Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PRESIDENTE Evandro Eredes dos Navegantes 1º VICE-PRESIDENTE Nelson Gasperin Jr. 2º VICE-PRESIDENTE Roberto Agenor Scholze DIRETOR GERAL Alexandre Alves COORDENAÇÃO DE FORMAÇÃO Camile Martinelli Silveira PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Victor Gote PRESIDENTE Sisi Blind 1º VICE-PRESIDENTE Luzia Lourdes Coppi Mathias 2º VICE-PRESIDENTE Aldomir Roskamp 3º VICE-PRESIDENTE Antônio João de Fáveri DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Celso Vedana ASSISTENTE SOCIAL Janice Merigo Fecam Egem Gestão do SUAS Proteção Social Especial de Média Complexidade 06 05 30 18 Sumário Proteção Social Básica Apresentação 04 Redação ABERLARDO LUZ Leonice Dedonatti - Coordenadora Bruna Cristina Souza - Advogada Izadora Lunardi - Psicologa Fernanda Sonaglio - Assistente Social Consultoria: Dr. Andre Viana Custodio ASCURRA Angela Claudino Junckes Laís Daniel Sandra Maria Vansuita Pasqualini CHAPECÓ Cristiane Dameda - Psicóloga Vania Maria Bellei Marchese - Pedagoga, Jaqueline Schoeller Basei - Assistente Social FLORIANÓPOLIS Maria Cláudia Goulart da Silva - Psicóloga Thais Coan Garcia - Assistente Social JARAGÚA DO SUL Eli Antunes - Pedagogia Euci Cristofolini - Serviço Social Juliana Laise Hilário - Serviço Social IBIRAMA Jésita Maria Eyng - Coordenadora do CRAS Nádia Mohr da Cruz - Técnica de Referência Priscila dos Santos Patrocínio - Educadora Social LUZERNA Michele Tedesco - Assistente Social Silvia Miazzi Pereira - Psicologa Ana Maria Cozza - Gestora Cadúnico PETROLÃNDIA Secretaria Municipais de Assistencia Social Saúde Educação Conselho Tutelar SÃO MIGUEL DO OESTE Graciele Thiel Marcelo Bonadeo Cleusa Klaggenberg Cartilha de Experiências Municipais na Política de Assistência Social. Organização [de] Janice Merigo. Florianópolis: Federação Catarinense de Municípios - FECAM, 2016. Redação A Federação Catarinense de Municípios – FECAM, desde 2010 realiza o Seminário Estadual de Gestores e Trabalhadores da Política de Assistência Social. Em 2016 realizamos a VII edição, novamente no Município de Piratuba/SC, contemplando todas as regiões do nosso Estado. Esse sucesso se deve a participação efetiva dos Municípios, que reconhecem neste evento, um momento importante de formação técnica e aproximação com os demais Municípios. O evento proporciona discussões importantes referentes a Assistência Social, como: financiamento, gestão do trabalho, articulação entre serviços e benefícios, trabalho social com famílias na proteção social, sendo que a cada ano inovamos com palestrantes de referência no Brasil. Contamos com apoiadores institucionais, como COEGEMAS, CRP e CEAS. Neste ano contamos com a participação especial do Fórum Estadual da Política de Assistência Social – FEPAS e da Secretaria de Estado do Rio Grande do Sul, que vem compartilhar a construção da política naquele Estado. Destacamos que a cada ano, o momento do relato das experiências municipais é um dos momentos mais esperados. O Sistema Único de Assistência Social – SUAS, está em processo de construção e este espaço possibilita a troca de experiências, a apresentação dos avanços e os desafios ainda a serem superados. Percebe-se a cada ano o esforço que os Municípios vêm fazendo para a qualificação da oferta dos serviços socioassistenciais. Em 2015 elaboramos a 1ª edição da cartilha e em 2016 estamos editando a 2ª edição. Essa publicação, além de apresentar as experiências, revela o comprometimento dos gestores e trabalhadores em implementar o SUAS em Santa Catarina à luz das orientações e normativas técnicas. Os protagonistas deste processo são os gestores e trabalhadores, que buscam incessantemente “acertar”, para atender cada dia com mais qualidade à população usuária, mesmo diante das adversidades de cofinanciamento e oferta de serviços regionalizados. As experiências aqui apresentadas são frutos do processo de construção dos trabalhadores do SUAS. Desejamos que as experiências sirvam para reflexões e qualificação da oferta dos serviços socioassistenciais. Apresentação Sisi Blind Presidente da FECAM No início do ano de 2014 através da ação de busca ativa aos beneficiários do Programa Bolsa Família, deu-se início a um processo de acompanhamento familiar em grupo. Este Relato foi idealizado a partir desta experiência profissional interdisciplinar no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) - Centro, no município de Florianópolis – SC. Para tanto, a proposta possibilitou a formação de um grupo territorializado, que trabalha com a coletivização das demandas, articulação da rede socioassistencial e intersetorial, e ao mesmo tempo permite a construção de um caráter político e de fortalecimento do grupo. 1. APRESENTAÇÃO A experiência relata sobre uma ação pioneira e inovadora– acompanhamento familiar em grupo. O Acompanhamento Familiar em grupo iniciado em março de 2014, formado por mulheres moradoras da “Mariquinha”, , tem como objetivo fortalecer os vínculos familiares e comunitários, contribuindo para uma melhoria da qualidade de vida neste território; Há a potencialização do protagonismo e autonomia das famílias e da comunidade, buscando a superação gradativa das vulnerabilidades vivenciadas. 2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO Beneficiárias do Programa Bolsa Família e Benefícios Eventuais 3.RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS Psicóloga e Assistente Social da Equipe PAIF 4. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO São várias as ações desenvolvidas pela Equipe PAIF, entre elas, a busca ativa, o acolhimento individual ou coletivo, e especialmente, o acompanhamento familiar, que pode ser realizado de forma particularizada ou em grupo. No início de 2014, a equipe PAIF realizou-se estratégias de Busca Ativa, de forma territorializada, através de contatos telefônicos ou Acompanhamento Familiar em Grupo No PAIF: Proteção Social Básica Município: Florianópolis 6 visitas domiciliares, de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF) e Benefícios Eventuais. Em data e horários pré-estabelecidos, foram realizados Acolhimentos Coletivos nas dependências do CRAS, que tem como objetivo, oferecer um espaço para escuta qualificada das demandas trazidas pelos usuários. Neste primeiro contato com os usuários, a equipe PAIF tem como proposta, apresentar com uma roda de conversa, a Política Nacional de Assistência Social, o Sistema Único de Assistência Social, os serviços e benefícios da rede socioassistencial do município. Este se transforma no contato inicial com o PAIF, onde este é cuidadosamente planejado, para que as famílias sintam-se respeitadas e apoiadas, reconhecendo o Serviço como um direito. A partir disto, identifica-se possibilidades de encaminhamentos que podem se transformar em atendimentos particularizados ou coletivização das demandas e por consequência, a criação de Grupos de Acompanhamento Familiar. Em março de 2014, após a realização de busca ativa territorializada, realizou-se o Acolhimento Coletivo que culminou na criação do Grupo de Acompanhamento Familiar do Morro da Mariquinha. Neste primeiro encontro, havia 16 (dezesseis) responsáveis familiares do Programa Bolsa Família, mulheres e mães. Ao final deste encontro, abordou-se sobre as possibilidades de acompanhamento familiar no âmbito do PAIF, sendo manifestado, o interesse no acompanhamento familiar em grupo, com frequência mensal, em data e horário acordados. A partir disto, iniciamos o Acompanhamento Familiar em Grupo, realizado através de Reuniões de aproximadamente uma hora e meia, que