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SISTEMA LÍMBICO

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Prévia do material em texto

• Alegria, tristeza, medo, prazer e raiva são exemplos de emoções que podem ser 
definidas como sentimentos subjetivos que suscitam manifestações fisiológicas e 
comportamentais. 
• As manifestações fisiológicas estão a cargo do sistema nervoso autônomo, as 
comportamentais resultam da ação do sistema nervoso motor somático e são 
características de cada tipo de emoção. 
• As áreas encefálicas ligadas ao comportamento emocional também controlam o 
sistema nervoso autônomo. 
• Na face medial de cada hemisfério cerebral, observa-se um anel cortical contínuo, 
constituído pelo: giro do cíngulo, giro para-hipocampal e hipocampo. Este anel foi 
considerado por Broca como um lobo independente, o lobo límbico. 
• Papez propôs um mecanismo envolvendo as estruturas do lobo límbico, núcleos do 
hipotálamo e tálamo. Denominando CIRCUITO DE PAPEZ, formado pelo hipocampo, 
fórnix, corpo mamilar, trato mamilotalâmico, núcleos anteriores do tálamo, cápsula 
interna, giro do cíngulo, giro para-hipocampal, hipocampo fechando o circuito. 
Gabriela Reis Viol
Sistema Límbico
• Descobriu-se que o Circuito de Papez (com exceção da parte anterior do giro do 
cíngulo), está relacionado com a memória. 
• Assim, o sistema límbico pode ser conceituado como um conjunto de estruturas 
corticais e subcorticais interligadas morfologicamente e funcionalmente, relacionadas 
com as emoções e a memória. 
• Do ponto de vista anatômico, tem como centro o lobo límbico e as estruturas a ele 
relacionadas. 
• Do ponto de vista funcional, pode-se distinguir, no sistema límbico, dois subconjuntos 
de estruturas, ligadas às emoções e à memória: 
SISTEMA LÍMBICO: EMOÇÕES 
CÓRTEX CINGULAR ANTERIOR 
• Apenas a parte anterior do giro do cíngulo relaciona-se com o processamento das 
emoções. 
• O córtex cingular anterior é ativado quando pacientes recordam episódios de tristeza. 
Gabriela Reis Viol
CÓRTEX INSULAR ANTERIOR 
• Empatia: capacidade de se identificar com outras pessoas e perceber e se sensibilizar 
com seu estado emocional. Esta capacidade é perdida em lesões da ínsula. 
• Conhecimento da própria fisionomia como diferente da dos outros. 
• Sensação de nojo na presença ou simplesmente com imagens de fezes, vômitos, 
carniça e outras situações. Em casos de lesões da ínsula, ocorre perda do senso de 
nojo. 
• Percepção dos componentes subjetivos das emoções. 
CÓRTEX PRÉ-FRONTAL ORBITOFRONTAL 
• Somente a área orbitofrontal do córtex pré-frontal relaciona-se com as emoções. 
• Ela tem conexões com o corpo estriado e com o núcleo dorsomedial do tálamo 
integrando o circuito em alça orbitofrontal — estriado — tálamo — cortical. 
HIPOTÁLAMO 
• Está diretamente relacionado a regulação dos processos emocionais. 
• Verificou-se que lesões do núcleo ventromedial do gato torna o animal agressivo e 
perigoso. E quando se retiram os hemisférios cerebrais de um gato, inclusive o 
diencéfalo, deixando-se apenas a parte posterior do hipotálamo, o animal desenvolve 
um quadro de raiva que desaparece quando o hipotálamo é destruído. 
• Além disso, o hipotálamo tem papel importante como coordenador das manifestações 
periféricas das emoções, através das suas conexões com o sistema nervoso 
autônomo. 
• As modificações de comportamento observadas em experiencias com o hipotálamo de 
animais ja foi foi também observada no homem em atos operatórios ou como 
consequência de traumatismos, tumores, lesões vasculares ou infecções desta região. 
ÁREA SEPTAL 
• A área septal compreende grupos de neurônios de disposição subcortical que se 
estendem até a base do septo pelúcido, conhecidos como núcleos septais. 
