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Estresse Oxidativo durante os exercícios de alta intensidade

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Estresse oxidativo na atividade física
O estresse oxidativo corresponde à formação elevada de radicais livres e à incapacidade do sistema antioxidante de combatê-los. Os radicais livres atuam na oxidação ou redução de lipídios, proteínas e DNA. Eles não são apenas prejudiciais, pois ativam o nosso sistema imunológico, produzem oxido nítrico para prevenir o desenvolvimento de hipertensão arterial, e participam da detoxificação de medicamentos no fígado e da apoptese (morte programada das células).
A produção de radicais livres é aumentada quando ocorre exercício físico de alta intensidade ou de longa duração, bem como aqueles realizados por longos períodos ou efetuados até a exaustão, devido à maior absorção de O2 pelos pulmões. Indivíduos que se submetem a exercícios intensos e prolongados ou treinos exaustivos, ou ainda, que possuem frequência de treinamento muito elevada podem exceder a capacidade do sistema antioxidante endógeno, promovendo estresse oxidativo.
Os seres vivos dependem do oxigênio para manter as suas funções vitais, sendo que 95% do total é usado para formar energia por diferentes processos enzimáticos. Entretanto, 5% participam da formação de radicais livres. Nesse contexto, o fato desse exercício físico intenso aumentar de 10-20 vezes o consumo total de oxigênio pelo organismo eleva também de 100 a 200 vezes a captação de oxigênio, induzindo à formação excessiva de radicais livres associados ao metabolismo energético acelerado. Essas espécies podem contribuir para danos tissulares e celulares, incluindo modificação oxidativa do DNA, prejudicando o desempenho do atleta.
Como o treinamento esportivo e a competição elevam acentuadamente a atividade metabólica celular, lesões oxidativas, como fadiga muscular e a consequente queda no rendimento esportivo podem assumir dimensões ainda maiores. É interessante observar que o treinamento físico programado ao expor o organismo ao aumento da produção de radicais livres, promove o processo de adaptação. Nesse processo de adaptação do organismo ao exercício, há o aumento da expressão gênica e, por consequência, a produção de enzimas antioxidantes, que tem função de neutralizar os radicais livres, contribuindo para manter o corpo forte e saudável. São elas as enzimas antioxidantes:
Catalase - (enzima intracelular).
Glutationa peroxidase - (está presente em todas as células musculares, sua concentração é maior no fígado, ela é dependente do selênio e da glutamina, um aminoácido do tecido muscular, para ser sintetizada).
Superóxido dismutase - depende de cobre, zinco e manganês para ser sintetizada.
O estresse oxidativo pode caracterizar-se como adaptativo, causando evolução dos sistemas no organismo, ou como fator maléfico, podendo causar lesões de difícil reversão, como alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares.
No contexto do exercício e patologia, o atleta está em constante contato com o estresse oxidativo, assim como pacientes com insuficiência cardíaca, se não por mais tempo, devido à patologia que não oferece intervalo de recuperação. Acredita-se que a diferença entre eles é a capacidade antioxidante de cada organismo vir a reagir buscando o equilíbrio que o corpo necessita para realizar suas funções adequadamente.
Portanto, a dieta é importante fator para promoção e manutenção do balanço oxidante/antioxidante para atletas e praticantes regulares de exercícios de alta intensidade. Cereais integrais, leguminosas, carnes, sementes oleaginosas, hortaliças, frutas e laticínios devem ser consumidos em quantidades recomendadas e personalizadas para que as necessidades nutricionais sejam atingidas.

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