iniciam com o resgate dos objetivos do grupo e memória do encontro anterior. Em seguida, trabalhamos o tema do encontro através de dinâmicas de grupo e outras estratégias, como rodas de conversa e ao final, avalia-se o encontro e define-seo tema da próxima reunião. Questões particularizadas das famílias são encaminhadas para atendimento individualizado e visitas domiciliares; e são trabalhadas através de acolhimento, orientação e encaminhamentos à rede, quando necessários. Foram realizados 10 (dez) encontros durante todo o ano de 2014, com encerramento em dezembro. No ano de 2015, o grupo retomou as atividades em março permanecendo ativo até dezembro do mesmo ano. Sobre o número de participantes, o grupo contava até 2015, com a participação média de 10 (dez) mulheres em Acompanhamento Familiar. A respeito das temáticas, trabalham-se questões e temas de interesses comuns, como direitos trabalhistas, direito à educação, demandas de vaga em Centros de Educação Infantil, acesso à rede sócio assistencial e intersetorial, além de conversas sobre a realidade local, bem como dinâmicas de interação grupal e interpessoal. Após a coletivização da demanda, se discute com os participantes as possibilidades de encaminhamento, e conforme desejo do grupo, são realizadas atividades como dinâmicas de grupo, visitas à rede intersetorial e conversas com convidados para discutir temas específicos. Esta metodologia de grupo tem facilitado os processos de reflexão, seja pessoal interpessoal 7 e de participação, integrando o grupo e estabelecendo vínculos de afetividade e respeito mútuo. Além de valorizar os conhecimentos, vivências e significados dos participantes, envolve-os na discussão, pela identificação e busca de soluções para problemas que emergem em suas vidas cotidianas. 5. RESULTADOS ALCANÇADOS Percebe-se que o acompanhamento familiar em grupo contribui para o alcance de melhores resultados, pois, ao mobilizar um grupo de mulheres de um mesmo território com demandas em comum, o espaço proporciona a troca de vivências que tornam esse acompanhamento uma experiência de empoderamento das famílias e, por consequência, do território, promovendo o aumento da capacidade das famílias de verbalizar suas demandas; a identificação e consolidação de redes de apoio social, produzindo processos de protagonismo, autonomia da população e de responsabilização do poder público por uma rede de proteção social e garantia de direitos. CRAS Centro, 2014 e 2015 8 Fortalecendo Autonomia aos Beneficiários do BPC 1. APRESENTAÇÃO Em decorrências das transformações do SUAS, visando o que se apresentana Tipificação dos Serviços Socioassistenciais,na garantia de um trabalho preventivo, é que o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS de Luzerna, iniciou desde a sua implantação no ano de 2012, o PAIF – Serviço de Proteção e Atenção Integral à Família com Beneficiários do BPC – Benefício de Prestação Continuada com Idosos e Pessoas com Deficiência e Familiares. A presente prática visa desenvolver ações e acompanhamento aos beneficiários do BPC e suas famílias, promovendo melhoria de qualidade de vida e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários aos mesmos. 2. PÚBLICO ALVO ATENDIDO: Beneficiários do BPC - Benefício de Prestação Continuada, sendo dois grupos: Idosos e Pessoas com Deficiência e Familiares, atendidos desde o ano de 2012 até o momento presente, totalizando atualmente 27 beneficiários do BPC Idosos e 25 beneficiários BPC pessoas com deficiência. 3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS: Diretamente: Coordenadora e Assistente Social do CRAS e Psicóloga do CRAS. Indiretamente: Serviços Gerais, Gestora e entrevistadora do CADÚNICO. 4. PARCEIROS: Profissionais das demais políticas públicas, saúde, educação, vigilância sanitária, INSS... 5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DE TRABALHO: O acompanhamento aos Beneficiários ocorre por meio de visitas domiciliares Município: Luzerna Proteção Social Básica 9 e encontros realizados no CRAS, por meio de troca de vivências, palestras, dinâmicas integrativas, slides, vídeos e participação ativa de cada participante, sendo oferecido um singelo lanche em cada encontro. Os encontros aconteciam uma vez por mês, com temas específicos e inerentes à demanda de cada grupo (BPC Idosos e BPC Idosos e Pessoas com Deficiência). No ano de 2015 os encontros passaram a acontecer a cada dois meses, pelo fato de muitos beneficiários não conseguirem vir até o CRAS, por estarem acamados e incapacitados de chegarem até o local, no entanto com o espaçamento dos encontros aumentou-se o acompanhamento aos beneficiários por meio das visitas domiciliares. Os usuários contribuem através de opiniões e sugestões referentes às atividades realizadas, sendo que a cada semestre realizamos uma pesquisa de satisfação, a fim de identificar a eficácia das atividades e abrir espaço para sugestões e contribuições dos participantes, sendo levadas em conta no decorrer das próximas ações. A cada início de ano é entregue aos beneficiários o cronograma das atividades, sendo que antes de cada encontro, o CRAS convida novamente os beneficiários para a realização das atividades em grupo e ressalta sobre a importância da participação. Como forma de divulgação dos serviços e incentivo às atividades,são entregues necesseries e canetas com a logo da CRAS e camisetas do PAIF aos beneficiários e participantes, durante as atividade e visitas domiciliares realizadas. 6. RESULTADOS ALCANÇADOS: Identificou-se por meio da pesquisa de satisfação realizada semestralmente, e também por meio da postura e dos relatos dos participantes, que os objetivos propostos estão sendo atingidos, ou seja, a grande maioria relata satisfação, pela maneira como ocorre àsatividades e acompanhamento, mencionando consequências positivas para a própria vida e família.A participação dos usuários é levada em consideração tanto no planejamento das atividades, por meio da pesquisa de satisfação, bem como nas ações realizadas por meio dos encontros grupais e visitas domiciliares. Resultados alcançados: *Acesso aos direitos, possibilidades deaprendizagem e socialização; *Convivência e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários; *Sentimento de pertença e valorização; *Experiências de diálogo e troca de vivencias; *Produção coletiva; *Fortalecimento da autonomia, autoestima e protagonismo individual e familiar; 10 No ano de 2014 foi elaborado um vídeo com os beneficiários do BPC Idoso e Pessoas com Deficiência, que abordaram vivências e relatos de histórias de vida, cada um dos participantes fez o seu relato auxiliando na elaboração do vídeo. Atividades Coletivas BPC Idoso Visita Domiciliar aos Beneficiarios 11 1. APRESENTAÇÃO O município de Ibirama possui aproximadamente 18097 habitantes, sendo considerado município de pequeno porte I. O município conta com apenas um Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, localizado no centro da cidade onde são desenvolvidos os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFVs. Os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos passaram a ser implantados a partir da criação do Plano Municipal de Assistência Social – 2014-2017, tendo em vista o cumprimento das metas estipuladas. Estes serviços foram reestruturados a partir de uma formação ministrada a equipe do CRAS, objetivando atingir o que de fato estipula a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. São atendidas cerca de 60 crianças e adolescentes e 20 idosos, divididos em grupos de acordo com a faixa etária. Os SCFVs complementam