciou o fortalecimento de vínculos entre os 
adolescentes, que estabeleceram relação de identificação entre si, conversaram sobre 
os motivos que os levaram a cumprir Medida Socioeducativa, trocaram experiências 
significativas e se fortaleceram reciprocamente. Ainda, propiciou uma relação mais receptiva, 
20
de dialogo informal e gradativamente de criação de vínculos com as profissionais que compõe 
a Equipe.
A obrigação do cumprimento da Medida Socioeducativa, especificamente naquele 
momento, se transformou em uma “responsabilização prazerosa”, porquanto oportunizou 
situações concretas de efetivar o caráter socioeducativo previsto no Estatuto da Criança e do 
Adolescente e no SINASE que regulamentam nossa atuação como Equipe.
Centro de Referência Especializado de 
Assistência Social II, Chapecó, 2015
21
1. APRESENTAÇÃO 
Este projeto foi pensado em parceria com o poder judiciário e ministério público, 
devido aos processos em tramite na comarca de Ascurra (Apiúna e Rodeio)pelo crime 
de violência doméstica e o alto índice de casos nos municípios que compõem a comarca. 
Na época os municípios não dispunham do serviço para atender esta demanda.
Os grupos reflexivos de gênero com abordagem responsabilizante são instrumentos de 
prevenção e uma alternativa á impunidade ou como substitutivo de penas de detenção. 
São uma tentativa de buscar resposta penal mais adequada ao caráter do delito, pois 
proporcionam a reparação da violência cometida e favorecem a recuperação do autor 
da violência.
2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO 
São atendidas mulheres que sofreram/sofrem violência e homens autores dos atos 
de violência doméstica (encaminhados pela promotoria, demais órgãos e demanda 
espontânea).
3.RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS 
1 Assistente Social – disponibilizada pelo município de Ascurra
1 Psicóloga – disponibilizada pelo município de Apiúna
1º Grupo Reflexivo de município de pequeno 
porte de violência doméstica 
Município: Ascurra
Proteção Social Especial 
de Média Complexidade
22
1 Pedagoga ( com formação em mediação de conflitos) – disponibilizada pelo 
município de Rodeio.
4. PARCEIROS 
Prefeitura Municipal de Ascurra; Apiúna e Rodeio, Poder Judiciário e Ministério 
Público da comarca de Ascurra.
5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO 
• Capacitação para equipe: Promover a capacitação dos envolvidos com a 
condução dos trabalhos em grupo;
• Divulgação do Projeto;
• Atividades desenvolvidas: Acolhimento, Dinâmicas em grupo, Relatos 
de Experiência, Filmes, vídeos, músicas, reunião de caráter temático, ações 
socioeducativas, busca ativa dos usuários, etc.
 6. RESULTADOS ALCANÇADOS 
Aumento da demanda nos dois grupos, n rompimento com o ciclo de violência, diminuição 
de conflitos familiares, participação e interação dos integrantes, reflexão na perspectiva de 
mudanças familiares, empoderamento da mulher, expectativa de futuro.
Grupos Reflexivos 
de Mulheres
23
1. APRESENTAÇÃO 
O projeto “Ressignificando Vivências através da Música” visa essencialmente ofertar 
oficinas de música (percussão) aos adolescentes em conflito com a lei, na execução 
de medidas socioeducativas de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviço a 
Comunidade - do município de São Miguel do Oeste, 
Ressalta-se que tais oficinas estarão ligadas a Secretaria de Assistência Social do 
Município, que através do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – 
CREAS – é responsável por executar o Serviço de Proteção Social a Adolescentes em 
cumprimento de medida socioeducativa. 
Considerando as legislações vigentes de proteção e garantia de direitos a crianças 
e adolescentes, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8069 de 13 de 
julho de 1990, bem como SINASE, Lei Nº 12.790 de 18 de janeiro de 2012, que institui 
o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, e a Tipificação Nacional dos 
Serviços Socioassistenciais, Resolução CNAS 109/2009 que trata os serviços de média 
complexidade; Serviço de Atendimento a Adolescentes em medidas Socioeducativas 
em LA e PSC.
Em detrimento da existência de tais legislações, o presente projeto apresenta extrema 
relevância, pois vem imbuído do ideal de aliar as oficinas de música a mudanças de 
perspectivas de vida dos adolescentes enquanto cumprem medidas socioeducativas.