• A área septal tem conexões amplas e complexas, destacando-se suas projeções para a 
amígdala, hipocampo, tálamo, giro do cíngulo, hipotálamo e formação reticular, através 
do feixe prosencefálico medial. Através deste feixe, a área septal recebe fibras 
dopaminérgicas da área tegmentar ventral e faz parte do sistema mesolímbico ou 
sistema de recompensa do cérebro. 
Gabriela Reis Viol
• Lesões bilaterais da área septal em animais causam a raiva septal, caracterizada pela 
hiperatividade emocional, ferocidade e raiva. 
• Estimulações da área septal causam alterações da pressão arterial e do ritmo 
respiratório, mostrando o seu papel na regulação de atividades viscerais. 
• Além disso, a área septal é um dos centros do prazer no cérebro e sua estimulação 
provoca euforia. 
• A destruição da área septal resulta em reação anormal aos estímulos sexuais e à raiva. 
NÚCLEO ACCUMBENS 
• Faz parte do corpo estriado ventral. 
• Recebe aferências dopaminérgicas principalmente da área tegumentar ventral do 
mesencéfalo, e projeta eferências para a parte orbitofrontal da área pré-frontal. 
• É o mais importante componente do sistema mesolímbico, que é o sistema de 
recompensa ou do prazer do cérebro. 
HABÊNULA 
• Situa-se no epitálamo, é constituído pelos núcleos habenulares medial e lateral. Suas 
conexões são complexas, recebem aferências dos núcleos septais pela estria medular 
do tálamo e suas projeções pelo fascículo retroflexo para o núcleo interpeduncular do 
mesencéfalo e para os neurônios dopaminérgicos do sistema mesolímbico, sobre os 
quais têm ação inibitória. 
• Tem também ação inibitória sobre o sistema serotoninérgico, através de suas conexões 
com os núcleos da rafe. 
• Participa da regulação dos níveis de dopamina nos neurônios do sistema mesolímbico, 
os quais constituem a principal área do sistema de recompensa/prazer no cérebro. 
• Alguns sintomas de depressão como tristeza e a incapacidade de buscar o prazer 
podem ser explicados pela queda da atividade dopaminérgica na via mesolímbica (em 
especial no núcleo accumbens). 
OBSERVAÇÃO: o sistema mesolímbico é ativado pela recompensa e a habênula pela 
não recompensa (frustração). 
Gabriela Reis Viol
AMÍGDALA 
• Também chamada de corpo amigdaloide e é o componente mais importante do sistema 
límbico. 
• Os núcleos da amígdala se dispõem em três grupos: corticomedial, basolateral e 
central. 
• O grupo corticomedial recebe conexões olfatórias e parece estar envolvido com os 
comportamentos sexuais. A estimulação causa reação defensiva e agressiva. 
• O grupo basolateral recebe a maioria das conexões aferentes da amígdala. A 
estimulação causa reações de medo e fuga. 
• O grupo central dá origem as conexões eferentes. 
• Possui conexões aferentes com todas as áreas de associação secundárias do córtex, 
trazendo informações das áreas supramodais. Recebe também aferências de alguns 
núcleos hipotalâmicos, do núcleo dorsomedial do tálamo, dos núcleos septais e do 
núcleo do trato solitário. 
• As conexões eferentes se distribuem em duas vias: amigdalofuga dorsal e ventral. 
• Além dessas conexões extrínsecas, os núcleos da amígdala comunicam-se entre si por 
fibras predominantemente glutaminérgicas, indicando grande processamento local de 
informações. 
• A amígdala contém a maior concentração de receptores para hormônios sexuais do 
SNC, sua estimulação reproduz uma variedade de comportamentos sexuais e sua 
lesão provoca hipersexualidade. 
• Entretanto, a principal e mais conhecida função da amígdala: é o medo. Pacientes com 
lesões bilaterais não sentem medo. O medo resulta da ativação geral do sistema 
simpático e liberação de adrenalina pela medula da glândula suprarrenal. A informação 
visual é levada ao tálamo (corpo geniculado lateral) e daí a áreas visuais primárias e 
secundárias. A informação segue uma via direta (inconsciente), em que é levada e 
processada na amígdala basolateral, passa à amígdala central, que dispara o alarme a 
cargo do sistema simpático; e uma via indireta, em que a informação passa ao córtex 
pré-frontal e depois à amígdala.• A amígdala está envolvida também no reconhecimento de faces que expressam 
emoções como medo e alegria. 