o trabalho social com famílias visando à prevenção de situações de risco social. Por meio de suas atividades estimulam e orientam os usuários na construção e reconstrução de suas vivências na família e no território, buscando desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e a convivência comunitária. O trabalho vem sendo aprimorado com o decorrer do tempo e das experiências vividas nos serviços.2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO Crianças e adolescentes: cujas famílias são beneficiárias de programas de transferência de renda, encaminhados pelos serviços da Proteção Social Município: Ibirama Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Proteção Social Básica 12 Especial, em situação de risco pessoal e social e adolescentes egressos de medida socioeducativa de internação ou em cumprimento de outras medidas em meio aberto. Idosos: beneficiários do Benefício de Prestação Continuada; membros de famílias beneficiárias de programas de transferência de renda; com vivências de isolamento por ausência de acesso a serviços e oportunidades de convívio familiar e comunitário e cujas necessidades, interesses e disponibilidade indiquem a inclusão no serviço; outros em situação de risco pessoal e social. 3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS A equipe é composta por 01 assistente social que é técnica de referência do serviço, 01 psicóloga que também é coordenadora do CRAS e 02 educadoras sociais. 4. PARCEIROS Conforme o tema, o SCFV busca parceiros para complementar as ações desenvolvidas como a Secretaria de Saúde, Poder Judiciário, Serviço Social do Comércio – SESC de Rio do Sul, Associação Corpo de Bombeiros Voluntários de Ibirama, Sistema Nacional de Emprego – SINE, entre outros. 5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO Inicialmente as educadoras sociais juntamente com a Equipe Técnica de Referência elaboraram um Plano de Ação de cada faixa etária do serviço, norteando todo o trabalho a ser desenvolvido. Os serviços ocorrem com periodicidade semanal com duração de até duas horas cada encontro e são divididos da seguinte forma: • Faixa etária de 11 a 13 anos – as atividades propostas abordam questões relevantes sobre a criança e o adolescente, contribuindo para a construção de novos conhecimentos e formação de atitudes e valores que reflitam no desenvolvimento integral destes. Esta faixa etária é desenvolvida nos períodos matutino e vespertino; • Faixa etária de 14 a 17 anos – as ações trabalhadas abordam questões relevantes sobre a adolescência, e visam estimular a convivência social, a participação cidadã e uma formação geral para o mundo do trabalho. Ocorre no período matutino e vespertino; Idosos - são realizadas diversas atividades que estimulem vivências, práticas e experiências 13 que possibilitem o desenvolvimento de potencialidades e ampliação do universo informacional e cultural levando-se em consideração orientações do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Este serviço é realizado no período matutino. As ações são pautadas nos eixos norteadores descritos na cartilha Perguntas Frequentes – SCFV, sendo: convivência social, direito de ser e participação, onde são trabalhados temas vivenciados no cotidiano dos participantes. O CRAS oferta transporte e lanche a todos os participantes dos serviços. Todos os encontros são registrados com fotos, lista de presença e preenchimento de um relatório padrão. E ainda são divulgadas notícias para dar publicidade ao serviço. Semanalmente ocorrem reuniões entre a equipe técnica e as orientadoras sociais do SCFV. Estes serviços são custeados com recursos provenientes do Estado e do Município. 6. RESULTADOS ALCANÇADOS Analisando a experiência proporcionada pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, pudemos identificar que: • Reflexão dos participantes sobre si mesmos e a comunidade em que vivem; • Aumento significativo da frequência dos usuários em todos os grupos; • Desenvolvimento do protagonismo e autonomia; • Estabelecimento de afetividade e respeito entre os usuários na troca de saberes; • Demonstração de interesse e participação nas atividades propostas; • Criação de vínculo entre usuários e as orientadoras sociais; • Iniciativa dos usuários em motivar a participação de outras pessoas no serviço. SCFV de 11 a 13 anos 14 Um novo olhar sobre o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 1. APRESENTAÇÃO A Assistência Social caminha num projeto maior de reordenamento,aperfeiçoando sua atuação no atendimento a população, seguindo a tipificação dos serviços que busca padronizar e qualificar suas atividades enquanto espaço de garantia de direitos. No ano de 2007 foram implantados em Jaraguá do Sul quatro equipamentos de CRAS, dois destes já existentes anteriormente com outra modalidade de atendimento, sendo este exclusivo a crianças e adolescentes, pouco atuantes na família como um todo. Jaraguá do Sul, buscou efetivar as adequações necessárias conforme preconiza a política de assistência social. Através de uma caminhada de estudos técnicos, embasados nas normas e resoluções estipuladas pelo MDS, capacitações e adequações na práxis, reestruturou sua maneira de intervenção transformando as oficinas inócuas em grupos organizados por etapas do desenvolvimento dos indivíduos, inserindo na execução destes grupos os eixos orientadores do SCFV. 2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO Famílias usuárias do CRAS e inscritas no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos especialmente aqueles em situação prioritária segundo as normas do CNAS e CIT. 3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS Técnicos do PAIF e do SCFV Município: Jaraguá do Sul Proteção Social Básica 15 4. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO O município de Jaraguá do Sul possui atualmente cinco CRAS em funcionamento e mais duas unidades em processo de construção e implantação. Nos CRAS em funcionamento existe equipe técnica composta de Assistente Social, Psicólogo, Pedagogo e Educadores Sociais. Até meados de 2014, não havia a definição de quais profissionais atuariam em quais serviços, havia uma dúvida em relação à atuação prática dentro do PAIF e SCFV, o que dificulta a ação e a elaboração dos planos de ação e aplicação. Desta forma o PAIF e SCFV se confundiam entre si, e a dinâmica utilizada para atendimento das famílias no SCFV era a de oficinas desvinculadas a qualquer outro tipo de intervenção ou contextualização, tais oficinas, aconteciam como aulas de artesanato, jogos e educação física, principalmente em contra turno escolar sem vislumbrar outro tipo intervenção. Hoje entendemos que essa forma de atuação não é adequada para as pretensões e necessidades deste serviço, conforme os cadernos de orientação recebidos do MDS. No presente momento o SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos), é desenvolvido tendo como base metodológica a Tipificação e as orientações técnicas do MDS que descreve o SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos), na proposta de grupos dos três eixos temáticos: convivência social, direito de ser e participação. A forma de trabalho se dá de quatro maneiras: Encontros Regulares – Onde são realizadas atividades reflexivas e vivenciais com periodicidade semanal de até 2h ; Encontros Mensais – Dentro dos encontros há momentos comemorativos, que servem para realizar o fechamento de uma atividade; Atividades de convívio – consistem em atividades livres, recreativas, culturais e de lazer, que visam a interação social das pessoas e destas com a comunidade e; Encontros. – utilizados para aprofundar de maneira prática, preferencialmente, os temas transversais previstos dentro dos eixos estruturantes. O grupo deve estimular vivências, práticas e experiências relativas ao universo informacional, cultural e social. As atividades são organizadas em diferentes dimensões, aproveitando a experiência e a cultura local, formação específica do orientador social e do facilitador de grupos, sempre com a preocupação de garantir diversidade, qualidade e criatividade. 