Nesse viés, considera-se a música como instrumento de integração social, além 
de promover a melhoria na comunicação, do relacionamento, da aprendizagem, 
da mobilização, da expressão e a organização (física, emocional, mental, social e 
cognitiva) do adolescente. Ajudando também a desenvolver potenciais e/ou recuperar 
 Ressignificando Vivências através da 
Música
Município: São Miguel do Oeste
Proteção Social Especial 
de Média Complexidade
24
funções do indivíduo de forma que o adolescente possa alcançar melhor integração 
intra e interpessoal, bem-estar e melhor qualidade de vida.
A música seja ela de qual gênero for, é uma inseparável companheira dos sentimentos, 
e sendo a emoção uma das características mais marcantes da pessoa, sempre onde 
existir pessoas, haverá lugar para a música. 
[...] estudos mostram que música exerce grande influência sobre 
o comportamento e as emoções.
2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO 
Adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas em meio aberto.
3.RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS 
Graciele Thiel – Assistente Social e Coordenadora do CREAS
Marcelo Bonadeo – Psicólogo e técnico de Referência do Serviço
Cleusa Klaggenberg – Educadora Social
Mauro Eleodoro – Instrutor Musical das Oficinas
4. PARCEIROS 
O projeto conta com o apoio do Ministério Público e do Poder Judiciário.
5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO 
Na oficina são trabalhados musicalmente alguns dos ritmos e dos instrumentos da 
percussão brasileira. 
A oficina aborda os aspectos que definem a técnica para execução de cada instrumento, 
as formas de escrita mais utilizadas para percussão e as características que definem os 
ritmos brasileiros. A parte prática será caracterizada pelo estudo de instrumentos 
como o tamborim, surdo, timbal, repinique.
Ressalta-se que os instrumentos de percussão são uma excelente ferramenta para 
25
vivências musicais, pois possibilitam um resultado sonoro rápido sem a necessidade, 
em princípio, de estudos teóricos densos.
O aluno sente-se capaz ao alcançar com relativa facilidade o prazer de fazer música 
através de instrumentos como cajón, surdo, ganzá, clavas, pandeiro, bongô e, 
principalmente, com o próprio corpo.
Nesse viés, considera-se a música como instrumento de integração social, além de 
promover a melhoria na comunicação, do relacionamento, da aprendizagem, da 
mobilização, da expressão e a organização (física, emocional, mental, social e cognitiva) 
da criança e do adolescente. 
Existem estudos (SOUZA, 2004; ARROYO, 2007) que registram de forma efetiva o 
envolvimento dos jovens com a música, com uma música que de alguma forma os 
represente, ou seja, com gêneros musicais que tenham uma significação de liberdade 
de expressão e mudança, representando, segundo Souza, “uma manifestação de uma 
identidade cultural caracterizada por dupla pertença: classe de idade e de meio social” 
(SOUZA, 2004, p. 8).
Doravante convém frisar que durante o processo de construção do conhecimento 
musical, levando em conta a realidade sociocultural das crianças e adolescentes, busca-
se desenvolver uma comunicação eficaz, na qual o trabalho de educação musical seja 
um meio de enriquecimento pessoal e coletivo, uma forma prazerosa de desenvolverhabilidades e técnicas, possibilitando a transmissão de simbologias, sensações, 
afetividades, prazeres e crenças.
Não obstante, ao ampliar o conhecimento cultural do ser humano, conseguimos 
fomentar em cada indivíduo a tolerância na relação com os outros e o respeito à 
diversidade que é um dos elementos mais ricos na composição de qualquer cultura.
• Atividades desenvolvidas: Acolhimento, Dinâmicas em grupo, Relatos 
de Experiência, Filmes, vídeos, músicas, reunião de caráter temático, ações 
socioeducativas, busca ativa dos usuários, etc.
