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Questionários quimica P.1

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Questionário 1
Defina petróleo.
O nome vem do latim petro = pedra e oleum = óleo. O petróleo bruto é uma mistura complexa constituída principalmente por hidrocarbonetos, que varia de acordo com a procedência.
Quais são as características do petróleo?
O petróleo contém centenas de compostos diferentes. Estudos realizados em amostras de óleo do campo de Ponca City foram identificados cerca de 350 hidrocarbonetos, 200 compostos de enxofre, além de diversos não-hidrocarbonetos. Em termos elementares, o petróleo é composto essencialmente por carbono (80 a 90% em peso), hidrogênio (10 a 15%), enxofre (até 5%), oxigênio (até 4%), nitrogênio (até 2%) e traços de outros elementos (ex.: níquel, vanádio, etc).
Quais os tipos de petróleo existentes?
Existem 3 tipos de petróleo.
- americano (EUA e BRASIL) = PARAFÍNICOS: rico em hidrocarbonetos da série dos alcanos.
- CÁUCASO (RUSSO) = NAFTÊNICOS: rico em hidrocarboneto da série dos ciclo-alcanos.
- INDONÉSIA (BORNÉU) = AROMÁTICOS: rico em hidrocarbonetos da série dos aromáticos.
Qual a origem do petróleo?
Resultam de lento processo da natureza, que produziu depósitos de sedimentos em grandes depressões no fundo dos mares e dos lagos acumulando, durante milhares de anos, camadas sucessivas de rochas sedimentares contendo microorganismos animais e vegetais. Essas camadas de matéria orgânica, à medida que se acumulavam, iam progressivamente afundando e sendo recobertas por outros tipos de sedimentos. Sem contato com o ar, ficaram protegidas contra o processo de oxidação, que teria provocado sua composição. Como o centro da Terra é muito quente, quanto mais profunda uma rocha, mais quente ela está. A ação do calor e do peso dessas camadas sobre os depósitos sedimentares mais profundos foi transformado essa matéria orgânica, através de reações termoquímicas, num hidrocarboneto, o querogênio, que é o estágio inicial do petróleo.
Em que tipo de rochas encontra-se o petróleo?
Em rochas tipo sedimentar necessária para gerar hidrocarboneto, mais especialmente folhelhos, que servem de reservatório poroso presos num domo que retém fluidos e impede o gás de escoar para fora.
Quais os métodos geofísicos usados para localização de um jazida? Descreva seus princípios.
A 1ª etapa de um programa de localização de jazidas consiste em reconstruir as condições de formação e acumulação possível do petróleo em certa região. O ponto de partida é a fotografia aérea, as imagens de radares e satélites, pois registram os elementos naturais expostos à superfície. A partir dos dados levantados é que se traça o 1º esboço de um mapa geológico. Outros mapas se sucedem: das variações da natureza das camadas; da espessura de certas formações; da história geológica e ecológica de uma bacia.
Entre outros métodos de prever a localização das dobras anticlinais está o de provocar explosões de cargas, em intervalos pré-escolhidos, e o registro das ondas refletidas e refratadas iniciadas pela explosão, mediante a utilização de instrumentos localizados em diversos pontos das circunvizinhanças, os geofones (na sísmica marítima utilizam-se canhões de ar comprimido).
A REFLEXÃO é a mais usada. Nela, observa-se o comportamento das ondas sísmicas, após penetrarem na crosta, serem refletidas em contatos de duas camadas de diferentes propriedades elásticas e retornarem à superfície, sendo, então, detectadas por sensores (geofones ou hidrofones). É o principal método usado na prospecção de hidrocarbonetos (petróleo e gás) por fornecerem detalhes da estrutura da crosta, bem como de propriedades físicas das camadas que a compõem.
Qual é o método mais usado de perfuração de um poço petrolífero? Descreva-o.