5. RESULTADOS ALCANÇADOS O SCFV possui caráter preventivo e proativo, e sua área de abrangência perpassa pela 16 Grupo SCFV Adolescentes SCFV Grupo Mulheres família e comunidade,sendo assim, é condição sine qua non que as ações neste serviço considerem as potencialidades dos sujeitos e contribuam para o enfrentamento das vulnerabilidades sociais. Famílias atendidas pelos CRAS perceberam a alteração na forma de atuação dos serviços, quando os grupos que participavam passaram a dinamizar situações onde podem se colocar enquanto sujeito, suas necessidades e anseios são levados em consideração nas atividades e assuntos discutidos nos grupos. As famílias passaram a ser atendidas na totalidade de seus membros, e mais ainda quando perceberam que as trocas de vivências entre os membros do grupo contribui amplamente para reflexões e fortalecimento dos indivíduos e das famílias. Muitas famílias atendidas hoje pelos CRAS possuem um histórico de dependência da assistência social, principalmente em relação ao acesso de benefícios. Essas famílias compareciam quase mensalmente aos CRAS, contavam suas histórias, buscavam acessar direitos, porém nenhum trabalho efetivo e modificador era efetuado com tais famílias. Por gerações famílias foram acessando a assistência social, sem que houvesse a promoção de uma mudança de perspectiva da família em relação a sua autonomia. Hoje podemos perceber que com o pouco tempo nesta nova aplicação da atuação do SCFV algumas famílias já demonstram novas perspectivas em relação a sua atuação comunitária e convivência familiar. Alguns usuários relataram terem redescoberto a capacidade de sonhar e planejar a vida. Muitas famílias em trocas de vivencias durante os grupos, conseguiram sanar dificuldades e perceber situações que antes pareciam impossíveis de serem ultrapassadas. O que nos leva a acreditar que estamos no caminho certo, que a nova abordagem do SCFV contribui efetivamente para alcançar os objetivos propostos nas Normas e Resoluções do MDS e CNAS, mas principalmente contribui para que a população vulnerável, tenha oportunidades ampliadas de se sentir participante e protagonista de sua própria história. 17 1. APRESENTAÇÃO A infância e a adolescência passaram por inúmeras transformações através do tempo e dos períodos históricos. Inicialmente as crianças e adolescentes não eram vistos como sujeitos com direitos fundamentais, a partir da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), do advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), e mais recentemente do SINASE(BRASIL, 2012) e do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo (CHAPECÓ, 2015), depreende-se não ser mais possível dissociar essas garantias e pressupostos de um trabalho pautado na socioeducação. O Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviços à Comunidade (PSC) está para “*...+ contribuir para o acesso a direitos e para a ressignificação de valores na vida pessoal e social dos (as) adolescentes e jovens.” (BRASIL, 2011, p.36). Tendo em vista estas prerrogativas, pensar numa atuação profissional articulada com equipamentos culturais é um grande passo para estabelecer conexões com outros mundos, diferentes dos quais tais adolescentes estão acostumados a vivenciar. É possibilitar o encontro com culturas, com práticas diferenciadas, e mais do que isso, é pensar na inclusão social desse adolescente que está vivendo submarginalizado. Dessa maneira, o grafite, emergido dos movimentos sociais, tornou-se uma maneira de expressão de sentimentos, percepções e da criatividade. A arte, o esporte e a tecnologia podem oferecer ao jovem morador de comunidade, subsídios para compreender seu papel de cidadão responsável, capaz de enfrentar, com criatividade e flexibilidade, as mudanças impostas pelo cotidiano, exercendo sua Oficina de Grafite: Um Relato de Experiência com Adoelscentes em Situação de Ato Infracional Proteção Social Especial de Média Complexidade Município: Chapecó 18 condição de protagonista no contexto social. (DUPRET, 2008, p. 419). Oportunizar que adolescentes em medida socioeducativa de LA e PSC vivenciem novas formas de expressão da singularidade é estabelecer um elo com demais possibilidades de vida, de valores, tecendo outros modos de reconhecimento que não pelo ato praticado. Este resumo refere-se a um relato de experiência com uma oficina de Grafite proporcionada pela Secretaria de Assistência Social de Chapecó (SC) no Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de LA e de PSC no Centro Referência Especializado de Assistência Social - CREAS II, como uma prática significativa e nessa área. 2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de LA e PSC. 3.RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS Profissional especializado na Arte, psicólogo, pedagogo e assistente social da Equipe de Medidas Socioeducativas em meio aberto. 4. PARCEIROS Uma escola da rede municipal de educação que cedeu o espaço para a grafitagem. 5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO Considerando o grafite como uma das maneiras de expressar a subjetividade, trabalhar com esta arte foi uma solicitação emergida pelos adolescentes em medida socioeducativa de LA e PSC cuja sugestão foi acolhida pelas Equipes de Medidas Socioeducativas e pela gestão da Secretaria de Assistência Social do Munícipio. Com contratação do profissional especializado na Arte, a oficina foi realizada em dois Centros do Município: CREAS I e II; este último referente a experiência aqui descrita. A oficina ocorreu em dois períodos distintos. Primeiramente o profissional realizou uma exposição teórica apresentando o histórico e a evolução do Grafite - que atualmente se configura como uma profissão emergente e; como uma forma de instiga-los e envolvê-los, o profissional trouxe materiais concretos de seu acervo, como: revistas, desenhos, moldes, gibis, fotos, cadernos de anotações, reportagens, vivências de outros profissionais da área e curiosidades, os quais 19 foram disponibilizados para manipulação e observação pelos adolescentes e posteriormente a criação individual de um desenho. Em um segundo momento os adolescentes retornaram com os desenhos concluídos e foram dirigidos a uma escola municipal próxima ao CREAS II que se definiu parceira do Serviço de Medidas, fornecendo o espaço para a grafitagem. Orientados sobre o correto manuseio dos equipamentos, como tintas, luvas e máscaras, muitos tiveram a primeira experiência com o uso do spray, aprendendo os movimentos corretos de acordo com o traço desejado. No total participaram 16 adolescentes, que ao finalizar a oficina confraternizaram e receberam uma declaração, comprovando a participação de oito horas de atividades. 