CESSÃO DE CRÉDITO

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FACULDADE ESTÁCIO NOSSA CIDADE 
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO 
 
 
STÊNIA KATRINE LOIOLA BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
CESSÃO DE CRÉDITO, ASSUNÇÃO DE DÍVIDA E CESSÃO DA POSIÇÃO 
CONTRATUAL 
 
 
 
 
 
 
 
CARAPICUÍBA-SP 
2018
Sumário 
1 CESSÃO DE CRÉDITO ........................................................................................................................ 3 
1.1 Conceito .................................................................................................................................. 3 
1.2 Eficácia da cessão de crédito ................................................................................................... 3 
1.3 Cessão de crédito gratuita ou onerosa ................................................................................... 4 
1.4 Responsabilidade civil ............................................................................................................. 4 
2 ASSUNÇÃO DE DÍVIDA ..................................................................................................................... 5 
2.1 Espécies da assunção de dívida ............................................................................................... 5 
2.1.1 Expropriação.................................................................................................................... 5 
2.1.2 Delegação ........................................................................................................................ 5 
2.2 Requisitos ................................................................................................................................ 5 
2.2.1 Consentimento do credor ............................................................................................... 5 
2.2.2 Validade do negócio jurídico ........................................................................................... 5 
2.2.3 Solvência do novo devedor ............................................................................................. 6 
2.3 Semelhança com outros ordenamentos jurídicos .................................................................. 6 
2.3.1 Novação ........................................................................................................................... 6 
2.3.2 Fiança .............................................................................................................................. 6 
3 CESSÃO DA POSIÇÃO CONTRATUAL ................................................................................................ 7 
3.1 Efeitos do cedente em relação ao cessionário ........................................................................ 7 
3.2 Efeitos do cedente em relação ao cedido ............................................................................... 8 
3.3 Efeitos do cessionário em relação ao cedido .......................................................................... 8 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 9 
- http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/cessao-de-credito.htmReferências ......................... 9 
- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htmncias ..................................................... 9 
- http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,cessao-de-credito-responsabilidade-
civil,55607.htmlReferências .................................................................................................................... 9 
- https://jus.com.br/artigos/35205/assuncao-de-divida ........................................................................ 9 
 
 
 
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1 CESSÃO DE CRÉDITO 
1.1 Conceito 
É um dos exemplos de transferência de obrigação absolutamente 
contratual. A doutrina estabelece a cessão de crédito como um negócio jurídico 
bilateral, oneroso ou gratuito, em que o credor cede o seu direito para um terceiro. 
Nesse sentido, o credor é considerado o cedente, pois é quem abre mão da dívida. O 
cessionário se refere ao indivíduo que adquire o direito sobre a dívida e que, em 
decorrência disso, pode reivindicar o cumprimento da obrigação do devedor, e, por 
fim, o cedido trata-se do devedor que irá efetivar o pagamento ao terceiro. 
O cedente deve ser pessoa capaz, validada a realizar ações de doação e 
titular do crédito que irá receber e o cessionário deve ter a capacidade plena de tomar 
o lugar do cedente. Como regra geral, todos os créditos podem ser objeto de cessão, 
tanto os que consistam título ou não, quanto os vencidos ou por vencer. 
1.2 Eficácia da cessão de crédito 
 O cessionário terá que cumprir qualquer princípio de eficácia necessária 
para a realização de efeitos como uma condição suspensiva ou um termo. 
CC, Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a 
natureza de obrigação, a lei ou a convenção com o devedor; a cláusula 
proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não 
constar do instrumento da obrigação. 
Para valer entre as partes, a cessão de crédito não exige forma especial, 
salvo quando a escritura pública se faz necessária, por motivos de direitos. Porém, 
quando se trata de uma cessão de créditos contra terceiros, alguns requisitos são 
exigidos, no qual é de suma importância um instrumento público ou particular. 
CC, Art. 654 § 1º. O instrumento particular deve conter a indicação do lugar 
onde foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o 
objetivo da outorga com a designação e a extensão dos poderes conferidos. 
A notificação do devedor não é primordial para a eficácia da cessão de 
crédito, e só passa a ser eficaz em relação ao devedor a partir do momento em que 
este é notificado e tem conhecimento da sua efetivação. 
CC, Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, 
senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em 
escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita. 
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Quando o devedor não é notificado, a cessão torna-se inexistente para ele 
e o pagamento efetuado para o cedente é válido. Além disso, as notificações podem 
dividir-se em expressas ou presumidas. São expressas quando o devedor é 
comunicado da cessão de crédito à determinado indivíduo, pelo cedente ou 
cessionário, e presumidas quando, em um escritório público ou particular, o devedor 
declara ciência da notificação. 
1.3 Cessão de crédito gratuita ou onerosa 
 Diz-se título oneroso quando se trata de uma relação jurídica em que as 
obrigações são demonstradas para ambos os contratantes. No caso do título gratuito 
esses efeitos não são estabelecidos, pois não ocorrem divergências na Lei. 
De acordo com o art.295 do código civil, o cedente assegura ao menos a 
existência do crédito. Além disso, o cedente cede o crédito por um preço mais 
acessível. Já no título gratuito, não há um cuidado com a existência do crédito, há não 
ser que aja de má-fé. 
CC, Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se 
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao 
tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões 
por título gratuito, se tiver procedido de má-fé. 
 