Hoje, o mais usado é o sistema rotativo, onde o trabalho é feito através de uma torre de ferrp, com 45m de altura. Sua principal função é permitir a movimentação do equipamento de sondagem.
Qual(is) o(s) método(s) de perfuro marítimo?
Plataformas Fixas, Plataformas Auto-eleváveis, Plataforma de Pernas Atirantadas, Plataforma Semi-submersíves e Plataforma tipo FP50.
Na produção, como se chama o conjunto de válvulas que controlam a saída de petróleo?
Árvore de Natal.
Quando a pressão do poço não é mais suficiente para sua extração, quais os métodos indicados? Descreva-os.
Elevação pro gás: onde é injetado gás, sob pressão entre o revestimento e a tubulação. Misturando ao petróleo, o gás irá conduzi-lo até a superfície.
Bombeamento mecânico: é um método de elevação artificial em que é transmitida ao fluido a ser produzido através de uma bomba alternativa posicionada junto ao fundo do poço.
Bombeio por cavidades Progressivas: método de elevação artificial em que a energia é transmitida ao fluído a ser produzido através de uma bomba de cavidades progressivas, posicionada junto ao poço.
Bombeio Centrífugo submerso: método de elevação artificial em que a energia é transmitida ao fluído a ser produzido por uma bomba centrífuga com vários estágios posicionada ao fundo do poço.
Bombeio Hidráulico: método de elevação artificial em que a energia é transmitida ao fluído a ser produzido através de uma bomba alternativa ou centrífuga, posicionada junto ao fundo do poço.
Na produção marítima, qual a vantagem de um sistema flutuante sobre um fixo?
Este sistema atende de um a vários poços produtores marítimos. Devido a sua flexibilidade e mobilidade, independente da lâmina d’água, seu emprego reduziu sensivelmente o prazo para extração. Nas bacias marítimas, da descoberta de novas jazidas até a produção comercial, o tempo médio decorrido é de 6 anos com plataforma fixa.
Quais os meios de transporte do petróleo?
São transportados por vários meios: oleodutos, navios e embarcações fluviais, vagões e carros-tanque que levam o petróleo para outras estações, refinarias ou terminais marítimos.
QUESTIONARIO 2
O que acontece com o ponto de ebulição dos hidrocarbonetos à medida que aumenta o tamanho de suas moléculas?
Quanto maior a cadeia carbônica, mais difícil se torna o rompimento das ligações entre as moléculas, fazendo assim, com que o ponto de ebulição aumente, conforme aumenta a cadeia.
A gasolina quando aquecida à P=1 atm, começa a ferver a 40°C e continua fervendo até por volta de 200°C. já a água ferve à temperatura de constante de 100°C. como você explica essa diferença de comportamento?
A água, sendo ela pura à uma pressão de 1 atm, entra em ebulição a 100°C e sua temperatura não muda durante a evaporação.
Já a gasolina, como é uma mistura de hidrocarbonetos a sua temperatura varia para a ebulição completa, os hidrocarbonetos mais leves, entram em ebulição a temperaturas mais baixas, enquanto os mais pesados requerem uma maior energia para passar para o estado gasoso.
Quais as principais frações do petróleo?
Gases Combustíveis: 
etano, propano, butano 
Combustíveis Líquidos: 
Gasolina, Nafta, Diesel e Querosene 
Solventes: 
Etileno, Tolueno e Benzeno 
Lubrificantes: 
Óleos pesados e graxas 
Bases de Polímeros: 
Olefinas e Ésteres
Qual a matéria prima para a destilação à vácuo?
 Resíduo Atmosférico
O que é, e para que serve o craquemento catalítico do petróleo?
Na etapa do craquemanto catalítico, o gasóleo pesado (GOP), entra em contato com um catalisador à uma temperatura elevada, ocorrendo a ruptura das cadeias moleculares, dando origem a uma mistura de hidrocarbonetos que são posteriormente fracionados, sua finalidade principal é produzir GLP e gasolina de alta octagem.