 6. RESULTADOS ALCANÇADOS 
* Melhora na adesão, participação e frequência dos adolescentes no cumprimento das 
26
medidas socioeducativas;
* Maior interesse e participação dos adolescentes nas atividades;
* Respeito pelas diferenças através da interação com música;
* Mudanças no comportamento, perspectivas e disciplina dos participantes;
* Melhora na Convivência familiar e comunitária;
* Apresentação dos adolescentes no Seminário Municipal de Medidas Socioeducativas, com 
menos de dois meses de oficina;
Apresentação com alguns dos adolescentes que frequentam a 
oficina no I Seminário Municipal de Medidas Socioeducati-
vas de São Miguel do Oeste/SC
Inicio da Oficina 
no CREAS
27
Protoloco de Atendimento a 
pessoas em situação de ameaça e 
ou violação de direitos
1. APRESENTAÇÃO 
A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de 
coisa alguma, apenas destruidora. (Benedetto Croce)
Este protocolo é resultado de um processo de articulação e debate da rede de 
atendimento de Petrolândia onde, em encontros coletivos, discutiu-se, problematizou-
se e foi elencado procedimentos para atender as situações em comum e avançar no 
sentido da prevenção e proteção. Ressalta-se que apesar de estar considerando crianças 
e adolescentes, prioridade absoluta, este protocolo contempla os demais públicos 
vulneráveis, como mulheres e idosos.
O debate coletivo foi direcionado em dois aspectos, o da promoção, onde as situações 
ainda estão no patamar de ameaça e suspeita e as situações devem ser observadas 
quando em sua gênese. O da proteção, quando as violências aparecem já instaladas, 
considerando aqui como violação grave.
Promoção x Proteção
Entende-se por promoção, todas aquelas situações mais leves que crescem lentamente 
no cotidiano. Deve haver articulação junto a rede de proteção social básica. (Escola, 
CRAS, Unidade de Saúde)
• Violência psicológica / verbal
• Negligencia familiar em relação a limites
• Dificuldade de aprendizado associado a histórico de negligencia familiar
• Infrequencia escolar e mudança de comportamento
Gestão do SUAS
Município: Petrolândia
28
• Baixo rendimento escolar e mudança de comportamento
• Conflito intrafamiliar sem violência física
Entendem-se por proteção aquelas situações mais graves que se expressão 
concretamente na violação de direito e outras violências. Nestes casos o atendimento 
deve ser com a rede já mais especialista ( Saúde, CREAS, Conselho Tutelar, Policias)
• Violência sexual
• Violência Física
• Alienação parental
• Abandono
• Cárcere
• Conflito Intrafamiliar com violência física
2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO 
Prioridade a criança e adolescente, mulheres e idosos.
3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS 
Equipe da Saúde, Equipe do SUAS – Sistema Único de Assistência Social, Educação, 
Conselho Tutelar.
4. PARCEIROS 
Educação, Saúde, Assistencia Social, Conselho Tutelar, Policia
5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO
Quando a política de educação identificar uma situação de ameaça e ou violência devera: 
Professor que identifica, acolhe e aciona a psicóloga da educação que após atender e 
recolher dados com a rede para fundamentar as impressões. Encaminha para: 
• Se identificar algo, que não seja ameaça ou violência instalada. 
Encaminhará para que a escola chame a família para conversar sobre as dificuldades 
do processo ensino aprendizagem com perspectiva de observar as respostas da família.
29
• Se for ameaça ou suspeita:
Encaminhar situação para Centro de Referência de Assistencia Social/CRAS 
com as devidas agendas de atendimento posterior e relatórios também.
• Se for suspeita de violência sexual ou física;
A escola levara a unidade de saúde, onde além de atender dará inicio a 
notificação compulsória. Após, encaminhará ao profissional que responde 
pelos atendimentos da média complexidade da Assistência Social com 
relatório e ou cópia do caderno de registro dos atendimentos realizados com a 
família e ou crianças.Profissional que responde pelos atendimentos da média 
complexidade da Assistência Social sensibilizara a família a fazer BO e ou em 
24h acionará o Conselho Tutelar para fazê-lo. Quando não existir pai, mãe e 
ou responsável o Conselho Tutelar será responsável pelo BO e Aplicação de 
Medidas, especialmente acolhimento.