6. RESULTADOS ALCANÇADOS Notou-se um empenho dos adolescentes na execução de suas “obras de arte” com concentração, comprometimento e também uma dose de descontração, possibilitando a aproximação entre eles e a Equipe. Ainda, tal prática foi avaliada posteriormente pelos adolescentes, os quais solicitaram por nova edição da oficina, sendo que essa experiência frequentemente é comentada nos encontros entre eles. Visualizou-se como uma atividade marcante e de reconhecimento de potenciais, uma vez que houve um processo de identificação e permitiu a efetivação de uma prática socioeducativa. Uma atividade de cunho prático-concreto que permitiu aos adolescentes se expressarem, se sentirem valorizados, bem como serem observados de maneira informal na interação e convivência com seus pares. Salienta-se que houve uma identificação com a pessoa do oficineiro pelas experiências por ele contadas, pela maneira de se reportar aos adolescentes, sendo que o mesmo fez um trabalho de orientação expondo aos adolescentes que podem expressar a arte, a sua subjetividade, contudo, de forma correta e em local adequado. Ainda, mostrou o grafite como uma possibilidade de profissão,demonstrando seus trabalhos nacionais e internacionais, mostrou a exemplaridade e despertou o interesse de muitos, um deles em especial, que na semana seguinte foi incluído como bolsista na escola de Artes do Município no curso de desenho. Pode-se dizer que esta experiência propiciou o fortalecimento de vínculos entre os adolescentes, que estabeleceram relação de identificação entre si, conversaram sobre os motivos que os levaram a cumprir Medida Socioeducativa, trocaram experiências significativas e se fortaleceram reciprocamente. Ainda, propiciou uma relação mais receptiva, 20 de dialogo informal e gradativamente de criação de vínculos com as profissionais que compõe a Equipe. A obrigação do cumprimento da Medida Socioeducativa, especificamente naquele momento, se transformou em uma “responsabilização prazerosa”, porquanto oportunizou situações concretas de efetivar o caráter socioeducativo previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente e no SINASE que regulamentam nossa atuação como Equipe. Centro de Referência Especializado de Assistência Social II, Chapecó, 2015 21 1. APRESENTAÇÃO Este projeto foi pensado em parceria com o poder judiciário e ministério público, devido aos processos em tramite na comarca de Ascurra (Apiúna e Rodeio)pelo crime de violência doméstica e o alto índice de casos nos municípios que compõem a comarca. Na época os municípios não dispunham do serviço para atender esta demanda. Os grupos reflexivos de gênero com abordagem responsabilizante são instrumentos de prevenção e uma alternativa á impunidade ou como substitutivo de penas de detenção. São uma tentativa de buscar resposta penal mais adequada ao caráter do delito, pois proporcionam a reparação da violência cometida e favorecem a recuperação do autor da violência. 2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO São atendidas mulheres que sofreram/sofrem violência e homens autores dos atos de violência doméstica (encaminhados pela promotoria, demais órgãos e demanda espontânea). 3.RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS 1 Assistente Social – disponibilizada pelo município de Ascurra 1 Psicóloga – disponibilizada pelo município de Apiúna 1º Grupo Reflexivo de município de pequeno porte de violência doméstica Município: Ascurra Proteção Social Especial de Média Complexidade 22 1 Pedagoga ( com formação em mediação de conflitos) – disponibilizada pelo município de Rodeio. 4. PARCEIROS Prefeitura Municipal de Ascurra; Apiúna e Rodeio, Poder Judiciário e Ministério Público da comarca de Ascurra. 5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO • Capacitação para equipe: Promover a capacitação dos envolvidos com a condução dos trabalhos em grupo; • Divulgação do Projeto; • Atividades desenvolvidas: Acolhimento, Dinâmicas em grupo, Relatos de Experiência, Filmes, vídeos, músicas, reunião de caráter temático, ações socioeducativas, busca ativa dos usuários, etc. 6. RESULTADOS ALCANÇADOS Aumento da demanda nos dois grupos, n rompimento com o ciclo de violência, diminuição de conflitos familiares, participação e interação dos integrantes, reflexão na perspectiva de mudanças familiares, empoderamento da mulher, expectativa de futuro. Grupos Reflexivos de Mulheres 23 1. APRESENTAÇÃO O projeto “Ressignificando Vivências através da Música” visa essencialmente ofertar oficinas de música (percussão) aos adolescentes em conflito com a lei, na execução de medidas socioeducativas de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviço a Comunidade - do município de São Miguel do Oeste, Ressalta-se que tais oficinas estarão ligadas a Secretaria de Assistência Social do Município, que através do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS – é responsável por executar o Serviço de Proteção Social a Adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. Considerando as legislações vigentes de proteção e garantia de direitos a crianças e adolescentes, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8069 de 13 de julho de 1990, bem como SINASE, Lei Nº 12.790 de 18 de janeiro de 2012, que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, e a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, Resolução CNAS 109/2009 que trata os serviços de média complexidade; Serviço de Atendimento a Adolescentes em medidas Socioeducativas em LA e PSC. Em detrimento da existência de tais legislações, o presente projeto apresenta extrema relevância, pois vem imbuído do ideal de aliar as oficinas de música a mudanças de perspectivas de vida dos adolescentes enquanto cumprem medidas socioeducativas. Nesse viés, considera-se a música como instrumento de integração social, além de promover a melhoria na comunicação, do relacionamento, da aprendizagem, da mobilização, da expressão e a organização (física, emocional, mental, social e cognitiva) do adolescente. Ajudando também a desenvolver potenciais e/ou recuperar Ressignificando Vivências através da Música Município: São Miguel do Oeste Proteção Social Especial de Média Complexidade 24 funções do indivíduo de forma que o adolescente possa alcançar melhor integração intra e interpessoal, bem-estar e melhor qualidade de vida. A música seja ela de qual gênero for, é uma inseparável companheira dos sentimentos, e sendo a emoção uma das características mais marcantes da pessoa, sempre onde existir pessoas, haverá lugar para a música. [...] estudos mostram que música exerce grande influência sobre o comportamento e as emoções. 2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO Adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas em meio aberto. 3.RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS Graciele Thiel – Assistente Social e Coordenadora do CREAS Marcelo Bonadeo – Psicólogo e técnico de Referência do Serviço Cleusa Klaggenberg – Educadora Social Mauro Eleodoro – Instrutor Musical das Oficinas 4. PARCEIROS O projeto conta com o apoio do Ministério Público e do Poder Judiciário. 