Descreva as principais etapas da separação das frações do petróleo na forma de um fluxograma simplificando(incluindo matérias primas, processo e produto).
Por que são realizadas modificações estruturais no petróleo como a alquilação e a isomerização?
São realizadas para rearranjar a estrutura das moléculas através de reações de reforma e isomerizações.
Caracterize indústria de 1ª, 2ª e 3ª geração petroquímica, quanto a matéria prima, produtos e clientes.
	
	INDUSTRIA DE 1ª GERAÇÃO
	INDUSTRIA DE 2ª GERAÇÃO
	INDUSTRIADE 3ª GERAÇÃO
	MATERIA PRIMAS
	NAFTA E CONDENSADO
	Prod. Petroquímicos básicos ex.: ETENO, PROPENO, BUTADIENO, BTX
	Polimeros ex.: PE, PP, BTX
	PRODUTOS
	Prod. Petroquímicos básicos ex.: ETENO, PROPENO, BENZENO, TOLUENO, XILENO (PE, PP, BTX)
	Polimeros ex.:
PE, PP, BTX
	Artefatos diversos
	CLIENTES
	Ind. De 2ª geração
	Ind. De 3º geração
	Consumidor final
Qual o processo usado para transformar nafta em seus derivados?
Por meio de tubulações (naftadutos).
Como os gases, por exemplo o eteno, é transportado da central de matérias primas até a indústria de segunda geração?É transportado por tubo vias até as unidades de 2ª geração para produção de polímeros.
QUESTIONARIO 3
1 – Defina polímeros.
A palavra polímero origina-se do grego poli (muitos) e mero (unidade de repetição). Assim, um polímero é uma macromolécula composta por muitas unidades de repetições denominada meros, ligada por ligação covalente.  A matéria-prima para a produção de um polímero é o monômero, isto e, uma molécula com uma (mono) unidade de repetição. Portanto, polímero é um composto químico de peso molecular elevado, formado por muitas moléculas iguais, chamadas monômeros (do grego monos = um), unidas umas a outras por ligações covalentes, resultantes de muitas reações de adição consecutivas.
2 – o que são monômeros?
Monômeros são compostos orgânicos formados por apenas um molécula.
3 – o que é grau de polimerização?
É o número de unidades de repetição da cadeia polimérica. Normalmente o grau de polimerização é acima de 750. 
4 – o que é necessário para que uma substância possa gerar um Polímero?
Um monômero, isto é, uma molécula com unidade de repetição.
5 – o que é funcionalidade residual?
É a capacidade de uma molécula polimérica combinar-se com um certo nº de outras moléculas, mesmo após a polimerização.
6 – o que é reticulação?
Processo químico de fundamental importância às borrachas introduzindo a elasticidade e melhorando a resistência mecânica. Esta se dá por meio da formação de ligações cruzadas entre duas cadeias. O enxofre é o principal agente de reticulação.
7 – qual a diferença entre homopolímero e copolímero?
A composição de um polímero pode apresentar apenas um único tipo de mero (CADEIA homogênea) ou dois ou mais meros (cadeia heterogênea). Quando a cadeia é homogênea, diz-se que o polímero é um homopolímero, caso a cadeia seja heterogênea, o polímero é designado copolímero
8 – quais os tipos de copolímeros? Cite exemplos através de representação genérica.
Supondo que A e B sejam os meros de um copolímero, podemos subdividir os copolímeros em:
Copolímeros Randômico (estatísticos ou aleatórios) – Nestes copolímeros os meros estão dispostos de forma desordenada na cadeia do polímero.
~~A—A—B—A—B—B—B—A—A—B—B—A—A—A~~
Copolímeros alternados – Os meros estão ordenados de forma alternada na cadeia do copolímero.
~~A—B—A—B—A—B—A—B—A—B—A—B—A—B~~
Copolímeros em bloco – O copolímero é formado por seqüências de meros iguais de comprimentos variáveis.
