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Preconceito Lingüístico
Heterogeneidade nos usos práticos da língua;
Variação lingüística;
Compreender o conceito de gêneros textuais;
Intertextualidade: Relação que um texto estabelece com outros textos;
Usos lingüísticos:
Existe uma diversidade de práticas sociais: comportamentos comuns às culturas humanas, como exemplo: cumprimentos representados pelo  aperto de mãos, gesto que significa cordialidade e confiança.
Linguagem, língua e fala:
Os termos “linguagem”, “língua” e “fala” são três aspectos do mesmo fenômeno: a comunicação humana.
Comunicação unilateral (um indivíduo fala/escreve, enquanto outra pessoa escuta/lê).
A linguagem passou a ser vista como processo de interação, de forma verbal e não verbal.
“Enquanto a língua possui caráter social e coletivo, a fala é de cunho individual. Isso se comprova pelo fato de que um indivíduo não pode alterar as regras da língua, caso queira. A fala, no entanto, pode diferir de um usuário para o outro.”   
De acordo com o material de estudo, essa dicotomia entre língua e fala foi desenvolvida pelo lingüista Ferdinand de Saussure e seus alunos em 1916.
Assim, a língua pertence à comunidade, enquanto que a fala pertence ao indivíduo; a língua é abstrata, enquanto que a fala é concreta.
1.1.2 Variação lingüística:
Como a sociedade é dinâmica e sofre modificações, a língua também sofre alterações.
Obs.: é importante destacar os neologismos.
A língua pelos falantes não reflete as normas gramaticais. Isso ocorre porque, os usos lingüísticos revelam variações históricas, regionais, sociais e situacionais. Por isso, a mesma — no seu uso prático — é heterogênea, embora haja uma norma geral que padroniza a comunicação formal, como a redação de documentos e textos acadêmicos.
Norma
1.2.1 A norma culta
 A norma culta possui um caráter estático, enquanto que a fala — materialização da língua pelos usuários — é dinâmica, o que permite sua evolução a partir, por exemplo, do contato com outras línguas, das quais surge o que se chama de empréstimos lingüísticos.
1.2.2 O conceito de erro na língua:
Os usos da língua formal ou informal (coloquial) podem ser comparados á uma vestimenta, a qual deve ser usada de acordo com a ocasião. Quanto mais formal a situação for, mais formal sua vestimenta será. Portanto, não existe roupa certa ou errada, existe apenas uma roupa adequada ou inadequada.
Sendo assim, não se pode afirmar que, em determinadas situações, as pessoas estejam falando errado, uma vez que a linguagem está adequada à situação comunicativa em que se encontram. 
“Para a compreensão do contexto, é importante considerar o que se fala, para quem e com que objetivo.”
1.2.3 Preconceito lingüístico:
Um exemplo disso é o que ocorre em relação a ausência da marcação de plural presente, em geral, na fala de pessoas com pouca ou nenhuma escolaridade, como na frase “nós trabalhava nas fábrica”. Essa forma de falar é estigmatizada pelas classes mais favorecidas da sociedade, sendo tachada negativamente e reprovada socialmente. 
“uma formação docente adequada, com base nos avanços das ciências da linguagem e com vistas à criação de uma sociedade democrática e igualitária, é um passo importante na crítica e na desconstrução desse círculo vicioso”
Professor Marcos Bagno, da UnB
Gêneros discursivos - Texto e contexto:
O texto é considerado uma unidade de sentido por meio da qual interagimos. Ele permeia toda a nossa atividade comunicativa, seja ela falada ou escrita. Assim, não há comunicação sem texto.  
OUTROS PONTOS:
“O reconhecimento da variação linguística é condição necessária para que os professores compreendam o seu papel de formar cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade, de acordo com as exigências da vida e da sociedade. Isso só pode ser feito mediante a explicitação da realidade na sala de aula”, diz a nota da (Secad).
“A escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma ‘certa’ de falar; a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala. Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural”. Essa é a orientação curricular nacional citada pelo MEC como motivo de promover a segurança dos estudantes para “expressar a ‘sua voz’”.
As formas prestigiadas de uso da língua, como vimos, estão tradicionalmente muito vinculadas à escrita literária, à língua escrita de modo mais geral. Com tatos analfabetos plenos e funcionais, lamentar a “decadência” ou a “corrupção” da “língua culta” no Brasil é, no mínimo, uma atitude cínica.
Por razões históricas e culturais, inúmeras pessoas plenamente alfabetizadas, não cultivam nem desenvolvem suas habilidades lingüísticas, ou seja, não cultivam nem desenvolvem a sua própria literatura, a sua inserção no universo letrado. Ler e, sobretudo, escrever não fazem parte da cultura das nossas classes sociais mais escolarizadas. Isso se prende aos velhos preconceitos de que “brasileiro não sabe português” e de que “português é difícil”, veiculados pelas práticas tradicionais de ensino. Esse ensino tradicional, em vez de incentivar o uso das habilidades lingüísticas do indivíduo, deixando-o se expressar livremente para somente depois corrigir sua fala ou sua escrita, age exatamente ao contrário: interrompe o fluxo natural de expressão e da comunicação com a atitude corretiva (e muitas vezes punitiva), cuja conseqüência inevitável é a criação de um sentimento de incapacidade, de incompetência.
A MÍDIA
Segundo Marcos Bagno, "A mídia poderia ser um elemento precioso no combate ao preconceito linguístico." Infelizmente, ela é hoje o pior propagador deste preconceito. Enquanto os estudiosos, os cientistas da linguagem, alguns educadores e até os responsáveis pelas políticas oficiais de ensino já assumiram posturas muito mais democráticas e avançadas em relação ao que se entende por língua e por ensino de língua, a mídia reproduz um discurso extremamente conservador, antiquado e preconceituoso sobre a linguagem”. Agindo assim, ela acaba discriminando os estudiosos da linguagem, atrapalhando todos os esclarecimentos sobre o “certo” e o “errado”, gerando então, o preconceito. Ao contrário disso, a mídia poderia exercer uma função de guia entre as variedades linguísticas - ao invés de críticas ou ironias sobre aspectos diferentes da linguagem, deveria abordar tal tema de forma mais educativa, mostrando a importancia de ser um conhecedor das variações que a língua nos proporciona. Óbvio, ressaltando também a importancia da norma culta.
CONCLUSÃO
O mais correto para acabar com o preconceito seria a existência de uma maior democratização da sociedade, onde todos teriam oportunidades iguais, reconhecendo e respeitando as suas diferenças, e, acima de tudo, entendendo a o significado de preconceito da maneira como deve ser: Querer conceituar algo sem que previamente haja um conhecimento sobre tal. A partir do momento em que se adquire o entendimento, percebe-se então, que o maior fruto a ser colhido é o “respeito”, ao invés da “discriminação”.

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