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Criatividade Tema17 A criatividade orienta o pensar e o expressar de forma relacional, ideal organizacional

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A criatividade orienta o pensar e o 
expressar de forma relacional: 
ideal organizacional
Renata Mateus
Introdução
Somos seres inteligentes, com a capacidade de pensar, questionar e argumentar, mas também 
precisamos estar entre as pessoas, conversando e interagindo. Por isso, o trabalho em grupo é de 
extrema importância para o desenvolvimento criativo.
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta aula, você será capaz de:
 • compreender a importância da criatividade na geração de grupos de trabalho;
 • entender as relações entre o pensamento e a expressão criativa nos vínculos do grupo 
que redefine o ideal de trabalho nas organizações.
1 Teoria de grupos criativos: coesão, status 
e conformidade às normas sociais
Todo grupo inicia com um objetivo em comum, o qual nos atrai fazendo com que desejemos 
pertencer a tal grupo. No entanto, é fundamental que haja coesão nesse grupo, para se obter 
bons resultados.
Aqui, vamos entender coesão como todas as forças que atuam sobre os membros de um 
grupo para que, assim, permaneçam nele, ou seja, é o que liga todos individualmente num todo 
unificado, partilhando de uma identidade e atração mútua e tendo a oportunidade de participa-
rem das decisões. Portanto, a cooperação e a homogeneidade de atitudes conduzirão à atração 
interpessoal e à coesão, fatores que irão permitir que as pessoas permaneçam juntas, confiem e 
sejam leais entre si, sintam-se seguras e se deixem influenciar pelo grupo. Dessa forma, quando 
um grupo se coloca diante de um problema concreto que requer produção de respostas genuínas, 
ou seja, é um fato comum às pessoas, as quais são, cada vez mais, forçadas pelo mercado de 
trabalho a serem criativas em grupo.
Para Masi (2003, p. 594), na sociedade atual, a criatividade de grupo vem se sobrepondo à 
criatividade individual, diminuindo o trabalho físico, repetitivo, chato e cansativo e aumentando as 
atividades de tipo intelectual e criativo. O autor define grupo criativo como “um sistema coletivo em 
que operam sinergicamente personalidades imaginativas concretas, cada uma contribuindo com 
o melhor de si, num clima entusiástico, graças a um líder carismático e a missão compartilhada”.
Figura 1 – Grupo criativo
Fonte: Pressmaster/Shutterstock.com
Masi (2003) diz, ainda, que os meios culturais favorecem a criatividade, propiciando a uma 
mente criativa oportunidades criativas, mas, para que isso ocorra, é necessário que nós estejamos 
expostos e abertos aos diferentes estímulos culturais, sejam eles contrários ou semelhantes, para 
absorvê-los.
FIQUE ATENTO!
O contexto social também ajuda no estímulo à criatividade, proporcionando uma 
visão transformadora, sem discriminações, com tolerância e aceitando opiniões 
divergentes. 
Masi (2003) explica que o grupo criativo é variado, sendo composto de personalidades ima-
ginativas e pessoas concretas, e que ele se torna criativo quando são discutidos os critérios para 
selecionar os membros e líderes, a localização do poder e os métodos de administração. O autor 
ainda identifica algumas características constantes em uma equipe criativa, veja a seguir. 
 • Individualmente: o foco. 
 • Membros do grupo: forte motivação à atividade criativa e realizadora; habilidades ele-
vadas por um forte compartilhamento emotivo, diversidade de interesses e experiên-
cias, miscigenação de experiências, no nível do grupo.
 • Grupo no seu conjunto: aspecto emergente - preeminência de um líder-fundador capaz 
de uma dedicação quase heroica ao objetivo; convivência pacífica dos membros; equilí-
brio de natureza afetiva e profissional; capacidade interdisciplinar; complementaridade 
e afinidade cultural.
SAIBA MAIS!
Para aprofundar o assunto, leia o livro “Criatividade e grupos criativos (vol.2): Fantasia 
e concretude”, de Domenico De Masi.