~~A—A—A—A—B—B—B—A—A—A—B—B—B—B~~
Copolímeros grafitizados (ou enxertados) – A cadeia principal do copolímero é formada por um tipo de unidade repetida, enquanto o outro mero forma a cadeia lateral (enxertada).
~~A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A—A~~
           |                           |                        |
          B                         B                       B
           |                          |                         |
          B                         B                       B
           |                          |                         |
          B                         B                       B
                                       ≀                         |
                                                               B
                                                                                ≀
9 – diferencie termoplástico de termofixo? Justifique sua resposta a partir da estrutura dos constituintes básicos.
Termoplásticos são polímeros que fundem ao serem aquecidos e que se solidificam ao serem resfriados.
Termofixos são polímeros que formam ligações cruzadas ao serem aquecidos, tornando-se infusíveis e insolúveis.
Ou seja o termoplástico sempre que for aquecido a uma temperatura amolecem e depois se solidifica em produto, novas aplicações de temperatura e pressão produzem o mesmo efeito de amolecimento e fluxo. O termofixo quando é aquecido amolece uma vez, sofre o processo de reticulação, transformação química irreversível, tornando-se rígido. Novas aplicações de temperatura não alteram mais seu estado físico.
10- identifique os seguintes polímeros.
- PE = POLIETILENO
- PP = POLIPROPILENO
- ABS = COPOLI (ACRILONITRILA – BUTADIENO – ESTIRENO)
- PU = POLIURETANOS
-PA = POLIAMIDAS
- PI = POLIIMIDAS
- PC = POLICARBONATO
- PS = POLIESTIRENO
- EVA = COPOLI (ETILENO – ACETATO DE VINILA)
- PVA = POLIACETATO DE VINILA
- PTFE = POLI (TETRAFLÚOR – ETILENO)
- PVC = POLI (CLORETO DE VINILA)
- PAN = POLI (ACRILONITRILA)
- SAN = COPOLI (ESTIRENO – ACRILONITRILA)
- PMMA = POLI (METACRILATO DE METILA)
-POM = POLI (ÓXIDO DE METILENO)
- PET = POLI (TEREFTALATO DE ETILENO)
- PBT = POLI (TEREFTALATO DE BUTILENO)
- PPO = POLI (ÓXIDO DE FENILA)
-PEEK = POLI (ÉTER – ÉTER – CETONA)
-NR = BORRACHA NATURAL
-SBR = POLI-ESTIRENO BUTADIENO
-CR = POLICLOROPRENO
-IR = POLIISOPRENO
-BR = POLIBUTADIENO
-EPDM = POLI (ETILENO – PROPILENO – DIENO)
 
QUESTIONÁRIO 4
Quais são as diferenças entre polímeros termoplásticos e termorrígidos (termofixos) em termos do comportamento desses materiais frente à temperatura, tipos de ligações químicas intermoleculares, processamento e reciclagem?
Polímeros denominados termoplásticos podem ser amolecidos, o que permite a deformação desses a partir da aplicação de pressão. Quando resfriados, tais polímeros retomam a sua rigidez inicial. O comportamento desse tipo de polímero viabiliza a produção em larga escala de artefatos através de meios como a extrusão e a moldagem por injeção. Outro importante aspectos desses polímeros é que eles podem ser reciclados a partir de rejeitos e refugos, já que são facilmente remodelados através da aplicação combinada de pressão e temperatura. Exemplos desse tipo de polímero são o polietileno, polipropileno, PMMA [poli(metacrilato de metila)], politetrafluoretileno (Teflon®), Nylon®,etc.
Por outro lado, polímeros termorrígidos são aqueles que não amolecem com o aumento da temperatura e por isso, uma vez produzidos, não podem ser re-deformados ou re-processados. Para esse tipo de polímero, uma elevação contínua da temperatura leva à degradação do material (queima) antes de que qualquer alteração mais dramática nas propriedades mecânicas ocorra. Sendo assim, tais materiais são de difícil reciclagem e após terem adquirido sua forma final, apenas etapas de processamento via usinagem são possíveis. Exemplos desse tipo de material englobam as borrachas vulcanizadas, os hidrogéis, as resinas epoxidícas e fenólicas, entre outras.