Gabriela Reis Viol
SISTEMA LÍMBICO: MEMÓRIA 
• Existem vários critérios para definição de tipos e subtipos de memória, mas dois são 
mais importantes: a natureza da memória e o tempo de retenção do evento 
memorizado. 
• NATUREZA DA MEMÓRIA. Distingue-se dois tipos: memória declarativa em que os 
conhecimentos memorizados são explícitos, podem ser descritos por meio de palavras 
ou outros símbolos; e memória não declarativa (de procedimento) em que os 
conhecimentos memorizados são implícitos e, assim, não podem ser descritos de 
maneira consciente (nadar, andar de bicicleta). 
• TEMPO DE RETENÇÃO DO EVENTO MEMORIZADO. Leva em conta tempo em que a 
informação permanece armazenada no cérebro. Distingue-se em três tipos: memória 
operacional ou de trabalho, permite que informações sejam retidas por segundos ou 
minutos, durante o tempo suficiente para dar sequência a um raciocínio, compreender e 
responder a uma pergunta, memorizar o que acabou de ser lido para compreender a 
frase seguinte, memorizar um número de telefone durante o tempo suficiente para 
discá-lo. Uma pessoa com déficit de memória operacional, como ocorre nas fases 
iniciais da doença de Alzheimer, não sabe onde está um objeto segundos depois de 
colocá-lo. Este tipo de memória é organizada pelo córtex pré-frontal e não deixa 
arquivos. O córtex pré-frontal determina o conteúdo da memória operacional que será 
selecionado para armazenamento, conforme a relevância da informação naquele 
momento. Assim, a área pré-frontal funciona como gerenciadora da memória, definindo 
o que permanece e o que é esquecido; memória de curta duração permite a retenção 
de informações durante algumas horas até que sejam armazenadas de forma mais 
duradoura nas áreas responsáveis pela memória de longa duração; memória de longa 
duração leva horas para ser armazenada, a memória de curta duração mantém a 
memória viva para a de longa duração ser efetivamente armazenada. É consolidada 
por meio da atividade do hipocampo, ficando armazenada em áreas corticais de 
associação de acordo com seu conteúdo. 
• As áreas cerebrais relacionadas com a memória declarativa abrangem áreas 
telencefálicas e diencefálicas unidas pelo fórnix que liga o hipocampo ao corpo mamilar 
do hipotálamo. 
Gabriela Reis Viol
• As áreas telencefálicas incluem: parte medial do lobo temporal (hipocampo, giro 
denteado, córtex entorrinal, córtex para-hipocampal), córtex cingular posterior, área pré-
frontal dorsolateral, áreas de associação sensoriais. 
• As áreas diencefálicas são os componentes do circuito de Papez: corpo mamilar, trato 
mamilotalâmico, núcleos anteriores do tálamo. 
• MECANISMOS DE FORMAÇÃO DAS MEMÓRIAS: os mecanismos celulares da 
memória envolvem as sinapses. Em relação a memória de trabalho, ocorre uma 
excitação prolongada das espinhas dendríticos das sinapses da área pré-frontal. 
Entretanto, essa excitação permanece por pouco tempo, como é característico da 
memória de trabalho. As memórias de longa duração dependem da síntese de 
proteínas, nos neurônios relacionados com a memória ocorrem complexas reações 
bioquímicas, envolvendo uma cascata de segundos-mensageiros, ao final das quais há 
ativação de alguns genes que determinam a transcrição de proteínas utilizadas na 
formação de novas sinapses ou na ampliação da área da membrana pré-sináptica. 
Assim, na consolidação da memória, o número de sinapses dobra, podendo diminuir, 
com o tempo, na etapa do esquecimento. Logo, a consolidação da memória decorre da 
plasticidade sináptica. Sabe-se, hoje, que novos neurônios se proliferam na formação 
hipocampal e morrem depois de algum tempo. 