Por fim, o autor reforça que a carência pode tornar-se estímulo à criação para os indivíduos 
criativos, pois eles possuem uma forte capacidade de adaptação, valorizam recursos, mesmo que 
mínimos, e conseguem produzir sob estresse. Em oposição a essas situações estimulantes no 
estresse, temos a contrapartida no ócio, que permite o afastamento dos problemas e propicia que 
as ideias acumuladas no inconsciente passem para o consciente. 
2 A criatividade e os vínculos grupais
O pensamento criativo do indivíduo, com suas operações cognitivas e conhecimentos arma-
zenados, irá estabelecer novas conexões entre ideias. Como atuamos em rede, nossos pensa-
mentos também serão estimulados e influenciados por outros contextos sociais e trabalhos em 
grupos, nos quais as ideias são construídas a partir da expressão e comunicação do pensamento 
do outro. Isso ocorre por meio de um processo criativo que estimulará o pensamento criativo e 
facilitará a comunicação e a interação entre as pessoas.
As interações que ocorrem em um trabalho em grupo contribuem para a estruturação e rees-
truturação do problema inicial, permitindo a exposição de diferentes pontos de vista e o esclareci-
mento de questões indefinidas. 
Figura 2 – Vínculos grupais
Fonte: Solis Images/Shutterstock.com
Na sociedade atual, a valorização da atividade criativa é inevitável, já que os trabalhadores 
estão cada vez mais aculturados, o maquinário pode desenvolver quase todas as funções repetiti-
vas e executivas e o mercado exige cada vez mais bens e serviços novos e customizados.
O trabalho conjunto de pessoas que se complementam é uma das alternativas que são usa-
das como incentivo no ambiente empresarial, compondo, dessa forma, um grupo criativo com 
diversos perfis, que poderá produzir resultados potencialmente mais amplos.
EXEMPLO
Observe que um grupo criativo pode ser composto por diversas pessoas, como um 
humorista, um filósofo, um matemático e um psicólogo, por exemplo. Todos eles jun-
tos formam esse grupo, mesmo que um deles não tenha o perfil criativo, será consi-
derado como peça fundamental para o equilíbrio do conjunto. Por fim, a comunicação 
ajuda na busca de um modelo de identidade grupal, construindo os vínculos.
Dessa maneira, ao falar sobre criatividade, faz-se necessário o elo, pois ele relacionará a opor-
tunidade de refletir, propor, interpretar e avaliar criteriosamente as ideias e seus possíveis fatos em 
relação à relevância e à capacidade de desenvolver o senso crítico e a busca do conhecimento no 
dia a dia, gerando e mantendo os vínculos.
3 O grupo e o poder criador
O verdadeiro poder criador envolve a capacidade do grupo em lidar com incertezas, com-
plexidades e perspectivas que, muitas vezes, são conflitantes. Para isso, os integrantes do grupo 
precisam manter a mente aberta e devem conectar-se para gerar um ambiente de relação no qual 
ideias e performances boas possam aparecer.
Quando falamos de grupos criativos, é importante estarmos atentos às questões que estão 
no entorno, como incentivar e não bloquear a criatividade dos membros e dos grupos por meio de 
uma organização que estimule essa criatividade. 
EXEMPLO
Existem diversos bloqueios à criatividade que podem inibir as pessoas de participa-
rem ou criarem grupos criativos. Bloqueios como julgamento de ideias, ambiente 
hierárquico tradicionalista e estresse, inibem as pessoas de darem ideias e aceitarem 
novas propostas.
Existem diversas técnicas para desenvolver a criatividade, mas ela também tem muitos pres-
supostos, veja:
 • exista um só tipo de criatividade; 
 • que todo o trabalhador é criativo por constituição;
 • que os trabalhadores individuais estão desprovidos de ideias em consequência de blo-
queios psicológicos; 
 • de que sejam necessárias intervenções de formação capazes de derrubar essas bar-
reiras psicológicas.