Polímeros termoplásticos são caracterizados por possuir ligações química fracas (van der Waals) entre as cadeias que assim podem ser facilmente rompidas com a introdução de energia. Dessa forma, quando tais materiais são aquecidos, as ligações de van der Waals são quebradas, permitindo que haja uma maior facilidade para a movimentação de cadeias poliméricas umas em relação às outras. A capacidade das cadeias de fluir com a aplicação de temperatura garante a esses materiais suas características fundamentais de fácil re-processabilidade.
Por outro lado, polímeros termorrígidos apresentam cadeias conectadas entre si por ramificações ou braços compartilhados. Assim, ligações químicas primárias (covalentes) são responsáveis pelas ligações cruzadas entre cadeias, as quais só são rompidas com a introdução de elevadas quantidades de energia que usualmente levam também ao rompimentodas ligações constituidoras das cadeias poliméricas (com a consequente degradação - queima - do polímero). Assim sendo, percebe-se que o tipo de ligação entre cadeias, nesse caso, é responsável pelo comportamento característico dos termorrígidos de não serem facilmente conformados e reprocessados através apenas da ação conjunta de pressão e temperatura.
O comportamento dos polímeros frente à ação de solventes também pode ser explicado pelo tipo de interação entre cadeias existente. Assim, para polímeros termoplásticos, a solubilização do polímero por um determinado solvente é possível quando as interações entre as moléculas do solvente e as cadeias poliméricas apresentam uma magnitude superior à magnitude de interações entre as cadeias poliméricas. Nesse caso, as moléculas de solvente são capazes de romper as ligações fracas (van der Waals) que unem as cadeias poliméricas e substituí-las por ligações um pouco mais fortes (mas ainda do tipo van der Waals) solvente-polímero. Com a redução do grau de interação entre cadeias do polímero submetido à ação de um solvente efetivo, essas ganham maior liberdade de se moverem umas em relação às outras levando à desintegração e solubilização do material (Figura 1).
Já no caso de polímeros termorrígidos, as ligações entre cadeias são primárias, de alta energia e que não são passíveis de rompimento pela ação de solventes. Assim, polímeros termorrígidos são normalmente insolúveis. A introdução de fluidos quimicamente compatíveis com polímeros termorrígidos levam ao chamado “inchamento” desses, já que o fluido se insere entre as cadeias poliméricas sem, no entanto, romper qualquer ligação cruzada. O grau de inchamento do polímero termorrígido é conseqüência do nível de afinidade química entre reticulado e fluido e também da densidade de ligações cruzadas no polímero. Polímeros com alta densidade de ligações cruzadas apresentam inchamento em menor intensidade.
Como se processam as reações de poliadição?
Nas reações de polimerização por adição, os reagentes se somam e não há perda de matéria, todos os átomos das moléculas do monômero estão na molécula do polímero. Portanto, Segundo Guitián (2011)¹, monômero e polímero têm a mesma composição centesimal e igual fórmula mínima, e o peso molecular do polímero é múltiplo inteiro do peso molecular do monômero. Este tipo de polimerização se denomina polimerização por adição ou poliadição.
Quais são as etapas desse tipo de reação? O que são radicais livres? Como eles podem ser criados? Cite exemplos de polímeros processados via reações de poliadição.
Em polimerizações realizadas através de reações de poliadição, nenhuma molécula pequena é eliminada como produto das reações e a polimerização é caracterizada principalmente pela abertura ou quebra de ligações duplas entre átomos de carbono (-C=C-). Assim, quando uma ligação dupla é desfeita, há a formação de elétrons livres (radicais livres) associados aos átomos de carbono que podem ser usados na formação de novas ligações com outras moléculas dos reagentes (monômeros), levando assim à produção de cadeias polimérica. Ligações duplas entre átomos de carbono são bifuncionais, já que quando abertas, permitem a ligação com dois outros átomos.
