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Teoria Geral do Direito Tributário

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Direito Tributário – DP 
Conceito de tributo e Espécies tributárias
- Conjunto de normas, regras e princípios jurídicos próprios que tem por fim a disciplina da instituição, fiscalização e arrecadação de tributos. 
Origem: 
Surge da necessidade do Estado prover o serviço estatal, ou seja, necessidade de um sistema de finanças públicas para realizar e suportar os dispêndios, em moeda, para a sua manutenção e de seu povo. Atualmente, a mais importante fonte de geração de receitas para o Estado é a tributárias. Por isso, as normas jurídicas que têm por objeto os tributos despontam em importância no quadro das normas de direito público. As normas tributárias são agrupadas no que se convencionou chamar de direito tributário. 
A doutrina esclarece que o nascimento do tributo na disciplina legal foi com a Magna Carta de1215, que trazia não só a possibilidade de tributação pelo monarca, como também impunha limites ao poder absolutista da coroa, trazendo garantias ao contribuinte. Entretanto, a noção de direito tributário só nasceu com o conceito de Estado Moderno. A primeira codificação do direito tributário foi realizada por Enno Becker, somente em 1909, na Alemanha com a RAO. 
Autonomia do direito tributário 
Trata-se de disciplina didaticamente autônoma, atrás dos princípios jurídicos próprios que lhe conferem tal especialidade, como também autonomia científica, pois o direito tributário além dos princípios próprios, tem institutos específicos (conceito de tributo, lançamento, fato gerador, imunidade, isenção, elisão e evasão fiscal, etc.). Existe também a autonomia legal, uma vez que o direito positivo prevê nos diferentes graus legislativos o direito tributário (CF, CTN, leis específicas, etc.). 
Relação com os outros ramos do Direito
O Direito Tributário se inter-relaciona com os outros ramos do Direito: 
Direito Constitucional: Relação profunda e da maior significação. Existe um longo capítulo dentro da CF/88 dedicado aos tributos, intitulado sistema tributário. Nele encontra-se limitações ao poder de tributar: competência tributária, princípios constitucionais tributários, imunidades, etc. 
Direito Penal: Disciplina questões tributárias que ensejam a pena privativa de liberdade ou a pena restritiva de direito, no caso dos crimes tributários, dependendo do tipo penal. Ex.: Sonegação Fiscal. 
Direito Civil: Pagamento de imposto na aquisição ou transmissão de bens, seja por inventário, seja por doação, conforme disciplinado pelo direito tributário.
Direito Processual Civil: Utilizado em todas as ações e processos tributários
Direito Administrativo: Possui uma vinculação intensa com o direito tributário. Um documento tributário importante é o Lançamento. Ele formaliza o crédito fiscal, nas hipóteses em que cabe ao Fisco a tarefa de constituí-lo. Trata-se de um ato administrativo, da categoria dos vinculados. Como ato administrativo, ele é estudado tanto pelo direito tributário quanto pelo direito administrativo. 
Conceito de tributo: 
De acordo com art. 3° do Código Tributário Nacional, tribute é: “Toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”. 
Obrigação pecuniária compulsória: na obrigação tributária o sujeito ativo é a pessoa política (União, Estado, Município e DF) que pode (direito subjetivo) exigir a prestação do sujeito passivo, que é qualquer pessoa descrita na Lei que tem o dever jurídico de cumprir a prestação, ou seja, pagar o tributo ou emitir a NF. 
Moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: Deve ser prestado em moeda nacional. Deve-se fazer a conversão em moeda nacional em caso de compra feita em outra moeda. 
Não constitua sanção por ato ilícito: Não tem como ser ato ilícito porque decorre da Lei, e se decorre de lei, só pode ser decorrente de ato lícito. O tributo aqui se diferencia da MULTA, que é proveniente de um ato ilícito. 
Instituída por lei (“ex-lege”): Por força de lei, ou seja, só poderá exigir tributo se houver uma lei que o descreva, em razão do princípio da estrita legalidade, também chamado de legalidade tributária. Cada tributo deve ser criado por lei própria e aprovado no Legislativo correspondente. 
Atividade administrativa plenamente vinculada: Porque a forma de cobrança do tributo é o lançamento, que é um procedimento administrativo descrito em lei. 
Espécies de tributo:
De acordo com o art. 145 da CF/88 e art. 5 do CTN, são três as espécies tributárias: IMPOSTOS, AS TAXAS E AS CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. Existe uma parte da doutrina que considera que as espécies tributárias são: IMPOSTOS, TAXAS, CONTRIBUIÇÕES E EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS. Porém, a doutrina predominante e a posição do STF, adotam a teoria pentapartida que distribui os tributos em CINCO AUTÔNOMAS EXAÇÕES: IMPOSTOS, TAXAS, CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA, EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS E AS CONTRIBUIÇOES. 