• Se for violência instalada;
Encaminhar (levar, quando menor de 18 anos) para a saúde para exames 
e comunicar o Conselho Tutelar e encaminhar ou articular atendimento 
em conjunto com o profissional que responde pelos atendimentos da média 
complexidade da Assistência Social,apresentando relatório dos atendimentos 
já realizados;
Quando a Política de Saúde identificar uma situação de ameaça e ou violência deverá:
• Identificar e acolher a vítima com escuta qualificada, recolher dados 
com a rede para fundamentar as impressões, atender com parecer técnico e 
gerar a notificação compulsória.
• Se for grave: atender e depois, encaminhar por e-mail para atendimento 
no CREAS, enviando conjuntamente relatório dos atendimentos já realizados 
(com cópia ao Conselho Tutelar). CREAS responderá o e-mail sinalizando 
prazo de atendimento
• Se for leve ou ameaça: encaminhar via e-mail ao CRAS apresentando 
relatório dos atendimentos já realizados (com cópia ao Conselho Tutelar).
30
Quando a Política de Assistencia Social identificar uma situação de ameaça e 
ou violência deverá:
• Identificar, acolher a vitima com escuta qualificada, recolher dados 
com a rede para fundamentar as impressões, encaminhar para a saúde para 
atendimento técnico (médico).
• Se for grave: O profissional que responde pelos atendimentos da 
média complexidade da Assistência Social/CREAS deverá atender a família 
e incentivá-la a registrar BO e comunicar ao Conselho Tutelar. Caso não se 
efetive o registro do BO, acionar Conselho Tutelar para fazê-lo quando se tratar 
de crianças e adolescentes.
• Se for leve ou ameaça: o CRAS deverá atender a família e garantir 
atendimento junto à rede.
Representante do CRAS e do CREAS realização visitas de Gestão de Território 
junto às Escolas e ESF a fim de discutir casos específicos.
Quando o Conselho Tutelar for acionado, deverá averiguar a situação 
buscando dados primeiramente na rede de atendimento para depois ir in locus 
nas famílias. Aplica medidas dos 101 e 129 do ECA, antes de realizar BO, este 
deverá ser procedido em conjunto com parecer do profissional que atende a 
média complexidade do SUAS no município .
Quando a Polícia Militar identificar uma situação de ameaça e ou violência deverá:
• Atender quando for chamada pela rede, independente de ser menor 
de 18 anos ou maior, e tomar os procedimentos cabíveis de proteção, acionando 
imediatamente o profissional que responde pelos atendimentos da média 
complexidade da Assistência Social/CREAS, prestando-lhe o devido relatório 
para fundamentar os atendimentos.
Quando a Polícia Civil identificar uma situação de ameaça e ou violência deverá:
• Atender quando for chamada pela rede, fazendo a oitiva e 
investigação, independente de ser menor de 18 anos ou maior, e tomar os 
procedimentos cabíveis e acionar imediatamente O profissional que responde 
pelos atendimentos da média complexidade da Assistência Social/CREAS 
prestando-lhe o devido relatóriopara fundamentar os atendimentos.
31
6. RESULTADOS ALCANÇADOS 
A rede municipal de atendimento, com todos os atores envolvidos, dialoga 
a cada dia para fortalecer este protocolo de atendimento as pessoas vitima 
de violência. O trabalho em rede requer paciência e muito dialogo para o 
processo acontecer. Pode-se afirmar da necessidade de se implantar programas, 
capacitações que tenham continuidade e que envolvam profissionais 
diretamente ligados ao serviço. Ao Mesmo tempo o fortalecimento desta rede 
proporciona aos usuários das políticas publicas, qualidade e agilidade nos 
atendimentos e encaminhamentos.
Reunião da REDE – CRAS, Conselho Tutelar, Psicóloga 
da Educação e Psicóloga da Saúde
Fonte: Prefeitura Municipal de Petrolândia, 2016.
32
Efetivando O Núcleo Municipal de 
Educação Permanente do SUAS de 
Jaraguá Do Sul
1. APRESENTAÇÃO 
Implantar o Plano Municipal de Educação Permanente dos Trabalhadores do 
SUAS em consonância com a NOB/Suas é contribuir para efetiva valorização 
dos profissionais e prestação e oferta à população de serviços, benefícios, 
programas, projetos e transferências de renda, destinados à garantia da proteção 
e do acesso aos direitos fundamentais, contribuindo para a história da política 
da Assistência Social no município de Jaraguá do Sul.