Um exemplo típico desse tipo de polimerização por adição envolve a produção do polipropileno a partir do monômero propileno. A polimerização se inicia geralmente através do uso de agentes capazes de formar radicais livres. Esses agentes iniciadores de polimerização se decompõe com a introdução de energia, seja esta na forma de calor como na forma de luz. Os peróxidos são típicos agentes iniciadores de polimerização por adição. 
Como se processam as reações de policondensação? Quais são as características básicas desse tipo de reação? Cite exemplos de polímeros processados via reações de policondensação.
As reações de condensação se notabilizam pela eliminação de uma pequena molécula (geralmente água) durante o processamento da reação. Uma reação de condensação típica é a de esterificação, onde um álcool reage com um ácido orgânico, gerando um éster conjuntamente com a eliminação de uma molécula de água. Nesse tipo de reação, os grupos químicos responsáveis pela reação são o grupo hidroxila (OH) no álcool e o grupo ácido carboxílico (HO-C=O). Tais grupos são chamados de grupos funcionais por participarem diretamente da reação. Em reações de polimerização (produção de polímeros) por policondensação, há a necessidade que o número de grupos funcionais em cada mero seja superior a um para permitir a formação de cadeias, ao invés de moléculas de pequena massa molar. Assim, meros com dois grupos funcionais, por exemplo, podem se ligar a dois distintos meros que por sua vez poderão se ligar a outros meros, dando origem, dessa forma, a macromoléculas. É usual se usar o termo “funcionalidade” para definir o número possível de ligações químicas que um mero pode fazer com outros. Em reações de polimerização por condensação, a funcionalidade de um determinado mero é igual ao número de grupos funcionais deste. Para reagentes monofuncionais, o produto de uma reação de condensação é uma molécula pequena. Já, para reagentes bi ou polifuncionais a ligação entre dois meros gera moléculas que ainda apresentam grupos funcionais não reagidos que podem ser usados na conecção com outros meros. Um exemplo típico de preparação de polímeros via condensação é a produção do poli(etileno tereftalato) (PET), comumente usado na fabricação de recipientes plásticos.
Nesse caso, álcoois bifuncionais (etileno glicol) reagem com ácidos bifuncionais (ácido tereftálico) dando origem a ligações do tipo éster, características dos polímeros poliéster como o PET:
Descreva a função dos constituintes básicos que podem estar presentes em uma formulação polimérica.
a – Cargas
As cargas são aditivos adicionados aos plásticos para otimizar as propriedades a custo mínimo, possuindo finalidades específicas. As cargas podem ser divididas em cargas diluentes ou de reforço.
b – Plastificantes
Os plastificantes são compostos, não voláteis, de alto PONTO DE FUSÃO e de moderação a baixo peso molecular, que aumentam a flexibilidade e o escoamento e, consequentemente, a processabilidade dos polímeros. A adição de plastificantes reduz as forças intermoleculares e aumenta o volume livre do polímero.
c – Modificadores de Impacto
Alguns polímeros apresentam baixa resistência ao impacto, sendo quebradiços como, por exemplo, o poliestireno. Com o objetivo de diminuir esta característica, alguns polímeros flexíveis como NR, NBR, ABS e EVA têm sido incorporados a alguns polímeros, como o poliestireno ou o poli (cloreto de vinila) para aumentar a sua resistência ao impacto.
d – Antioxidantes
Os antioxidantes têm por objetivo retardar ou evitar o processo de degradação dos polímeros orgânicos em presença de oxigênio e calor, principalmente durante o seu processamento, aumentando o tempo de vida útil dos produtos.