Imposto: É o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica. 
Taxas: Cobradas pela União, Estados, pelo DF ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. Têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
- exercício do poder de polícia: Art. 78 do CTN traz o conceito de poder de polícia que significa a atividade de fiscalização. É o poder de polícia que determina o limite do direito de cada um, a fronteira entre o direito de um e de outro. Disciplina tanto na esfera pública, quanto na esfera privada. Por ser um ato vinculado, significa que tem de cumprir o ato para o qual foi paga aquela taxa. 
- utilização de serviços públicos: não é qualquer serviço público, precisa ser serviço público específico, divisível e efetivo ou potencial, ou seja, pode estar a disposição ou ser efetivamente prestado. As taxas não poderão ter base de cálculo própria dos impostos. 
Contribuição de melhoria: Cobrada pela União, pelos E	stados, pelo DF ou pelos municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições. É instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de calor que de a obra resultar para cada imóvel beneficiado. Trata-se de um tributo vinculado à atuação estatal, porque todas as vezes que for ocorrer uma valorização patrimonial decorrente da realização de uma determinada obra pública, haverá cobrança do tributo. 
Contribuição: Tributo de competência exclusiva da União, destinado à intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. 
- Sociais: São as contribuições previdenciárias;
- Profissionais: São as contribuições às entidades profissionais. Ex.: OAB, CRM, CREA, CRECI; 
- De domínio econômico: é a contribuição que a União institui para regular as relações econômicas e ao mesmo tempo arrecadar fundos para um fim determinado. Ex.: CIDE sobre a gasolina.
Empréstimo Compulsório: É o tributo que exclusivamente só poder ser instituído pela União através de lei complementar e tem por finalidade: 
- Atender as despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, e: 
- No caso de interesse público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b da CF/88 (art. 148 CF). 
Fontes do Direito Tributário e Legislação Tributária: 
É aquilo que origina, produz. 
A doutrina divide as fontes de direito tributário da seguinte forma: 
Fontes Materiais: São as situações fáticas que dão origem à obrigação tributária, à criação, suspensão ou extinção do crédito tributário; 
Fontes Formais: É a LEI em sentido lato. Correspondem ao conjunto de normas no Direito Tributário, estando inseridas no art. 96 do CTN – correlacionarcom o princípio da legalidade. As fontes formais se dividem em: 
- Fontes Formais principais ou primárias: São as leis, em suas variadas formas, das quais originam a maioria dos impostos. 
- Fontes Formais secundárias: São os atos administrativos como circulares, portarias, regulamentos. 
Principais fontes formais principais do DT:
1) Constituição Federal – Arts. 145/162. A CF não cria tributos. Ela os prevê e defere a instituição e arrecadação paras as pessoas políticas competentes. 
2) Lei Complementar – Espécie normativa autônoma, que versa sobre matéria subtraída ao campo de atuação das demais espécies normativas. Para a sua aprovação, demanda um quorum especial de maioria absoluta dos votos dos membros do Congresso. Ex.: Lei 5.162/66 – O CTN. 
3) Lei Ordinária – A ela cabe instituir, aumentar e extinguir tributos, descrever o fato gerador da obrigação, determinar alíquota e base de cálculo, os sujeitos ativos e passivos do tributo e a definição das penalidades por não cumprimento da obrigação tributária. 
4) Decreto – É ato normativo emanado da autoridade máxima do Poder Executivo (Presidente da República, Governador ou Prefeito). Tem como objetivo regulamentar os conteúdos das leis, ou seja, orientar os funcionários administrativos na aplicação da lei. 
5) Lei Delegada – Representa ato normativo de confecção do Poder Executivo que recebem uma delegação do Poder Legislativo. Art. 68 da CF/88. Equipare-se a Lei Ordinária, diferindo apenas na forma da elaboração. Segundo o §1° do art. 68 da CF, as matérias reservadas à lei complementar não poderão ser objeto de delegação.
6) Medida Provisória – Segundo o §2° do art. 62 da CF, a MP é meio idôneo para a instituição e majoração de imposto. 
7) Decreto Legislativo – Ato emanado do Congresso Nacional, em decorrência do exercício de sua competência, não estando sujeito à sanção presidencial. 
8) Resolução – Ato legislativo do Congresso Nacional, ou de umas das casas, em decorrência do exercício da sua competência. Não está sujeito a sanção presidencial. Em matéria tributária é o SENADO que baixa resoluções. 