5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO Na oficina são trabalhados musicalmente alguns dos ritmos e dos instrumentos da percussão brasileira. A oficina aborda os aspectos que definem a técnica para execução de cada instrumento, as formas de escrita mais utilizadas para percussão e as características que definem os ritmos brasileiros. A parte prática será caracterizada pelo estudo de instrumentos como o tamborim, surdo, timbal, repinique. Ressalta-se que os instrumentos de percussão são uma excelente ferramenta para 25 vivências musicais, pois possibilitam um resultado sonoro rápido sem a necessidade, em princípio, de estudos teóricos densos. O aluno sente-se capaz ao alcançar com relativa facilidade o prazer de fazer música através de instrumentos como cajón, surdo, ganzá, clavas, pandeiro, bongô e, principalmente, com o próprio corpo. Nesse viés, considera-se a música como instrumento de integração social, além de promover a melhoria na comunicação, do relacionamento, da aprendizagem, da mobilização, da expressão e a organização (física, emocional, mental, social e cognitiva) da criança e do adolescente. Existem estudos (SOUZA, 2004; ARROYO, 2007) que registram de forma efetiva o envolvimento dos jovens com a música, com uma música que de alguma forma os represente, ou seja, com gêneros musicais que tenham uma significação de liberdade de expressão e mudança, representando, segundo Souza, “uma manifestação de uma identidade cultural caracterizada por dupla pertença: classe de idade e de meio social” (SOUZA, 2004, p. 8). Doravante convém frisar que durante o processo de construção do conhecimento musical, levando em conta a realidade sociocultural das crianças e adolescentes, busca- se desenvolver uma comunicação eficaz, na qual o trabalho de educação musical seja um meio de enriquecimento pessoal e coletivo, uma forma prazerosa de desenvolverhabilidades e técnicas, possibilitando a transmissão de simbologias, sensações, afetividades, prazeres e crenças. Não obstante, ao ampliar o conhecimento cultural do ser humano, conseguimos fomentar em cada indivíduo a tolerância na relação com os outros e o respeito à diversidade que é um dos elementos mais ricos na composição de qualquer cultura. • Atividades desenvolvidas: Acolhimento, Dinâmicas em grupo, Relatos de Experiência, Filmes, vídeos, músicas, reunião de caráter temático, ações socioeducativas, busca ativa dos usuários, etc. 6. RESULTADOS ALCANÇADOS * Melhora na adesão, participação e frequência dos adolescentes no cumprimento das 26 medidas socioeducativas; * Maior interesse e participação dos adolescentes nas atividades; * Respeito pelas diferenças através da interação com música; * Mudanças no comportamento, perspectivas e disciplina dos participantes; * Melhora na Convivência familiar e comunitária; * Apresentação dos adolescentes no Seminário Municipal de Medidas Socioeducativas, com menos de dois meses de oficina; Apresentação com alguns dos adolescentes que frequentam a oficina no I Seminário Municipal de Medidas Socioeducati- vas de São Miguel do Oeste/SC Inicio da Oficina no CREAS 27 Protoloco de Atendimento a pessoas em situação de ameaça e ou violação de direitos 1. APRESENTAÇÃO A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora. (Benedetto Croce) Este protocolo é resultado de um processo de articulação e debate da rede de atendimento de Petrolândia onde, em encontros coletivos, discutiu-se, problematizou- se e foi elencado procedimentos para atender as situações em comum e avançar no sentido da prevenção e proteção. Ressalta-se que apesar de estar considerando crianças e adolescentes, prioridade absoluta, este protocolo contempla os demais públicos vulneráveis, como mulheres e idosos. O debate coletivo foi direcionado em dois aspectos, o da promoção, onde as situações ainda estão no patamar de ameaça e suspeita e as situações devem ser observadas quando em sua gênese. O da proteção, quando as violências aparecem já instaladas, considerando aqui como violação grave. Promoção x Proteção Entende-se por promoção, todas aquelas situações mais leves que crescem lentamente no cotidiano. Deve haver articulação junto a rede de proteção social básica. (Escola, CRAS, Unidade de Saúde) • Violência psicológica / verbal • Negligencia familiar em relação a limites • Dificuldade de aprendizado associado a histórico de negligencia familiar • Infrequencia escolar e mudança de comportamento Gestão do SUAS Município: Petrolândia 28 • Baixo rendimento escolar e mudança de comportamento • Conflito intrafamiliar sem violência física Entendem-se por proteção aquelas situações mais graves que se expressão concretamente na violação de direito e outras violências. Nestes casos o atendimento deve ser com a rede já mais especialista ( Saúde, CREAS, Conselho Tutelar, Policias) • Violência sexual • Violência Física • Alienação parental • Abandono • Cárcere • Conflito Intrafamiliar com violência física 2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO Prioridade a criança e adolescente, mulheres e idosos. 3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS Equipe da Saúde, Equipe do SUAS – Sistema Único de Assistência Social, Educação, Conselho Tutelar. 4. PARCEIROS Educação, Saúde, Assistencia Social, Conselho Tutelar, Policia 5. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO Quando a política de educação identificar uma situação de ameaça e ou violência devera: Professor que identifica, acolhe e aciona a psicóloga da educação que após atender e recolher dados com a rede para fundamentar as impressões. Encaminha para: • Se identificar algo, que não seja ameaça ou violência instalada. Encaminhará para que a escola chame a família para conversar sobre as dificuldades do processo ensino aprendizagem com perspectiva de observar as respostas da família. 29 • Se for ameaça ou suspeita: Encaminhar situação para Centro de Referência de Assistencia Social/CRAS com as devidas agendas de atendimento posterior e relatórios também. • Se for suspeita de violência sexual ou física; A escola levara a unidade de saúde, onde além de atender dará inicio a notificação compulsória. Após, encaminhará ao profissional que responde pelos atendimentos da média complexidade da Assistência Social com relatório e ou cópia do caderno de registro dos atendimentos realizados com a família e ou crianças.Profissional que responde pelos atendimentos da média complexidade da Assistência Social sensibilizara a família a fazer BO e ou em 24h acionará o Conselho Tutelar para fazê-lo. Quando não existir pai, mãe e ou responsável o Conselho Tutelar será responsável pelo BO e Aplicação de Medidas, especialmente acolhimento. • Se for violência instalada; Encaminhar (levar, quando menor de 18 anos) para a saúde para exames e comunicar o Conselho Tutelar e encaminhar ou articular atendimento em conjunto com o profissional que responde pelos atendimentos da média complexidade da Assistência Social,apresentando relatório dos atendimentos já realizados; Quando a Política de Saúde identificar uma situação de ameaça e ou violência deverá: • Identificar e acolher a vítima com escuta qualificada, recolher dados com a rede para fundamentar as impressões, atender com parecer técnico e gerar a notificação compulsória. • Se for grave: atender e depois, encaminhar por e-mail para atendimento no CREAS, enviando conjuntamente relatório dos atendimentos já realizados (com cópia ao Conselho Tutelar). CREAS responderá o e-mail sinalizando prazo de atendimento • Se for leve ou ameaça: encaminhar via e-mail ao CRAS apresentando relatório dos atendimentos já realizados (com cópia ao Conselho Tutelar). 