e – Lubrificantes
Os lubrificantes são aditivos utilizados para auxiliar o processamento dos plásticos, melhorando as propriedades de escoamento, além de reduzir a aderência do material fundido às superfícies dos moldes e das máquinas de moldagem
f – Estabilizadores
Os estabilizadores são compostos químicos capazes de interferir nos processos físicos e químicos de degradação induzida pela luz ultravioleta ou pelo calor. A energia ultravioleta proveniente da radiação solar possui um COMPRIMENTO DE ONDA na faixa de 280 a 400 nm, que corresponde à energia entre 72 a 100 kcal. Esta energia é forte o suficiente para quebrar ligações covalentes nos polímeros orgânicos, tornando o material amarelado e quebradiço. Os estabilizadores de luz ultravioleta absorvem esta energia evitando a quebra das ligações químicas no polímero. Os principais estabilizadores de luz ultravioleta para polímeros são aminas impedidas estericamente e derivados da 2-hidroxibenzofenona, compostos organo-níquel, 2-hidroxi-fenilbenzotriazol, negro de fumo, salicilatos, monobenzoatosde resorcinol e p-hidroxi-benzoatos.
g – Corantes
Os corantes são substâncias que modificam as cores dos artefatos. A cor é produzida por absorção ou reflexão seletiva de certos comprimentos de onda que constituem a luz branca. Os corantes são classificados como pigmentos ou corantes propriamente ditos.
h – Agentes de Cura
Os agentes de cura ou vulcanização são utilizados quando se deseja realizar a cura de alguns termorrígidos, como as resinas fenólicas ou epoxídicas e na vulcanização dos elastômeros. A vulcanização é essencial para que os elastômeros adquiram suas propriedades elásticas. Durante a cura, esses agentes formam ligações cruzadas entre as cadeias do polímero, fazendo com que adquiram uma estrutura tridimensional. O enxofre é o agente de cura mais comum, mas os peróxidos, óxidos metálicos e alguns compostos difuncionais também são muito empregados.
i – Agentes de expansão
Os agentes de expansão ou esponjamento são aditivos usados na produção de polímeros sob a forma celular ou expandida, como a espuma ou o isopor. A expansão desses polímeros ocorre devido à formação de gás, quando o aditivo incorporado se decompõe ao ser aquecido durante o processamento. Os agentes de expansão mais empregados são compostos orgânicos nitrogenados, como hidrazidas, azocompostos, carbonato de amôneo, compostos nitrosos.
j – Agentes Antiestáticos
Durante o seu uso, a maioria dos plásticos geram uma carga eletrostática indesejável em sua superfície. Os agentes antiestáticos impedem a criação ou o armazenamento de eletricidade estática em produtos obtidos a partir de termoplásticos. Os antiestáticos são principalmente compostos de amônia quaternária, ésteres fosfáticos e ésteres de poliglicóis de ácidos graxos, sorbitol e glicerina. Esses aditivos possuem o nconveniente de serem ineficazes durante longo tempo.
�
Como se obtém um produto polimérico expandido?
Quando expandido a quente por meio de injeção de gases, forma uma espuma cuja dureza pode ser controlada conforme o uso que se quiser dar a ela.
Qual a diferença entre carga de enchimento e de reforço? Cite exemplos.
Cargas de enchimento: apenas reduzem o custo do produto.
De um modo geral são compostos inorgânicos:
•Carbonatos, CaCO3
•Asbestos
•Argilas
•Talco, Mg3(Si4O10)(OH)2
•Outros
Cargas de reforço: alteram as propriedades mecânicas do produto.
Tipos mais comuns de cargas de reforço.
Fibra de vidro
Fibras vegetais
Fibras poliméricas, polímeros auto-reforçados.
Negro de fumo
Qual a diferença entre sistemas miscível e imiscível? Cite exemplos.
Nos sistemas miscíveis, as misturas são unifásicas; há compatibilidade total entre os componentes dentro de certos limites de composição e temperatura. Neste caso, as misturas poliméricas totalmente compatíveis são também chamadas ligas poliméricas.