9) Tratados e Convenções Internacionais – Art. 84, VII da CF. Compete privativamente ao Presidente celebrar tratados ou convenções internacionais, sujeitos a referendo do Congresso. Ex.: GATT (acordo geral sobre tarifas e comércio)
Fontes formais secundárias ou Normas complementares – Art. 100 do CTN. 
a) Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas: Atos internos com o objetivo de conferir orientação universal aos contribuintes, esclarecendo as dúvidas e instituir os servidores da adm. pub. encarregados da efetivação dos atos e procedimentos administrativos referentes aos tributos. Ex.: Portarias ministeriais, circulares, etc. 
b) Decisões administrativas: Proferidas em processos administrativos. Ex.: Decisões do Tribunal de Imposto e Taxas (TIT) – quanto ao ICMS, em SP. 
c) Práticas Reiteradas: Costumes adotados iterativamente pela Adm. Desde que não colidam com a jurisprudência firmada.
d) Convênios: Trata-se de ajustes ou convênios de cooperação entre duas ou mais pessoas do Direito Público para a prática ou omissão de determinados atos. Visa aprimoramento da arrecadação e fiscalização. 
Vigência, Aplicação, Interpretação e Integração da Legislação Tributária 
Vigência – Arts. 101 a 104 do CTN. 
É atributo que lhe confere disponibilidade para a sua aplicação 
a) No tempo: Em princípio vale o disposto na LINDB: Salvo disposição em contrário, alei começa a vigorar em todo país quarenta e cinco dias (45) depois de oficialmente publicada (Art. 1° da LINDB 12.376/12). No direito tributário, contudo, há exceções às regras da LICC como, por exemplo, o Princípio da Anterioridade Geral e Anterioridade Nonagesimal - artigo 150, III, “b” e “c” da CF. 
Os atos administrativos expedidos pelas autoridades administrativas entram em vigor na data da sua publicação, salvo disposição em contrário (art. 103, I CTN).
As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativas, a que a lei atribua eficácia normativa, entram em vigor 30 dias após a data da sua aplicação, salvo disposição em contrário (art. 103, II CTN) 
Convênios entram em vigor na data que estabelecerem, salvo disposição em contrário (art. 103, III CTN)
b) No espaço: A legislação tributária, quanto ao espaço, submete-se ao princípio da territorialidade. Assim ela vale, em tese, nos limites dos território da pessoa jurídica que edita a norma. Ler art. 102 do CTN. 
Aplicação 
Art. 105 do CTN – A lei tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes. Como regra, a legislação não retroage. Todavia há duas exceções previstas no art. 106 do CTN: a primeira refere-se à lei interpretativa; a outra quando for mais benéfica. 
Interpretação 
Arts. 107 a 112 do CTN. 
Métodos: 
a) quanto ao sujeito que a realiza
Autêntica: Feita pelo Poder Legislativo, por meio das leis interpretativas (lei posterior interpretando lei anterior). Lei interpretativa RETROAGE à data de entrada em vigor da lei tributaria interpretada – Art. 106 CTN. 
Doutrinária: feita pelos juristas
Judicial: feita pelo Judiciário por meio de sentenças e acórdãos – jurisprudência. 
b) quanto aos meios de que se vale o intérprete
Gramática ou literal: simples leitura da lei
Lógica: vale-se de elementos sistemáticos e teleológicos
c) quanto aos resultados que produz
Extensiva: vai além da lei 
Restritiva: fica aquém da lei 
Declaratória: fica no limite da lei – Em dúvida, devem prevalecer os estritos limites da lei IN DUBIO PRO LEGE. 
Integração 
É o preenchimento da lacuna existente no sistema jurídico – Art. 108 CTN
Analogia 
Princípios gerais de direito tributário
Princípios gerais de direito público
Equidade 
LEMBRAR DO PRÍNCIPIO DA ESTRITA LEGALIDADE – Analogia e Equidade 
Competência Tributária 
É a faculdade atribuída pela CF às pessoas jurídicas de direito público com capacidade política para criarem tributos – União, Estados e Municípios e o DF. Na CF estão prescritos TAXATIVAMENTE quais tributos podem ser criados por cada uma das pessoas políticas – DISCRIMINAÇÃO CONSTITUCIONAL DE RENDAS. A competência tributária de cada pessoa jurídica deve ser exercida mediante LEI do próprio ente. 
- Competência não se confunde com a capacidade tributária ativa – Art. 7° CF 
Art. 7º – A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
A pessoa de direito público, como por exemplo a União, pode atribuir a alguém a capacidade de figurar no pólo ativo de uma relação jurídica tributária, como acontece com o INSS, ao cobrar a contribuição previdenciária. 
Características: 
a) Indelegabilidade – competência é indelegável. Pode até não exercê-la, mas nunca delegá-la. 
b) Irrenunciabilidade – não há razão para permitir a renúncia, que poderia justificar desvios.
c) Incaducabilidade – a competência não decai caso não seja exercida. 
d) Privatividade – cada ente político recebeu suas competências privativas.
e) Inalterabilidade – a competência tributária não pode ser ampliada pelo ente político que a detém. 