Necessitamos que a Educação permanente, provoque nas equipes a reflexão 
constante sobre seus processos de trabalho, bem como sobre suas práticas 
profissionais, reconhecendo, desta forma, os usuários da Assistência Social 
como sujeitos de direito: capazes de contribuir com as mudanças da realidade 
em que vivem, tornando-se protagonistas do seu próprio contexto social.
Por ser um processo democrático e participativo a Educação Permanente deve 
se constituir numa aprendizagem significativa para a promoção de melhorias 
na qualidade da gestão e no desenvolvimento e capacidades requeridas pelo 
SUAS e, ainda, proporcionar nivelamento de compreensão sobre os objetivos, 
princípios e diretrizes da política de assistência social.
O Plano de Educação Permanente para sua dinamização e implementação é 
necessário estruturar o Núcleo de Educação Permanente do SUAS, no qual suas 
ações visam o cumprimento das normativas estabelecidas na NOB/Suas e NOB-
RH/Suas, tendo em vista as diretivas da educação permanente que propicie o 
desenvolvimento de competências, habilidades e capacidades dos trabalhadores.
Município: Jaraguá do Sul
Gestão do SUAS
33
2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO
Todos os trabalhadores do SUAS da Secretaria Municipal de Assistência Social 
de Jaraguá do Sul, referente ao mês de setembro de 2014.
3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS
Comissão formada para elaboração do Plano de Capacitação e Educação Permanente 
da Secretaria Municipal de Assistência Social, Criança e Adolescente (Portaria n° 
1272/2014 e 1329/2014), no total de nove trabalhadores do Suas.
4. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO 
 DO TRABALHO 
Neste processo de conhecer os trabalhadores do 
SUAS da Secretaria Municipal de Assistência Social 
foi utilizado o método quantitativo, na modalidade de 
coleta de informações, tendo como intenção garantir a 
precisão dos resultados, evitando distorções de análise e 
interpretação, possibilitando uma margem de segurança 
quanto às inferências. (RICHARDSON, 2008). 
É importante sinalizar que esta fonte de dados 
corresponde ao formulário aplicado com os trabalhadores 
do SUAS da Secretaria de Assistência Social, Criança e 
Adolescente nos meses de agosto, setembro de 2014,
 com objetivo de coletar informações para subsidiar 
o diagnostico de demanda de capacitação dos 
trabalhadores do SUAS.
É preciso compreender, que muito além de dados coletados, a pesquisa torna-se um 
ato contínuo com a finalidade de melhorar as atividades do cotidiano do trabalhador, 
enquanto houver pesquisa, haverá ensino e consequentemente haverá aprendizagem. Com 
relação a este pensamento, Paulo Freire (2007, p.29) afirma que “[...] Pesquiso para 
constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso 
para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade”.
Cartaz utilizado 
solicitando a participação 
de todos os trabalhadores 
da Secretaria/PMJS
34
5. RESULTADOS ALCANÇADOS
Em atenção às necessidades diagnosticadas, que compreenderam a análise dos 
recursos humanos, grau de conhecimentos/habilidades e competências profissionais 
necessárias ao desenvolvimento da função e levantamento de propostas e conteúdos 
de capacitação.
A Secretaria Municipal da Assistência Social, Criança e Adolescente terá a 
responsabilidade de coordenar, planejar, financiar, executar, avaliar e monitorar o 
processo de capacitação.
Em atenção às necessidades diagnosticadas, cujo perfil dos trabalhadores apresentam 
um significativo nível de escolaridade, as estratégias pedagógicas e os diferentes 
patamares formativos serão organizados com vistas a contemplar a qualificação a 
todos os trabalhadores. As práticas educativas serão orientadas e desenvolvidas de 
forma participativa considerando as experiências, a escolaridade, as vivências e os 
conhecimentos dos diferentes sujeitos no processo educativo.
Com aprovação pelo Conselho Municipal de Assistência Social do Plano Municipal 
de Educação Permanente dos Trabalhadores do SUAS de Jaraguá do Sul, SC, do Plano 
de Ação para elaboração do Plano de Capacitação e Educação Permanente em 10 de 
novembro de 2014, e aprovação através da Resolução nº 002 de 03 de fevereiro de 2016 
do Plano Municipal de Educação Permanente dos Trabalhadores do Suas de Jaraguá 
do Sul, resultou na implantação do Núcleo de Educação Permanente do SUAS, através 
do Decreto nº 10.758 de 08 de março de 2016.