• Os quadros clínicos mais frequentes são amnésias retrógradas e anterógradas 
decorrentes de lesões do hipocampo ou processos patológicos que acometem o fórnix 
e os corpos mamilares. 
• DOENÇA DE ALZHEIMER. Trata-se de uma doença degenerativa que acomete 
pessoas idosas, na qual ocorrem graves problemas de memória. Há perda gradual da 
memória operacional e de curta duração. O paciente começa a ter dificuldade com a 
memória recente de fatos ou compromissos ocorridos no dia. Evolui gradativamente 
para comprometimento de memória de longa duração. Na fase mais avançada há uma 
completa deterioração de todas as funções psíquicas, com amnésia total. De modo 
geral, a doença se inicia com uma degeneração progressiva dos neurônios da área 
entorrinal, que constitui a porta de entrada das vias que, do neocórtex, se dirigem ao 
hipocampo. Há também perda dos neurônios colinérgicos, o que leva à perda das 
projeções modulatórias colinérgicas de praticamente todo o córtex cerebral. É uma 
doença com claro componente genético, mas que sofre influência de fatores 
ambientais. 
Gabriela Reis Viol
HIPOCAMPO 
• O hipocampo, através do córtex entorrinal, recebe aferências de grande número de 
áreas neocorticais e através do fórnix projeta-se aos corpos maxilares do hipotálamo. 
• Recebe também fibras da amígdala, que reforçam a memória de eventos associados a 
situações emocionais. 
• Conexões com a área tegumentar ventral e com o núcleo accumbens explica o reforço 
das memórias associadas a eventos de prazer. 
• Pacientes em que o hipocampo foi retirado, apresentou quadro de amnésia 
anterógrada e retrógrada, mas as memórias de longa duração não foram afetadas. 
• O grau de consolidação da memória pelo hipocampo é modulado pelas aferências que 
ele recebe da amígdala, pois esta consolidação é maior quando a informação a ser 
memorizada está associada a um episódio de grande impacto emocional. 
• O hipocampo também é responsável pela memória espacial ou topográfica, relacionada 
a localização no espaço, configurações ou rotas e que nos permite encontrar caminhos. 
GIRO DENTEADO 
• Tem amplas ligações com a área entorrinal e o hipocampo e, com este, constitui a 
formação do hipocampo. 
• É responsável pela dimensão temporal da memória (ao lembrarmos da nossa festa de 
casamento ele informe a data e se ela foi antes ou depois da nossa festa de formatura). 
CÓRTEX ENTORRINAL 
• Recebe fibras do fórnix e envia fibras ao giro denteado que, por sua vez, se liga ao 
hipocampo. 
• Funciona como um portão de entrada para o hipocampo, recebendo as diversas 
conexões que a ele chegam através do giro denteado, incluindo as conexões que 
recebe da amígdala e da área septal. 
• Geralmente, é a primeira área comprometida na doença de Alzheimer. 
CÓRTEX PARA-HIPOCAMPAL 
• A ativação ocorre com cenários novos. 
• Pacientes com lesão do giro para-hipocampal são incapazes de memorizar cenários 
novos, embora consigam evocar cenários já conhecidos. 
Gabriela Reis Viol
CÓRTEX CINGULAR POSTERIOR 
• Recebe muitas aferências dos núcleos anteriores do tálamo que, por sua vez, recebem 
aferências do corpo mamilar pelo trato mamilotalâmico, integrando o circuito de Papez. 
• Lesões no cíngulo posterior ou dos núcleos anteriores do tálamo resultam em 
amnésias. 
• Também está relacionado a memória topográfica e a capacidade de orientação no 
espaço. 
ÁREA PRÉ-FRONTAL DORSOLATERAL 
• Processamento da memória operacional. 
• Lesões desta área, como ocorre na doença de Alzheimer, há perda de memória 
operacional. 
ÁREA DE ASSOCIAÇÃO DO NEOCÓRTEX 
• Nessas áreas são armazenadas as memórias de longa duração, cuja consolidação 
depende da atividade do hipocampo. 
• Incluem-se as áreas secundárias sensitivas e motoras. 
Gabriela Reis Viol

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