Nos sistemas imiscíveis, as misturas apresentam mais de uma fase; pode ocorrer compatibilidade interfacial ou incompatibilidade total entre as fases. Quando há compatibilidade interfacial, todos os componentes da mistura podem ser poliméricos ou não. Em qualquer desses casos, sempre que há um componente matricial e um estrutural, o sistema constitui um compósito. As misturas com carga reforçadora se incluem entre os compósitos.
Quando não há componente estrutural, o componente matricial engloba as partículas dispersas do outro componente; o sistema se apresenta como uma mistura polimérica.
Exemplos de sistemas em que há incompatibilidade são as misturas com carga inerte.
Qual a diferença entre compósito e liga polimérica?
Compósito é um material heterogêneo formado por dois ou mais constituintes distintos, classificados por fibras, contínuas ou não, de um material resistente (reforço, que é descontínuo, ou seja, envolvido pela matriz) e matriz ( material de preenchimento, de resistência mecânica inferior à da fibra). O objetivo de seu desenvolvimento é combinar diferentes materiais para produzir um único dispositivo com performance superior à de seus componentes formadores
As misturas poliméricas totalmente compatíveis são também chamadas ligas poliméricas.
Quais as vantagens da utilização de compósitos e ligas poliméricas?
A utilização de determinadas cargas provoca no polímero um aumento ou melhoria de sua estabilidade térmica e dimensional, escoamento, resistência mecânica e química, superfície do produto final, propriedades elétricas e processabilidade.
Cite exemplos de fibras utilizadas para reforço polimérico.
Fibra de vidro , Carbono e boro.
Cite aplicações dos polímeros reforçados.
Indústria automobilística, setores de segurança, construção civil.
QUESTIONARIO 5
Qual a diferença entre degradação física e química?
Um fenômeno físico não altera a composição da matéria, ou seja, aconteça o que for a matéria será a mesma, é um processo revesível. Já nos fenômenos químicos, a alteração ocorre na natureza da matéria, alterando a forma física da matéria, é um processo irreversível.
Quais os polímeros que apresentam maior resistência química, e que por este motivo são recomendados para contato com alimentos e medicamentos?
PP e PE.
Qual a definição para um material viscoelástico?
São materiais que ao se deformar sofrem simultaneamente deformações elásticas e viscosas.
Como é a curva tensão x deformação para um material polimérico?
Linear pois quanto maior for a tensão maior será a deformação.
Qual a influencia da temperatura na tensão aplicada a um corpo em material polimérico?
A temperatura demonstra o comportamento mecânico do material com relação a sua elasticidade e viscosidade.
O que é ruptura da fluência?
Quando um plástico está sujeito a tensão constante, a deformação diminui até um ponto onde o material fratura, também chamado ocasionalmente fadiga estática. 
O que é a estrutura amorfa (ou vítrea) de polímeros?
Quando um polímero é aquecido as moléculas recebem mais energia e há um aumento de seu movimento intramolecular, isto o torna mais flexível, se o material é resfriado, logo em seguida,a mobilidade das moléculas diminui e o material torna-se duro.
Como é a estrutura cristalina de polímeros?
Com as cadeias moleculares compactadas.
Qual a diferença entre Tg e Tm?
A temperatura de fusão cristalina (Tm) é aquela em as regiões ordenadas do polímero se desagregam e fundem, está associada as regiões amorfas dos polímeros, envolve mudança de estado e está associada a regiões cristalinas. A transição vítrea (Tg) está associada às regiões amorfas dos polímeros, a transição representa a temperatura em que há mobilidade das cadeias moleculares, abaixo da Tg o material se torna rígido.
Para a fabricação de um produto que deve ser flexível à temperatura ambiente, você escolheria um polímero cuja a Tg é maior ou menor que a temperatura ambiente?
Deveria ser usado um com Tg menor que a temperatura ambiente.

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