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PRAGAS E DOENÇAS DO COQUEIRO Pragas Brocas: Broca-do-estipe ou broca-do-tronco; Broca-do-olho-do-coqueiro; Broca-do-pedúnculo-floral-do-coqueiro; Broca-da-coroa-foliar ou broca-do-dendezeiro; Broca-do-pecíolo ou broca-da-ráquis-foliar; Broca-do-bulbo-do-coqueiro. Pragas das folhas: Barata-do-coqueiro ou falsa-barata-do-coqueiro; Raspador-do-folíolo-do-coqueiro; Inseto-rodilha-do-coqueiro; Minador-do-folíolo-do-coqueiro; Lagarta-das-folhas ou lagarta-das-palmeiras; Lagarta-desfolhadora-das-palmeiras; Lagarta-verde-do-coqueiro; Lagarta-urticante-do-coqueiro; Cochonilha-transparente-do-coqueiro; Pulgão-preto-do-coqueiro; Ácaro-vermelho-do-coqueiro; Ácaro-da-folha-do-coqueiro; Saúvas. Pragas de inflorescências e de frutos novos: Traça-das-flores e dos-cocos-novos; Gorgulho-das-flores e dos-cocos-novos; Ácaro-da-necrose-do-coqueiro; Ácaro-da-mancha-anelar-do-coqueiro. Pragas subterrâneas: Cupim. Principais doenças foliares: - Mancha-foliar; - Lixa-pequena; - Lixa-grande; - Queima-das-folhas. Principais doenças letais: - Anel-vermelho; - Podridão-seca; - Murcha-de-Phytomonas; - Podridão-do-olho. Broca-do-olho-do-coqueiro (Rhynchophorus palmarum) - Adulto: besouro de cor preta, medindo de 4,5 a 6,0 cm: vetor da doença anel vermelho do coqueiro (vetor do nematóide Bursaphelenchus cocophilus transmissor da doença “Anel - vermelho”): Somente as fezes do inseto transmitem a doença. - Larva: hábito diurno: penetra nas regiões de crescimento: alimentam da parte interna do estipe, fazendo galerias em todas as direções: fermentação do palmito e morte da planta; - Fêmea: ovos no 'olho' da planta. As lagartas se alimentam da parte interna do tronco, destruindo o meristema apical da planta e provocando a morte do coqueiro; - Sintoma externo: má formação de folhas novas (amarelamento, murchamento); - Danos (larvas e adultos): morte da planta (destroem ponto crescimento coqueiro). Rostro comprido e recurvado Controle: -Evitar ferir as plantas: praga é atraída pelos coqueiros doentes ou com ferimentos, devido odor exalado pela planta; - Preventivo: eliminação de plantas mortas ou doentes; - Catação e destruição dos insetos: reduzir a população do inseto na área; - Armadilhas e iscas atrativas (captura dos besouros); - Recomendar que os implementos agrícolas utilizados nas plantas doentes não sejam utilizados nas plantas sadias durante as operações de limpeza e colheita. Armadilhas atrativas modelo Pet ou Balde para monitorar a população do inseto: forma prática e eficiente no combate e monitoramento da praga; - Feromônios de agregação: substâncias químicas produzidas por um sexo para a atração de ambos os sexos para acasalamento e alimentação. RINCOFOROL: sintetizado em laboratório: combinado com pedaços de cana-de-açúcar. Feromônio e iscas atrativas dentro do balde Distribuir armadinhas nas bordas do plantio Broca-do-tronco (estipe) (Rhinostomus barbirostris) ♂: rostro longo recoberto por pêlos avermelhados Rostro + curto Adulto: besouro cor preta: 1,1 a 5,3 cm comprimento; A fêmea põe os ovos no tronco do coqueiro, onde faz perfurações com o rostro, coloca os ovos e posteriormente os cobre com uma camada cerosa para protegê-los do ressecamento. Dos ovos surgem lagartas de cor esbranquiçada que podem atingir até 5 cm de comprimento. Danos Alimentação larva: tecidos internos (penetram no tronco); Formam galerias: - destroem vasos liberianos (floema) e lenhosos (xilema) do estipe; - redução ou interrupção passagem seiva até as folhas e frutos. Controle: Eliminar plantas doentes; Inspeções constantes no coqueiral: localizar posturas e destruí-las; Derrubada e queima dos coqueirais altamente atacados. Broca-do-pedúnculo-floral (Homalinotus coriaceus) - Adulto: besouro cor preta: medindo aproximadamente 3 cm: hábito noturno; passa o dia abrigado nas axilas foliares; - Fêmea deposita ovos: base inflorescência; - Larvas: abrem galerias no interior do pedúnculo floral: danifica sistema condução seiva; - Sintomas: podridões na região de inserção do fruto ao pedúnculo e pequenas galerias; - Danos: provoca queda de frutos nos vários estágios de desenvolvimento. Larva retira tecidos fibrosos para preparar seu casulo e se transformar em pupa Sulcos superficiais na estipe deixados pelas larvas após retirada tecido fibroso Indica presença da praga e severidade de infestação Pedúnculo Floral do coqueiro atacado Controle: - Limpeza da copa (Toalete): retirada de folhas e cachos secos: queimar; Com esta prática, é possível encontrar e destruir larvas, pupas e adultos desta praga. Broca-do-pecíolo ou broca-da-ráquis-foliar (Amerrhinus ynca) - adulto: besouro cor amarelada com pontos pretos brilhantes e salientes no corpo; - larva: 2,7cm de comprimento: penetra e desenvolve no interior da raque da folha alimentando-se dos tecidos internos, formando galerias: danifica os vasos de condução de seiva: amarelecimento e quebra da folha: atraso no desenvolvimento da planta e redução na produção. Controle: Larva interior da ráquis