Repartição das competências: 
União: detém a competência comum, com os Estados, DF e os Municípios para instituir taxas e contribuições de melhoria. 
É Competência privativa da União: os empréstimos (art. 148), a grande maioria das contribuições especiais (art. 149) e, os sete impostos previstos no art. 153 da CF: II; IE; IR; IPI; IOF; ITR; IEG. 
Só a União possui competência residual para instituir impostos além daqueles de sua competência privativa – Art. 154, inciso I, da CF: 
Art. 154 – A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo própriosdos discriminados nesta Constituição.
Os impostos pelo exercício dessa competência devem ser instituídos por meio de lei complementar e não por lei ordinária – Competência residual diz respeito a impostos e não a tributos em geral. É da competência residual também o poder conferido à União de criar outras contribuições para a seguridade social além daquelas previstas expressamente no art. 195 da Constituição Federal. É o que determina o parágrafo 4° deste artigo.
Exclusivamente, a União também dispõe de competência extraordinária, prevista no inciso II do mesmo art. 154: 
Art. 154 – A União poderá instituir:
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.  
O motivo da criação: guerra externa – Não é possível a criação de impostos extraordinários na hipótese de guerra civil.
Estados, DF e dos Municípios: dispõem de competência comum para instituírem taxas e contribuições de melhoria. Confere aos Estados e ao Distrito Federal, a competência privativa para instituir os três impostos discriminados no art. 155 – ICMS; IPVA E ITCMD (transmissão causa mortis e doação). Cabe aos Municípios, a competência privativa para instituir outros três impostos previstos no art. 154 – IPTU; ISS (impostos sobre serviço de qualquer natureza); ITBI (imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis). 
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.
Limitações ao Poder de Tributar – Princípios Constitucionais tributários e Imunidades
A CF trata das limitações constitucionais ao poder de tributar nos artigos 150 a 152 e constituem garantias postas em favor dos contribuintes cujos limites devem ser observados pelo legislador na feitura de leis e imposição tributária. 
Princípios Constitucionais Tributários
Princípio da Estrita Legalidade – Não basta uma lei introduzir um tributo no ordenamento jurídico, é necessário que esta lei descreva o fato jurídico tributário e todos os demais dados caracterizados da obrigação tributária – Exigência maior que caracteriza a tipicidade tributária. 
Princípio da Anterioridade – o tributo criado ou aumentado não pode vigorar no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que criou ou o aumento
Princípio da Irretroatividade – Art. 150, Inciso III, a, da CF. Em matéria tributária - a lei não está proibida de reduzir ou dispensar o pagamento de tributo a fatos do passado ( cautela + respeito ao principio da igualdade). Para aumentar tributo – o princípio é inafastável: a lei não pode retroagir, aplica-se tão só aos fatos futuros.
Princípio da Uniformidade Geográfica – A CF estabelece a uniformidade dos tributos federais em todo território nacional, veda a distinção ou preferência em relação a Estado, ao DF. E ao Município em detrimento de outro.
Princípio da Isonomia – Toda qualquer pessoa que se enquadre na hipótese legalmente descrita ficará sujeita ao mandamento legal. Não há pessoas diferentes que possam, sob tal pretexto, escapar do comendo legal ou ser dele excluídas. 
Princípio da Capacidade Contributiva – “(...) impostos terão o caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte” – Art. 145 §1°. 
Princípio da Proibição de Confisco – É vedado à União (...) IV – utilizar tributo com efeito de confisco – Art. 150, inciso IV. 
Imunidades Tributárias
Imunidade é uma classe finita e imediatamente determinável de normas jurídicas, incompetência das pessoas políticas de direito constitucional interno para expedir regras instituidoras de tributos que alcancem situações específicas e suficientemente caracterizadas.
A Constituição Federal proíbe que situações materiais sejam oneradas por tributos. Exclui certas pessoas, certos bens ou serviços, ou situações, deixando-os fora do alcance do poder de tributar. 
O fundamento das imunidades é a preservação de valores que a CF reputa relevantes.
São 4 os casos de imunidade previstos nos incisos VI do artigo 150 da CF, com as observações contidas nos seus parágrafos:
a) instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros (imunidade recíproca).;
b) instituir impostos sobre os templos de qualquer culto;
c) instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. Os requisitos da lei complementar (CF, 146, II). Vejam também o artigo 14 do CTN;
d) instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.
Obrigação Tributária
Sobre a obrigação tributária, assim dispõe o artigo 113 do CTN:
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Principal – É uma obrigação de dar (dar dinheiro em pagamento), assumindo um cunho eminentemente patrimonial; 
Acessória – Que é uma obrigação de fazer ou não fazer, e portanto, de característica não patrimonial, como por exemplo, emitir nota fiscal (fazer) ou não transportar mercadoria desacompanhada de documentação fiscal (não fazer). 
 
 Responsabilidade Tributária

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