30 Quando a Política de Assistencia Social identificar uma situação de ameaça e ou violência deverá: • Identificar, acolher a vitima com escuta qualificada, recolher dados com a rede para fundamentar as impressões, encaminhar para a saúde para atendimento técnico (médico). • Se for grave: O profissional que responde pelos atendimentos da média complexidade da Assistência Social/CREAS deverá atender a família e incentivá-la a registrar BO e comunicar ao Conselho Tutelar. Caso não se efetive o registro do BO, acionar Conselho Tutelar para fazê-lo quando se tratar de crianças e adolescentes. • Se for leve ou ameaça: o CRAS deverá atender a família e garantir atendimento junto à rede. Representante do CRAS e do CREAS realização visitas de Gestão de Território junto às Escolas e ESF a fim de discutir casos específicos. Quando o Conselho Tutelar for acionado, deverá averiguar a situação buscando dados primeiramente na rede de atendimento para depois ir in locus nas famílias. Aplica medidas dos 101 e 129 do ECA, antes de realizar BO, este deverá ser procedido em conjunto com parecer do profissional que atende a média complexidade do SUAS no município . Quando a Polícia Militar identificar uma situação de ameaça e ou violência deverá: • Atender quando for chamada pela rede, independente de ser menor de 18 anos ou maior, e tomar os procedimentos cabíveis de proteção, acionando imediatamente o profissional que responde pelos atendimentos da média complexidade da Assistência Social/CREAS, prestando-lhe o devido relatório para fundamentar os atendimentos. Quando a Polícia Civil identificar uma situação de ameaça e ou violência deverá: • Atender quando for chamada pela rede, fazendo a oitiva e investigação, independente de ser menor de 18 anos ou maior, e tomar os procedimentos cabíveis e acionar imediatamente O profissional que responde pelos atendimentos da média complexidade da Assistência Social/CREAS prestando-lhe o devido relatóriopara fundamentar os atendimentos. 31 6. RESULTADOS ALCANÇADOS A rede municipal de atendimento, com todos os atores envolvidos, dialoga a cada dia para fortalecer este protocolo de atendimento as pessoas vitima de violência. O trabalho em rede requer paciência e muito dialogo para o processo acontecer. Pode-se afirmar da necessidade de se implantar programas, capacitações que tenham continuidade e que envolvam profissionais diretamente ligados ao serviço. Ao Mesmo tempo o fortalecimento desta rede proporciona aos usuários das políticas publicas, qualidade e agilidade nos atendimentos e encaminhamentos. Reunião da REDE – CRAS, Conselho Tutelar, Psicóloga da Educação e Psicóloga da Saúde Fonte: Prefeitura Municipal de Petrolândia, 2016. 32 Efetivando O Núcleo Municipal de Educação Permanente do SUAS de Jaraguá Do Sul 1. APRESENTAÇÃO Implantar o Plano Municipal de Educação Permanente dos Trabalhadores do SUAS em consonância com a NOB/Suas é contribuir para efetiva valorização dos profissionais e prestação e oferta à população de serviços, benefícios, programas, projetos e transferências de renda, destinados à garantia da proteção e do acesso aos direitos fundamentais, contribuindo para a história da política da Assistência Social no município de Jaraguá do Sul. Necessitamos que a Educação permanente, provoque nas equipes a reflexão constante sobre seus processos de trabalho, bem como sobre suas práticas profissionais, reconhecendo, desta forma, os usuários da Assistência Social como sujeitos de direito: capazes de contribuir com as mudanças da realidade em que vivem, tornando-se protagonistas do seu próprio contexto social. Por ser um processo democrático e participativo a Educação Permanente deve se constituir numa aprendizagem significativa para a promoção de melhorias na qualidade da gestão e no desenvolvimento e capacidades requeridas pelo SUAS e, ainda, proporcionar nivelamento de compreensão sobre os objetivos, princípios e diretrizes da política de assistência social. O Plano de Educação Permanente para sua dinamização e implementação é necessário estruturar o Núcleo de Educação Permanente do SUAS, no qual suas ações visam o cumprimento das normativas estabelecidas na NOB/Suas e NOB- RH/Suas, tendo em vista as diretivas da educação permanente que propicie o desenvolvimento de competências, habilidades e capacidades dos trabalhadores. Município: Jaraguá do Sul Gestão do SUAS 33 2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO Todos os trabalhadores do SUAS da Secretaria Municipal de Assistência Social de Jaraguá do Sul, referente ao mês de setembro de 2014. 3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS Comissão formada para elaboração do Plano de Capacitação e Educação Permanente da Secretaria Municipal de Assistência Social, Criança e Adolescente (Portaria n° 1272/2014 e 1329/2014), no total de nove trabalhadores do Suas. 4. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO Neste processo de conhecer os trabalhadores do SUAS da Secretaria Municipal de Assistência Social foi utilizado o método quantitativo, na modalidade de coleta de informações, tendo como intenção garantir a precisão dos resultados, evitando distorções de análise e interpretação, possibilitando uma margem de segurança quanto às inferências. (RICHARDSON, 2008). É importante sinalizar que esta fonte de dados corresponde ao formulário aplicado com os trabalhadores do SUAS da Secretaria de Assistência Social, Criança e Adolescente nos meses de agosto, setembro de 2014, com objetivo de coletar informações para subsidiar o diagnostico de demanda de capacitação dos trabalhadores do SUAS. É preciso compreender, que muito além de dados coletados, a pesquisa torna-se um ato contínuo com a finalidade de melhorar as atividades do cotidiano do trabalhador, enquanto houver pesquisa, haverá ensino e consequentemente haverá aprendizagem. Com relação a este pensamento, Paulo Freire (2007, p.29) afirma que “[...] Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade”. Cartaz utilizado solicitando a participação de todos os trabalhadores da Secretaria/PMJS 34 5. RESULTADOS ALCANÇADOS Em atenção às necessidades diagnosticadas, que compreenderam a análise dos recursos humanos, grau de conhecimentos/habilidades e competências profissionais necessárias ao desenvolvimento da função e levantamento de propostas e conteúdos de capacitação. A Secretaria Municipal da Assistência Social, Criança e Adolescente terá a responsabilidade de coordenar, planejar, financiar, executar, avaliar e monitorar o processo de capacitação. Em atenção às necessidades diagnosticadas, cujo perfil dos trabalhadores apresentam um significativo nível de escolaridade, as estratégias pedagógicas e os diferentes patamares formativos serão organizados com vistas a contemplar a qualificação a todos os trabalhadores. As práticas educativas serão orientadas e desenvolvidas de forma participativa considerando as experiências, a escolaridade, as vivências e os conhecimentos dos diferentes sujeitos no processo educativo. Com aprovação pelo Conselho Municipal de Assistência Social do Plano Municipal de Educação Permanente dos Trabalhadores do SUAS de Jaraguá do Sul, SC, do Plano de Ação para elaboração do Plano de Capacitação e Educação Permanente em 10 de novembro de 2014, e aprovação através da Resolução nº 002 de 03 de fevereiro de 2016 do Plano Municipal de Educação Permanente dos Trabalhadores do Suas de Jaraguá do Sul, resultou na implantação do Núcleo de Educação Permanente do SUAS, através do Decreto nº 10.758 de 08 de março de 2016. A composição do Núcleo de Educação Permanente do Suas – NUEPS, compreende cinco membros: representante do setor de Vigilância Socioassistencial, da Proteção Social Básica, da Proteção Social a Política de Assistência Social, executadas pelos municípios no Estado de Santa Catarina.Especial de Média Complexidade, da Proteção Social Especial de Alta Complexidade e de entidades inscritas no Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS). 