A composição do Núcleo de Educação Permanente do Suas – NUEPS, compreende 
cinco membros: representante do setor de Vigilância Socioassistencial, da Proteção 
Social Básica, da Proteção Social a Política de Assistência Social, executadas pelos 
municípios no Estado de Santa Catarina.Especial de Média Complexidade, da Proteção 
Social Especial de Alta Complexidade e de entidades inscritas no Conselho Municipal 
de Assistência Social (CMAS).
35
 Implantação do Sistema Municipal 
de Prevenção e Erradicação do 
Trabalho Infantil
1. APRESENTAÇÃO 
Abelardo Luz – SC, atualmente, com 17.717 habitantes também concentra 23 
assentamentos de reforma agrária, o maior número do Sul do Brasil, aonde residem, 
aproximadamente, 1,5 mil famílias assentadas (SANTA CATARINA, 2015). Ademais, 
o município ainda dispõe pluralidade cultural, tendo em vista duas áreas indígenas. 
Outra característica do município é a “fronteira seca” com o estado do Paraná, seja 
com as cidades de Clevelândia – PR e Palmas PR. De acordo com o censo 2010, 
realizado pelo IBGE, o total de 2.271 crianças e adolescentes, com idade entre 10 a 
15 anos. Tratam-se de 1.482 crianças e adolescentes com idade entre 10 a 13 anos e 
789 adolescentes com idade de 14 ou 15 anos. Relativo ao trabalho infantil, o Instituto 
registrou 433 casos.
O Município de Abelardo Luz no contexto do seu compromisso pactuado para a 
prevenção e erradicação do trabalho infantil desencadeou no ano de 2015 um processo 
para a implantação do Sistema Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho 
As atividades envolveram a rede de atendimento direto à criança e ao adolescente 
no município, representantes do Sistema de Garantias de Direitos, equipe técnica do 
CREAS e assessoria técnica especializada do Prof. Dr. André Viana Custódio.
As atividades tiveram como objetivos a) sensibilizar a rede de atendimento e o 
sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente sobre a necessidade e 
os compromissos para a prevenção e erradicação do trabalho infantil no município; 
b) discutir estratégias de identificação, notificação e encaminhamento dos casos detrabalho infantil no território município, c) promover a articulação intersetorial 
para prevenção e erradicação do trabalho infantil e d) debater o reordenamento do 
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil no contexto das políticas públicas de 
atendimento da educação, saúde e assistência social, bem como, as ações integradas 
Município: Abelardo Luz
Gestão do SUAS
36
com o sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente.
Assim, para a consecução dos objetivos foram realizadas as seguintes atividades: a) 
Instituição da Comissão Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil 
em 05/2015;
b) Ação de Prevenção e Combate e ao Trabalho Infantil, lançamento da Campanha “É 
DA NOSSA CONTA”, na data de 11 de Junho de 2015; c) 1º Seminário de Enfrentamento 
ao Trabalho Infantil em Abelardo Luz cujos escopos foram sensibilizar e mobilizar 
atores e segmentos sociais envolvidos na erradicação do trabalho infantil por meio da 
compreensão efetiva sobre o tema. Os convites estenderam-se para os municípios da 
região da AMAI. (O seminário contou com a palestra do Dr. André Viana Custódio, 
pós-doutor em direito pela Universidade de Sevilla na Espanha e pesquisador do 
Grupo de Políticas Públicas de Inclusão Social na Universidade de Santa Cruz do Sul 
– RS (UNISC). Como debatedor participará o Procurador do Trabalho e Membro 
do Ministério Público do Trabalho, Dr. Marcelo Goss Neves.) em 07/07/2015; 
d) capacitação Integrada de Gestores e Técnicos das políticas de atendimento e 
representantes do Sistema de Garantias de Direitos da Criança e do Adolescentes em 
11/08/2015; e) capacitação integrada da Rede de Atendimento direto à criança e ao 
adolescente em 25/08/2015; f) elaboração participativa dos Fluxos e Protocolo de 
Notificação e Encaminhamento do Trabalho Infantil em 28/09/2015.