Figura 3 – O poder criador
Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock.com
FIQUE ATENTO!
Veja que a prática em grupo demanda uma complexa rede de relacionamentos in-
tergrupais e numa variedadede ideias. Por essa razão, inserir o brincar no currículo 
provoca o desenvolvimento físico, intelectual, criativo, social e a linguagem. 
O desenvolvimento da interação social envolve comportamentos manifestos e não mani-
festos. Esses comportamentos podem ser reações mentais ou físicas, como rejeição, apoio, 
pensamentos, sentimentos, ou até mesmo uma aproximação ou afastamento na relação entre as 
pessoas com o objetivo de dar relevância a percepções e distorções das ideias com o processo 
de socialização.
SAIBA MAIS!
Para saber mais sobre o assunto, leia o livro “O poder criador da mente: princípios e 
processos do pensamento criador e do ‘Brainstorming’”, de Alex F. Osborn, trata em 
alguns capítulos sobre a colaboração criadora por equipes, colaboração criadora 
por grupos e explicação da fluência do grupo.
Esse processo em que há interação e ao mesmo tempo restrição em consequência dos obs-
táculos do dia a dia, provoca a necessidade de uma comunicação interpessoal contínua, conser-
vando o intenso conjunto relacional.
4 Ao viver criativamente, se descobre o autêntico 
ideal de trabalho
Na sociedade atual, a necessidade de qualificação profissional e acadêmica aumentou, tor-
nando o papel da criatividade essencial e de maior importância, tanto para os indivíduos quanto 
para as próprias organizações e até mesmo para o país. 
Alencar (2002) destaca que a criatividade é uma aptidão indispensável, essencial para lidar 
com as adversidades do dia a dia, proporcionando um bem-estar emocional e consequentemente 
uma melhor qualidade de vida. Além disso, ela se tornou fundamental ao mercado de trabalho, 
fazendo com que os colaboradores que chegam ao mercado hoje estejam focados em colaborar 
e abertos à diversidade.
Figura 4 – Ideal de trabalho
Fonte: Roman Samborskyi/Shutterstock.com
FIQUE ATENTO!
As características dos indivíduos, como a personalidade e as habilidades cognitivas 
aliados ao ambiente onde está inserido, e aqui inclui-se o ambiente empresarial, atu-
am reciprocamente, numa interação dinâmica lúdica, tornando a pessoa criativa.
As rotinas do trabalho que usam um sistema de recompensa e punição, o que não facilita o 
processo de criatividade, e que acabam rejeitando uma nova visão do mundo, precisam se aten-
tar à necessidade da manifestação criativa. Para que as pessoas expressem a sua criatividade, é 
necessário que elas possuam o motivo, os meios e a oportunidade. 
Há pouco tempo a separação entre trabalho, ócio e jogo era marcante, porém hoje diversas 
profissões possuem conotações lúdicas, que desenvolvem o ócio e o jogo, e tornam o trabalho 
produtivo, leve, participativo e harmonioso. Masi (2003) coloca que o trabalho não caracteriza 
nossa vida e nossa coletividade, mas é caracterizado pela valorização do tempo livre, do jogo 
para produzir riqueza e conhecimento. Assim, pode-se dizer que o trabalho entrou na vida e a vida 
entrou no trabalho. 
Fechamento
Nesta aula, você teve a oportunidade de:
 • entender que a criatividade é importante para os grupos de trabalho, mantendo-os 
coesos;
 • compreender a força criativa gerada pelos vínculos dos grupos;
 • entender o que é o autêntico ideal de trabalho em relação à criatividade.
Referências 
ALENCAR, Eunice Maria Lima Soriano de. O contexto educacional e sua influência na criatividade. 
Linhas Críticas. Linhas críticas, Brasília, v.8, n.15, jul/dez 2002.
MASI, Domenico de. Criatividade e grupos criativos (vol.2) - Fantasia e concretude. Rio de Janeiro: 
Sextante, 2003.

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