1.4 Responsabilidade civil 
 Na cessão de crédito, pagar a dívida e extinguir a obrigação continua 
sendo obrigação do cedido. Quando o crédito onerosamente transferido não é válido, 
e o cessionário só descobre depois, o cedente deve reparar as perdas e danos 
sofridas pelo cessionário. 
 No título gratuito os danos somente são reparados ao cessionário, se o 
cedente agir de má-fé. A responsabilidade civil é necessáriapara evitar possíveis 
fraudes de empresas para com outras, gerando assim, uma forma de segurança para 
ambas. 
 
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2 ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 
Assunção de dívida ou cessão de débito, é uma das formas de transmissão 
de obrigações a um terceiro. Enquanto na cessão de crédito muda o credor, a partir 
de uma manifestação voluntária, a assunção de dívida gira em torno dos devedores, 
de uma forma passiva. A dívida e as obrigações são as mesmas, o que se diferencia 
é apenas o devedor. O credor possui como garantia de pagamento da obrigação o 
patrimônio do devedor, com isso, a cessão de débito não pode ocorrer sem 
autorização do credor. 
CC, Art. 299. “É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o 
consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, 
salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava. 
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para 
que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como 
recusa. 
2.1 Espécies da assunção de dívida 
2.1.1 Expropriação 
O novo devedor assume a dívida diretamente com o credor, sem consultar 
o devedor anterior. Mesmo assim, seria viável informar o devedor primitivo. 
2.1.2 Delegação 
É determinada por um acordo entre devedor originário e o terceiro que vai 
assumir a dívida, no qual para ter a validade necessária, precisa-se da aprovação do 
credor. 
2.2 Requisitos 
2.2.1 Consentimento do credor 
 O primeiro requisito e talvez o de maior importância, é que o credor 
permita, manifestadamente, que o devedor transfira aquela dívida a um terceiro. 
2.2.2 Validade do negócio jurídico 
Para o negócio jurídico ter efeito válido são necessário três requisitos, 
previstos no art.104 do código civil. 
CC, Art.104. A validade do negócio jurídico requer: 
I – agente capaz; 
II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III – forma prescrita ou não defesa em lei. 
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2.2.3 Solvência do novo devedor 
 Se o novo devedor for incapaz de realizar o pagamento da dívida, por 
motivos de força maior, sem o conhecimento do credor, a dívida automaticamente 
retornará ao antigo devedor. 
2.3 Semelhança com outros ordenamentos jurídicos 
2.3.1 Novação 
 A novação é uma espécie de substituição, no qual se resolve a obrigação 
a partir do instante em que o devedor substitui o seu cargo por um terceiro. Com isso, 
uma nova obrigação é criada entre o credor e o novo devedor, porém com o mesmo 
objetivo devido. 
2.3.2 Fiança 
 Quando o devedor de uma obrigação não vier a pagar o devedor, este 
pode exigir que o fiador daquele cumpra as obrigações necessárias. Porém, o fiador 
somente deve acatar essa decisão, quando o devedor não puder ou não conseguir 
cumprir sua obrigação. 
 
 
 
 
 
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3 CESSÃO DA POSIÇÃO CONTRATUAL 
No convívio cível e comercial estabelecido na sociedade, podem ocorrer 
situações diversas. A intenção do indivíduo pode ser de ceder um crédito ou assumir 
uma dívida, como também realizar a transmissão total (ativa ou passiva) de uma 
posição contratual que se ocupa. 
Quando o cessionário substitui o cedente, ele assume uma 
responsabilidade complexa de uma variedade de direitos e deveres que foram 
delimitadas a ele, como créditos, débitos e acessórios. O que ocorre é uma 
substituição das partes, mas sem modificar o intuito do contrato inicial. 
Com base nesse negócio jurídico, o contrato é subdividido em contrato-
base ou primitivo e o contrato da posição contratual. No primeiro os acordos são 
efetivados pelo cedente e o cedido, dando origem ao contrato que, futuramente, será 
inserido o cessionário. Já o contrato de cessão é aquele que se refere a celebração 
do contrato propriamente dito, entre o cedente e o cessionário. 
Percebe-se que o assunto em questão não está previsto na lei brasileira, 
tendo o legislador que se basear em documentos estrangeiros. O efeito principal do 
contrato, é ser possível fazer uma substituição das partes, sem que haja necessidade 
de alteração no mesmo. 
3.1 Efeitos do cedente em relação ao cessionário 
Nos casos de invalidade do contrato ou inexistência, como também nos 
defeitos da posição contratual, aplica-se os requisitos da cessão de crédito. Podendo 
o negócio ser resolvido por perdas e danos, devolução de quantia acordada pela 
cessão e direito a indenização. 
Após a cessão, o cedente não se responsabiliza pelo pagamento do 
contrato-base. No entanto, o mesmo pode estipular uma garantia para com o 
cessionário, maior ou menor e que vai de acordo com o que eles estabelecerem no 
negócio jurídico. E por fim, deve repassar todas as cláusulas contratuais para o 
cessionário, para que este fique ciente das condições do contrato. 
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3.2 Efeitos do cedente em relação ao cedido 
Se as partes entrarem em acordo, podem definir que o cedente fique 
responsável por um possível descumprimento por parte do cessionário. 
3.3 Efeitos do cessionário em relação ao cedido 
O cessionário passa a ter obrigações e direitos no contrato-base. Caso seja 
de acordo, as partes podem transferir também acessórios e obrigações que já foram 
vencidas 
 
 
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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
- http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/cessao-de-
credito.htmReferências 
 
- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htmncias 
- http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,cessao-de-credito-
responsabilidade-civil,55607.htmlReferências 
 
- https://jus.com.br/artigos/35205/assuncao-de-divida