foliar: difícil controle; Folhas brocadas: cortá-las e queimá-las. Lagarta-das-folhas-do-coqueiro (Brassolis sophorae) Durante dia: encontradas em ninhos formados pela união de vários folíolos na copa do coqueiro; Noite: saem para alimentar-se. Danos: desfolhamento total da planta: destroem completamente a copa. Lagartas são facilmente detectadas: pelo desfolhamento da planta, presença de ninhos e de excrementos no chão. Larva: cabeça castanho-avermelhada, corpo com listras longitudinais marrom-escuras e claras, recoberto por fina pilosidade, podendo atingir de 6,0 a 8,0cm de comprimento; Adulto (borboleta grande) Controle: - coleta e destruição dos ninhos onde as lagartas se abrigam durante o dia. Ácaro-da-mancha-anelar-do-coqueiro (Amrineus cocofolius) - Ataque: folhas mais velhas de mudas em viveiro e frutos; - Período de ocorrência: época seca; - Injúrias: Escarificação das células epidérmicas e sucção de seiva; - frutos perdem o brilho: se tornam opacos e acinzentados, em seguida surgem pequenas pontuações marrons, que evoluem para necroses que circundam o fruto no seu diâmetro equatorial, formando uma cinta ou anel; - necroses: má aparência ao fruto, reduzindo seu valor comercial; - áreas com alta infestação, a necrose chega a cobrir totalmente a superfície do fruto. Controle: Coleta e a destruição de frutos muito danificados; Retirar da área e destruir todos os frutos caídos que apresentarem sinais de ataque do ácaro; Pulverizações com alternância de produtos (acaricida de contato ou sistêmico). Ácaro da necrose do coqueiro (Aceria guerreronis) - Ataque: folhas centrais de mudas no viveiro e de plantas com até dois anos de plantio; frutos novos e em desenvolvimento. - Período de ocorrência: todo o ano, com maiores infestações na época seca; - Injúrias: Escarificação das células epidérmicas e sucção de seiva. - frutos: cloroses triangulares a partir das brácteas,que evoluem para necroses castanho-escuras, rachaduras superficiais longitudinais ou estrias, com exsudação de goma e aspecto áspero; - ataque severo nos frutos causa queda prematura ou redução de tamanho, perda de peso e redução no volume de água, além de deformações que depreciam o produto no mercado de coco verde. Controle: identificar as plantas em produção severamente infestadas e nelas retirar todos os cachos com frutos danificados e/ou deformados; retirar da área e destruir todos os frutos caídos que apresentarem sinais de ataque do ácaro; pulverizações (acaricida de contato ou sistêmico). OBS: acaricidas sistêmicos: colheita dos frutos para consumo in natura: realizada no mínimo 30 dias após a última aplicação do produto. Gorgulho das flores e dos cocos novos (Parisoschoenus obesulus) Injúrias: as larvas alimentam-se dos tecidos mesocárpicos dos frutos pequenos, fazendo galerias sob as brácteas e provocando a queda prematura dos frutos. Controle: limpeza da copa das plantas e o coroamento do solo ao redor da planta; semanalmente: coletar e destruir, por queima ou enterrio, todos os frutos imaturos caídos no chão e aqueles que secam e ficam presos nas inflorescências; alta infestação: Pulverizar somente as plantas infestadas, utilizando- se inseticidas de contato e ingestão. Rhynchophorus palmarum (transmissor) Nematóide (agente causal) (Bursaphelenchus cocophilus) Anel vermelho (doença letal) Sintomas: coloração amarelo-ouro das folhas basais, que se inicia na ponta da folha e avança em direção à ráquis. As folhas arreiam em torno do estipe, conferindo um aspecto de guarda-chuva. Controle: Erradicação das plantas afetadas; iscas atrativas para o vetor Corte transversal: anel vermelho Lixa-pequena (Phyllachora torrendiella) Só existe no Brasil, sendo todas as variedades e híbridos cultivados suscetíveis em diferentes graus. Estromas formados por pequenos pontos negros (verrugas), os quais cocorrem por todas as áreas dos folíolos, ráquis e frutos do coqueiro. O fungo provoca a necrose das folhas inferiores e estas secam prematuramente. Quando o ataque é severo, os cachos ficam totalmente sem suporte, o que prejudica a produção. Controle Corte e queima das folhas muito infectadas e secas; Controle biológico com fungos hiperparasitas: bom potencial de controle. Lixa-grande (Sphaerodothis acrocomiae) Estromas marrons (2 mm diâmetro), rugosos, circulares, isolados, ocorrendo sobre o limbo, nervura dos folíolos e na ráquis foliar; ocorre em maior número na face superior da folha e soltam-se facilmente por serem mais superficiais. Os estromas desse fungo soltam-se facilmente (fracamente aderidos à superfície do folíolo), o que não ocorre com os estromas da “lixa – pequena”. Controle Corte e queima das folhas muito infectadas, no período chuvoso ou inverno; Controle biológico com fungos hiperparasitas: bom potencial de controle. Considerações importantes: Material genético: conhecer a origem das sementes e das mudas; Manejo correto: adubação, capinas, controle pragas e doenças; Ambiente adequado: clima, solo, água e ventos.
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