Além da sensibilização e capacitação dos profissionais da rede de atendimento, gestores 
e representantes do Sistema de Garantias de Direitos foram formuladas propostas de 
fluxos de notificação e encaminhamento do trabalho infantil construídos de forma 
participativa com os diversos representantes visando a consolidação da Política 
Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.
deve ser com a rede já mais especialista ( Saúde, CREAS, Conselho Tutelar, Policias)
2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO 
Profissionais da rede de atendimento direto à criança e ao adolescente e do Sistema de 
Garantias de Direitos do Município de Abelardo Luz/Sc.
3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS 
Comissão Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, equipe técnica 
do CREAS,CRAS, Conselho Tutelar, Agentes Comunitários de Saúde consultoria.
37
4. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO
Ação de Prevenção e Combate e ao Trabalho Infantil, lançamento da Campanha “É 
DA NOSSA CONTA”, a qual teve como objetivo principal proporcionar às crianças e 
adolescentes dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do município, 
momentos de lazer, demonstrando que este direito indisponível não pode ser substituído 
pelo trabalho. Por meio desta ação, iniciou-se a disseminação de informações acerca do 
tema para a população por meio dos veículos de comunicações locais.
1º Seminário de Enfrentamento ao Trabalho Infantil em Abelardo Luz, cujos escopos 
foram sensibilizar e mobilizar atores e segmentos sociais envolvidos na erradicação do 
trabalho infantil por meio da compreensão efetiva sobre o tema. Os convites estenderam-
se para os municípios da região da AMAI. (O seminário contou com a palestra do Dr. 
André Viana Custódio, pós-doutor em direito pela Universidade de Sevilla na Espanha e 
pesquisador do Grupo de Políticas Públicas de Inclusão Social na Universidade de Santa 
Cruz do Sul – RS (UNISC). Como debatedor participará o Procurador do Trabalho e 
Membro do Ministério Público do Trabalho, Dr. Marcelo Goss Neves.)
As atividades de capacitação envolveram a problematização de conceitos jurídicos, 
causas e consequências do trabalho infantil, as diretrizes para o reordenamento do 
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil como compromisso compartilhado entre 
os diversos agentes, as ações setoriais e intersetoriais necessárias para a implantação do 
Sistema Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.
As atividades de formulação envolveram a construção de fluxos de notificação e 
encaminhamento do trabalho infantil visa oferecer instrumentalidade e segurança aos 
agentes públicos para o devido exercício de suas competências e atribuições no contexto 
das políticas de prevenção e erradicação do trabalho infantil.
Para facilitar a compreensão e os encaminhamentos optou-se por desmembrar os 
fluxos em duas modalidades: a) fluxo de Notificação: refere-se ao encaminhamento da 
Ficha de Notificação Integrada (documento) a partir da identificação de uma situação 
específica de trabalho infantil junto aos órgãos responsáveis pelo atendimento, proteção 
e responsabilização; b) fluxos de Encaminhamento: refere-se ao encaminhamento de 
crianças, adolescentes e famílias a partir da identificação de uma situação específica de 
trabalho infantil junto aos órgãos responsáveis pelas políticas públicas de atendimento 
integral; c) os fluxos foram construídos a partir da percepção dos profissionais da rede 
de atendimento e dos representantes do sistema de garantias de direitos da criança e 
do adolescente. A Comissão Intersetorial estabeleceu também o planejamento para 
sua implementação que está em fase de desenvolvimento no ano de 2016 como forma 
de garantir o aperfeiçoamento dos encaminhamentos e atendimentos no âmbito das 
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políticas públicas municipais.
5. RESULTADOS ALCANÇADOS
Maior nível de compreensão sobre o contexto, causas e consequências do trabalho 
infantil; aprimoramento das definições jurídicas de trabalho; maior sensibilidade e 
preocupação do tema dos profissionais que atuam na rede de atendimento, organização e 
formulação do fluxo municipal de identificação e encaminhamento do trabalho infantil, 
formulação do modelo de protocolo integrado de atendimento dos casos de trabalho 
infantil que será assinado em 2016.
Lançamento da 
Campanha: É da Nossa 
Conta com crianças e 
Adolescentes dos SCFV
Oficinas com Rede Municipal 
(Construção de Fluxos e 
Protocolos)
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