35 Implantação do Sistema Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil 1. APRESENTAÇÃO Abelardo Luz – SC, atualmente, com 17.717 habitantes também concentra 23 assentamentos de reforma agrária, o maior número do Sul do Brasil, aonde residem, aproximadamente, 1,5 mil famílias assentadas (SANTA CATARINA, 2015). Ademais, o município ainda dispõe pluralidade cultural, tendo em vista duas áreas indígenas. Outra característica do município é a “fronteira seca” com o estado do Paraná, seja com as cidades de Clevelândia – PR e Palmas PR. De acordo com o censo 2010, realizado pelo IBGE, o total de 2.271 crianças e adolescentes, com idade entre 10 a 15 anos. Tratam-se de 1.482 crianças e adolescentes com idade entre 10 a 13 anos e 789 adolescentes com idade de 14 ou 15 anos. Relativo ao trabalho infantil, o Instituto registrou 433 casos. O Município de Abelardo Luz no contexto do seu compromisso pactuado para a prevenção e erradicação do trabalho infantil desencadeou no ano de 2015 um processo para a implantação do Sistema Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho As atividades envolveram a rede de atendimento direto à criança e ao adolescente no município, representantes do Sistema de Garantias de Direitos, equipe técnica do CREAS e assessoria técnica especializada do Prof. Dr. André Viana Custódio. As atividades tiveram como objetivos a) sensibilizar a rede de atendimento e o sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente sobre a necessidade e os compromissos para a prevenção e erradicação do trabalho infantil no município; b) discutir estratégias de identificação, notificação e encaminhamento dos casos detrabalho infantil no território município, c) promover a articulação intersetorial para prevenção e erradicação do trabalho infantil e d) debater o reordenamento do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil no contexto das políticas públicas de atendimento da educação, saúde e assistência social, bem como, as ações integradas Município: Abelardo Luz Gestão do SUAS 36 com o sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente. Assim, para a consecução dos objetivos foram realizadas as seguintes atividades: a) Instituição da Comissão Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil em 05/2015; b) Ação de Prevenção e Combate e ao Trabalho Infantil, lançamento da Campanha “É DA NOSSA CONTA”, na data de 11 de Junho de 2015; c) 1º Seminário de Enfrentamento ao Trabalho Infantil em Abelardo Luz cujos escopos foram sensibilizar e mobilizar atores e segmentos sociais envolvidos na erradicação do trabalho infantil por meio da compreensão efetiva sobre o tema. Os convites estenderam-se para os municípios da região da AMAI. (O seminário contou com a palestra do Dr. André Viana Custódio, pós-doutor em direito pela Universidade de Sevilla na Espanha e pesquisador do Grupo de Políticas Públicas de Inclusão Social na Universidade de Santa Cruz do Sul – RS (UNISC). Como debatedor participará o Procurador do Trabalho e Membro do Ministério Público do Trabalho, Dr. Marcelo Goss Neves.) em 07/07/2015; d) capacitação Integrada de Gestores e Técnicos das políticas de atendimento e representantes do Sistema de Garantias de Direitos da Criança e do Adolescentes em 11/08/2015; e) capacitação integrada da Rede de Atendimento direto à criança e ao adolescente em 25/08/2015; f) elaboração participativa dos Fluxos e Protocolo de Notificação e Encaminhamento do Trabalho Infantil em 28/09/2015. Além da sensibilização e capacitação dos profissionais da rede de atendimento, gestores e representantes do Sistema de Garantias de Direitos foram formuladas propostas de fluxos de notificação e encaminhamento do trabalho infantil construídos de forma participativa com os diversos representantes visando a consolidação da Política Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. deve ser com a rede já mais especialista ( Saúde, CREAS, Conselho Tutelar, Policias) 2. PÚBLICO-ALVO ATENDIDO Profissionais da rede de atendimento direto à criança e ao adolescente e do Sistema de Garantias de Direitos do Município de Abelardo Luz/Sc. 3. RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS Comissão Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, equipe técnica do CREAS,CRAS, Conselho Tutelar, Agentes Comunitários de Saúde consultoria. 37 4. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO DO TRABALHO Ação de Prevenção e Combate e ao Trabalho Infantil, lançamento da Campanha “É DA NOSSA CONTA”, a qual teve como objetivo principal proporcionar às crianças e adolescentes dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do município, momentos de lazer, demonstrando que este direito indisponível não pode ser substituído pelo trabalho. Por meio desta ação, iniciou-se a disseminação de informações acerca do tema para a população por meio dos veículos de comunicações locais. 1º Seminário de Enfrentamento ao Trabalho Infantil em Abelardo Luz, cujos escopos foram sensibilizar e mobilizar atores e segmentos sociais envolvidos na erradicação do trabalho infantil por meio da compreensão efetiva sobre o tema. Os convites estenderam- se para os municípios da região da AMAI. (O seminário contou com a palestra do Dr. André Viana Custódio, pós-doutor em direito pela Universidade de Sevilla na Espanha e pesquisador do Grupo de Políticas Públicas de Inclusão Social na Universidade de Santa Cruz do Sul – RS (UNISC). Como debatedor participará o Procurador do Trabalho e Membro do Ministério Público do Trabalho, Dr. Marcelo Goss Neves.) As atividades de capacitação envolveram a problematização de conceitos jurídicos, causas e consequências do trabalho infantil, as diretrizes para o reordenamento do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil como compromisso compartilhado entre os diversos agentes, as ações setoriais e intersetoriais necessárias para a implantação do Sistema Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. As atividades de formulação envolveram a construção de fluxos de notificação e encaminhamento do trabalho infantil visa oferecer instrumentalidade e segurança aos agentes públicos para o devido exercício de suas competências e atribuições no contexto das políticas de prevenção e erradicação do trabalho infantil. Para facilitar a compreensão e os encaminhamentos optou-se por desmembrar os fluxos em duas modalidades: a) fluxo de Notificação: refere-se ao encaminhamento da Ficha de Notificação Integrada (documento) a partir da identificação de uma situação específica de trabalho infantil junto aos órgãos responsáveis pelo atendimento, proteção e responsabilização; b) fluxos de Encaminhamento: refere-se ao encaminhamento de crianças, adolescentes e famílias a partir da identificação de uma situação específica de trabalho infantil junto aos órgãos responsáveis pelas políticas públicas de atendimento integral; c) os fluxos foram construídos a partir da percepção dos profissionais da rede de atendimento e dos representantes do sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente. A Comissão Intersetorial estabeleceu também o planejamento para sua implementação que está em fase de desenvolvimento no ano de 2016 como forma de garantir o aperfeiçoamento dos encaminhamentos e atendimentos no âmbito das 38 políticas públicas municipais. 5. RESULTADOS ALCANÇADOS Maior nível de compreensão sobre o contexto, causas e consequências do trabalho infantil; aprimoramento das definições jurídicas de trabalho; maior sensibilidade e preocupação do tema dos profissionais que atuam na rede de atendimento, organização e formulação do fluxo municipal de identificação e encaminhamento do trabalho infantil, formulação do modelo de protocolo integrado de atendimento dos casos de trabalho infantil que será assinado em 2016. Lançamento da Campanha: É da Nossa Conta com crianças e Adolescentes dos SCFV Oficinas com Rede Municipal (Construção de Fluxos e Protocolos) 39
Compartilhar